domingo, 30 de outubro de 2005

...brainstorm... amanhã!


Electro Break´n´Noise Strange Electrónica... na Caixa Económica Operária [Rua Voz do Operário, 64 (Graça) Lisboa; eléctrico 28; autocarros 34 e 26] AMANHÃ, Sábado, 22h30.
ENTRADA LIVRE

Sci Fi Industries vs. Flat Opak + Slow Soldier, live
Structura, live
L´Ego, Video projecção
Dj Goldenshower

Samizdata Club é um espaço ultracultural de confronto e experimentação artística e social incentivado por um colectivo de editoras discográficas, bd, produtores musicais, djs, vjs, designers que decidiram dar resposta a lacunas existentes no panorama artístico nacional através de sinergias e parcerias, de forma a criar uma efectiva rede de disseminação de informação por canais alternativos.

Sci Fi Industries ainda em plena divulgação do terceiro álbum "The Air Cutter" e após elogiosas palavras aos dois anteriores trabalhos em praticamente toda a crítica especializada europeia, Luís van Seixas apresenta-se mais uma vez ao vivo em despique com Flat Opak e Slow Soldier. Nesta batalha de ritmos electro-industriais e drum´n´bass destaca-se a assinatura muito pessoal do projecto que combina beats produzidos à velha escola e ambientes de cariz orgânico.

Flat Opak tem demonstrado uma aptidão nata na composição rítmica e como catalizador das noites dançantes da Thisco. Uma Groovebox e alguns efeitos externos são espremidos até aos seus limites físicos de modo a garantir movimentos musculares da assistencia. Electro puro e duro.

Slow Soldier - divide o recente EP duplo "Sloppy Seconds" com Flat Opak e demonstra igualmente uma componente rítmica altamente dançável com travos electro e trance. Tem participado em inúmeros eventos e projectos electrónicos.

Structura Nascido em 2000 em Lisboa, Structura é um projecto de exploração sonora tendo como principais ferramentas a composição electrónica, a modulação de frequências e efeitos, o cut-up (de textos), a spoken-word, Djing, Sampling, o video e outros. Structura trabalha sonoridades normalmente associadas a correntes da electronica experimental como o Ritmic-Noise, Power-Electronics, Break'n'Noise, IDM, Spoken-Word mas com liberdade suficiente para não se deixar prender pelas mesmas. As composições sonoras de Structura estão ligadas a conceitos, imagens, referências literárias, cinematográficas e de outras artes.

L´Ego Eurico Coelho é o homem por detrás do multifacetado projecto multimédia L´Ego e dos consagrados pais do electro-industrial nacional - os H.I.S.T. Recentemente tem vindo a compilar um extenso trabalho video de animação 2D e 3D que servirá de base visual às prestações dos projectos acima referidos. A par disto editou muito recentemente " Os Ladrões do Tempo" da peça multimédia homónima pelo Teatro do Mar.

Dj Goldenshower queria ser um DJ panilas do Electro mas como gosta de Metal e outras coisas na vida decidiu continuar heterosexual e passar toda a espécie de música que gosta. Entre as várias festinhas e barzinhos por onde tem posto música só foi expulso uma vez, o que não é mau. Junto com Ovelha Negra organizam as violentas noites Industrial XXX. Vive com Axima Bruta e a gata Deus, embora só com a primeira escrevem no www.gentebruta.blogspot.com e na revista Entulho Informativo. Está integrado nos Osama Secret Lovers, um colectivo de un-dj's - pessoas que a) gostam de música b) que tem uma colecção considerável de boa música c) que gostam de partilhá-la em espaço virtual e físico d) fazem DJihad ao Bairro Autismo!

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Axima Bruta escreveu sobre o evento no sítio online da revista Entulho Informativo.

terça-feira, 25 de outubro de 2005

Roteiro breve da banda desenhada em Portugal

Carlos Pessoa
CTT; 2005

- Porque é que a galinha maoista atravessou a estrada?
- Para fazer Mao Mao!

Portugal gosta de gastar dinheiro com projectos cheios de boas intenções mas sempre concretizados por criancinhas. O que raios vêm esta edição (bem feitinha apesar de alguma paginação kitsch) vem trazer de novo em relação aos "Comics em Portugal" (Cadernos da Bedeteca, Bedeteca de Lisboa e Cotovia; 1997) ou a "Das conferências do Casino à Filosofia de Ponta" (Bedeteca de Lisboa; 2000)? Nada excepto duas coisas, uma aproximação ao público dada à distribuição nos infinitos balcões dos CTT aliada à tiragem de 7000 exemplares, e uma síntese generalizada da história da bd portuguesa (cujo o património está ao maior nível europeu!) em texto "light"/rapidinha (o que não é mau propriamente dito). Então onde falha? Basicamente na capacidade de Carlos Pessoa de ignorar os tempos contemporâneos com uma tal displicência que seria imediatamente expulso do Comité se ele fosse maoista... e claro aliado ao Leonardo de Sá, um psicopata bedófilo que insiste em aparecer com o nome assinado "De Sá" (sim o "d" maiúsculo no "de"), só podia sair um registo que elimina nomes como André Lemos, Isabel Carvalho, Pedro Nora, David Soares, Marte (a série Loverboy é referida mas o criador/argumentista não é referido), Pepedelrey, Janus, Richard Câmara, Esgar Acelerado, Rui Ricardo, etc... nem o Mesinha de Cabeceira (o único zine que é editado há mais de 10 anos e que ainda existe!)... talvez num plano institucional e "clean" (como é o caso) a maioria destes nomes não merecem entrar só que para um "roteiro", onde este livro podia se distanciar dos outros já referidos seria precisamente na observação do que se passa nos dias de hoje ou o que se passou nos últimos 10 anos.
Reaccionário? Burrice? Ignorância? Incapacidade de "ler" as novas gerações? São hipóteses viáveis para definir o perfil de Carlos Pessoa. Só podemos esperar pela sua reforma ou morte (natural ou acidental) para que o Público (e outras instituições que não sabem com quem estão a trabalhar) fique saneado deste tipo de gente para dar lugar à nova geração de críticos e investigadores de bd.
Por fim, é giro inventar um sub-título como "Da Picaresca Viagem à Pior Banda do Mundo" (soa a qualquer coisa, não é?) que só se encontra timidamente na ficha técnica. Covardia será outra característica da pessoa do Carlos? Ou do De (com D grande!) Sá?

- Mao Mao!

2,5

quarta-feira, 19 de outubro de 2005

História trágico-marítima ; Cozida Portuguesa

[zine ; livro de autor] Hobbydog + Laurabein; 2005

Lisboa e Portugal fascinam os estrangeiros... não sabemos porquê, talvez por sermos uma espécie de país onde a Europa civilizada acaba e começa África caótica. É verdade, aqui podemos arrotar à vontade, ou peidar, ou morrer na estrada que ninguém nos irá incomodar... talvez por isso que o pessoal de fora se passa e curte este pedaço de bosta. Recentemente um casal de suiços (Laurabein e Hobbydog!) viveram em Lisboa durante 3 meses, eram uns jovens artistas que até fizeram uma série de postais, um mini-zine sobre uma sereia desenhado (História...) tudo num estilo gráfico "free". Giro. Entretanto bazaram, não responderam aos e-mails durante uns tempos... O mistério ficou ainda mais denso. Até que num dia que pensava neles aparece justamente um livro (Cozida Portuguesa) feito naquele antigo de papel de fax (mais lustroso que o de fotocópias) também repleto de desenhos e colagens caóticas. Bonito livro para gente estranha...

laurajurt@hotmail.com

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domingo, 16 de outubro de 2005

Velha-Desenhada

Velha-a-branca; Jul'05

Aqui e acolá aparecem iniciativas amadoras que deveriam servir de massa crítica para germinar novas propostas e novos autores numa cena cansada como é a actual bedéfila... Neste caso, a Velha-Desenhada, resultado de um workshop de bd que aconteceu em Braga, na associação Velha-a-branca - estaleiro cultural, é mesmo só isso, mais umas páginas de edição de bd amadora & juvenil. Infelizmente nada de novo nem de brilhante.