shhh... com o seu recém-chegado quinto álbum, I, of the storm, é o grande disco da Thisco! Para já porque é um vinil 12" (a Thisco só editou uma vez neste formato). Depois porque tem uma capa brutal e arrepiante. E claro, o trabalho do shhh... se já era o que mais se destacava nesta editora aqui mostra o som mais potente de sempre.
A música Electrónica também está em crise, se os anos 90 foram os de todas as explorações possíveis - do mais extremo ao mais comercial - nitidamente foram os momentos de expansão. Agora, pergunto se não se coloca a questão de que não se consegue avançar mais estando já as formas bastantes definidas (por ex: Noise, Drum'n'Bass, Dubstep). Resposta parece que não será em frente que poderá se seguir porque a "Retromania" também já atingiu "esta música". O que se assiste é o voltar à Nostalgia, ou o andar de lado acrescentando novos elementos inesperados como fazem alguns "pranksters" (Black Taiga, DJ Balli ou Walt Thisney) ou ainda maximizando as fórmulas in extremis como acontece com as produções da BLEID ou os sub-géneros Extratone ou Black Midi. shhh... será daqueles que virá para trás mas sem cair de cu, a sua cabeça está lúcida, a visão está a captar tudo para dar ordens ao cérebro e ao corpo para dar um jeitinho para não cair numa posição inglória e sem se magoar. Elegante como um bailarino visto em slow-motion num ecrã, é assim este LP.
Reconhece-se Drill'n'Bass, Industrial, Ambient, elementos concretos, IDM mas tudo em doses homeopáticas bem entrelaçadas. Num ano em que Portugal vive o Inverno na altura da Primavera, este disco é para um gajo se meter no sofá, com uma mantinha, a olhar prá janela, reflectir que a Mãe Gaia está toda fodida e que o próximo na lista serás TU e os teus pares! Esta depressão será, no entanto, ligeira uma vez que é preciso ir mudar o lado do disco... ufa!
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