Depois desta bela disposição de papa o papa, o Camarada Pepe envia-nos outra joia das livrarias portuguesas, desta feita na FNAC de Gaia, um sítio que nos parece bastante desequilibrado pois há nitidamente menos Corta-E-Cola / Punk Comix na prateleira do que o do Salvador Sobral:
What can we say? Punk sells...
domingo, 30 de julho de 2017
quinta-feira, 27 de julho de 2017
quinta-feira, 20 de julho de 2017
NECROmancia EDITorial SETE / MILhões de FESta 2017
é o mercado de edições independentes que intercepta música e grafismo
e está de volta ao
dentro do recinto do festival de 20 a 23 Julho das 19h à 1h da manhã
Além de fornecer do melhor do que se faz neste país no que diz respeito a BD, discos, fanzines, k7s e livros, pelas mãos da Chili Com Carne, Lovers & Lollypops, Gato Mariano, MMMNNNRRRG, Rui Moura (autor do cartaz), Signal Rex e Xavier Almeida. Este ano o "merch" das bandas que tocam neste divertido festival estarão também por nossa conta.
Quer dizer, mesmo que não queiras ter acesso ao melhor do underground português, se ouvires/ vires/ gostares de uma banda do Milhões, vais ter de vir ter connosco!
Quer dizer, mesmo que não queiras ter acesso ao melhor do underground português, se ouvires/ vires/ gostares de uma banda do Milhões, vais ter de vir ter connosco!
Mais tarde ou mais cedo, vais ter de lá bater com os costados!
Ouve só mais esta:
vamos oferecer-te um fanzine de BD com esta malta:
Rui Moura, Ana Caspão, Joaquim Almeida, João Silvestre, Xavier Almeida, Marcos Farrajota, Tiago da Bernarda, Gonçalo Duarte, André Pereira, Rudolfo e Ricardo Martins.
Vai ser uma verdadeira peça de colecção!
E tu irás pedinchar por ela!
Olha, não te armasses em cagão!
terça-feira, 18 de julho de 2017
Livros do contra
Apontamentos rápidos de vários livros de editoras independentes que tenho apanhado por aí...
Tudo indicaria que este seria o livro do ano mas Desobedecer às Indústrias Culturais (Deriva; 2017) de Regina Guimarães desilude. Metade do livro é uma análise acertada às ideias neo-liberais das "indústrias criativas e culturais" e sobre os desastres do Porto sobretudo por causa do merdas do Rui Rio e a gentrificação / disneylização da cidade - fenómeno que está atingir quase todas as cidades no mundo. Mas a outra metade é uma preguiça que só se justifica porque já se sabe que os poetas não curtem trabalhar. Então para encher chouriços Guimarães mete as (poucas) respostas a um questionário que fez a grupos "do contra" que só dizem leviandades para despachá-la. O pior, é que nada é dito COMO desobedecer! Não que um gajo queira uma cartilha de (des)obediência mas pelo menos entender o que fazer num cenário tão complicado em que vivemos. Já se sabe que quem trabalha neste meio independente artístico e cultural (sobre)vive cheio de contradições e paradoxos, justamente por isso é que merecia mais análise e discussão, não basta manda uns bitaites a soar a ressabiado. Shame on tha hippie!
Prosa poética feminista-queer pós-25 de Abril é a forma mais fácil de apresentar Lábio/ Abril (Traveller + Presente; 2015) de Daniel Lourenço - o nosso "agente provocador" quando apresentamos publicamente o livro sobre o Queercore do Camarada REP. Para simplificar ainda mais, ou para ficar mais angustiado, é escrito que foi dito no 25 de Abril que "a revolução não foi feita para prostitutas e homossexuais reivindicarem" - General Galvão de Melo dixit. Com isto, nada melhor que uma revanche literária dedicada a todos que ficaram excluídos da "democracia". Mesmo que se possa dizer que no máximo este bandalho de militar poderia estar ser reaccionário de forma meramente coloquial (seriam as prostitutas os vendidos? e os homossexuais os covardes?), convenhamos, a declaração serve na mesma para posicionar as mulheres e queers num cantinho sossegado e servil em 1974. Sendo data zero da nossa actual sociedade então este servilismo ainda está presente em 1984 ou 2014. Lourenço escreve contra um evento político feito de espingardas e pilas (os standards mentais dos militares) onde nitidamente precisava de mais cus e de conas. Imaginem como seria Portugal se o Mário Soares fosse gaja, o Eanes paneleiro ou o Pinto Balsemão transgender? Teria sido um país bem melhor, sem dúvida...
A Grain of Sound além de ter voltado e continuar a lançar música experimental de qualidade (um dos melhores discos de sempre foi feito por eles - este), agora mete-se nos livros! Já antes - há muito tempo - tinha uma revista em linha, a Sonic Scope Quartely, que mostrava que não brincavam em serviço. Cinza (2016) é um livro de fotografia de Nuno Moita mas para os puristas não será nada disso. As fotografias tiradas entre 2009 e 2016, em viagens a vários continentes, estão sobrepostas umas sobre as outras criando um caldeirão de cinzas que não permite fazer reconhecimentos de lugares ou de situações, como se espera da "realidade" da fotografia. Se calhar o que temos aqui é um livro de "foto-montagem" em que as cidades reais são transformadas em locais dignos do Blade Runner ou Neuromancer. O "cinza" da excelente impressão lembra que esse locais imaginados futuristas (mesmo que distópicos) deram lugar ao deserto do nosso século incapaz de ter uma visão de futuro mesmo que seja só para os próximos cinco minutos. O livro é acompanhado com um CD de Carlos Santos, tão nubloso como livro, sendo impossível não o considerar uma banda sonora. A voz da quarta faixa lembra os manifestos "this" do Rasalasad dos Antibothis... Hum, ladrão que rouba ladrão, mil anos de perdão.
Os portugueses continuam a ser uns broncos no que respeita à imagem. Prova disto é Fátima Kitsch : Outra estética (Fronteira do Caos; 2017) da Camarada Ondina Pires, um livro que deveria ser um "picture book" e não, é uma cagada digital... Depois de tratar do realizador maldito Kenneth Anger e o "rei do rock português" Victor Gomes, este terceiro livro de Ondina é sobre o "merch" que se produz naquele penico chamado Fátima. Para alguns poderá ser considerado oportunista lançar um título assim no ano em que se celebrou, com laivos de ecoterrorismo e acidente social, os 100 anos das revelações alucinadas dos três pastoritos. No entanto, conhecendo a autora, o interesse pelas santinhas de plástico e faiança é genuíno, a Ondina é uma coleccionadora nata, uma "nerd" pelo kitsch mais kitsch - não teria ela sido dos The Great Lesbian Show ou co-autora de fotonovelas com bonecada? Foi uma coincidência cósmica o livro ter saído por esta altura...
Feito de um texto simples e respeitoso, é explicado o kitsch, a criação e fabricação dos objectos de devoção a Fátima e para finalizar deveria ser uma galeria de fotografias da colecção de Ondina mas infelizmente as imagens são colocadas ao molho, mal impressas (impressão digital), com legendas pouco explicativas - aliás, nem são numeradas para indexar as referências no texto - e sobretudo mal-paginado sabe-se lá porquê! É preciso estar a rodar o livro centenas de vez para ver tudo como deve ser. A culpa, parece-me, é pelo facto de ser um "split-book" (de um lado em inglês e de outro em português) e por isso, talvez, os editores não quiseram colocar as imagens por uma ordem de leitura conforme se venha do lado inglês ou do outro. Assim colocaram todas as imagens na horizontal num sentido de quem vem do lado inglês e do outro de quem vem do português tornando-se num caos que dá jus ao nome da editora. É uma pena, este curioso acervo e extravagante conhecimento sobre o mesmo merecia ser melhor tratado. Diria que parece um livro da Paulus mas até estes emissários da ignorância fazem melhor...
Tonto (Ed. Valientes; 2017) é uma compilação de BDs, cartoons e cartazes para concertos punk do mexicano Abraham Diaz que também faz jus ao título... quanto à edição, antes demais, é excelente, o design de La Sanntera (aka, Camarada Lam López) melhora de edição para edição, julgo que se pode dizer que é um dos melhores designers de livros de BD do momento.
O conteúdo é divertido, desenhos porcalhões e tal, o grafismo é como se o estilo do Don Martin (da revista Mad) tivesse sido roubado pelo Vuillemin usando as "falhas" do Gary Pather. Tal como o Mike Diana quando foi para tribunal explicar os seus desenhos mostrou que o que fazia era por necessidade de deitar para fora os horrores da violência que lhe chegava pelos media e pela sociedade, também Diaz reage à ultra-violência da sociedade mexicana e deposita-nos em tanta merda sem sentido que se pode sufocar nela. A diferença entre os dois, é que o primeiro oferece ainda personagens inocentes, em que ainda se pode identificar naqueles bonecos toscos um bocado de humanidade que irá ser posta em prova com o Sade como Júri, em Diaz isso não acontece. Depois de fechar o livro, já não me lembro o que aconteceu de tão horribilis nas suas páginas...
Por fim, Comiczzzt! Rock e Quadrinhos : Possibilidades de Interface (Contato Comunicação; 2015) de Márcio Mário da Paixão Júnior - o granda-boss da Monstro Discos, Voodoo! e festival TRASH - é a sua tese de Mestrado, onde ele procura um interface entre o Rock e a BD.
Livro interessante que peca pelos trejeitos chatos da escrita académica - boooring - e pelo descuido gráfico do livro - nada de grave, como o livro da Ondina, mas percebe-se que quem o fez faltava-lhe amor pela coisa... Aprende-se várias curiosidades culturais no que respeita ao grafismo de discos ou sobre o underground comix dos anos 60, sendo que a procura de Márcio acaba por ir parar ao seu projecto musical, a banda Mechanics, mais concretamente no CD e o livro de BD Música para Antropomorfos de autoria do grande Fábio Zimbres - que assina uma bela capa, estragada pelo logótipo da editora, breargh... É este "making of" que acaba por ser mais incisivo pois se seguiram os "links" desta resenha já perceberam que a Música para Antropomorfos tem um conceito (e bom resultado, faça-se justiça!) muito interessante e híbrido. Food for brain!
Tudo indicaria que este seria o livro do ano mas Desobedecer às Indústrias Culturais (Deriva; 2017) de Regina Guimarães desilude. Metade do livro é uma análise acertada às ideias neo-liberais das "indústrias criativas e culturais" e sobre os desastres do Porto sobretudo por causa do merdas do Rui Rio e a gentrificação / disneylização da cidade - fenómeno que está atingir quase todas as cidades no mundo. Mas a outra metade é uma preguiça que só se justifica porque já se sabe que os poetas não curtem trabalhar. Então para encher chouriços Guimarães mete as (poucas) respostas a um questionário que fez a grupos "do contra" que só dizem leviandades para despachá-la. O pior, é que nada é dito COMO desobedecer! Não que um gajo queira uma cartilha de (des)obediência mas pelo menos entender o que fazer num cenário tão complicado em que vivemos. Já se sabe que quem trabalha neste meio independente artístico e cultural (sobre)vive cheio de contradições e paradoxos, justamente por isso é que merecia mais análise e discussão, não basta manda uns bitaites a soar a ressabiado. Shame on tha hippie!
Prosa poética feminista-queer pós-25 de Abril é a forma mais fácil de apresentar Lábio/ Abril (Traveller + Presente; 2015) de Daniel Lourenço - o nosso "agente provocador" quando apresentamos publicamente o livro sobre o Queercore do Camarada REP. Para simplificar ainda mais, ou para ficar mais angustiado, é escrito que foi dito no 25 de Abril que "a revolução não foi feita para prostitutas e homossexuais reivindicarem" - General Galvão de Melo dixit. Com isto, nada melhor que uma revanche literária dedicada a todos que ficaram excluídos da "democracia". Mesmo que se possa dizer que no máximo este bandalho de militar poderia estar ser reaccionário de forma meramente coloquial (seriam as prostitutas os vendidos? e os homossexuais os covardes?), convenhamos, a declaração serve na mesma para posicionar as mulheres e queers num cantinho sossegado e servil em 1974. Sendo data zero da nossa actual sociedade então este servilismo ainda está presente em 1984 ou 2014. Lourenço escreve contra um evento político feito de espingardas e pilas (os standards mentais dos militares) onde nitidamente precisava de mais cus e de conas. Imaginem como seria Portugal se o Mário Soares fosse gaja, o Eanes paneleiro ou o Pinto Balsemão transgender? Teria sido um país bem melhor, sem dúvida...
A Grain of Sound além de ter voltado e continuar a lançar música experimental de qualidade (um dos melhores discos de sempre foi feito por eles - este), agora mete-se nos livros! Já antes - há muito tempo - tinha uma revista em linha, a Sonic Scope Quartely, que mostrava que não brincavam em serviço. Cinza (2016) é um livro de fotografia de Nuno Moita mas para os puristas não será nada disso. As fotografias tiradas entre 2009 e 2016, em viagens a vários continentes, estão sobrepostas umas sobre as outras criando um caldeirão de cinzas que não permite fazer reconhecimentos de lugares ou de situações, como se espera da "realidade" da fotografia. Se calhar o que temos aqui é um livro de "foto-montagem" em que as cidades reais são transformadas em locais dignos do Blade Runner ou Neuromancer. O "cinza" da excelente impressão lembra que esse locais imaginados futuristas (mesmo que distópicos) deram lugar ao deserto do nosso século incapaz de ter uma visão de futuro mesmo que seja só para os próximos cinco minutos. O livro é acompanhado com um CD de Carlos Santos, tão nubloso como livro, sendo impossível não o considerar uma banda sonora. A voz da quarta faixa lembra os manifestos "this" do Rasalasad dos Antibothis... Hum, ladrão que rouba ladrão, mil anos de perdão.
Os portugueses continuam a ser uns broncos no que respeita à imagem. Prova disto é Fátima Kitsch : Outra estética (Fronteira do Caos; 2017) da Camarada Ondina Pires, um livro que deveria ser um "picture book" e não, é uma cagada digital... Depois de tratar do realizador maldito Kenneth Anger e o "rei do rock português" Victor Gomes, este terceiro livro de Ondina é sobre o "merch" que se produz naquele penico chamado Fátima. Para alguns poderá ser considerado oportunista lançar um título assim no ano em que se celebrou, com laivos de ecoterrorismo e acidente social, os 100 anos das revelações alucinadas dos três pastoritos. No entanto, conhecendo a autora, o interesse pelas santinhas de plástico e faiança é genuíno, a Ondina é uma coleccionadora nata, uma "nerd" pelo kitsch mais kitsch - não teria ela sido dos The Great Lesbian Show ou co-autora de fotonovelas com bonecada? Foi uma coincidência cósmica o livro ter saído por esta altura...
Feito de um texto simples e respeitoso, é explicado o kitsch, a criação e fabricação dos objectos de devoção a Fátima e para finalizar deveria ser uma galeria de fotografias da colecção de Ondina mas infelizmente as imagens são colocadas ao molho, mal impressas (impressão digital), com legendas pouco explicativas - aliás, nem são numeradas para indexar as referências no texto - e sobretudo mal-paginado sabe-se lá porquê! É preciso estar a rodar o livro centenas de vez para ver tudo como deve ser. A culpa, parece-me, é pelo facto de ser um "split-book" (de um lado em inglês e de outro em português) e por isso, talvez, os editores não quiseram colocar as imagens por uma ordem de leitura conforme se venha do lado inglês ou do outro. Assim colocaram todas as imagens na horizontal num sentido de quem vem do lado inglês e do outro de quem vem do português tornando-se num caos que dá jus ao nome da editora. É uma pena, este curioso acervo e extravagante conhecimento sobre o mesmo merecia ser melhor tratado. Diria que parece um livro da Paulus mas até estes emissários da ignorância fazem melhor...
Tonto (Ed. Valientes; 2017) é uma compilação de BDs, cartoons e cartazes para concertos punk do mexicano Abraham Diaz que também faz jus ao título... quanto à edição, antes demais, é excelente, o design de La Sanntera (aka, Camarada Lam López) melhora de edição para edição, julgo que se pode dizer que é um dos melhores designers de livros de BD do momento.
O conteúdo é divertido, desenhos porcalhões e tal, o grafismo é como se o estilo do Don Martin (da revista Mad) tivesse sido roubado pelo Vuillemin usando as "falhas" do Gary Pather. Tal como o Mike Diana quando foi para tribunal explicar os seus desenhos mostrou que o que fazia era por necessidade de deitar para fora os horrores da violência que lhe chegava pelos media e pela sociedade, também Diaz reage à ultra-violência da sociedade mexicana e deposita-nos em tanta merda sem sentido que se pode sufocar nela. A diferença entre os dois, é que o primeiro oferece ainda personagens inocentes, em que ainda se pode identificar naqueles bonecos toscos um bocado de humanidade que irá ser posta em prova com o Sade como Júri, em Diaz isso não acontece. Depois de fechar o livro, já não me lembro o que aconteceu de tão horribilis nas suas páginas...
Por fim, Comiczzzt! Rock e Quadrinhos : Possibilidades de Interface (Contato Comunicação; 2015) de Márcio Mário da Paixão Júnior - o granda-boss da Monstro Discos, Voodoo! e festival TRASH - é a sua tese de Mestrado, onde ele procura um interface entre o Rock e a BD.
Livro interessante que peca pelos trejeitos chatos da escrita académica - boooring - e pelo descuido gráfico do livro - nada de grave, como o livro da Ondina, mas percebe-se que quem o fez faltava-lhe amor pela coisa... Aprende-se várias curiosidades culturais no que respeita ao grafismo de discos ou sobre o underground comix dos anos 60, sendo que a procura de Márcio acaba por ir parar ao seu projecto musical, a banda Mechanics, mais concretamente no CD e o livro de BD Música para Antropomorfos de autoria do grande Fábio Zimbres - que assina uma bela capa, estragada pelo logótipo da editora, breargh... É este "making of" que acaba por ser mais incisivo pois se seguiram os "links" desta resenha já perceberam que a Música para Antropomorfos tem um conceito (e bom resultado, faça-se justiça!) muito interessante e híbrido. Food for brain!
sábado, 15 de julho de 2017
Bestiário Ilustríssimo --- 2ª edição ESGOTADA
O Bestiário Ilustríssimo foi reeditado com uma nova capa e mais ilustrações.
A primeira edição encontra-se esgotada bem como esta segunda edição!
capa de Joana Pires |
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Volume -2 da colecção THISCOvery CCChannel
Publicado pela Chili Com Carne e Thisco, em Abril 2012, com prefácio de Marco Santos, ilustrações de Joana Pires e design de Ecletricks
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268p. p/b 22x16cm, capa a cores
ISBN: 978-989-8363-12-1
ISBN e-book: 978-989-8363-13-8
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talvez ainda encontrem exemplares na Matéria-Prima, Fábrica Features, Artes & Letras, Flur, Rastilho, Glam-O-Rama, Apop Shop e MOB. Versão e-book na Todoebook.
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Historial : lançado no dia 17 de Abril 2012 na Trem Azul no âmbito do Festival Rescaldo ... segunda edição em Julho 2014 com nova capa e novas ilustrações ...
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Feedback : 4 estrelas em 5 no Público ... Nascidos não com o propósito de terem forma de livro, os textos que compõem "Ilustríssimo Bestiário" partilham aquela partícula de coerência e complementaridade que o incessante virar de páginas tão bem faz evidenciar. Escritos em Marte, como Marco Santos afirma no prefácio, estes 50 textos têm de facto origens (artigos, folhas de sala de concertos, notas de discos) e temáticas dispersas (apesar da música ser obviamente o centro gravitacional), mas a cola cósmica que os une, sob a forma de metáforas, analogias e uma forma muito peculiar de pensar a música - buscando sinestesia na arte e reflectindo as plurais utilizações da tecnologia (...). Os nomes que pululam nesta obra vêm de diversos meios - artes plásticas, literatura, banda desenhada,... - e, entre outros, contam-se Genesis P. Orridge, Matthew Herbert, John Cage, Marguerite Duras, Archie Shepp, Miles Davies ou Zeca Afonso, tendo alguns deles ganho vida também através do traço de Joana Pires, complemento e espécie de concretização visual do universo rendilhado, denso e imagético de Paes in Flur ... os temas e os textos surgem de forma clara e fluída, apenas não percorrem os caminhos trilhados habitualmente, mas é precisamente por isso que são fundamentais, pois iluminam com uma nova luz coisas que nos passariam despercebidas ou que apenas intuiríamos. Em suma, um livro indispensável para todos aqueles que procuram uma escrita apaixonada sobre a música mais desafiante dos nossos sentidos. in Under Review
L'oeuvre de Rui E. Paes est une encyclopédie à entrées multiples. Le pacte de lecture qui nous est proposé semble être la volonté de démasquer le discours officiel sur l'art(s). Dans un pays qui vient d'abolir "Le Ministère de la Culture", la lutte contre la peste noire (ou fascisme/ dictature) ne peut passer par le repli sur soi. Le mérite et le courage de l'auteur c'est d'avoir mis son savoir et ses idées au service de la compréhension du monde qui nous entoure. Autrement dit, en autorisant un regard critique sur le début du XXI siècle. in Cosméticas ... Todos estos artistas, grupos, etc. no vienen adornados en una abultada y anodina lista de datos biográficos ni una recomendada selección de sus mejores discografías (“Este es un libro con personas dentro”). Al contrario, la excelente información obtenida en Bestiário Ilustrissimo a partir de la documentación y enfoque ensayista de REP, le da un valor personal y erudito al autor; y acertado y ameno a su obra, fundamental para la lectura del libro y conocimiento de estas músicas minoritarias. in Oro Molido
Rui Eduardo Paes
Com mais 30 anos de actividade repartida entre o jornalismo cultural, a crítica de música e o ensaísmo teórico, Rui Eduardo Paes é autor de vários livros sobre as músicas criativas, cobrindo o leque de tendências que vai do avant-jazz à música experimental, passando pelo rock alternativo, a música contemporânea, a new music, a música improvisada e a electrónica. É o editor da revista jazz.pt. É membro da direcção da associação Granular, dedicada à promoção do experimentalismo na música e nas artes audiovisuais e performativas portuguesas.
Vem colaborando com instituições como Fundação de Serralves, Fundação Calouste Gulbenkian, Culturgest e Casa da Música na elaboração de textos de apoio e folhas de sala. É o autor dos "press releases" da editora discográfica Clean Feed. Foi um dos fundadores da Bolsa Ernesto de Sousa, presidida pelo compositor e cineasta Phil Niblock (Experimental Intermedia Foundation), de que é membro permanente do júri em representação da Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. Assessorou a direcção do Serviço ACARTE da Fundação Calouste Gulbenkian e integrou o júri do concurso de apoios sustentados do Instituto das Artes / Ministério da Cultura para o quadriénio 2005-2008.
sexta-feira, 14 de julho de 2017
Para mais tarde recordar...
Eis um disco que limpa as pistas todas. Sabemos de onde isto vem e para onde vai mas quando se ouve, nesse preciso momento estamos a Leste. Enter Humcrush (Shhpuma; 2017) é um CD que começa com uma explosão free-jazzística, coisinha irritante e cliché que felizmente só demora um minuto e tal, assim que entra o tema-título e segundo tema do CD, deixa qualquer um perdido, o que raios é isto? Krautrock? Jazz Cósmico? Hip Hop Illbient? Industrial para pequenos e médios intelectuais? Andamos em terrenos sonoros familiares, vizinhos dos sonhos só que... é estranho e como escrevi no início, já se ouviu tudo isto mas soa a novo, como se tivesse sido imaginado mas nunca gravado.
Humbug é um duo norueguês de músicos que tocam sintetizadores e bateria, experientes que são fazem música que parece simples, ainda mais com uma gravação quentinha - parece que estão a tocar aqui mesmo ao lado. De longe que fizeram o álbum do ano, perfeito e certinho mas é daqueles que deixa espaço para lá voltar mais tarde e redescobri-lo...
quarta-feira, 12 de julho de 2017
quinta-feira, 6 de julho de 2017
domingo, 2 de julho de 2017
The nerve!
Vamos a este mercado - antigamente conhecido pela Feira das Almas - no espaço Anjos 70 e vamos aproveitar a estreia para despachar livros manuseados (do Festival de BD de Beja e Feira do Livro de Lisboa) a preços bem aliciantes!
Vai ser só no Domingo, dia 2 de Julho!
sábado, 1 de julho de 2017
This is punk!
esta foto é da Cíntia Sarmento |
Fotos de A. Cortez de ontem (lançamento do livro Corta-E-Cola / Punk Comix) no DISgraça