A Divina Comédia de Dante Alighieri (1265–1321) é daqueles livros que toda a gente já ouviu falar mas terão sido poucos os que realmente o leram.
O Inferno tem nove círculos nos quais as almas dos condenados são punidas de forma burocrática. Entre elas vamos encontrar alguns dos inimigos de Dante – entre muitas coisas, esta obra também é uma sátira política. Dante viu o nascimento do Capitalismo tal como o conhecemos e criticou os novos ricos do seu tempo.
Quando Marcel Ruijters trabalhava neste livro, havia cada vez mais conversas nos media sobre a morte do capitalismo. A edição original holandesa saiu meses antes da queda dos mercados de 2008.
Esta adaptação que é feita num estilo de “gozo medieval” é a forma que Ruijters encontrou de criar interesse pelo texto original.
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edição MMMNNNRRRG
120p. p/b, capa 3 cores, 165x230mm
500 exemplares impressos em Dezembro 2012
ISBN: 978-989-97304-5-8
tradução: Ondina Pires --- arranjo gráfico: Joana Pires
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PVP: 15 Euros
à venda na loja online da CCC e Matéria-Prima, Ugra Press (Brasil), Neurotitan (Berlim), Utopia, Tinta nos Nervos, Universal Tongue, Tortuga e SNOB.
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Feedback:
Inferno é o melhor trabalho de Marcel Ruijters, um dos livros mais hilariantes nos tempos recentes. A versão de Ruijters do La Divina Commedia de Dante é uma pastiche grotesca com belos desenhos (…) cheia de trocadilhos visuais à Tex Avery, que deixa os leitores em risinhos.
Relatório do Júri VPRO para melhor BD holandesa de 2008
Inferno é cheio de horror e humor. As surpresas e piadas aparecem sobretudo nos detalhes dos seus robustos desenhos.
De Groene Amsterdammer [jornal holandês]
Quando se compara com a arte, obrigatóriamente romântica, de Doré, os desenhos de Ruijters são fixes e excitantes. Ele alterou uma obra clássica com aprazível malícia.
Elsevier Weekblad [jornal holandês]
Já tenho um exemplar; e está uma maravilha!!! :D
Mr. Esgar [e-mail 19/12/12]
André Coelho também curtiu mas disse palavras profanas que nos impede a reprodução [19/12/12]
diálogo intenso com Dante (...) não se poupam as críticas ao poder temporal, à mesquinhez quotidiana e aos expedientes comuns de corrupção, na ascensão social e no enriquecimento fácil. (...) uma releitura pertinente à luz do presente.
Sara Figueiredo Costa / Atual / Expresso [4 estrelas em 5]
Ruijters alcança aqui um acto alquímico
Pedro Moura / Ler BD
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Historial:
Melhor BD Holandesa 2008
edição portuguesa lançada na última Feira Laica (Lisboa) e na Mundo Fantasma (Porto) com exposição de originais e serigrafia impressa pelo atelier Mike Goes West em Dezembro 2012
edição francesa pela The Hoochie Coochie em 2013
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algumas páginas aqui:
foto: Paul Gravett, em Ravenna (2007) |
Actualmente é editor da revista Zone 5300 (de Roterdão, onde o autor reside), escreve crítica a BD no jornal Dagblad De Limburger, faz ilustrações, traduções e tudo o mais que é preciso fazer neste mundo da edição. O seu livro mais conhecido será Trogloditas, que teve edição holandesa (pela Oog & Blik), norte-americana (Top Shelf Comix) e portuguesa (Polvo).
Com Sine Qua Non mudou de estilo gráfico e começou a explorar o imaginário medieval, tendo o livro sido editado pela prestigiada Les Editions de l’An 2. A continuação deste novo estilo é Inferno, livro ganhou o melhor álbum de BD na Holanda em 2008 e que chega a Portugal pela MMMNNNRRRG.
Apesar de já ter participado em várias exposições colectivas em Portugal – como a celebre Honey Talks na Bedeteca de Lisboa, organizada pelo colectivo esloveno Stripburger – Ruijters terá a sua primeira exposição a solo na galeria da Mundo Fantasma em Dezembro 2012, sendo feito para a ocasião uma serigrafia pelo Atelier Mike Goes West.
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