quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Música de Natal

Que mês intenso que foi este no que diz a música, a começar pelo regresso dos Mécanosphère. Nove anos depois da sua obra-prima Limb Shop, o que dizer deste Scorpio que saiu pela Raging Planet? Pouca coisa infelizmente quando estamos em 2015 e o seu "Dub Hip Lit Industrial" carregado de fantasmas do Rock e do Jazz não é propriamente uma ruptura inédita nos campos sonoros mesmo sendo os únicos deste "género" em Portugal.
Trata-se sem dúvida de um disco com potência como poucos são feitos em Portugal mas obrigava a ter uma bomba acoplada pronta a fazer vítimas dada à equipa de alto calibre (além do habitual Adolfo Luxúria Canibal, temos elementos dos Sektor 304 e entre eles os "nossos" André Coelho e Manuel João Neto) e à ausência discográfica tão prolongada... Sei que me bate pouco porque sou um "freak má onda" que só fica satisfeito ao testemunhar um gajo a desmaiar no meio do público com o barulho da "banda" no seu recente concerto lisboeta... Pela lógica magnética, má onda com mais má onda não se atraem e assim se explica com rigor científico esta minha falta de afectividade com o disco. Vejam vocês o que vos acontece...

Coincidência cósmica foi quando no lançamento do graphzine Evan Parker relativo à acção principal do X Jazz, pensava eu que a Chili Com Carne seria a primeira e única a editar um produto cultural envolta deste ciclo de programação que combinava Jazz e Aldeias de Xisto e afinal... afinal havia outra! Outras! Duas rodelas chamadas CDs! São gravações por alguns dos músicos que fizeram parte da residência artística com Parker. O quinteto Pedra Contida apresenta Xisto (JACC; 2014) num processo de pica-miolos soft em que se experimentam várias parelhas à procura de barulhinhos num ambiente rural. Concentric Rinds (Cipsela) é o encontro entre Marcelo dos Reis (guitarra) e a harpista Angélica V. Salvi - ambos de também de Pedra Contida - depois de terem tocado pela primeira vez durante essa residência com Parker. Fazem um diálogo dócil e sóbrio apesar do grafismo do CD e até os títulos parecerem antes de um projecto Harsh Noise nórdico! Só no final do disco é que decidem entrar pela estridência ruidosa mas tudo bem, tudo se perdoa pelos anteriores bons momentos. É fixe ver coisas a acontecerem devido ao X Jazz, apesar da morte de comunicação entre a CCC com a JACC e a ADXTUR sabe-se lá porquê...

A melhor prenda de Natal que qualquer melómano 'tuga poderá oferecer a si próprio é a k7 Akusekijima (Tapes She Said) dos 'nocas KufukiÉ "apenas" o melhor disco estrangeiro editado em Portugal - é certo que também merece o título de "pior capa portuguesa 2015" mas é para isso que aqui estamos nós para ajudar o braço armado-da-k7 da Lovers & Lollypops.
Imaginem uma música para um jingle de uma esfregona ou de rebuçados de anis feita pelos Legendary Pink Dots mas que foi raptada por hackers japoneses doidos varridos (eu sei que é estereótipo achar todos japoneses malucos mas caramba, eles são mesmo "fora"!) que a prolongaram até ao caldeirão sonoro do psicadélico Kraut & Folk & Freak. Temos neste disco os sons exploratórios para quem quer viajar pelos Cosmos a preço low cost mas tendo como guia uns cosmonautas sábios. É que isto de explorar o Universo não é para ficar a babar-se a contemplá-lo, não, meus amigos, é preciso também mexer o cu... pelo menos sete vezes!

O colectivo Cafetra organiza todos os anos um evento cultural lisboeta incontornável para quem acredita em DIY e independência artística à séria. Lançaram uma colectânea em formato k7 (sim, 2015 é definitivamente o ano do "regresso" deste formato áudio) com todas as bandas e projectos que tocaram nesse dia, o que se transforma num documento histórico para investigadores no futuro (nunca se sabe, há doidos para tudo) como uma recordação sentimental para quem lá esteve. É o meu caso, que ao ouvir a k7 recorda-me os melhores momentos - e os piores e os medíocres - dessa maratona na Caixa Económica Operária.
Há um pouco de tudo nesta colectâncea o que a torna excitante de ouvir porque os géneros musicais estão todos misturados, sem uma ordem, por isso só para dar alguns exemplos, salta-se do cantautorismo iconoclasta de Lourenço Crespo para tortura de chips dos Calhau acabando o Lado A com a Virgem Maria do Techno que foi a grande revelação profética Bleiddwn - mais uma vez foram as mulheres a tomarem conta do recado tal como no ano passado.
Pró ano há mais? Festival + k7? Digam que sim... pleeeease!!!

sábado, 26 de dezembro de 2015

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Impressionante...



É raro a revista da modinha Dif estar atenta a livros ou BD ou edição independente - se calhar os seus leitores não sabem ler (!?) - mas ficam perdoada quando neste número de Dezembro dá uma página inteira para escrever sobre o Lisboa é Very Very Typical... Altamente! 
Ei! 
Menos Cão da Morte de cueca e mais livros para 2016, please!


E o QCDI #3000 e O Cuidado dos Pássaros de Francisco Sousa Lobo estão nas escolhas de Sara Figueiredo Costa como os melhores livros de BD e Ilustração deste ano no Expresso.

domingo, 20 de dezembro de 2015

Fado Delicatessen



Imaginem uma geração que viu o Delicatessen (1991) e o O Fabuloso Destino de Amélie (2001)... E imaginem que essa malta deve achar que esses são os filmes das suas vidas porque apanharam um intervalo de 10 anos da vida deles. Assustador! Não é pior de quem viu apenas os "merdabusters" de Hollywood só que o problema é que esta malta faz música e outras criatividades por aí! E a malta acha giro o que fazem...

Isto é o que me passa pela cabeça quando recentemente ouvi de rajada o catálogo inteiro de discos da Turbina e concluo que não tenho paciência para música circense e sons giros. Sei que estou a ser injusto porque realmente muitos dos discos desta editora/ promotora são relativos a espectáculos para "todo o público" em que o factor "Delicatessen-Amélie" entra e faz todo sentido, goste-se ou não só que eu não gosto. Depois de ouvir esses discos "funcionais" (banda sonoras para espectáculos) levam por tabela os outros que não o são como NACO (Nunca Acordo Como Ontem), Peixe, Foge Foge Bandido e Nuno Prata.

Também ficam injustamente comparados a este mundo pós-FlorCaveira e pós-Dead Combo, ou seja, a um novo mercado nacional (re)aberto prá Pop cantada em português e música instrumental "bunita". Digo injusto porque muitos destes músicos foram dos Ornatos Violeta, banda que bem que lutou e com mestria contra um Portugal dos anos 90 que queria ser cosmopolita à força com o inglês das suas bandinhas Pop/Rock. Estes gajos são os genuínos, juntamente com malta do Hip Hop, porque mostraram que não era preciso prostituir-se em inglês (aló Blind Zero, aló Silence 4) para fazer Pop pró Top ou prá Glória. Os regressos são sempre injustos...

O que temos aqui é Folk "neo-neo-pós-pós" com montes de objectozinhos kiduxos para fazerem de percussão exótica como se se quisessem retornar emocionalmente a uma aula de música na infância - mas sem a perversão dos Ween. Ou regressar aos Violent Femmes da adolescência borbulhenta e suicida. Qualquer das intenções é fucking sick! quando falamos de homens adultos. No caso de Nuno Prata há um fantasma do Sérgio Godinho a assombrar-lhe as letras e tudo mais. Ser comparado ao Godinho é elogioso e tenho de admitir que Prata é bom no que faz nessa linha. Ou na outra, a dos Ornatos pois tantas vezes ao ouvir Prata sem atenção pode-se dizer que estamos a ouvir um disco perdido do seu ex-grupo. Só que ficamos por aqui, não há muito para inventar e o que se pode dizer sempre é que a música é gira... E giro é apenas isso... giro!

De referir que as edições da Turbina tem um bom design, quase bate a Matarroa (nããã... ninguém ainda bateu o nível do Chemega desses tempos!) ao ponto que na primeira impressão tudo parece muito giro (ops!) mas depois as ilustrações de NACO são do tipo "freak e esquece" ou o luxuoso livro dos dois CDs O Amor Dá-me Tesão / Não Fui Eu Que Estraguei (2008) do Foge Foge Bandido é totalmente inócuo - o que é lastimável quando o Manel Cruz é/era um desenhador cheio de pica (ou será piça?) como se testemunhava nas suas colaborações no zine Vómito e na revista Op. Outra embalagem gira (ai!) é o CD Todos os dias fossem estes / outros (2006) do Nuno Prata que se fixa num cartão grosso, o que permite rodar a rodela-disco e com isso mudar o título de Todos os dias fossem estes para Todos os dias fossem outros. Giro! (Não há fuga!)

Giro (isso... giro!) também é o Foge Foge Bandido, o tal duplo CD no tal livro pesadão que parece um diário gráfico de Cruz - eu escrevi "parece". As músicas são micro-narrativas (a maior parte com menos de 2 minutos) com gravações de campo (motas dos trolhas da minha terra, evangelistas brasileiros, risos de moca, etc...), esboços de canções a fazer com participações de cromos (Gon, Bezegol, Prata) ou não-músicos reunidas entre 1998 e 2007. Sim, é como se fosse um diário musical de Cruz... E como os diários costumam ser longamente solipsistas temos mais de duas horas de uma mini-saga espécie "Manu Chao de Matosinhos" ou "Jad Fair de Rio Tinto", em que os pedaços da vida são processados para uma obra áudio maior. É giro... E digo isto porque tendo bons momentos, a falta de filtro do material gravado torna a obra pesada - pesada por cansaço e não por profundidade, o que é uma pena porque o Cruz tem aquele genuíno estigma de "Génio Pop" como há poucos neste país.

PS - Ainda se encontra no catálogo Turbina os Hollow Nothing que é "electro-boring" e os Zelig que talvez venha a escrever sobre eles... será que merecem? Depois de passar semanas a ouvir coisas giras quase não me apetece ouvir mais música, Venha Venha Barulho!

PPS - Vá, senão nunca mais escrevo sobre eles... os Zeliq lembram Secret Chiefs 3 via Tradicionalists com Steroid Maximus com Tortoise com o filme italiano por Woddy Allen nunca feito. Joyce alive! (2010) tanto é "retro" e "post" de funcionário público a picar o ponto como chega a ter momentos de fúria de "grungeiro" frustrado mas nunca acha um equilíbrio para essa dicotomia. Funde bem Rock, Surf, Jazz, Exótica, Lounge, algo giro e sem alma. Talvez seja o melhor da Turbina mesmo sem alma... Altamente as ilustrações / design do Salão Coboi!

sábado, 19 de dezembro de 2015

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

LUCRÉCIA ::::::::::::::::::::: ESGOTADO

Lucrécia é um romance (vanguardista se a palavra não tivesse caído em desuso) de Rafael Dionísio.

Trata-se de uma viagem fabulosa, alucinante, aos mundos de uma personagem chamada Lucrécia (tenha ela os nomes que tiver).

É uma história inteligente, mordaz, irónica, por vezes emotiva, perturbadora e/ou excessiva. É um livro que destila, para além álcool, cultura por todas as páginas, num furor e alegria discursiva únicos e absolutamente ímpares na cultura portuguesa.

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Lucrécia(anti)romance de Rafael Dionísio
5º volume da Colecção CCC
252p. 21x14,5 cm, edição brochada
ISBN: 972-98177-8-2

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Excerto: - julgas que vou arranjar trabalho agora? ano novo vida nova menino. agora estou em férias. foda-se. digo montes de palavrões. há homens que não gostam. fica feio dizer palavrões. – suspira. amachuca o maço de tabaco. chesterfield lights. cofia o cabelo no meio da testa, por cima do amarelo, com o dedo indicador. está a pensar. a sentir-se observada. a sentir-se um bocado animal de laboratório. hoje não está maquilhada. dantes pintava-se muito mais. ainda bem que agora tem menos estuque na cara.

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Rafael Dionísio nasceu em 1971, é autor de uma já bastante razoável produção literária além de ser um senhor de vastos recursos estilísticos/literários apresentando obras com um carácter multi-dimensional e proteico.

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Feedback: Dionísio sintetiza, de forma inovadora, uma longa tradição cultural ocidental, as matizes culturais Clássica e Judaico-Cristã entrelaçadas no estilhaçar de personalidade característico do pós-Modernismo (...) 4 (pontos em 5) Underworld / Entulho Informativo

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Historial: 20 de Maio 2005, lançamento lisboeta no Monte, juntamente com a Imprensa Canalha27 de Maio, lançamento leiriense com Samizdata Club @ Cinema Paraíso; 16 de Junho, lançamento branquense (Albergaria-A-Velha) no Colinas Bar, com unDJ GoldenShower22 de Julho, lançamento bracarense com Samizdata Club @ Velha-a-Branca.

domingo, 29 de novembro de 2015

Brasil XVIII


A Ugra Press começou uma colecção para republicar em formato de livro trabalhos de malta dos zines brasileiros de BD! Pode-se dizer que por lá, no Brasil, está haver uma revisitação ao seu passado uma vez que recentemente recebi pelo Camarada Weaver a compilação Seres Urbanos - Antologia do Quadrinho Underground Cearense que testemunha a experiência deste colectivo, os Seres Urbanos, com fanzines entre 1991 e 1998 que se tornaram numa referência no meio underground brasileiro - e também internacional, ao ponto de alguns trabalhos dos seus autores terem cá chegado a Portugal no número quatro do fanzine A Mosca, publicado pelo Núcleo de BD da Universidade de Aveiro e dirigido pelo Mário Augusto. Law Tissot e Alberto Monteiro também apareceram n'A Mosca e tenho boas memórias disto tudo...

Maldito Seja é o nome da colecção que a Ugra deu a estas colectâneas dedicadas a um autor por volume. Cada volume reúne várias BDs e são acompanhadas por uma entrevista ao autor. Já saíram três, entre 2013 e 2014, que recomendo nem que seja pelo seu lado "antropológico". "Maldito" remete para os tempos dourados do suplemento Mau da revista Animal onde o grande Fábio Zimbres divulgava esta "movida" de autores que faziam piças a tudo e todos enquanto fotocopiavam milhares de zines pelo mundo inteiro. Com a 'net isso tudo foi à vida e estes livros relembram-nos como as coisas eram, como funcionavam e quais as razões desta cultura DIY. A unir estes autores de BD está a sua enorme produção, constante e non-stop tal como acontece com os artistas da Art Brut, o que torna  qualquer tentativa de reeditar toda a obra uma tarefa impossível. Suponho que os editores tenham feito uma selecção criteriosa para juntar as melhores peças. Também o que os une é a poeticidade das suas BDs, menos focadas em textos narrativos e de acção mas mais a pensamentos que são despejados em textos e imagens.  

Henry Jaepelt é o único que não conheço deste grupo. O seu estilo gráfico lembra Carlos Giménez e os alucinados da ficção científica dos anos 70, talvez seja o mais difícil de engolir por causa do "fantástico", que cria alguma distância face aos temas urbanos mais acessíveis de Tissot e Monteiro. E também é o autor que cede mais facilmente à piada fácil e juvenil (ou seja sem piada) quando os seus mutantes não flutuam algures no espaço inter-dimensional. Monteiro e Tissot são sem dúvida os que trazem referências culturais urbanas mais fáceis de identificar - Sigue Sigue Spunik, Jesus & Mary Chain ou Atari Teenage Riot, por exemplo, aparecem aqui ao fartote - mesmo que Tissot leve o leitor para paisagens urbanas cibernéticas Dark e pós-apocalípticas. Mal sabia ele passados alguns anos com aquilo que se está a passar em Paris e outras capitais europeias é um pesadelo maior que a sua imaginada negritude - é caso para dizer que a realidade ultrapassa a ficção, geralmente a mil à hora! 

Monteiro é o autor que mais me agarra por várias razões, a primeira é o seu grafismo tosco e experimental que usa técnicas iconoclastas "punk" e "zinistas" como colagens e desordens visuais de todo o género, e segundo pelos textos coloquiais que fazem transporte (público?) para o espaço urbano cheio de vivências estranhas. Ele lembra-nos que viver na cidade o que é normal é o bizarro... Monteiro capta isso com um olho atento!

Parabéns à Ugra pelo excelente trabalho de recuperação destes "brutos" brasileiros! Por fim, e puxando a sardinha à nossa brasa, em Portugal "alguém" também faz trabalho de recolha de material perdido no mundo dos zines... não se esqueçam! E posso já adiantar que em 2016 sairá nesta colecção um super-projecto de recuperação de BD nacional que faz parte do nosso património mal conservado! Estejam atentos, ó cidadãos de Dark City!

sábado, 28 de novembro de 2015

ccc@zinefestpt


E estamos lá com a exposição que esteve em Salamanca, o Rudolfo está a representar as nossas edições e o Dr. Uránio também está por lá!

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

ccc@RUC






Participação de Sara Figueiredo Costa e Marcos Farrajota no programa Radioteca na RUC.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Brasil XVII

Chuva de Merda
Luiz Berger
Gordo Seboso + Ugra Press; 2015

E lá voltamos à questão da BD brasileira e o "besteirol" e o humorzinho... Parece que não há volta a dar. Ou se há volta a dar é de 180 graus e fazer escatologia e humor xunga à grande e à francesa! É o caso de Berger! Se há um gajo que em 2015 que  mete nojo é ele!
Graças às suas ratazanas humanas no meio da violência urbana (ao que parece o Brasil que representa pode ser mesmo assim, caótico e mortal) e merda mutante. É ele! Feito Cristo salvador esporra todos! Parabéns! É que se realmente é para fazer cenas chocantes ao menos que se faça com todo o detalhe de pus, gangrena, gordura, sangue e diarreia. Obrigado!
Compilação de BDs de Berger, algumas delas já nossas conhecidas por terem sido publicadas em Portugal no Lodaçal Comix e porque tivemos acesso à Prego (que é feito disto?) e a antologia sueca da Alt Com. A edição original curiosamente foi feita primeiro no México com uma capa mais "tcham" que a brasileira. Cinco estrelas... sujas!

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

MortaZines


E lá foi mais uma Feira Morta, menos animada de público talvez porque ainda não perceberam que Xabregas vai ser a próxima gentrificação lisboeta com o EKA Palace como embaixador desse fenómeno. Mas isso não impede de haver novidades editoriais com grande nível como tem sido habitual neste evento de edição independente. Começo por Ground Zero #1 (Clube do Inferno) é uma nova série de Ficção Científica de André Pereira que deixa pouco para comentar, excepto que a escolha de risografia para este trabalho não foi a melhor opção de impressão porque alguns textos perderam a leitura dos textos. Temos de esperar por mais números para saber o que vai sair desta BD que mete férias na aldeia mais portuguesa com smart-phones e Mechas de última geração...

Mais misterioso é o "jornal" que saiu na mochila de José Smith Vargas que é a adaptação a várias mãos de The Wasteland de T.S. Eliot. BD com uso de pintura, colagem e desenho... Um OVNI em intenções editoriais e artística. É outro que temos de esperar pelo número dois...



Strategies Against Democratic Design é um graphzine do italiano Saba, amigo do Camarada Balli e residente em Portugal. Sabem dos manuais de mobiliário do IKEA? Eles podem ser refeitos para mostrarem-se remontados para sistemas fractais de reconstrução improvável. Cultura "remix" no seu melhor...

E a "vencedora" do "fim-de-semana morto" é Stabat Mater (Façam Fanzines e Cuspam Martelos) de Patrícia Guimarães, uma edição A4 bem cuidada com um design digno de uma Factory - Peter Saville. A BD principal parece estar prenha de significados sobre as relações de modernidade numa sociedade rural, entre pais e filhos e entre corpos e porcos humanos. Uma segunda BD de 2 páginas, Amor de Mãe, mostra uma obsessão da autora pelos temas freudianos... Cuidado com esta autora!

sábado, 21 de novembro de 2015

ccc@feira.morta


Festival Manga na cueca? Nein, nein, é a Morta na EKA. Vamos lá!

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

ccc@Grafixx.2015


Some of the editions of Chili Com Carne and MMMNNNRRRG will be in Grafixx [Antwerp, Belgium], check them out!

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Fuzz 2 já cá canta!


Já temos cópias na nova k7 editada pela Tapes She Said / Lovers & Lollypops na nossa loja em linha
Uma parceria com a Chili Com Carne na direcção de arte, à qual para este segundo volume escolhemos o perigoso André Pereira.

domingo, 15 de novembro de 2015

FUZZ, she said #02



O fuzz é quente, uma entoação naturalmente tropical da guitarra que está para o rock como as partículas de água para o ar que respiramos. Que o digam os Boogarins, os Cave Story ou The Sunflowers, que juntam esforços e abordagens na compilação Fuzz, She Said 2. Nada melhor do que um concerto destas três bandas para capitalizar a nossa próxima fita magnética preferida. No dia 15 de Novembro, até as temperaturas serão amplificadas.

LOVERS & LOLLyPOPS REGRESSA em PARCERIA COM A CHILI COM CARNE PARA PRODUZIR FUZZ, SHE SAID UM SPLIT EM K7 TUDO ENROLADO NO "ARTWORK" DO ANDRÉ PereiraAS K7S ESTARÃO DISPONÍVEIS NO DIA 15 DE novembro NO CONCERTO (OU ATRAVÉS DA L&L) OU BREVEMENTE PELA CHILI COM CARNE (20% DESCONTO PARA SÓCIOS).

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Free Dub Metal Punk Hardcore Afro Techno Hip Hop Noise Electro Jazz Hauntology (exposição na Mundo Fantasma até 13 Novembro)



Marcos Farrajota (Lisboa; 1973) trabalha na Bedeteca de Lisboa desde 2000. Faz BD e fanzines desde 1992 quando criou com o Pedro Brito o zine mutante Mesinha de Cabeceira que ainda hoje edita. Criou a editora MMMNNNRRRG "só para gente bruta" em 2000 mas antes fundou a Associação Chili Com Carne em 1995.

Participou em vários fanzines, jornais, revistas e livros com BDs ou artigos sobre cultura DIY e BD pelo mundo fora. Criou a série Loverboy com desenhos de João Fazenda. Tem feito capas e cartazes para bandas punks e afins. Organizou ou fez parte de organização de vários eventos como a Feira Laica, bem como acções de formação, colóquios, rádio e "unDJing". Participou em várias exposições de BD colectivas como o Zalão de Danda Besenhada na ZDB (2000) ou Tinta nos Nervos na Colecção-Museu Berardo (2011) bem como em festivais como Xornadas de Ourense, Salão do Porto, Salão Lisboa, Komikazen em Ravenna e BD Amadora.

Exposições individuais só houve uma, Auto de Fé(rrajota) na Biblioteca da Universidade de Aveiro (1998), e é por isso que o autor aceitou com muito prazer o desafio de mostrar originais seus na galeria da loja Mundo Fantasma inaugurada no dia 10 de Outubro e patente até 13 de Novembro.

A acompanhar e de título homónimo será lançado o livro Free Dub Metal Punk Hardcore Afro Techno Hip Hop Noise Electro Jazz Hauntology. Tal como os seus livros anteriores, Noitadas, Deprês e Bubas (2008) e Talento Local (2010) ambos pela Chili Com Carne, este novo livro reúne mais BDs autobiográficas suas dispersas em várias publicações desde 2010, incluindo o livro do DVD do 15º Steel Warriors Rebellion Barroselas Metalfest.

à última da hora...


A Garagem escreve sobre Farrajota e a sua exposição na Mundo Fantasma que acaba... hoje!

Assumindo-se a tentativa e erro como parte do processo criativo, consegue-se seguir em frente sem grandes preocupações quanto a possíveis catalogações estéticas. “... descobri que desenho é o que você quiser fazer dele e a qualidade não está na perfeição da cópia da realidade.” afirma acertadamente Fábio Zimbres, autor brasileiro que serviu de referência a toda uma geração de criadores contemporâneos.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Agradecimentos públicos

fotos: Ondina Pires


Serve este "post" para a Associação Chili Com Carne e os autores representados na exposição Zona de Desconforto agradecerem ao Festival de BD da Amadora pela oportunidade de termos participado activamente neste evento - que correu bastante bem na parte que nos toca com várias pessoas felizes em encontrar as nossas edições, algumas pela primeira vez...

Como os eventos (ou instituições) fazem-se geralmente com pessoas (e não com máquinas burocráticas) fica aqui o nosso agradecimento ao Nelson Dona, director do festival, e à sua equipa, Emanuel Ribeiro, Ana Taipas e o sempre-fixe Bruno Gomes.

sábado, 7 de novembro de 2015

Zona de Desconforto ESGOTADO /// originais em exposição na BD Amadora 2015


Livro do ano passado da nossa colecção de livros de viagem para quem gosta de viajar sem apanhar transportes e gastar dinheiro, a LowCCCost.

Zona de Desconforto é uma recolha de relatos de autores de Banda Desenhada que foram estudar ou trabalhar para fora de Portugal
...

Os autores apesar de terem sido "obrigados" a trabalharem em registo autobiográfico para relatarem as suas experiências, que vão da leve piada do choque cultural às reflexões profundas e intimistas, ainda assim o estilo pessoal de cada autor não foi prejudicado.

Organizado por ordem cronológica, o livro começa com André Coelho, que estudou em Barcelona, em 2006, e expõe as questões nacionalistas catalãs, mas a experiência similar de Amanda Baeza no País Basco (estudou em Bilbao, em 2010) é mostrada de uma forma oposta e "leftfield".

Holanda vai ser uma coincidência de país para a "globe trotter" Christina Casnellie (em 2006) e um ano mais tarde, José Smith Vargas, maior é a coincidência é que  ambos desmontam a sociedade holandesa e a "pan-ibérica".

Londres também é uma "coincidência" para encontramos Ondina Pires (ex-Pop Dell'Arte, ex-The Great Lesbian Show) entre 2008 e 2010, e Francisco Sousa Lobo (vencedor do concurso "500 paus") entre 2010 e 2013, que usam "comic relief" q.b. para contar a depressão que se sente na capital inglesa, e no caso de Lobo esta sua BD é uma "companion" para o badalado romance gráfico O Desenhador Defunto. Mas antes, David Campos complementando a sua experiência da Guiné-Bissau (relatada no Kassumai) visita o resort  de Cap Skirring (Senegal) em 2007 para alertar-nos da exploração não só de recursos económicos mas também sexuais de África.

Em 2013 ainda temos as instrospecções políticas de Tiago Baptista em Berlim, durante uma residência artística; e mais extremas as deslocações sul-americanas de Júlia Tovar para Buenos Aires, decidida a criar a sua família, e com alguma ponta de ironia Daniel Lopes mostra o Brasil como o "futuro", na sua recente visita profissional, como académico.

Esta edição foi coordenada por Marcos Farrajota, frustrado e impotente em testemunhar a emigração, em alguns casos forçada, dos seus amigos e conhecidos à procura de melhores condições de vida, num país que deixa um filha-da-puta de um político alarvar bitaites de que "o melhor que os jovens portugueses têm a fazer é emigrar".

O livro não tem uma "agenda política" porque deixa que o relato de cada autor siga o seu rumo, com saldo positivo ou negativo, deixando ao leitor a interpretação que desejar.

Longe de nós impormos seja o que for...

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Arranjo gráfico: Joana Pires; Capa de João Fazenda; Apoios do IPDJ, Alt Com / Tusen Serier

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talvez ainda encontrem exemplares nas lojas Palavra de ViajanteEl PepMundo Fantasma e LAC.

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Historial: lançado na Palavra de Viajante, a livraria mais bonita de Lisboa a 5 de Abril de 2014 ... vencedor do Melhor Álbum Português pela BD Amadora 2014 ... uma das melhores "graphic novels" portuguesas de 2014 segundo Pedro Moura no sítio de Paul Gravett ... na lista do Melhor de 2014 pela loja Matéria Prima ... Vencedor de Melhor Obra Curta (Berlim de Tiago Baptista) pelos Prémios Central Comics 2015... exposição na BD Amadora 2015 ... 

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Feedback: Grande edição! Podes dizer ao Sousa Lobo que graças a ele voltei a acreditar na BD portuguesa. Que estouro. André Coelho (por e-mail 04/04/14) ... já li o livro, falta o Francisco que guardei para o fim, gostei bastante, é bom os trabalhos serem tão diferentes, acho que as histórias conseguem mesmo levar-nos para outros tempos e espaços geográficos, fizeram-me sentir mesmo fora daqui e todas as problemáticas que isso acarreta, não que sentisse um profundo envolvimento mas consegui deslocar-me... isso é bom. como se de estória em estória saltasse de cidade em cidade. Depois vou ler a história do Francisco e reler tudo de seguida a ver como é... Tiago Baptista (por e-mail 04/04/14) ... 'Tá bem apanhado, o título. Li num parque rodeado de turistas, a pensar que ia compensar a sensação "Portugal, Inatel da Europa". Não tenho a certeza, e parece que apanhei a sensação turística no obverso. O Lobo, se calhar porque parece ter mais espaço que os outros, apanha bem a coisa 'tuga: é como rir de alguém que tem um problema sério. Fora isso acho que o livro caiu ao chão quando li a história dele, de tão pesada que era. O género autobiográfico é fodido e em vez de heróis ficaram os episódios. O Baptista e o Coelho parece que quiseram meter lá os heróis em vez deles. A Amanda Baeza é um pequeno ovni... já tinha falado com ela sobre este bolo basco pesadíssimo, que estou a pensar fazer um dia. Outros, tendo estilos que me pareceram familiares, não retive tanto. Curti algumas piadas da história da Tovar, e se já vi a cena de estar nu noutro lado, ri na mesma quando vi. Fixe o traço do Campos e a deambulação anti-Club Med. Fiquei a saber o que é um flessenlikker e vou ver se arranjo um, para poupar uns trocos e viajar mais. Astromanta (por e-mail 17/04/14) nice book, is an architecture/city sketchbook of tales Valério Bindi do Crack Festival (e-mail 20/04/14) ... Os autores destas histórias a vermelho, nada inocente, seguramente, poderão usar diferentes intensidades dessa leitura dupla. Podemos lê-las como pequenos apontamentos autobiográficos ou impressões do “lá fora”, mas perder-se-ia parte do seu poder colectivo. Mas é na sua conjunção, e no seu gesto editorial total, que percebemos a responsabilidade assumida na identificação do desconforto apontado. Pedro Moura / Ler BD ... Dez autores com registos muito distintos criam uma harmonia que já vai sendo regra nos livros colectivos da editora e que deve mais à mundividência partilhada do que qualquer esforço de homogeneização. (...) tem algo de antologia de BD contemporâena, mas a sua verdaderira vocação é a de dar a ver / ler o mundo estilhaçado que nos coube Sara Figueiredo Costa / Expresso ... De facto todas as histórias de Zona de desconforto trabalham a percepção que qualquer grau de segurança está a um passo de ser exposto quando se dá um passo no desconhecido, mesmo um desconhecido próximo. E para abordar o mundo é necessário cada vez mais dar esse passo. JL ...



André Coelho

David Campos

Francisco Sousa Lobo

Amanda Baeza

Tiago Baptista

Daniel Lopes


quinta-feira, 5 de novembro de 2015

100 Barulhos

Bruno Lisboa
2015

Um Artista sofre! Um Artista sofre porque tem de aguentar com os outros... E os outros pode ser a xungaria - ou "gunas" no Porto ou ainda "boys" - que anda por aí.
Bruno Lisboa lembrou-se de apontar "momentos altos" desta sub-cultura porque deve sofrer com ela. Se calhar já levou com um bulldog nos cornos ou se calhar já lhes comprou ganza mitrada, como havemos de saber?
É pena que sabe a pouco - esta malta jovem faz uma meia-dúzia de páginas e publica logo! -, não é profundo, os estereótipos dos bacanos são evidentes e estilizados com o grafismo desengonçado e abonecado de Lisboa - trabalho gráfico interessante, diga-se.
Sempre é melhor retratar esta miséria humana do que as conices da classe média mas o que eu queria era ver o Lisboa a oferecer este zine A5 a um guna à sério e ver o que aconteceria. Isso sim teria piada...

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Destruição ou bandas desenhadas sobre como foi horrível viver entre 2001 e 2010 / ESGOTADO


antologia de BD ... volume 10 da Colecção CCC ... projecto coordenado por Marcos Farrajota ... com as participações de José Smith, Ana Biscaia, Rudolfo, Rui Madeira, Afonso Ferreira, Rodolfo Brito, Chico, David Campos, Sílvia Rodrigues, Uganda Lebre, Christina Casnellie, Bárbara Fonseca, Gonçalo Duarte, André Coelho com Sara Gomes e Ricardo Martins com Iuri Landolt ... capa e design: Margarida Borges
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96p. 16,5x23cm a duas cores, capa a cores
500 exemplares
ISBN: 978-989-8363-02-2

apoios da Câmara Municipal de Cascais e Hülülülü
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talvez ainda existam exemplares à venda na BdManiaNeurotitan, Mundo FantasmaRastilhoOrbital e Linha de Sombra.
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Historial: lançado no Pequeno é bom (Ago'10) ... nomeada para Melhor Publicação Nacional e Melhor Obra Curta (Espaço/ Tempo de David Campos) nos Troféus Central Comics 2011

Feedback: A minha história na "Destruição" preferida foi a última - achei-a mais autêntica da toda a antologia. Gostei tambem da parte visual da 8 em 54529745,010 e, apesar de ser principalmente pop, a história com o Papa Parkinson (heh heh). Gostei como o livro foi impresso, com cor de laranja adicional!! Jakob Klemencic ... perfeitamente fabuloso! A selecção é excelente, o “acabamento” e aspecto gráfico são brilhantes… e é uma “novidade” face às “antologias de ilustração” (de que estou cansado e acho que não servem para nada!). A fazer lembrar que estas coisas ainda podem ser muito boas! Rafael Gouveia ... uma "espécie de editorial" por Marcos Farrajota no blogue da CCC ... As qualidades são várias, repetimos. E é essa amplitude, variedade, forças, diferença, e até indiferença para com as expectativas de salvação, que tornam esta – e outras – antologia um acto nada destrutivo mas bem pelo contrário contribuidor a um panorama cada vez maior e rico. Pedro Moura / Ler BD ... Who thought Portuguese comic books were dead? Chili Com Carne proves this is wrong Zoot... uma radiografia à novíssima banda desenhada de autor. Digamos, para situar os incautos, que se este fosse um volume de poesia, continuaria a vender pouco, mas teria honras de aparição nos suplementos culturais numa tentativa de aferir os mais recentes rasgos da criatividade nacional. Sendo banda desenhada, não chegará a tanto, mas quem quiser fazer o exercício por si não sairá defraudado. Reflexões sobre o presente, entre o poder dos media e o entretenimento como realidade, delírios político-futuristas envolvendo o Papa e nazis tresloucados, instantâneos do quotidiano ou distopias marcadas por pestes e pragas de vária ordem, as narrativas desta Destruição oscilam entre a estética mais crua do fanzine despreocupado e a procura de um rigor (da mise en pâge à estrutura narrativa, passando pelo traço e pela composição) que equipara este volume ao que de mais interessante se vai produzindo pelo mundo no que à bd diz respeito. Entre as influências mais óbvias (Charles Burns ou Mike Diana) e a definição de caminhos seguros, esta antologia podia ser uma mensagem contra a esperança no futuro – e queria sê-lo, cumprindo a herança punk e fanzinesca onde se inscreve – mas acaba por ser uma bolsa de oxigénio na modorra de um mercado que arrisca pouco, ganhando menos. Sara Figueiredo Costa in Ler ... 96 páginas para ponernos al día de lo que se cuece en el país de Cristiano. ¿Ah? ¿Qué no te gusta el futbol? Pues las páginas de esta antología es como una patada a los mismísima entrepierna (en caso de que seas sensible a las contunciones en esa zona corporal, claro). A destacar el trabajo apocalíptico de Afonso Ferreira, anfetamínico de Ricardo Martins y Ruben Landolt, las páginas de Uganda Lebre y las de Rui Madeira (...) y la espectacular portada de Margarida Borges. Martin Lam López in Bolido de Fuego

exemplos de páginas de Rudolfo da Silva, André Coelho, David Campos, José Smith, Uganda Lebre e Rui Madeira:


(a segunda cor deste livro é laranja, aqui são colocados os ficheiros originais enviados pelos autores)

sábado, 31 de outubro de 2015

SemConsenso. Banda desenhada, ilustração e política


Inaugura no Sábado, às 16h, no Museu do Neo-Realismo, em Vila Franca de Xira, a exposição SemConsenso. Banda desenhada, ilustração e política, comissariada por Pedro Moura.

Trata-se de uma mostra de trabalhos que compreenderá banda desenhada publicada em livros, jornais, revistas, publicações de vário cariz, assim como ilustrações editoriais, cartoons, e outros objectos menos comuns que, de uma forma ou outra, “abrem um novo espaço da política” (…). É uma constelação que não tem respostas nem pretende seguir os caminhos já trilhados ou pré-preparados para a “discussão séria”. Bem pelo contrário, são colocadas muitas perguntas. 

Esta exposição contará com a presença de trabalhos dos seguintes autores, de forma mais alargada ou mais concentrada: Alice Geirinhas, Álvaro Santos, Amanda BaezaAntónio Jorge Gonçalves, Bruno BorgesCarlos Pinheiro, Cristina Sampaio, Daniel Seabra Lopes, João Fazenda, José Feitor, José Smith Vargas, JuciferMarco Mendes, Marcos Farrajota, Marriette ToselMiguel Carneiro, Miguel Rocha, Nuno Saraiva, Nuno Sousa, Pepedelrey, Tiago Baptista e ainda mural de Pepedelrey & André Lemos.

Jucifer e Tiago Baptista


Zona de Desconforto à mostra...
Cristina Sampaio nas casas de banho do museu