«Coimbra tem mais encanto na hora da despedida (...) Coimbra é um caixão!» cantavam os Enapá 2000 num concerto qualquer nos anos 90. Realmente se há cidade deprimente em Portugal é Coimbra - até Peniche ou Vila Nova de Famalicão parecem sítios optimistas. E Coina sempre tem um nome mais simpático!A Feira Laica na Casa da Esquina foi um desastre como só podia acontecer numa cidade como Coimbra onde os bares tem nomes como "Abismo" ou "Buraco Negro", onde a hipocrisia é alta mas as bebidas brancas são baratas (por 700 paus na altura dava direito a 6 Vodkas no Buraco Negro), onde todas as noites gajos de batinas choram e vomitam quase ao mesmo tempo, onde a cultura não é um valor necessário - aliás, a CCC tirou as suas edições da livraria do Centro de Artes Plásticas de Coimbra porque há anos que eles não vendem nada, por outro lado e porque também estamos a acabar com a venda à consignação, será a Dr. Kartoon e a XM que irão manter-se a vender os nossos livros na "Cidade do Conhecimento"... Menos mal!
Nem a malta do Espaço - Centro de Desastres (lembram-se nos Anjos?) era tão preguiçosa e mitra como a Casa da Esquina que convidaram e co-organizaram a Feira Laica a fazer lá uma edição mas que pouco fizeram e muitos problemas colocaram - situações manhosas que não adianta aqui lavar a roupa suja, serve este "post" para chamar atenção, cuidado com os coimbrões! São arrogantes, preguiçosos e saloios. Nem a segunda mão (um dos eternos sucessos da Feira Laica) compram de tão vaidosos que são.
Por falar nisso, ainda tive de aturar a Teresa Câmara Pestana a destilar o seu veneno ridículo. Apareceu com o primeiro número da nova série do Gambuzine - agora em formato de antologia anual, pálido produto dos seus tempos gloriosos da primeira série, e já com acólitos e seguidores da sua editora. Safa-se duas boas bd's, uma impressionante de Ulli Lust sobre crianças na guerra (o efeito de substituir crianças africanas por "europeias" é espantoso! pode ser vista aqui) e a bd autobiográfica da Pestana que relata um episódio dos seus tempos de "Deutsch squating punx". A autora como pessoa é uma velhaca e uma víbora de primeira mas quando quer sabe o que faz, com talento gráfico e sensibilidade desarmante.
Kiitos e pedidos de desculpas aos editores arrastados para este fiasco: a malta do Alçapão, ao Lucas Malucas, os Hülülülüs e as suomi-girls Anna Kaisa Laine e Tiito Takalo.
Finito: Coimbra é um caixão! Mal enterrado...