primeiro volume nova colecção da Chili Com Carne, LowCCCost, dedicada a livros de viagens
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de Ana Ribeiro, Joana Pires, Marcos Farrajota, Ricardo Martins
e Sílvia Rodrigues
e Sílvia Rodrigues
em Espanha, Itália, Eslovénia, Sérvia, Áustria, Alemanha e França
8000 km / 15 dias
sobre a tour europeia da Chili Com Carne realizada entre 1 e 15 de Setembro 2010 nas cidades de Valência, Bolonha, Ljubjana, Pancevo, Graz, Berlim, Poitiers e Vigo.
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participações especiais de Karol Pyrcik, Jorge Parras, Martin López Lam, Jakob Klemencic, Aleksandar Zograf, Simon Vuckovic, Vuk Palibrk, Christina Casnellie, Andrea Bruno, Igor Hofbauer, Edda Strobl, Helmut Kaplan, Pilas versus Nanvaz, e ainda com Gasper Rus, David Krancan, Matej de Cecco, Matej Lavrencic, Katie Woznicki, Letac, Boris Stanic e Johana Marcade nas comic jams feitas em Ljubljana e Pancevo.
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banda sonora gratuita em linha: "A Grande Explosão" de Ghuna X via Phonotactics
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128 p. 23 x 16,5 cm impressas a azul escuro, capa impressa a branco sobre cartolina Dali bluemarine 285 gr com badanas; ISBN: 978-989-8363-11-4
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ESGOTADO
talvez ainda encontrem exemplares na Fábrica Features, Matéria Prima, Mundo Fantasma, Tasca Mastai e Tinta nos Nervos.
talvez ainda encontrem exemplares na Fábrica Features, Matéria Prima, Mundo Fantasma, Tasca Mastai e Tinta nos Nervos.
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sobre o livro: a tournê europeia Spreading Chili Com Carne Sauce in Boring Europa tinha como objectivo principal divulgar o trabalho da Associação e dos seus artistas. Até pode parecer um acto desesperado de querer mostrar "à força" o nosso trabalho mas, desde sempre, a CCC trabalhou com projectos e autores estrangeiros – Mutate & Survive, Mike Diana, Greetings from Cartoonia, MASSIVE, Festival Crack, etc... O problema é que quase nunca vemos estes nossos amigos, dada a solidão imposta pela nossa posição periférica. Fomos dizer "olá" ao pessoal amigo! E aos que só comunicávamos por correio! E, claro, conhecer malta nova! Fomos percorrer 8000 Km de Europa em 15 dias oferecendo um pacote completo de cultura underground portuguesa a quem nos recebesse: concertos de R- e Ghuna X, festa animada com o unDJ MMMNNNRRRG, exposição de impressões e serigrafias, e, claro, uma enorme selecção de zines, livros e discos independentes. Em troca queríamos apenas simples alojamento, comida (se fosse possível à organização) e dinheiro das entradas para os espectáculos. Se os punks e metaleiros fazem isto porque não podemos fazer a mesma coisa com livros? Get in the van!
Decidimos chamar a coisa de boring, pelo sim pelo não, porque vivemos numa uniformização cultural capitalista à escala global - como tão bem ironiza Jakob Klemencic algures no livro - em que as identidades nacionais ficaram reduzidas a meia dúzia de artefactos rurais e rituais anacrónicos prontos para serem vampirizados pelos comportamentos fotográficos dos “turistas = terroristas”.
Desde o início pensámos que só podia ser bom editar um livro com os desenhos dos viajantes - um relato on the road das pessoas com quem nos cruzámos, das cidades e dos países que visitámos, etc... Era impossível de falhar: seis pessoas a desenhar, seis livros de esboços fundidos num livro "oficial". Pura ingenuidade! A excitação de conduzir, o esforço físico de alguns trajectos, a desistência da Sílvia Rodrigues, logo ao terceiro dia, e a falta de confiança em desenhar da maior parte dos participantes deixou-nos apenas com UM caderno de esboços da Ana Ribeiro. Todas as outras participações tiveram de ser feitas à posteriori, complicando com os prazos pessoais e profissionais de quem gozou estas férias diferentes. Juntámos textos, BDs, desenhos “acabados” bem como “esboços” da Ana Ribeiro, Joana Pires, Marcos Farrajota, Ricardo Martins e Sílvia Rodrigues; e bds de autores estrangeiros que relatam a recepção da nossa “caravana” - Jorge Parras, Martin López Lam, Jakob Klemencic, Aleksandar Zograf, Vuk Palibrk e Christina Casnellie. Outros cederam-nos desenhos ou bds sobre viagens para enriquecer esta edição - Andrea Bruno, Igor Hofbauer, Edda Strobl, Helmut Kaplan, Pilas versus Nanvaz. Compilámos as melhores BDs-cadáver-esquisitos ou comic jams feitas em Ljubljana e Pancevo - são bds feitas numa sessão com várias pessoas em que cada um desenha uma vinheta continuando o trabalho dos anteriores perdendo-se sempre o controlo do avanço da “estória”.
Em "Lissabon", a Karol Pyrcik ficou a tomar conta das gatas do Marcos e da Joana, e a fazer um diário gráfico sobre a sua estadia, contrapondo as nossas visões, mas fez batota e produziu umas divertidas ilustrações sobre futilidades lisboetas e quotidianas.
Criámos um inovador “Frankenstein comix” ou uma Babel impressa? Em breve teremos reacções a este livro. Esperamos ter surpresas exteriores tão agradáveis como as que tivemos quando chegávamos aos sítios durante a digressão.
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Apoios (tour e livro): GRRR Program + Centro Cultural de Pancevo, IPJ, MMMNNNRRRG e Neurotitan
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Historial: Realização da tour Spreading Chili Sauce around Boring Europa (1-15 Set) ... Lançamento 27 de Março na MapDesign (Lisboa) e 2 de Abril na Feira do Jeco (10 anos dos Maus Hábitos) 2011 ... referência no Gabinete de Crise ... Cabaz Underground (sorteio dia 3 de Abril nos Maus Hábitos) ... reportagem na Câmara Clara (RTP2) ...
Feedback :
reacções de viajantes aqui
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I love tour books about la merde de la europa / jes we can Igor Hofbauer
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O nome dificilmente poderia ser mais sugestivo e paradoxal (...) Porque, por mais quilómetros que façamos (...) o Velho Continente é cada vez mais um corpo uno. Ainda assim, o que vem dentro das páginas (...) é tudo menos entediante. Muitas ilustrações, desenhos e BD, uma forte componente gráfica e um sem-número de diálogos impróprios para gente sem sentido de humor. Tudo a duas só cores, azul e branco. Rotas & Destinos
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(...) espécie de périplo autoreflexivo na forma mista de diário/ reportagem sobre uma viagem por uma Europa de movimentos independentes, que se transforma numa espécie de mini-manifesto (é algo pomposo, mas adequado) sobre modos de pensar a arte, a vida, o mundo. Destaque aqui para o importante trabalho de Marcos Farrajota, que, com todas as suas limitações formais, tem aqui um papel crucial ao unir as diferentes contribuições e preencher espaços em branco, destacando-se ainda o seu olhar sobre as várias contra-culturas que o grupo vai encontrando na viagem, entre a extrema empatia/ admiração e o desprezo ácido (o episódio de Berlim é particularmente elucidativo). Sem este fio condutor o livro seria uma amálgama de acasos individuais, e não faria grande sentido. JL
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(...) é um livro que deve tanto à mítica Torre de Babel como às auto-estradas europeias, misturando várias línguas e registos tão diversos (...) Surpreendentemente, o resultado é tão coerente como são caóticos os dias aqui retratados. Mais do que uma colagem de histórias e fragmentos, Boring Europa é um livro de viagens, uma aventura em 8000 quilómetros de estrada e, sobretudo, um contributo relevante para se pensar a Europa e as suas relações internas. Agora que a ajuda entre países (mais ou menos forçada) anda na boca de toda a gente, seis pessoas e uma carrinha dizem mais sobre as vias possíveis para o encontro e sobre a capacidade de nos conhecermos para lá das fronteiras do que todas as directrizes da União Europeia. Sara Figueiredo Costa in Ler
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Hace casi un año tuve la oportunidad de presenciar una de las exposiciones más atrevidas y frescas de ilustración y cómic de todo el tiempo que llevo dedicado al mundo gráfico y a la autoedición. Acostumbrado a una corrección profesional y buen rollista, que muchas veces rosa el aburrimiento y mojigatería, que encuentro habitualmente en la gráfica convencional -en la prensa, en la calle y en las estanterías de las librerías-, la expo-guerrilla del colectivo portugués Chili Com Carne resultó ser un contundente puñetazo visual e ideológico que demostraba, con la práctica, otras maneras de entender la ilustración y el quehacer visual. La exposición duro sólo dos días y era la primera parada en el tour Spreading Chili Sauce around Boring Europe que llevó a los CCC por España, Serbia, Austria, Francia, Italia, Eslovenia y Alemania, en 15 días y cuyo diario de viaje, publicado bajo el título Boring Europa, cuenta el cómo, cuando, cuanto y por qué recorrer alrededor de 8000 km con una furgo cargada de fanzines, y puede servir como guía de lo que es la autogestión cultural. Martin López in Bólido de Fuego
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Quase todas as histórias tocam, portanto, aspectos autobiográficos, referentes aos acontecimentos destas visitas, mas ao mesmo tempo são também testemunho de variadíssimas práticas alternativas. Não apenas da cultura (música, artes visuais, festas, feiras) mas também das práticas propriamente ditas. Ou seja, da angariação de fundos, da organização de eventos, na forma como se gere um fundo de maneio, nos modos como se criam alternativas ao(s) mercado(s) convencional(ais), como se recebem os convidados, da cozinha à dormida, e sem esquecer aspectos de turismo (...) E além disso, as jantaradas e conversas em torno de cervejas e cigarros, que levam a discussões breves mas que apontam a interessantes tomadas de posição face aos estereótipos, expectativas e jogos de projecção que o encontro de “nacionalidades” forçosamente fornece. São muitos os pormenores estranhos e curiosos deste livro, deste a sua forma de organização, à “sinalização” que identifica as autorias, até ao tal orçamento ou custos da aventura, e os dados dos espaços visitados, que poderia até funcionar como convite à visita dos leitores (...) Pedro Moura in Ler BD
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Um livro on the road, desenhado durante e após o tour dos autores num registo quase sempre próximo do biográfico. Foram 8000 Km de Europa percorridos em 15 dias, a bordo de uma carrinha e com orçamento reduzido. Mais do que um pout-pourri colado à pressão do trabalho dos diferentes autores, existe nesta obra um vero fio condutor (no pun intended), graças a um excelente trabalho de editor. É também um importante testemunho da existência de alternativas: à edição, à distribuição, à venda, à performance, à BD, à música, à arte, ao entretenimento, à festa, à viagem, à estadia, à habitação, ao turismo, à amizade, ao conformismo. E paralelamente vai-se criando a evidência de que, enfastiante ou não, não existe uma mas sim várias Europas. Afinal, mais do que estereótipos nacionais, somos todos indivíduos. Bandas Desenhadas
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