terça-feira, 6 de julho de 2010

Cancelem o Apocalipse!

Foram meses muito agitados estes últimos dois de Maio e Junho: montes de convidados estrangeiros a visitar-nos por causa de eventos como o Festival de BD de Beja ou a Feira Laica, livros a sairem, exposições e eventos vários a organizar! Ufa ufa!

Ainda nem tivemos tempo de assimilar tudo, como por exemplo, esta resenha à antologia MASSIVE na importante revista eslovena de bd Stripburger. Recebemos a sua tradução e escolhemos este excerto:

«Sem querer pensas em Hyeronimus Bosch do longe passádo século XVI: os psicadélicos jardins paradisíacos dele, cheios de seres, vindos de algures das profundezas do subconsciente. Apocalipse, claro! Inundação do Universo, fim do mundo! O caos não precisa da lógica, as páginas constroem uma sequência narrativa sem o começo e sem o fim. Não precisa deles. E da maneira como seguimos as páginas, nas próprias páginas seguimos os pormenores: as pequenas apocalipses constrõem um grande Bum» - Kaja Avberšek

Entretanto já devem ter percebido que este livro está quase esgotado por várias razões, pelas ofertas de exemplares aos seus 66 colaboradores (isso ajuda a esgotar sem dúvida!), as vendas habituais que se foram fazendo desde que saiu em Janeiro em lojas, site e eventos (e que para dizer a verdade foram bastante boas) e que colidiram com o facto da Associação Chili Com Carne ter voltado a ter uma distribuídora profissional - uma empresa que deixa os nossos livros pelas mesas dos oligopólios do mercado livreiro: Fnac, Bertrand, Bulhosa, Almedina e afins. Inesperadamente o pedido do MASSIVE foi grande o suficiente para ficarmos com a tiragem de 500 exemplares quase esgotada nos fabulosos armazéns da CCC. Sabemos que as vendas nestas lojas estão a correr bem e por isso prevê-se que não haverá devoluções - ou então serão muito residuais, fazendo que o título esgote (na mesma) ainda este ano.

Nunca tinha acontecido algo assim no catálogo da CCC ou associados, será o nosso "livro-record", que em menos de um ano desaparece - relembro que o livro saiu atrasado em Janeiro - o que nos deixa perplexos mas também a pensar que estamos num bom caminho quando não fazemos promoções de marketing, nenhuma publicidade poluente mas pior, não destruímos livros... Ops! Espera lá! O Estado mudou o IVA dos livros de forma que as editoras possam oferecer as suas sobras a instituições sociais, educacionais e prisionais... Um livro falhado para cada escola e prisão! Upa upa!

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