Verão'04
A culpa de a quase ausência de resenhas neste blogue pela minha parte prende-se à leitura das 112 páginas do último Mondo Brutto que consegui pôr mãos. Foi na livraria Utopia (Rua da Regeneração, no Porto) que apanhei este número dedicado ao "Vintage" - segundo os padrões deste zine (revista!?) de "actualidad bizarra para brutos mecánicos" editado em Madrid.
Para quem não sabe os artigos da Mondo Brutto são extensos, divertidos e demonstram profundo saber sobre a "cultura basura": bd's (Miguel Brieva, Dário Adanti e Olaf), artigos sobre o Comunismo (perspectiva bizarra), dois actores espanhóis, o Blitzkrieg, a música havaiana (aprendi que foram os portugueses que criaram as famosas guitarras havaianas, para não falar da primeira super-star da guitarra havaiana ser também português: Frank Ferrera, AKA, Palakiko Ferreira!), Richard Yates, Charles H. Fort (o pai da bizarria científica), o tabuleiro Ouija, os leitores, o Jazz nos anos 20/30 em Madrid, "chicas" rockabillies, entrevistas aos realizadores Oscar Aibar e Gonzalo Suárez, canções para o depois de 11 de Março, entrevista ao autor de bd Micharmut, e ainda artigos sobre os brinquedos GLO Land, os “cromos” Garbage Pail Kids e a loja de discos Metralleta.
Como sempre, fórmula desde sempre, o MB é feito de páginas de letra miúdinha, fotografias estranhas, um "entulho (in)formativo" obrigatório para quem não se contenta apenas com os canais de tv como o VH-1, Arte & História, ou com as revistas Visão & Pública, ou os jornais Expresso & Público, ou...
4,5
Ohhh...palidez cadavérica!
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