DJ V/A : Worst of the Best of (Faca Monstro; 2012)
Não oiçam esta k7 em "repeat" numa viagem Lisboa / Porto (pela A1) porque podem chegar ao vosso destino e apetecer matar qualquer pessoa. E porquê matar uma pessoa qualquer e não o DJ V/A (ler DJ Various Artists)? Porque todos nós somos responsáveis de consumirmos merda Pop. E não adianta querer dar um balázio nos Europe (banda Hard Rock manhosa sueca dos anos 80) ou no director da Rádio Renascença ou no Tózé Brito (embora este merecia mais era uma tesoura pelo cu acima) porque mais virão para nos atormentar e nós, sim nós!, estaremos prontos e abertos para ouvir a próxima next big shit.
Desta k7 poderia-se esperar um DJ / produtor tipo o Girltalk para animar a festa com os seus hiper-mash-ups mas invés disso apareceu-nos um DJ bêbado com complexos de John Oswald. O trabalho dele coloca a questão se se pode fazer Arte com lixo. Geralmente não! A julgar pela árvore de Natal com materiais reciclados que aparece sempre numa rotunda ou pelos cinzeiros feitos de latas de Fanta que os freaks vendem. Ainda assim, Worst of the best of consegue ir mais longe da árvore de Natal e do cinzeiro porque recusa-se a ser funcional - consegue-se dançar com esta música? Sendo então um trabalho estético também não chega a ser extremista e por isso fica numa fronteira perigosa do kitsch reciclado. Tem efectivamente piada e em excesso, claro está, faz mal à saúde...
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