quinta-feira, 21 de abril de 2016

Um arco-íris da sarjeta à barragem

As compilações nunca são perfeitas e ainda bem, senão o mundo seria impossível de aturar depois de uma antologia sem falhas! Seria uma Utopia!
Ventos Acinzentados é o regresso de uma editora de k7s dos anos 90, a Anti.Demos-Cracia, agora com novo fôlego ao ponto de fazer uma k7 com hora e meia de música!
Ouvi-la é como ouvir uma rádio em que não se sabe o que vamos ouvir a seguir (lembram-se da rádio quando era assim?) com todos os altos e baixos que isso implica. O lado A é demasiado dado a Gótico que se vomita de tanta parolice anacrónica mas salva-se logo com a participação de John Cooper Clarke, um ícone Punk que aqui debita o British Old Fart que é mas como se fosse buddy dos The Last Poets. É sem dúvida um dos momentos altos da k7, obrigado Manifestis Probatum!
Em termos globais o que impera mais por aqui é electrónica pós-industrial que lembra os saudosos tempos das colectâneas da Thisco - alguns nomes coincidem como os dos nossos camaradas Hist e Rasalasad. Alguns projectos enchem-se de funcionalidade dançável outros vão pelo Dark Ambient e pelo experimental. É este último grupo que torna a audição estimulante como Hesskhé Yadalanah, Flare, Teatro Grotesco (aquela onda old-school de bater em chapas), Resíduo, Vendaval Art Project e Hyaena Fierling (Iana Reis) revelando-se uma grande misturada de projectos antigos e defuntos, renascidos a soro e novas glórias. Que importa? A música não deveria ser intemporal? Não é para responder basta pensar numa mixtape para um amigo onde se pode gravar Ramones mortos e pitas novinhas em folha Pega Monstro...
Por fim é impossível não referir os Erros Alternados que não sei se é falta de talento ou mongolismo agudo mas é sem dúvida algo que não deixa ninguém indiferente... boa sorte!

1 comentário:

  1. Rectificando segundo erros, desinformação e desactualização detectada no texto: Fazer favor de conferir o seguinte site para actualização necessária quanto à informação que dispensam.
    A artista em questão reside em Inglaterra e encontra-se activa em composição desde 1999 sem interrupções de maior. O nome citado não é utilizado há muitos anos; o respectivo trabalho permanece, na maioria, invisivel por motivos que a razão desconhece; a secção arkhiv refere a discografia publicada desde há mais de uma década, for the most, uncharted territory.
    Favor ter em conta toda a informação patente no site antes de futuras referências.
    Esperamos que esta informação que vos providenciamos seja útil.
    http://akousmata.webs.com

    ResponderEliminar