Flyer de Rudolfo remixando o passado 8bit |
sexta-feira, 30 de junho de 2023
DJ Balli em Lisboa e Montemor-O-Novo!!
sexta-feira, 23 de junho de 2023
Breakcore doméstico
Ainda não sabemos onde o Domestic Arapaima irá com o DJ Balli tocar na Sexta-feira de 30 de Junho em Lisboa - porque é uma cidade de merda! - mas pelo menos na província isso já está safo. Deverá tocar (literalmente) os dois discos-vinis 10" que constituem La Cuadra (Sonic Belligeranza; 2022), a sua estreia vinílica - como aconteceu com os Kebabs quando saiu o seu disco? Porque raios estão 31 minutos de música distribuído por dois 10" só pode ser por questões de qualidade de som e percebe-se quando se houve estas épicas rodelas. Na essência temos um disco de Breakcore sendo que ao contrário das samplagens selvagens de Jason Forrest ou Venetian Snares, aqui tudo é tocado por músicos verdadeiros, em carne e osso. Por isso, as faixas que incluem pózinhos de Tango, Polka, Ópera (sim essa faixa parece Igorrr), étnico-qualquer-coisa (vulgo, "apropriação cultural" como os tótós lhe chamam agora), banjo(core), jazz punheta ou Death, os instrumentais são mesmo gravados de propósito, o que dá uma dimensão sonora algo pujante - e umas boas colunas provam isso. A salganhada lembra uma espécie de Secret Chiefs 3 doméstico, embora no final os ritmos Hardcore pulverizam todo este exercício bizarro de virtuosismo. A descobrir... em Montemor-O-Novo!
terça-feira, 20 de junho de 2023
Histórias das poderosas Canetas
A Chili Com Carne volta a colaborar com o projecto Story Tellers, desta vez com a sua "residência" no Le Monde Diplomatique (ed. portuguesa) e a secção Será a caneta mais poderosa do que a espada? Trata-se de uma selecção de respostas dadas por oito (nove!) artistas à pergunta que se repete desde Janeiro de 2019 sempre com respostas inesperadas!
Lendo QR codes no Parque Silva Porto, em Benfica, poderão recuperar a estreia desta secção com Francisco Sousa Lobo - quase uma introdução para o seu novo livro Cartas Inglesas -, seguido de André Coelho com Manuel João Neto, Amanda Baeza, Hetamoé, Ana Biscaia, André Lemos, a artista convidada Cátia Serrão e o misterioso 40 Ladrões que fez recentemente um Mesinha de Cabeceira.
As BDs vão estar disponíveis a partir do dia 21 de Junho até o dia 21 de Setembro.
sexta-feira, 16 de junho de 2023
segunda-feira, 12 de junho de 2023
Chicão esgotado!
sábado, 10 de junho de 2023
Caminhando Com Samuel /// NOVA EDIÇÃO (mais bonita, nova capa, mais páginas) / últimos exemplares!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Nova edição do livro de bd de Tommi Musturi
pela MMMNNNRRRG
Tommi Musturi é um dos autores mais importantes na Finlândia, e também como dinamizador da BD. Já visitou três vezes Portugal: Salão Lisboa 2005, na Feira Laica 2009 na Bedeteca de Lisboa, onde estava patente a exposição da antologia GlömpX, que participou como autor, comissariou e editou, e recentemente no Festival de BD de Beja (2014). Também já publicou em Portugal na revista Quadrado e no Mesinha de Cabeceira, tendo já um certo culto à sua volta.
Caminhando com Samuel é um livro universal porque a BD é muda (sem palavras), colorida e tão atraente que atinge vários quadrantes de público: o público infantil (embora haja um episódio sangrento), o adulto (que terá trips metafísicas), os colecionadores e os generalistas, os cromos da BD, da ilustração e do street-art (todos irão aprender com a técnica de Musturi), e até os "peter-pans" dos toys terão tesão - é uma promessa séria porque na MMMNNNRRRG sempre fomos muito sérios!
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160p. a cores, 21x21cm, capa dura
com marcador de fita
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PVP : 20€ à venda na loja em linha da Chili Com Carne, BdMania, XYZ Books, La Integral, Close Encounters, Mundo Fantasma, Matéria Prima, ZDB, Tasca Mastai, Tigre de Papel, Universal Tongue, Utopia, Tinta nos Nervos e Kingpin Books.
Christopher Webster (Malus)
Gramei o Samuel. BD contemplativa. é um equilíbrio bem subtil entre o desenho clínico, o abstraccionismo da história e o uso das cores. Fiquei curioso com a continuação: a recompensa do final acaba por não ser o mais importante aqui (...)
B Fachada
sexta-feira, 9 de junho de 2023
Cracking de Tommi Musturi / ESGOTADO na Chili
O novo livro do artista finlandês Tommi Musturi - na linha do Beating ou seja "obra gráfica" e não BD - foi lançado oficialmente na inauguração da exposição do autor na Tinta nos Nervos, que esteve patente entre 6 de Novembro e 9 de Janeiro de 2022, com a presença do autor. Tudo intitulou-se de Cracking.
A exposição seguiu para o Porto no espaço do Clube de Desenho entre 26 de Fevereiro e 16 de Abril e para a Bedeteca de Beja, entre 23 de Abril e 18 de Maio.
Este belo monstrinho hiper-colorido está ESGOTADO na loja em linha da Chili Com Carne mas ainda pode ser encontrado na Tinta nos Nervos, nossos parceiros nesta edição limitada de 300 exemplares. E pode ser encontrado, talvez Alquimia, BdMania, Linha de Sombra, Snob, Utopia, Sirigaita e ZDB.
A Tinta tirou umas fotos ao livro e disse isto: CrrrrrrRRRRRR.... Crack! CRACKING!! As engrenagens rebentaram do esforço titânico na impressão do maelstrom gráfico do mutante @tommimusturi. Esta colectânea de trabalho de quase 10 anos do autor finlandês é uma edição simultânea internacional, cuja versão portuguesa é uma co-venture da @chili_com_carne e da própria @tinta_nos_nervos. A nossa aventura enquanto editores associa-se à ocasião da futura #exposição do artista, este Novembro. Stay tooooned!!
Reconhecido artista de múltiplos e cambiantes estilos, este imenso volume reúne trabalhos éditos e inéditos de natureza gráfica muito variada do autor finlandês, produzidos desde 2013. Encontraremos aqui alguma pintura, posters, ilustração, pixel art, e mesmo esboços e outros objectos díspares. Uma verdadeira tempestade, que demonstra acima de tudo uma indómita vontade em criar imagens, subsumindo todas as circunstâncias dos seus "pedidos" à única força que Musturi pode seguir.
O livro contém ainda um ensaio do próprio autor sobre práticas artísticas contemporâneas em fronteiras que o teimam ser, e "liner notes" de todas as obras incluídas. Esta edição teve edição simultânea internacional, sendo a portuguesa uma colaboração entre a editora Chili Com Carne e a Tinta nos Nervos, por ocasião da exposição que esteve patente de Tommi Musturi entre Novembro de 2021 e Janeiro de 2022 na galeria Tinta nos Nervos.
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sobre o autor
Tommi Musturi (Ruovesi, Finlândia, 1975) é um autor de banda desenhada, conhecido pelo seu estilo camaleónico que lida com temas existenciais rodopiando no ideal da liberdade. A sua expressão artística usa vários métodos que vão desde o simples rabisco até à criação de um estilo singular para uma mensagem específica.
Está envolvido no mundo editorial e curatorial, fazendo parte desde 2005 do colectivo de BD Kutikuti. Tem publicado mais de 40 títulos, entre fanzines, romances gráficos e livros de arte, sendo o seu trabalho mais conhecido a personagem que lembra um fantasma, Samuel, cujos dois volumes foram publicados em Portugal. Participou em mais de 200 exposições pelo mundo fora, incluíndo Lisboa, Beja e Porto.
Musturi vive com a sua mulher e filha na aldeia de Siuro, no sul da Finlândia.
Em Portugal o seu trabalho foi divulgado nas antologias Mesinha de Cabeceira e MASSIVE, no jornal A Batalha e nas revistas Quadrado e Argumento. A solo foram publicados Caminhando com Samuel (MMMNNNRRRG; 2009, 2ª ed. 2016), To a stranger (Opuntia Books; 2010), Beating (MMMNNNRRRG; 2013), Simplesmente Samuel (MMMNNNRRRG; 2016), O.O.M. (Mundo Fantasma; 2017) e Antologia da Mente (MMMNNNRRRG; 2018).
domingo, 4 de junho de 2023
ccc@feira.do.livro.de.arte
Talvez porque Coimbra está atrasada no tempo - vide os 4 concertos de Coldplay ou o seu provinciano festival de BD - que está haver esta Feira do Livro de Arte no CAV.
sábado, 3 de junho de 2023
Amazonas do Avant-guarde Russo, plágio, arte degenerada, churrascão Tupinamba, Heavy Metal, nada fixe,...
capa de Daniel Lima |
Este tem como objectivo conferir visibilidade ao trabalho de novos autores cuja formação tenha sido feita no curso de Ilustração e Banda Desenhada do Ar.Co. Numa relação saudável de partilha entre nomes consagrados e estreantes, a iniciativa conta com a participação de alunos, ex-alunos e professores.
O Departamento de Ilustração/BD do Ar.Co tem vindo a por em prática um modelo pedagógico que privilegia as aplicações específicas da ilustração e banda desenhada em relação ao mercado editorial, tendo para o efeito realizado parcerias com várias entidades ao longo dos seus 18 anos de existência. A Chili Com Carne - e a sua "irmã" MMMNNNRRRG - foi um dos parceiros com quem o departamento colaborou, como o atestam as publicações Brincar com as palavras, Jogar com as imagens, em 2002, e mais recentemente O Andar de Cima de Francisco Sousa Lobo, álbum realizado no âmbito do Ano Europeu do Cérebro, em 2014.
É na sequência destas colaborações que estas duas associações se juntam novamente, para afirmarem os seus lugares próprios na produção de banda desenhada nacional.
Neste primeiro número colaboram Amanda Baeza, Anna Bouza da Costa, Cecília Silveira, Carolina Moreira, Daniel Lima (capa), Dileydi Florez, Francisco Sousa Lobo, Gonçalo Duarte, Igor Baptista, João Carola, João Silva, Luana Saldanha, Martina Manyà, Mathieu Fleury, Pedro Moura (como argumentista e crítico), Rafael Santos, Rodolfo Mariano, Sara Boiça, Simão Simões, Stephane Galtier, colectivo Triciclo e Vasco Ruivo.
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Exemplos de páginas:
Historial: Lançamento oficial no dia 27 de Fevereiro de 2018, na Ar.Co, com presença especial de Francisco Sousa Lobo que lança também o seu livro Master Song, 65º volume da colecção mini kuš! (da Letónia) ... nomeado para Melhor Fanzine na BD Amadora 2018 (???) ... nomeado para Prémio de BD Alternativa no Festival de BD de Angoulême 2019 ... Ilustrações de Dileydi Florez seleccionadas para BIG - 2ª Bienal de Ilustração de Guimarães 2019 ...
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Feedback o que me bateu mais foi a bd da Cecília [Silveira] Churrascão tupinamba tá foda sim! o Rodolfo Mariano não desenha bds, na verdade o que ele faz é abrir portais cósmicos para outras dimensões, gosto bastante do imaginário que construiu e da ideia de a morte ter andado com o tempo ao colo. Também curti especialmente da parte do João Carola sobre abstraccionismo, e acho a primeira página do Nada fixe [da Luana Saldanha] muito muito fixe. A segunda também 'tá fixe mas a primeira 'tá demais. não sei quem é o João Silva mas granda maluco, faz me lembrar algumas bds portuguesas que lia em fanzines nos anos 90... será? e claro as duas ultimas bds [de Stephane Galtier e Francisco Sousa Lobo] estão um mimo. David Campos (por email)
(...) Neste primeiro gesto, o tema foram as mulheres artistas dos vários movimentos das vanguardas estéticas do início do século XX, sobretudo russas. Mas haverá igualmente oportunidade para envolver ainda, como é o caso, os professores ou antigos alunos, que poderão ir conquistando maior ou menor espaço na paisagem editorial destes campos. Com efeito, encontrarão aqui trabalhos de autores como Rodolfo Mariano, Cecília Silveira (com uma peça a um só tempo divertidíssima e politicamente forte), Vasco Ruivo, Dileydi Florez (uma peça visualmente soberba), (...) e Igor Baptista, cujos nomes têm já lugar nos circuitos de fanzines ou da edição independente, e conhecidos dos leitores mais atentos. Francisco Sousa Lobo, antigo aluno, dispensará apresentações, dada a sua fortíssima presença e produção na "cena" nacional. (...). Procurem! Pedro Moura in Ler BD
Esta BD do João Silva no Pentângulo é um luxo! sensacional André Ruivo (por e-mail)
A malta que faz banda desenhada é claramente o lumpenproletariado da literatura portuguesa: não têm consciência de classe e pouco contribuem para fazer mexer a economia (uns são académicos, outros são funcionários públicos; uns recebem o certificado de artista oficial do regime, outros andam à procura de chapas de zinco para o seu projecto musical pós-industrial; uns fazem zines e alimentam-se a médias no Banco, outros banqueteiam-se alarvemente à quinta-feira no Cais do Sodré), prescindiram do seu potencial revolucionário para transformar a sociedade (preferem ir a mais uma feira de edições independentes do que picar o ponto em mais uma manif pela habitação), são indisciplinados (há dois anos que anda a ser prometido um livro de bd sobre a anarqueirada do 18 de Janeiro e nem vê-lo) e, claro, são desprezados por marxistas.
Talvez por ter sido guetificada e marginalizada pelo mercado editorial em Portugal, forçada a pedinchar por um cantinho nas livrarias e nas feiras do livro generalistas, a banda desenhada é o género literário mais vivo cá no burgo. Alguns leitores atentos poderão dizer: «Companheiro Russo, que tens a dizer sobre as ilustrações que têm saído na _______ (completar com o título de qualquer revista medíocre de poesia)? Ou aquela banda desenhada que saiu no aborrecido, porém vanguardista, Le Monde Diplomatique versão tuga? E estás a esquecer-te das participações nos jornais de grande tiragem?» Compas, tudo isso são adornos e adereços que servem para enriquecer a palavra pobre, arrastando a banda desenhada para uma condição subserviente, retirando-lhe a sua legitimidade enquanto género literário autónomo. Como se os mortos-vivos quisessem comer a carne aos vivos, arrastandoos para a sua condição cadavérica.
A edição deste primeiro Pentângulo mostra que a vitalidade de um género literário passa pela sua renovação, por dar espaço à publicação da malta nova. Mas não se trata de editar os novos só porque são novos, mas principalmente porque têm um olhar sobre o mundo que é deste tempo. Isso percebe-se logo pelas bds do João Carola sobre a desconstrução estética do supermatismo e construtivismo russos ou as do Simão Simões e da Amanda Baeza que exploram a imagética do informe. Desta antologia saiu também o desdobrável «faça você mesmo o seu ditador», do Mathieu Fleury (...) Ah, e ainda levam com um bónus em forma de bd do Francisco Sousa Lobo! Quem diria que seriam os déclassés a abanar a chafarica provinciana dos literatos? Russo in A Batalha