quinta-feira, 30 de abril de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
ccc@spx.2009
1. Editing their members work in collective or individual books or zines. CCC publishes literature, comix, illustration and essays, in the following collections: Colecção CCC, dedicated to fragmented books, poetry, (anti)romance, comix (like the Mutate & Survive anthology that published 77 authors from 16 countries), illustration (like João Cabaço scretchbook); Mesinha de Cabeceira ("bedside table" in English), mainly comics, a zine that exist since 1992 with 20 issues published in a permanent mutant change of formats, have published early Portuguese authors, infamous American Mike Diana and other international artists like dice industries (ger), Claudio Parentela (it), Tommi Musturi (fin), Aleksandar Opacic (ser)...; Mercantologia, lost zine reprint collection, comics only until now; THISCOvery CCChannel, Occultural collection - essays, interview and fiction - non-comics - co-edited with Thisco electronic label, with contributions of Hakim Bey, Critical Art Ensemble, Aesthetic Meat Front, Boyd Rice...
2. Supporting other members editorial projects in promotion and distribution like El Pep (Trash comics project of Pepedelrey), Imprensa Canalha (graphzines and illustration books run by José Feitor), MMMNNNRRG (Art Brut comix run by Marcos Farrajota), Opuntia Books (chap books directed by André Lemos), and other zines of our members.
3. Promoting DIY ethos and pathos through our blog chilicomcarne.blogspot.com and co-organizing Feira Laica, a fair that unites the most important independent publishers in Portugal. Most of the time it homage the soviet she-dog blown in space but also the separation of the Church from the State - the first fair was made during the Christmas consumerism frenzy.
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Labels: eventos internacionais, joana figueiredo, marcos farrajota
quarta-feira, 15 de abril de 2009
AFTER ccc@bunny-weekend.2009
Marcos Farrajota e Jucifer estiveram lá, ajudaram no zine GULAC - mas não deu para acabar (imprimir) tendo participado talentos do LAC, o Dr. Makete e umas miúdas mangakas...
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Labels: eventos, joana figueiredo, marcos farrajota
quarta-feira, 8 de abril de 2009
ccc@Dezkalabro-do-capital
DEZKALABRO_do_CAPITAL
Breakcore / Electronic Hardcore / Dubstep / Electronica / Experimental/ Jungle / Techno /Live Electronics / Gabba /Industrial / Breakbeat / Drum & Bass / Industrial/ Grime / Punk / Thrash / Power Noise
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segunda-feira, 6 de abril de 2009
ccc@poéticas.do.rock.2009
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quarta-feira, 1 de abril de 2009
Trans Europe Zine
Com os desenvolvimentos das tecnologias de tratamento digital de imagens e impressão, e da Internet, os tradicionais fanzines ou zines tem vindo a desaparecer, ficando no “mundo material” publicações com aspecto profissional – aliás, com cuidados gráficos ainda melhores que as revistas profissionais. Este texto é um mini-guia cartográfico bastante imcompleto para quem procura aventuras gráficas.
Partindo de Portugal temos os Opuntia Books já referido na Umbigo (Dez’07) e já agora investiguem também a Imprensa Canalha mas vamos imediatamente para aquela sempre foi e sempre será a capital da bd em Espanha, ou seja Barcelona, a sanita de Turistas anglo-saxónicos. Desde os anos 40 do século passado que se implantaram as editoras, grandes lojas de bd e o maior festival espanhol de bd. Claro que há muita boa gente no resto de Espanha mas é em Barcelona que aparecem projectos como a ARGH! que já vai no quarto número! E porquê a euforia? Simples... É que a ARGH! mostra que afinal os espanhóis não sabem apenas copiar como até fazem coisas boas - menos na música! Nas páginas da ARGH! vamos encontrar escatologia da grossa, bonecada "guilty-pleasure" e monstros nojentitos, piadas parvas de cócó-xixi & humor "serial-killer". As páginas são preto e branco mais uma cor extra que muda de número para número, permitindo aos autores explorarem temas – o “número amarelo” ligava-se à doença, por exemplo – ou potenciando grafismos mais adequados a cada cor, como aconteceu com o português residente em Madrid, Richard Câmara que participou no último número (verde) com uma versão colorida da bd publicada na colecção Lx Comics. Jorge Parras e Félix Diaz são os responsáveis pela publicação depois de terem feitos das suas no Fanzine Enfermo. Ambos são autores com estilos bastantes diferentes, o primeiro mais humorístico, o segundo mais “abonecado” na veia de Underground Pop. Cada vez que lançam um novo número refazem o sítio arghcomic.com.
Quando subimos para França é inevitável referir o colectivo Le Dernier Cri, sediado em Marselha no centro artístico Friche La Belle de Mai onde máquinas de serigrafia vomitam livros, cartazes e discos pelas mãos do casal Paquito Bolino e Caroline Sury. Nascido em 1993 das cinzas do movimento “undergráfico” francês dos anos 80, o colectivo publicou em 15 anos mais de 200 títulos, maioritariamente em serigrafia. Produção exorbitante para uma estrutura artesanal, que ainda edita a revista anual Hôpital Brut, produziu mais de 50 exposições (uma no Salão Lisboa 2005), discos e filmes de animação. Como afirma Bolino: «As edições do Dernier Cri consistem em artistas a editar outros artistas, artistas que vêm fazer residências, ateliers, ou simplesmente desejam fazer livros connosco, ao contrário de uma vontade de um editor em seguir conceitos pré-estabelecidos e colecções precisas. Isso permite-nos partir em qualquer direcção». A produção, toda ela assegurada pelo casal e colaboradores, é imparável e dispara para sentidos inesperados, por exemplo, num recente lote de edições quase todos livros incluíam música tão violenta como os desenhos: Evil Moisture (single 7" vermelho de Noise, co-editado com o colectivo dinamarquês Smittekilde), Le moindre doute de Guillaume Soulatges (que esteve numa Feira Laica) com desenhos seus Pop nostálgicos e música quase-que-relaxante, Judex (nome do autor e do livro + CD-R de Rock Noise na linha Fort Thunder / Load Records), Placenta Popeye (livro complicado de folhear + CD-R de Frenchy Noise Rock tão marado que parece uma banda de Black Metal que não sabe tocar), Vida Loco (Breakcore visual e sonoro!) e o “best of” do misógino Costes, Pot Pourri, acompanhado pelos desenhos da sua mulher Vanderlinden - se está casado ainda é misógino?
Bolonha, é outra capital da bd… em Itália. E é por lá que surgem projectos de uma qualidade irrepreensível como o Canicola, colectivo de oito autores e uma administrativa. A colar o grupo está uma vontade abrasadora de contar histórias sobre "coisinhas da vida" - no melhor estilo de Raymond Carver - mesmo quando a acção se passa em 2012 (Giacomo Monti) ou em universos oníricos de Amanda Vähämäki – a única autora do grupo, a finlandesa que estudou nesta cidade e que já regressou a Helsínquia. Na Canicola os desenhos são todos díspares embora se possa encontrar alguns pontos em comum com alguns autores que seguem uma estética "free" em que usam a seu favor, o facto da impressão dos dias de hoje conseguir apanhar tão bem os cinzentos do lápis - relembro que a bd sempre teve um processo de produção que obrigava os autores a "passarem a preto" (ou a tinta) os desenhos para serem reproduzidos. Nos dias de hoje, os autores ignoram essa técnica e caminham pelo "lápis directo".
Para além do grupo duro já passaram pelas suas páginas gente importante como Anders Nilsen (EUA), Chi Hoi (Hong Kong), Marko Turunen (Finlândia) e a alemã Anke Feuchtenberger, autora bastante influente na cena europeia, sobretudo nos últimos anos com a renovação do seu trabalho a grafite (que foi visto no Salão Lisboa 2003) e como professora de ilustração na universidade de Hamburgo – onde aliás ajudou a por de pé a revista Orang.
Justamente em Hamburgo que também encontramos o dice industries - já publicado em Portugal e participante na exposição åbroïderij! HA! que passou pela Bedeteca de Lisboa, Maus Hábitos, Casa da Animação e segue para a Biblioteca de Abrantes no mês de Abril. dice industries é DJ, designer, autor de bd, ex-homem do graffiti e recentemente abriu a galeria Linda. Qwert é o seu “zine de vida” que vai no 13º número onde tanto publica bd - Wien, ein mensch stirbt (2005) - como catálogos de exposições de artes plásticas: Low Density (2005) e Low Frenquency (2008) onde ele (ab)usa imagens dos «tios patinhas» (a font do Low Density não deixa dúvidas) e outras imagens populares, manipula-as ao ponto de ruptura sendo recriadas em ruído abstracto. A deformação é impressionante, um cruzamento histérico de Lynch com Lichtenstein.
Por alguma razão misteriosa, os finlandeses estão a descobrir o "ácido" na bd e ilustração. Fora do já conhecido desengonçado crumbiano ou da crueza non-sense ratada de Gary Panter, os finlandeses andam a borrar cores a torto e a direito nos seus desenhos. Prova concreta disso é o jornal Kuti editado pelo atelier Kuti Kuti, onde seja qual for o estilo gráfico das bd's, o que se vai destacar são as cores berrantes aplicadas ora com as canetas de feltro ora com o Photoshop. Outro ponto comum entre vários autores finlandeses é o imaginário sacado aos universos Pop da infância em que são revistos sob um prisma da decadência: ODNI (objectos Disney não identificados), Masters of the Universe destruídos e distorções da bonecada de plástico, da bd ou de desenhos animados xungas.
Do grupo destaca-se os livros de esboços de Tommi Musturi, a saber: Stand Alone and Smile rendido à arte psicadélica - a lembrar até o Moebius quando este tripava nos anos 70; Concrete Floor em formato A4 impresso em páginas verdes tem desenhos de dignos de manicómio visual; e Death to Most com desenhos feitos entre 1986 e 1992, quando o autor era um puto metálico “skater” a viver na província finlandesa e desenhava caveiras, demónios e "damas de ferro", foram-lhes acrescentadas as cores berrantes dando uma nova dimensão visual aos desenhos “teen”.
Texto publicado na Umbigo
Posted by MMMNNNRRRG at 11:03:00 0 comments
Labels: marcos farrajota, tommi musturi, zines