domingo, 31 de dezembro de 2023

"Fumar já não sabe a verdade"

 


Este ano não me atraso com a resenha do novo disco dos Conferência Inferno - espera, não é o álbum de 2023 para estar aqui no último dia do ano, aliás, acho que nem ouvi nada deste ano que pudesse dizer alguma coisa desse tipo! Dica da semana, estejam atentos à Rasga pelo sim pelo não... 

Mas vá, apareceu o "segundo difícil álbum", Pós-esmeralda, pela incansável Lovers & Lollypops, que pouco coisa adianta em relação ao LP de estreia, pois continua a sua verve 80s nas letras e instrumentos, aquela voz de quem tem os polegares enfiados no cu, entre o Ian Curtis e Rui Reininho, em que por uns momentos podíamos estar a ouvir faixas raras dos Joy Division ou GNR, conforme o baixo ou linhas de sintetizadores. A insolência juvenil das letras é sempre fixe de ouvir e este é um disco bastante agradável - um elogio acho, dado a existência de tantos discos que são insuportáveis. 

Realço um momento alto no disco, o tema Pigmento que depois do seu momento típico "ConInf" passa para um inesperado e belo Dub. Esperto este "badwave" trio mas despachem lá o "one-trick pony"! Irão longe se tiverem audácia! 

E um Bom Ano Novo com este "álbum do ano", cóf cóf cóf

Gatunos comix... ESGOTADO mas com simpática resenha espanhola!


A Frrrrrança tem o Samplerman, os gringos o Christopher Sperandio... em Portugal temos o 40 Ladrões também ele a vasculhar o inDUSTriaLIXO da BêDê e a colocar desCOOLonização mental. 

Parte dos trabalhos já tinham aparecido no zine Ce ci n'est pas une bite de canard (2014) e o "40" também participou no Pentângulo

Já sabem são 30 anos de existência do Mesinha de Cabeceira em 2022, este zine fez parte das comemorações!!

Saiu na Feira do Livro de Lisboa 2022 mesmo para meter nojo às bestas editoriais.

ESGOTADO mas ainda pode ser que haja na Kingpin Books, Tinta nos Nervos, Tigre de Papel, Senhora Presidenta, Matéria Prima, Socorro, Legendary Books, Tasca Mastai, Alquimia e Utopia.


Limitado a 100 exemplares, capa a cores, 36p. 18x24,5cm, a preto e branco excepto 4 páginas a cores.


FEEDBACK


Este Smash é uma pérola!

Luís Barreto


Este livro é muito fixe!

André Ruivo


Great Stuff!

Silent Army


Esta publicación alucinante cuya portada hace pensar en Samplerman contiene piezas que, en realidad, se alejan bastante de los collages abstractos del francés: quien o quienes se encuentran tras el pseudónimo de 40 Ladrões recurren al collage y al apropiacionismo, pero, más bien, para provocar efectos distorsionadores y resituacionistas en iconos del cómic, especialmente los de Disney. La cita de William S. Borroughs en el título del comic hace pensar en su técnica del cut-up: se trata de crear algo nuevo de pedazos de lo viejo, bucear en el cómic industrial infantil y juvenil para recortar y recombinar sus imágenes en otras nuevas, perturbadoras, escatológicas o, simplemente, de una provocadoramente gamberras. Pero también, en ocasiones, críticas. Como reza una de las viñetas de la historieta titulada «Smash the Control»: «All copyrights infringed».

Geraldo Vilches

terça-feira, 19 de dezembro de 2023

Parícutin @ BdMania


O primeiro romance gráfico de Gonçalo Duarte 

21º volume da Colecção CCC
Publicado pela Associação Chili Com Carne

Legendas em inglês traduzidas por Manuel João Neto
ISBN: 978-989-8363-42-8
500 exemplares

Gonçalo Duarte (1990, Setúbal) foi guitarrista em Equations e Live Low, impressor em serigrafia na Oficina Loba e autor de banda desenhada, que desde 2010 participa em antologias da Chili Com Carne, a saber Destruição ou BDs sobre como foi horrível viver entre 2001 e 2010Futuro PrimitivoViagem de Estudo ao Milhões 2017 e Pentângulo.

No meio desta hiper-actividade, eis o seu primeiro livro a solo! 

Não admira que se sinta nesta obra uma vibração eléctrica, nervosa e onírica, uma leitura universal que nos conta como o espírito individual sai sempre quebrado quando se questiona o urbanismo e a vivência comunitária no século XXI.

à venda na loja em linha da Chili Com Carne, BdMania, Kingpin Books, Linha de Sombra, Matéria Prima, STET, Tigre de Papel, Tinta nos Nervos, Utopia, Vida Portuguesa, Tasca Mastai, SnobUniversal Tongue, Fábrica Features,...

BUY at Quimby's (Chicago) and Floating World (Portland)


Historial:

Festa de Lançamento nos Anjos 7023 de Janeiro 2020, com Ricardo Martins, Simão Simões unDJ MMMNNNRRRG ...


Feedback:

Loved Paracutin
pStan Batcow (Pumf) by email

(...) Sem nunca se revelar como programático, e muito menos panfletário ou articulado, o livro traz para a linha da frente as pequenas mas significativas tensões que advém em toda uma jovem geração a confrontar-se com um tecido de empregos precários, dificuldades económicas cada vez mais complexas no que diz respeito à ocupação do espaço, ao direito à habitação, mas igualmente a como se constituem verdadeiras redes de co-habitação, cooperação, e comunidade. De resto, temas que são recorrentes no trabalho de Duarte, de forma mais directa ou mais poética. (...)

really enjoy his work, very nice drawings and also the story is great. Bonus the strong colors for the cover, great work! 
 D.S. by email

É preciso mostrar obra daqueles que resistem ao egoísmo e às ditaduras tribais.
Tiago Manuel


Parícutin é uma preciosa banda desenhada que nos fala das dificuldade e dilemas do que é edificar projectos em conjunto, casas que todos possamos partilhar. Contra a desilusão e o desencanto.
José Marmeleira in Público

(...) Duarte cria uma acutilante corrente de consciência visual e narrativa que coloca no movimento de deambulação do pensamento o eixo dos acontecimentos, por vezes aproximando-se de um registo onírico. outras vezes de um delicado delírio em vigília com visitas abruptas ao inconsciente. 
**** (4 estrelas)
Sara Figueiredo in Expresso

(...) É uma sequência belíssima e generosa, capaz de irritar qualquer aspirante a artista que, conhecendo pessoalmente o Gonçalo Duarte, se lembre, após a leitura do livro, que ele provavelmente desenhou esta cena em meia hora, sem esforço e sem comprometer a qualidade da poesia.
André Pereira in A Batalha

(...) fui logo conquistado nestas deambulações sobre o urbanismo e a vida em comunidade. É um tema muito actual, que nos tem tocado cada vez mais graças a gentrificação da capital. Gonçalo fá-lo bem, acabamos a leitura e o livro fica connosco. Isso é sempre bom sinal. 

exciting, experimental recent release (...) Gonçalo Duarte's Parícutin is his first solo book, named after its location in Mexico, to explore tensions between the individual and community in urban life.
Paul Gravett in FB

It’s not every day that one comes across a work that is both incredibly straightforward and staggeringly interpretive at the same time (...) the bulk of this text centers around an unnamed protagonist, who would appear to bear certain hallmarks of being an authorial doppelganger, constructing a home with his own hands and setting into motion a chain of events that are, more than anything, a convenient excuse for a wide-ranging polemical dissertation on subjects ranging from displacement to the ethics of land use to the precarious nature of the so-called “gig economy” to intentionally-shared living spaces. To call it generationally specific would be to sell it all a bit short, but the issues addressed are, generally speaking, of extra import to the millennial and post-millennial set. 

Quando fui ao lançamento do primeiro livro do @goncalo_duarte (GD) pela Chili Com Carne, nos extintos Anjos70, pouco sabia sobre a obra. Apenas que tinha um vulcão na capa. Nem questionei o porquê de haver numa mesa uma instalação de um prédio com uma iluminação vermelha no interior. Pensei apenas que eram “cenas à GD”. 
Entenda-se “cenas à GD” como a materialização de algo que inicialmente parece absurdo e, com o tempo, se desvenda em algo… menos absurdo. Inteligente até, vá. E Parícutin é, sem dúvida, uma “cena à GD”. Esta alegoria do vulcão e a história do homem que quer criar a sua própria comuna acaba por ser um ensaio sobre a alienação do indivíduo face a forças que estão para lá do seu controlo, sejam essas uma erupção vulcânica ou uma estrutura política e económica que põe em causa o direito à habitação.

sábado, 16 de dezembro de 2023

Apresentação e Festa do Vale dos Vencidos HOJE


Apresentação com Andreia Farrinha, José Smith Vargas e Marcos Farrajota, às 16h + Festa do Vale com PhantomFocolitus e Kafundo NoSoundsystem, às 21h na Casa do Comum (Lisboa) no âmbito da Parangona 2.




sábado, 2 de dezembro de 2023

The Reading Gaze : "My Comics" by Domingos Isabelinho :::: last 3 copies!!!



volume +08 of Thiscovery CCCChannel collection published by Chili Com Carne and Thisco in June 2022

156p. 16,5x23cm black & white, color cover, limited to 150 copies

These essays were originally published, in a slightly different form, in the magazines Satélite Internacional (Oporto, 2005) and L’indispensable (Nîmes, 2011), Indy Magazine online site (USA, 2004) and on the blogs The Crib Sheet (Portugal, 2008-10, 2015) and The Hooded Utilitarian (USA, 2010-11, 2013).

...

The index of the book includes the following themes: 
WHAT IS A COMICS FAKE, THE EXPANDED FIELD OF COMICS AND OTHER PET PEEVES, THE ORIGIN’S MYTH, CARICATURE, THE BLIND MEN AND THE ELEPHANT, UT PICTURA POESIS, SOME CONSIDERATIONS ABOUT THE GRAPHIC NOVEL, BRUNO LECIGNE ON THE MIXING UP OF THE LANGUAGES, COMICS THEORY AND CRITICISM, ANA HATHERLY, JACQUES CALLOT, THE CANTICLES OF SAINT MARY, FRANS MASEREEL, KATSUSHIKA HOKUSAI, OTTO DIX, PABLO PICASSO, MARTIN VAUGHN-JAMES, ALAN DUNN, ROBERTO ALTMANN  and FRANCIS BACON. 

...


“It was February 24, 2004, 08:27 AM, on the Comics Journal Messboard.” This is the first phrase of my blog, The Crib Sheet. What happened at that particular day and particular hour was that I, fed up with the accusation of not liking comics, decided to write a list of my favorite ones. With that list my answer was: I like comics, I just don’t like the same comics you like. This is the genesis and explanation of this book’s subtitle, “My Comics.” On the other hand, if you insist that I don’t like comics because what’s in this book are not precisely cartoonists, don’t worry, I like them too, they’re just not here yet because I divided the comics corpus in two: The Extended Field and The Restrict Field. This book is, then, an anti-essentialist stance, a cry of freedom from India Ink on board, if you like... 
Domingos Isabelinho 

...

Domingos Isabelinho was born in Lisbon in 1960.  He contributed to the magazines Nemo, Quadrado, Satélite Internacional, Splaft!, various catalogs of the Porto, Lisbon, Amadora comics conventions (Portugal), The Comics Journal, The International Journal of Comic Art (U.S.A.), L’indispensable (France), European Comic Art (UK). He also wrote the preface to one of the latest editions of Guido Buzzelli’s book I Labirinti (Italy). He co-curated a Buzzelli exhibition in Lisbon and an exhibition of his original art collection in the Beja Comics Convention (Portugal).  He wrote twenty three entries in the book 1001 Comics You Must Read Before You Die (UK). In 2012 He was invited to the seminar Aesthetics of Contemporary Comics in Oslo (Norway).

...

You can buy HERE - available also at Tinta nos Nervos, Kingpin Books, AlquimiaLinha de Sombra, Snob and ZDB - all in Lisbon - and in Matéria Prima (Porto), Quimby's (Chicago), Just Indie Comics (Italy), Senhora Presidenta (Porto) and Le Mont en L'Air (Paris).

...

Feedback:

Domingos Isabelinho has been called by Jan Baetens "the most virulent comics critic" and there's a truth to it. This book collects essays that draw a much-needed anti-canon. As he calls it, an Expanded Field of Comics takes our heads out of our asses in typical assumptions. A+! 

(...) Isabelinho delves into the theory and practice of sequential art, with a not-so-subtextual advocacy for a richer self-education in wider spheres of art. It’s not an unwelcome cry—one of the most prominent results of the corporate subsumption of culture is a self-referential, which is to say self-absorbed, pool of inspiration, and Isabelinho tries, in his own way, to fight that; he is combative, sometimes downright hostile, but his heated passion comes with an articulatory edge: he will always clarify and back up his arguments, leaving the reader no choice but to thoroughly understand the point he’s making (...). He knows why a thing works or why it doesn’t, (...) he will tell you exactly why.

...

Historial:

Lançado no dia 15 de Outubro 2022no Museu Bordalo Pinheiro com participação do autor, Marcos Farrajota e Pedro Moura.

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

Tigre da Piscina (agora em podcast)


Marcos Farrajota foi falar do seu trabalho editorial da Associação Chili Com Carne na Tigre de Papel. Foi do tipo concerto Happy Grind mas sem as bóias. Podem comprovar agora com o podcast.