Canicola numero quattro
Colectivo Canicola, Out'06
Não é à toa que esta revista tenha recebido o Prémio de Melhor Fanzine / BD Alternativa... Já várias vezes referida neste blogue, este último número engrossou a quantidade de páginas (por culpa?) da sua abertura às colaborações "estrangeiras" - à nacionalidade do projecto como às do colectivo - como Anders Nilsen (autor também da capa), Chi Hoi, Marko Turunen (com a sua companheira Annemari Hietanen), Yan Cong e Jesse Moynihan... e passou a ter uma lombada brochada sem peder a coerência estética dos primeiros três números.
Se o Glömp e as cores histérico-psicadélicas finlandesas revelam um dos caminhos da bd deste novo milénio, o seu contraponto é a sujidade do grafite do lápis que a Canicola nos tem mostrado. Não será à toa que um dos desenhos publicados neste número é da alemã Anke Feuchtenberger, uma autora bastante influente na cena europeia, sobretudo nos últimos anos com a renovação do seu trabalho a grafite (que foi visto no saudoso Salão Lisboa 2003) e como professora de ilustração na universidade de Hamburgo.
O elo comum de quase todas as histórias é uma desorientação dos personagens quer sejam eles idiotas, passáros, empregados de bar ou de um estúdio de bd, soldados, elfos ou crianças, que habitam em cenários com tragos de surrealismo. Diria que serão metáforas fascinantes para o mundo que vivemos.
4,6
à venda na CCC, bem como os números 2 e 3. #2 e 3 a 10€ cada, #4 a 18€. Desconto de 20% para sócios.
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