quarta-feira, 2 de abril de 2014
Brasil XVI
Mickey Speed #_01 (A Bolha; 2013) de O Divino é um belo livro pouco maior que o A4 com uma BD que não tem linearidade precisa. Gerlach, Franz e a malta do Samba não estão sozinhos lá no Brasil na exploração de uma "nova BD" brasileira em específico mas também das novas narrativas da BD que se passam à escala global.
A primeira lembrança que este Mickey Speed faz é do Diabolik de Yvan Alagbé por ambos serem fragmentados e usarem o estilo de BD "criminal" ou de policial negro como estética. Mas as diferenças deparam-se logo depois porque Alagbé usa esse material com textos políticos e pessoais, enquanto que Divino coloca vinhetas sem fim, sem palavras e sem sentido para criar um ambiente bizarro, negro e teoricamente mais próximo do "policial". Tal como na capa do livro em que repete o título "Mickey Speed" de forma derretida, é essa mesma sensação que temos ao ler esta BD, alguém deitou ácido na iconografia Spillane & cia.Mais uma surpresa do Brasil que deixa curiosidade sobre o que irá acontecer a seguir...
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