domingo, 16 de novembro de 2008

ccc@cinanima.2008


Edições da CCC e associados estão à venda durante o evento - livros e zines que tenham autores ligados à animação como Filipe Abranches, Janus, Pedro Brito,... - e Marcos Farrajota deu um workshop de bd ligado à autobiografia e auto-edição com um motivado grupo de 16 pessoas - a fotografia embaixo não engana a vontade de doutrinação Pekar. O workshop correu bem - embora tenha sido impossível realizar um zine por falta de tempo -, a organização foi super-simpática e eficiente, Espinho é uma cidade curiosa (as ruas não tem nomes mas sim números) com uma qualidade de vida visível - apesar do primeiro cidadão que encontrei na cidade foi um junkie que tinha uma cruz tatuada no meio da testa. O penoso foi ver os filmes de animação!


Não se percebe como pessoas e organizações gastam tanto dinheiro e tempo (e a animação é daquelas coisas bem caras!) para fazer tretas! É que 99% dos filmes são absolutamente horríveis! Se na bd existe a "bedófilia" que tem ser combatida, no cinema de animação nem sei o que lhe chamar. Ora são filmes de humor de casca de banana (versão upgrade da Teoria do Caos/Efeito Borboleta) ou então são clichés de pretensiosismos feitos por Góticos arrependidos. Salvam-se a divertida escatologia de Bill Plymton (com a curta Hot Dog e a longa vencedora Idiots & Angels), o inacreditável filme Muto de Blu, o inteligente Skhizein de Jérémy Clapin e o interessante Januário e a Guerra do camarada Ruivo - que não foi por acaso que foram todos premiados. O resto das sessões que assisti foi de perder a paciência. Para quem acha que a bd é uma arte menor, devia começar a ler alguns livros que andam por aí mas sobretudo deverá evitar o cinema de animação a todo o custo, especialmente a produção portuguesa! A sério...

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