O gif todo strobe é a capa/contracapa do CD dos espanhóis Santisima Virgen Maria que na lógica de DJ e "mix-tape" apresenta mash-ups / misturas de riffs de guitarra Rammstein, disco dos Village People, vintage basura, Sex Pistols, gangsta rap do piorio, Drunk Punk espanhol, Cindy Lauper desafinada, Ramones lentos (santa heresia!), M.I.A., tourada extasi extano, Black Flag ou Misfits com o techno mais xunga do planeta tipo Eurodance alimentado com "paella house", Rave Hardcore e Brujeria, Bananarama dubstep, o Saúl dos nossos vizinhos ou algo do tipo, pedaços de mass-media (reportagens rádio / TV, diálogos de filmes), etc... ou seja os 2 Many DJs levados ao extremo ou Breakcore na vertante trash latino fazendo desta "mix" um Bésame mucho enciclopédico tipo Mondo Brutto em áudio. Una tonteria, tío! Linda!
Mas não é nenhuma tonteria, na verdade a música e o zine de BD de Guille Raposeiras (a) e Josemi TE LO PINTA (d) que acompanha a edição relata o que é nossa vida depois do web.2 + ipad + Facebook + tudo o que faz-nos aproximar de uma sociedade Big Brother: auto-vigiada e triste - tema este Chris Ware ou Astromanta têm roçado, mais pela tristeza sentimental do que pela abordagem política. Os desenhos são feitos em digital, tipo em photoshop pirateado, que justamente pela crueza digital funcionam bem para realçar a mensagem da BD e deste projecto intitulado Ama La Musica Odia las Tribos Urbanas.
Entretanto, apanhando boleia neste "post" de música electrónica entra o italiano Black Fanfare que a Marvelllous Tone editou recentemente uma k7, 12 Heads.
IDM e breakbeat para machos porque assume-se que o cérebro é um músculo que é um cérebro que é um músculo e vice-versa. Ritmado q.b. para uma pista de dança com "people" com "smart drinks" na mão, a música de Black Fanfare é um pequeno bálsamo fora das modas da música electrónica, embora aqui e acolá pisque o olho às novas tendências (dubstep) e as novas "retro-tendências" como o Techno perto de linhas industriais...
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