ed. de autor; 2016
Nathan Ward
Descobri este autor e o seu "comic-book" através da Maximum Rock'n'Roll e com algum orgulho porque é bom saber de BD sem ser pelos meios "oficiais" de BD...
Ler em 2017 o Warpwish é como voltar aos anos 90 (não que isso seja importante) ou mais especificamente à antologia Zero Zero da Fantagraphics. Digo isto porque a Zero Zero ora publicava os autores novos do final de 90, quer americanos como o francês Blanquet ou o sueco Max Andersson, quer recuperava autores do "underground comix" dos 60 como Skip Williamson ou Kim Deitch. Isto para dizer que há um estilo de "heavy cartooning" no trabalho de Ward, que de certo modo foi-se perdendo ao longo deste milénio ora como os minimalismos à Lewis Trondheim ou do traço espontâneo a grafite de Anke Feuchtenberg foram influenciando grandiosamente as produções comerciais ou alternativas de BD. Este aspecto barroco de Ward pode ser ainda visto aqui e acolá, como o "nosso" Rudolfo quando está em modo de lambidela mas é realmente cada vez mais raro...
A publicação é a cores, impresso em papel jornal em concordância punk e torna-se numa lufada de ar fresco para quem se sente rodeado de risografia e impressão digital! Ward tem 25 anitos, se o acusarem alguma vez de ter nascido já velho, isso deveria ser um elogio tal a psicadelia da bonecada e tripanço em geral das suas histórias. Viva a MRR! Mais surpresas virão daqui!
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