sexta-feira, 24 de setembro de 2021

Para quê votar em macacos quando vai haver a Feira Anarquista do Livro?

 


Uma selecção do nosso catálogo estará na banca d'A Batalha - alguns livros terão "preço livre", aproveitem!

+ infos AQUI

Saúde e Anarquia!

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Alegre cavaqueira na Amadora


 

Com moderação de Pedro Moura no Domingo, às 18h, há uma conversa sobre BD com Ana Margarida Matos e Jorge Coelho, na Biblioteca Municipal da Amadora. Aproveitamos o momento para divulgar que o projecto da Ana Margarida Matos que venceu os 500 Paus deste ano já mudou de título - passa a Hoje Não - e terá uma exposição na próxima edição do Festival BD Amadora, com o lançamento do respectivo livro.

ccc@queer.lisboa.2021

 


Como tem sido hábito desde 2018 eis que uma selecção de títulos nossos estará presente no Queer Market do festival Queer Lisboa.

quarta-feira, 15 de setembro de 2021

Viva Valium

 


Em 2001 a Chili Com Carne preparava aquela que viria a ser o seu primeiro grande projecto editorial, a antologia internacional de Banda Desenhada e Ilustração Mutate & Survive. Nessa altura, a 'net ainda era uma ferramenta residual na actividade editorial e na vidinha, por isso, por ingenuidade nossa, demorámos a perceber que as cartas com CD-Rs e fotocópias que nos apareciam no apartado todos os dias vindos de países tão distantes como Argentina ou Croácia tinha a ver com o "poder do forward" dos emails feitos pelos irmãos eslovenos da Stripcore (que publicam a revista Stripburger) para a sua "mailing-list" - concenhamos a Stripcore na altura conhecia TODA a gente da BD pelo mundo fora! Na realidade não sei se o esquadrão canadiano composto por Eric Bräun, Rick Trembles, Richard Suicide e Henriette Valium que enriqueceram GRANDEmente este MEGAfanzine vieram pela promoção da Stripcore ou se foi de ter conhecido Bräun num festival de Angoulême um ano antes, creio. 

Esta semana soube do falecimento de Valium o que me entristeceu bastante uma vez, apesar de o nunca ter conhecido pessoalmente. 

Conhecia a sua obra nos anos 90 pela revista Zero Zero (da Fantagraphics) e imaginem como me passei quando recebi um pacote dos "undergrounders" canadianos! O Braün e Valium já conhecia, os outros dois não. E de repente ia publicar este "Papa da Underground" do Canadá! De resto, tivemos de fazer uma pequena batota gráfica para que se conseguisse meter a página de BD de Valium de forma a conseguir-se ler bem não estivesse a BD cheia de detalhes barroco-podres por TODO o lado!

Infelizmente, a história da miséria para artistas marginais repete-se, a julgar pelo texto elegíaco de Marc Tessier: (...) His lack of durable and serious recognition for his contributions to the Quebec arts scene did not allow him to live off his art. Over the years all his grant applications were rejected. He lived on welfare and eventually settled into a garage that he renovated into an incredible studio and living space.

domingo, 12 de setembro de 2021

BRUMA de AMANDA BAEZA / ESGOTADO

El deslumbrante debut de Baeza (...) Autobiografía de vanguardia para el siglo XXI. 
The Watcher
.
un estilo y una narrativa subversiva en la que la artista (...) utiliza el humor, juega con la ironía y desarrolla un discurso en el campo social y político que la propia autora ha decidido bautizar como activismo visual.
Cactus
.
.


Amanda Baeza nasceu em Lisboa, em 1990, cresceu no Chile e regressou a Portugal com 10 anos. Talvez seja por ter crescido entre dois hemisférios que haja quem diga que os seus desenhos vêm de outro mundo.

No entanto sabemos que as bandas desenhadas seleccionadas neste volume baseiam-se em eventos e sentimentos reais. O seu grafismo tem tanto de assertivo como de mutante e é na fusão com as palavras que nos surgem estas originais narrativas e poesias visuais.

Baeza actualmente reside em Lisboa e desde 2012 que trabalha para várias publicações internacionais. Bruma compila quase duas dezenas de histórias, a maior parte delas inéditas em Portugal, uma delas com texto de Pedro Moura.

ESGOTADO
talvez ainda encontrem exemplares na Tinta nos Nervos, Sirigaita, BdMania, Matéria PrimaTasca MastaiTigre de PapelUtopia, LAC (Lagos)Senhora Presidenta e Ugra Press (Brasil).









10º volume da colecção Mercantologia
160p. 15x21cm a cores, edição brochada
edição apoiada pelo IPDJ

Sairam entre o final de 2016 e juntamente com esta edição, um livro em castelhano pela Fulgencio Pimentel - Nubes de Talco (128p., formato 17x24cm) - e em inglês pela letã kuš! - Brume (116p., formato A5). Na realidade isto foi uma parceria entre os três editores para reunir o trabalho desta estimada autora sendo a edição portuguesa a mais completa, a espanhola a mais bonita e a inglesa a mais universal.
:)

Dankas very muchas Cesar & David!

;.;

sobre o livro:

Apresentado oficialmente no dia 26 de Março 2017 na Feira Morta na Estrela (Lisboa) com uma exposição dos trabalhos da autora.
...

Quando a maioria das obras de banda desenhada portuguesa editadas anualmente é distribuída por canais alternativos às livrarias e aos pontos de venda de periódicos (...) cabe ao leitor interessado fazer um esforço extra para acompanhar as obras dos autores que lhe interessam, sem garantias absolutas de sucesso nesta demanda. A sua exposição reduzida implica que sejam lidas e analisadas por poucos, correndo o risco da memória histórica nem sempre as considerar. Foi a pensar em tal, que a Chili Com Carne concebeu a sua série Mercantologia, dedicada à reedição de “material perdido”. O seu 10.º volume (...) não poderia simbolizar mais o propósito da coleção. Amanda Baeza é uma das mais interessantes e prolíficas autoras nacionais – com o devido respeito à sua origem chilena – cuja obra mui raramente chegou às livrarias e, nesses poucos casos, sempre em antologias de vários autores. A acrescentar ao nem sempre fácil acesso ao mundo dos zines e demais edição independente, Baeza tem sido publicada em diversas línguas e países, por vezes com material inédito em Portugal. Por tudo isto, uma antologia dedicada à obra de Baeza era imperativa há já algum tempo e finalmente os leitores interessados poderão conhecer um importante conjunto de bandas desenhadas representativo do seu trabalho. 
...
Foda-se, este livro é mesmo bom. Para além de ser um assombro, de ser bonito - coisa rara na Era Irónica -, para além de ser o melhor que a BD pode ser, para além de ser um livro em que se sente o que se está a ver como se fosse um deleite déjà-vu, é um livro que deve ser aberto quando precisamos de nos relembrar ocasionalmente de que somos humanos. Obrigado, Amanda Baeza. 

Uma compilação de quase duas dezenas de histórias, grande parte inéditas em território nacional, muito "focadas em temas sociais", conta a jovem de 26 anos ao P3. E "muito íntimos" e biográficos. (...) uma brevíssima BD em que Amanda fala da sua experiência ao chegar a Portugal e do "estigma" que enfrentou desde criança como imigrante. "Embora as ruas tenham um ambiente multicultural, é por trás de quatro paredes que as pessoas expressam todos os seus medos e preconceitos", lê-se, num dos balões. O traço tem sempre algo de mutante e alienígena, quebrando as barreiras tradicionais da BD ("Tenho muito a influência do design e, como não estudei banda desenhada, quebro muito a estrutura") e, hoje em dia, dando especial importância à cor ("Não é apenas decorativo, é outra linguagem"). 

Aquilo que é salientado, em primeiro lugar, é o campo magnífico visual em que Amanda Baeza trabalha. Há aqui um felicíssimo encontro entre uma figuração ultra-estilizada e uma liberdade dos espartilhos estruturais mais clássicos da banda desenhada que a lança a vários experimentos de organização do campo visual, da estruturação narrativa, da concatenação de linhas divergentes, modos de atenção, etc.(...) A re-descobrir de um modo sustentado ou como primeira apresentação, Bruma, esperemos, será um gesto de introdução de uma autora com uma voz particularmente original 

(...) Amanda consegue fazer um trabalho perfeitamente perturbador. 
Tiago Baptista in Cleópatra #10

Obra seleccionada para a Bedeteca Ideal

Prémio Nacional para Melhor Desenho pela BD Amadora 2017

li o livro da Amanda Baeza e é uma maravilha, uma das melhores coisas que vi em quadrinhos nos últimos tempos.
Fábio Zimbres

This is an anthology of Baeza’s unrelenting output of short stories (...) The Chilean-Portuguese artist is a serious reinventor of comics’ specific visual storytelling possibilities, experimenting with page composition, multiple storylines, diverting attention, not to mention the sheer diversity of materials she uses, always looking for the best option in any given project. But thematically speaking, she is also creating a path of her own, mixing autobiographical traits such as identity-building and crisis with political stances, the deconstruction of prejudices and the questioning of nationality.

....
Sobre a edição espanhola: Las escenas no responden a una lógica, porque Baeza parte de una certeza que muchos otros autores autobiográficos soslayan: los hechos tal y como sucedieron se han perdido para siempre y son irrecuperables. ¿Qué queda, entonces? Las emociones, las imágenes deformadas tras años de anidar en nuestro cerebro, a veces algo inconexas. Baeza no reconstruye lo que pasó, sino la impronta que dejó en ella. Es una autobiografía emocional, por inventar algún palabro que alcance a explicar un poco su trabajo. The Watcher

Sobre a edição em inglês: They experience a broad range of nuanced emotions, but they also seem to be completely untethered to our world of muddled pop-cultural references and political worries, as well as a little more physically amorphous than earthly people. Rookie 

terça-feira, 7 de setembro de 2021

ccc@motelx.2021 e Beja, ops!


 Tal como o ano passado irá uma selecção de livros nossos para ler no motel a partir de Terça:

Ah! Esquecemo-nos: também estamos em Beja desde ontem...





sábado, 4 de setembro de 2021

"Boas vendas" - Cabotino Marcelo dixit

 


Num ano mais uma vez anormal estaremos também numa situação anormal na Feira do Livro de Lisboa, sem os nossos habituais parceiros... Mas estamos bem acompanhados pela malta da Blau no stand D28.

Fixem isto porque na Feira vai ser preciso usar máscara o tempo todo e não há tempo a perder com o lixo editorial transacto. Outra vez:
D28

Mais coisas importantes:

Não vai haver sessões de autógrafos e apresentações.

Os preços serão todos em múltiplos de 5, ou seja, a 5, 10, 15, 20 Euros para facilitar os trocos.

Os livros do dia serão sempre títulos da defunta MMMNNNRRRG (2000-2020).

Haverá um caixote de 50% cheio de raridades e curiosidades.

A novidade editorial será o Viagem do japonês Yuichi Yokoyama - e que inclui um brinde para pensar!





E a imitada Feira do Livro do Porto - 27 de Agosto a 12 de Setembro -, idem idem aspas aspas, este ano as nossas edições ficam representadas na fabulosa e madura Matéria Prima - como aconteceu várias vezes noutras edições mas também na 1870É assim, boy!

Será a caneta mais poderosa do que a espada?

 


A edição portuguesa do Monde Diplomatique tem publicado, sob a nossa coordenação, as respostas em Banda Desenhada por uma série de artistas. Este mês é a vez de André Ferreira que foi o autor do último Mesinha de Cabeceira, topem lá que está nas últimas!

sexta-feira, 3 de setembro de 2021