Tiago, Jun'05(?)
Número duplo de um zine de bd e de ilustração de pessoal das Caldas da Rainha. O que quer dizer caos gráfico e desorganização mental como convém. Um viveiro de experiências mas de conteúdo quase vazio por não ser pensado - o que encontramos quase sempre nos zines das Caldas são esboços, esboços de ideias, uma coisa feita em cima do joelho e nunca nada com príncipio, meio e fim. O #6 em formato A6 é suplemento do #5 que é um A5. A complementar, uns autocolantes iconoclastas porreiros, um deles diz «Desobedece às Regras» ("Regras" com o logotipo da cerveja Sagres). Sim, e depois?
3,1
tiaagh@gmail.com
quinta-feira, 28 de julho de 2005
quinta-feira, 21 de julho de 2005
Canicola numero uno; Inguine Mah!gazine #5
Canicola, Coniglio; Primavera05, Out'04
Duas revistas italianas de bd de autor em regime indie, Canicola faz a sua primeira investida e impressiona logo à primeira, por várias razões o formato (idêntico a um A4), pelo grafismo (simples, directo, funcional e... bonito), pelo conteudo (já lá iremos) e organização editorial - as bd's estão traduzidas para inglês e estão no fundo da página como acontece com as edições filandesas, Malus e recentemente com a revista alemã Orang onde curiosamante dois dos colaboradores da Canicola participam, nomeadamente Amanda Vähämäki (uma finlandesa que mora em Itália desde 2000) e Michelangelo Setola. Curiosamente são estes os meus dois autores favoritos em Canicola, embora a revista seja toda ela "um calor de verão" de novos talentos italianos de uma qualidade gráfica invejável - entre eles também encontramos Andrea Bruno (que já teve trabalho exposto no Salão Lisboa 2001). Revista obrigatória das novas tendências de "fumetti"... 4,5
www.canicola.net
A segunda revista, já conhecida aqui na gente bruta quebra a sua "serialização" com um especial "Mussollini" - já retomada no #6 que saiu em Abril. Gianluca Constantini, Paper Resistance, Alesandar Zograf entre outros são chamados para refletirem sobre o criador do Fascismo. No meio ainda encontramos uma bd de Joe Sacco sobre os bombardeamentos em Malta (de onde ele é originário) descritos pela sua mãe - em inglês encontram no livro "War Junkie" pela Fantagraphics. Revista bem trabalhada... como sempre. 4
http://www.inguine.net/
Duas revistas italianas de bd de autor em regime indie, Canicola faz a sua primeira investida e impressiona logo à primeira, por várias razões o formato (idêntico a um A4), pelo grafismo (simples, directo, funcional e... bonito), pelo conteudo (já lá iremos) e organização editorial - as bd's estão traduzidas para inglês e estão no fundo da página como acontece com as edições filandesas, Malus e recentemente com a revista alemã Orang onde curiosamante dois dos colaboradores da Canicola participam, nomeadamente Amanda Vähämäki (uma finlandesa que mora em Itália desde 2000) e Michelangelo Setola. Curiosamente são estes os meus dois autores favoritos em Canicola, embora a revista seja toda ela "um calor de verão" de novos talentos italianos de uma qualidade gráfica invejável - entre eles também encontramos Andrea Bruno (que já teve trabalho exposto no Salão Lisboa 2001). Revista obrigatória das novas tendências de "fumetti"... 4,5
www.canicola.net
A segunda revista, já conhecida aqui na gente bruta quebra a sua "serialização" com um especial "Mussollini" - já retomada no #6 que saiu em Abril. Gianluca Constantini, Paper Resistance, Alesandar Zograf entre outros são chamados para refletirem sobre o criador do Fascismo. No meio ainda encontramos uma bd de Joe Sacco sobre os bombardeamentos em Malta (de onde ele é originário) descritos pela sua mãe - em inglês encontram no livro "War Junkie" pela Fantagraphics. Revista bem trabalhada... como sempre. 4
http://www.inguine.net/
quinta-feira, 14 de julho de 2005
Milk+Wodka Sex
Remo, Roman e Nicole; Abr'05
Cada vez que há uma edição do festival de bd "Fumetto" em Lucerna (Suiça) lá aparece um novo número do fanzine Milk+Wodka, e como sempre com uma mão cheia de portugueses a participar. Neste número Sex (six, seis) estão Paulo Pinto (que costuma participar no Succedâneo), Nuno Fisteus (Lx Comics #6), Marcos Farrajota, Catarina Granizo (quem?) e Richard Câmara que participam com bd e ilustração sobre o tema "Sex, Love and Romance" (não necessáriamente por esta ordem).
Número um bocado fraco sendo de destacar o trabalho de San Remo (um dos editores) que enche a vista para além de ter um sentido de humor porreiro.
www.cookieluck.ch/milkandwodka
Cada vez que há uma edição do festival de bd "Fumetto" em Lucerna (Suiça) lá aparece um novo número do fanzine Milk+Wodka, e como sempre com uma mão cheia de portugueses a participar. Neste número Sex (six, seis) estão Paulo Pinto (que costuma participar no Succedâneo), Nuno Fisteus (Lx Comics #6), Marcos Farrajota, Catarina Granizo (quem?) e Richard Câmara que participam com bd e ilustração sobre o tema "Sex, Love and Romance" (não necessáriamente por esta ordem).
Número um bocado fraco sendo de destacar o trabalho de San Remo (um dos editores) que enche a vista para além de ter um sentido de humor porreiro.
www.cookieluck.ch/milkandwodka
sábado, 9 de julho de 2005
Brasil III
F. Humor 001
Hy Brazil, Gibiteca; 2003?
E para fechar este ciclo brasileiro... a revista dirigida pelos autores Allan Sieber, Leonardo e Arnaldo Branco que segue as pegadas da Chiclete Com Banana (e Piratas do Tiête e Níquel Naúsea) mas com menos força. Sofre de megalomania saudável, pois é grande (27x30cm) e tem poucos trabalhos - para respirarem bem fundo no formatão!? A bd e o poster nas páginas centrais de Fábio Zimbres dão uma pinta Arty à coisa. A entrevista ao realizador Cláudio Assis é bem "pedagógica" - o que ele diz e provoca serve para o cinema português também! O resto é humor como só esta "escola brasileira" é capaz. Fixolas mesmo quando o papel é mais ranhoso que o habitual...
Hy Brazil, Gibiteca; 2003?
E para fechar este ciclo brasileiro... a revista dirigida pelos autores Allan Sieber, Leonardo e Arnaldo Branco que segue as pegadas da Chiclete Com Banana (e Piratas do Tiête e Níquel Naúsea) mas com menos força. Sofre de megalomania saudável, pois é grande (27x30cm) e tem poucos trabalhos - para respirarem bem fundo no formatão!? A bd e o poster nas páginas centrais de Fábio Zimbres dão uma pinta Arty à coisa. A entrevista ao realizador Cláudio Assis é bem "pedagógica" - o que ele diz e provoca serve para o cinema português também! O resto é humor como só esta "escola brasileira" é capaz. Fixolas mesmo quando o papel é mais ranhoso que o habitual...
sexta-feira, 8 de julho de 2005
Brasil I
miniTonto #1/4, 8/16
Vários
miniTonto; 1996-2003
A coleção miniTonto é idêntica à Patte de Mouche da L'Association ou à "nossa" Quadradinho (ASIBDP; 18 números), ou seja livrinhos de bd em formato A6., um formato económico para editar. A miniTonto é essencialmente composta por autores brasileiros embora também abra portas a alguns sul-americanos. Alguns dos números publicam-se bd's completas ("Pinóquio vai à guerra" de Elenio Pico), diários de viagem ("Chumalocatera" de Guazzelli, autor que esteve presente no Salão Lisboa 1998), textos ilustrados ("Roma" de Eduardo Oliveira), colectâneas de cartoons ("As últimas palavras" de Allan Sieber) e de bd's ("Urrú" de MZK). Bd's essas que passam por temas lynchianos (Dimensão Z" de Fido Nesti), porno-trash ("Mulher preta mágica" de Schiavon), adaptações literárias ("Comércio" de Guilherme Caldas que adapta um conto de Boris Schnaiderman sobre um batalhão brasileiro na 2ª Guerra Mundial). No meio disto tudo, destacaria quatro números, correndo o risco de me escapar algum número com interesse, uma vez que faltam-me os números entre o 4 e o 8 – aliás, desconfio que o número do Fábio Zimbres deve ser bastante bom, mas avante:
"Réquiem" (#8) é o que se trata, um homenagem a um amigo falecido do autor Lourenço Mutarelli - já editado em Portugal, pela Devir, cerca de 4 ou 5 livros, creio. Escrito num registo semi-autobiográfico sobre a morte desse amigo, Mutarelli não abandona o seu estilo violento de narrar e desenhar. Uma homenagem forte, quase que inédita como temática na bd.
"Mellitus" (#12) é do Jaca... e quem sabe quem é o Jaca já sabe o que pode esperar, surrealismo iconoclasta, art brut urbana, doideira sónica, visual descontrolado... devedor ao espírito de Gary Panter e também de Kaz. Muito bom!
"J.C. - duas histórias hereges" (#13) do argentino Angel Mosquito (publicado em Portugal na antologia Mutate & Survive) são duas bd's em Moron, território imaginado onde se passam maior parte das histórias de Mosquito. Moron é uma distorção da realidade sul-americana, provavelmente não muito afastada dela, cheia de narco-satânicos-traficantes e outras criaturas. Para quem curte Brujeria, este Mini-Tonto serve perfeitmente!
"Nunca pasa nada" (#15) do uruguaio Gabriel Frugone são 4 bd's completamente diferentes entre elas mas todas elas parvas e com piada. Gostei especialmente uma que usa os "póneisinhos" que brincam à "negligência médica", um mimo...
Vários
miniTonto; 1996-2003
A coleção miniTonto é idêntica à Patte de Mouche da L'Association ou à "nossa" Quadradinho (ASIBDP; 18 números), ou seja livrinhos de bd em formato A6., um formato económico para editar. A miniTonto é essencialmente composta por autores brasileiros embora também abra portas a alguns sul-americanos. Alguns dos números publicam-se bd's completas ("Pinóquio vai à guerra" de Elenio Pico), diários de viagem ("Chumalocatera" de Guazzelli, autor que esteve presente no Salão Lisboa 1998), textos ilustrados ("Roma" de Eduardo Oliveira), colectâneas de cartoons ("As últimas palavras" de Allan Sieber) e de bd's ("Urrú" de MZK). Bd's essas que passam por temas lynchianos (Dimensão Z" de Fido Nesti), porno-trash ("Mulher preta mágica" de Schiavon), adaptações literárias ("Comércio" de Guilherme Caldas que adapta um conto de Boris Schnaiderman sobre um batalhão brasileiro na 2ª Guerra Mundial). No meio disto tudo, destacaria quatro números, correndo o risco de me escapar algum número com interesse, uma vez que faltam-me os números entre o 4 e o 8 – aliás, desconfio que o número do Fábio Zimbres deve ser bastante bom, mas avante:
"Réquiem" (#8) é o que se trata, um homenagem a um amigo falecido do autor Lourenço Mutarelli - já editado em Portugal, pela Devir, cerca de 4 ou 5 livros, creio. Escrito num registo semi-autobiográfico sobre a morte desse amigo, Mutarelli não abandona o seu estilo violento de narrar e desenhar. Uma homenagem forte, quase que inédita como temática na bd.
"Mellitus" (#12) é do Jaca... e quem sabe quem é o Jaca já sabe o que pode esperar, surrealismo iconoclasta, art brut urbana, doideira sónica, visual descontrolado... devedor ao espírito de Gary Panter e também de Kaz. Muito bom!
"J.C. - duas histórias hereges" (#13) do argentino Angel Mosquito (publicado em Portugal na antologia Mutate & Survive) são duas bd's em Moron, território imaginado onde se passam maior parte das histórias de Mosquito. Moron é uma distorção da realidade sul-americana, provavelmente não muito afastada dela, cheia de narco-satânicos-traficantes e outras criaturas. Para quem curte Brujeria, este Mini-Tonto serve perfeitmente!
"Nunca pasa nada" (#15) do uruguaio Gabriel Frugone são 4 bd's completamente diferentes entre elas mas todas elas parvas e com piada. Gostei especialmente uma que usa os "póneisinhos" que brincam à "negligência médica", um mimo...