Apesar da bíblia fatalista (redundância, qualquer texto sagrado é fatalista) Retromania de Simon Reynolds insistir na impossibilidade de novas revoluções na música e que assistimos a mera combinações e fusões de estilos de música devido à enorme mediateca que o século XX e XXI criou. Pode ser até verdade mas talvez fosse altura de assumir o "mutant dancefloor" (cito DJ Balli) como o denominador comum e/ou unificador que pode trazer à baila projectos tão diferentes em coordenadas geográficas, estéticas, sonoras e logísticas como Putan Club, Sly & Familly Drone, The Ex com Getachew Mekuria, Golden Teacher, Älforjs, 10 000 Russos, Albatre, Kufuki, Bernardo Devlin, HHY & Macumbas, Sektor 304 / Le Syndicat (o disco), Jazz Iguanas, DJ V/A, Lace Bows...
Ontem apareceu mais um grupo para meter neste saco de incongruências, apareceu é como quem diz, vi eu ontem um concerto dos noruegueses Ich Bin N!ntendo - e que vão tocar nos próximo 3 dias pelo país, Milhões incluído. Imaginem uns putos a lembrar The Fall mas com a segurança técnica de quem veio do Free/Noise/Improv, ou seja, fazem um post-punk tão certeiro mesmo quando passaram o tempo inteiro a improvisar... Vê-los a tocar é o "must", cheios de trejeitos do Rock mas com a energia necessária para não deixar ninguém indiferente - o baixo deles é letal! Em disco parece mais histérico e rápido do que ao vivo mas admito que ainda não tive tempo para respirar e pensar muito no assunto. Ah! falo de Lykke lançado pela portuguesa Shhpuma. Mas ide aos concertos primeiro... depois falamos.
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