terça-feira, 25 de junho de 2013

Agarrados ao crack!!


"ils sont fous ces romains"

Curiosamente eu e o Zé Burnay conhecemo-nos já no aeroporto de lisboa, já um pouco atrasados para o check–in… aterrámos no aeroporto Fiumicino e apanhámos um autocarro até ao Termini… No Termini todos os postos de informação tinham um papel na afixado que dizia: “no tram questions!” algo que nos complicou a vida e fez-nos andar pelo menos hora e meia perdidos,  com 2 malas com 20 kilos cada uma de livros… depois descobrimos que o tram 5 que queríamos apanhar era logo ali ao lado.  encontrámos o nosso tram e como bons turistas comprámos um bilhete cada um. Pode até ser paranóia minha mas assim que picámos o bilhete quase  todas as pessoas no interior do tram lançaram-nos um olhar reprovador por  picarmos o bilhete… No caminho do eléctrico até ao Forte Prenestino reparámos que ninguém picava bilhete, decidimos então daí em diante  adoptar essa tradição com orgulho, pois  nenhum de nós queria desrespeitar os bons  costumes locais!!!


FORTE PRENESTINO

Acho que nada nos prepara para o Forte Prenestino, além de ser o maior okupa que já vi, é pelos vistos também  o mais organizado… e ainda por cima é um FORTE!!! Temos que passar uma ponte e tudo!!! À entrada do Forte simpatizei logo com a primeira estátua  que vi...

FOTO ROUBADA NA NET

Depois de poisar a malas (alívio),estávamos nós a beber umas Peronis… Três individuos chegaram perto de nós e perguntaram ao Zé: "your name is Zé Burnay?" Os seus nomes eram Robert Galvish, Tron e Jackob e tinham chegado ontem da Letónia, o Zé já tinha colaborado com eles para a revista que representavam, a Popper Magazine!!

Bebemos umas, e ficámos logo amigos. Ao fim de uma hora tínhamos decidido ir morar todos juntos para uma tenda que a organização tinha arranjado para eles. Poisámos as malas e passámos o resto do dia a comer massas, pizzas, a beber vinho e Peronis e a falar de cócó, desenhos animados, vídeos do youtube e a  fazer  piadas gays acerca de mais logo voltar-mos para a tenda! Robert, Tron e Jackob foram uns bacanos e levaram-nos a visitar pela primeira vez as antigas celas do forte onde iriam estar as bancas… celas cheias de história e fantasmas e um silêncio atordoador, por outro lado nas paredes do exterior do forte  encontrava-mos outro tipo de fantasmas que por lá também tinham passado e deixado a sua marcas, tais como: Blu ou Aleksander Zograf entre milhares de outros…o Crack é um festim para os olhos…

FOTO DA PRIMEIRA NOITE, CEDIDA POR ROBERT GALVISH O AUTOR PILINHAS
    

 9º Festival Crack - Fumetti di Rompenti

Acordámos a fazer sauna na tenda por volta das 8 horas da manhã, tomámos duche de água fria e fomos os conco tomar pequeno-almoço. o pessoal da Popper é muito criativo e passavam  o tempo a criar historias absurdas que dariam BDs brutais… para nos entretermos Tron sacou do seu diário gráfico e ensinou-nos um jogo muito simples que costumavam jogar entre eles.  Escolhe-se uma letra do alfabeto, escreve-se a letra no cimo da página, e de seguida cada um desenha algo que comece com essa letra, pode-se fazer um desenho de raiz ou acrescentar qualquer outra coisa no desenho de outro  sempre respeitando a regra da letra escolhida. Embora só tenha feito uns rabiscos bem toscos, foi bem fixe ter participado, curti bastante do resultado e do clima descontraído da brincadeira. Assim que as catacumbas abriram, desempacotámos os livros das malas e montámos a banca da Chili Com Carne, mas por uma questão de logística acabámos por ter de dividir o nosso espaço com uns suecos de Estocolmo, a sua editora chamava-se Hockey Rawk, o cabecilha da banca chamava-se Peter Larsson e juntamente com ele estavam três suecas, que vinham tocar ao vivo no festival , no primeiro dia  o livro AcontorcionistA foi o que mais fez furor, os casais de italianos eram os primeiros a ficar  entusiasmados  com o conteúdo do livro e do calendário, fiquei até com a sensação que alguém na Chili terá mergulhado os livros em pau de cabinda…

No segundo dia de Crack, acho que conseguimos dormir até por volta das 10 da manhã, a partir das 7 da manhã começámos a fazer sauna e aos poucos o pessoal começou a gemer e a arrastar-se para fora da tenda com o respectivo saco-cama afim de achar uma sombra que não fosse apenas temporária… é sempre chato encontrar uma sombra que só dura 5 ou 10 minutos… o people da Letónia foi ver o mar e dar uns mergulhos, e eu e o Zé ficámos pelas redondezas do Crack, e tomámos pela primeira vez pizza ao pequeno almoço…assim que as celas reabriram organizámos os livros na bancada, o Zé pintou um Chili Com Carne sâtanico na parede e eu espetei com as provas do livro Kassumai numa das paredes.


Por volta das 21h fui ver o concerto das nossas vizinhas suecas artisticamente conhecidas como Hi Says Mole, que tocaram no subsolo... Fiquei curioso porque uma delas tinha-me dito que faziam Pop experimental. No palco estavam três meninas meio Lolitas e com vozes bipolares que variavam entre a extrema doçura de uma criança que pede alguma coisa e uma criança com a birra. Balões de ar foram tocados como se fossem violinos, muitos órgãos de brincar e alguns beats minimais a surgir… curti!! Até porque houve algumas ambiências mais perto do Hip Hop um tanto ou quanto  Beastie… girlz…  De regresso à banca da Chili o pessoal curtiu bué do Love Hole, do Aspiração Horrífica, do Mesinha-de-Cabeceira 23 e claro mais uma vez da AcontorcionistA… O Doom Mountain e as serigrafias do Zé também brilharam. Muita gente passou pela nossa banca na Sexta. Nunca falei tantas línguas… finalmente as Peronis fizeram efeito, o Zé foi pra tenda e fui acabar a noite a beber copos com o Peter Larson e com a Ingrid, uma das miúdas dos Hi Says Mole… Tipos bem porreiros que ao fim da noite já bebiam shots, dos restos das bebidas que outros deixavam nas mesas de esplanada. Foi bem divertido, a merda é que fui pra tenda já de dia…

3ºdia  de crack!!!

FOTO DE DESPEDIDA DOS NOSSOS COMPANHEIROS DE TENDA
De manhã decidimos ir passear por Roma ao calhas, mais os nossos companheiros Robert, Tron e Jackob… Apanhamos um Tram afim de visitar outro okupa ali bem perto, mas estava fechado, decidimos então ir visitar uns parques, comemos melancia, bebemos muita água, rimo-nos e até estivemos a observar um casal de italianos a discutir como se fosse uma peça de teatro, enquanto comíamos um kebab super picante. Às 18h voltámos para as catacumbas, o Crack transbordava de gente, foi a loucura. Directamente da nossa banca pude assistir a um espectáculo de t-shirt molhada masculina, um tipo julgo eu do Dernier Cri encharcava outro com cerveja e perguntava lhe: "you're my friend?"

Nesse mesmo dia também passou pela nossa banca, uma italiana chamada Sheela que têm um trabalho muito interessante, ela adorou e comprou o Love Hole! Pela nossa banca passou também o Roberto Grossi que ofereceu o seu último livro para a Chili.

À meia-noite o people da Popper vieram se despedir de nós troquei um Kassumai por uma serigrafia do Robert , outro Kassumai com uma Poppermag. Do Tron e ofereci um Kassumai ao Jackob porque lhe estava constantemente a nascer ganzas da  barba!!! A sério… ainda assisti a um concerto que afinal não era um concerto mas sim uma peça de teatro disfarçada de concerto, vendemos bastantes livros e fomos para a tenda um pouco mais tristes que nos outros dias (embora houvesse duas fanfarras animadamente a tocar pelo festival..) pois estava quase na hora de regressarmos também.
POPPER Nº4 (TROQUEI PORUM KASSUMAI)

Eu e o Zé acordamos, fizemos a mala e despedimo-nos da nossa tenda. Pizza foi novamente o nosso pequeno-almoço, curiosamente juntou-se a nós um inglês muito simpático chamado Joe Furlong. Estivemos na conversa e ficámos a saber que pertence a um colectivo chamado Minesweeper pelo que percebi,  Joe e o seu colectivo ocuparam um barco e fizeram dele uma residência artística.

Por volta da 16 horas montámos a banca pela última vez, escrevemos num papel "super discount" e vendemos tudo por metade do preço!!! O Mattias Elftorp foi ter connosco para trocar os dois primeiros mega-volumes compilados do Piracy is liberation.

Esgotámos os Mesinhas 23, o Love Hole e os calendários…Por volta das 21h, o Valerio Bindi apareceu na nossa banca e restituiu-nos o dinheiro da viagem, foi pena não ter conversado mais tempo com este homem  grande, uma vez que andava sempre de um lado para o outro…

Por volta das 23h começámos a desmontar a banca despedimo-nos dos nossos vizinhos e lá fomos nós apanhar o tram… Acabamos por passar pelo Termini sem reparar e só demos por isso quando já estávamos a voltar para trás há uns bons 20 minutos… Mais uma vez andámos perdidos,  carregados e stressados.  Acabámos por apanhar um táxi para o Termini, o que foi mal jogado porque já não haviam autocarros à uma da matina e tivemos que gastar 50 euros noutro táxi que não era um táxi, para  ficar umas 4 horas à espera do check-in, e sem tabaco!! Imaginem dois barbudos a dar uma de crava 'tuga à porta do aeroporto a ressacar por cigarros...

Depois ainda houve uma escala de três horas em Zurique onde um expresso chegava a custar cinco Euros e não serviam copos de água sem consumo… Acabámos por não comprar tabaco de novo, e adormecer à porta de entrada, acordámos em cima da hora de embarque. Não estava ninguém nas redondezas, tinham mudado o nosso vôo para outra porta de embarque e lá tivemos de correr para a outra ponta do aeroporto…


 

Bosque singular

O David e o Zé voltaram todos agarrados ao Crack mas pelo menos não venderam pelo caminho coisas que eram prá Chili Com Carne.

E são duas, o novo número da revista sueca C'est Bon Anthology (#22, Mai'13?) mas redigida em inglês, cujo tema deste número é a "singularidade" (técnológica). Tema interessante e que serve para várias discussões mas que infelizmente aqui ficou alguns furos abaixo dessas possibilidades. Algumas participações chegam a ser retrógadas a lembrar revistas espanholas dos anos 80 - aliás, até pior que isso porque nessas revistas encontravam-se coisas muito boas! A engraçada capa aliás diz-nos tudo: técnica analógica (grattage), imagem de aspectro retro (robots à anos 50) e cor a preto e branco (péssimismo); de certa forma, um novo "mal du siècle" que atinge-nos a todos, incapazes de sonhar com um Futuro brilhante e com novas maravilhas. Pelo muito pelo contrário até...


Menos pessimista será o livro 3 Boschi (ed. de autor; 2013) do italiano Roberto Grossi que compila três BDs cujo elemento unificador serão as florestas, seja para um Japão contemporâneo, uma Itália na segunda grande guerra ou uma Amazónia nos anos 90. Temas que coincidem com Fujisan (Casterman; 2005) de Akira Sasô, e claro a nível de ambientes e grafismos com Charles Burns e João Maio Pinto. A tónica é optimista e contra-corrente à Utopia pós-humano ou tecno-humana que vivemos - e aborada no C'est Bon neste "post" - muito pelo contrário o autor através das suas personagens quer abraçar a floresta de alguma forma. Mas eu desconfio que o Homem inventou as cidades para fugir dessa enorme porra cheio de barulhos e perigos vários, cheio de sombras e desafios escondidos. Nós odiamos o verde e a Natureza, apredemos a afastarmo-nos dela e agora é tarde demais. Que entre o Exterminador! Grossi acha o contrário provavelmente...
O livro inclui legendas em inglês - como já tão normal em edições de BD pelo mundo fora. A edição é um bocado simples demais mas funciona para o que se quer, boa BD!

Temos ainda alguns números antigos da C'est Bon - mais interessantes. Desconto 20% para sócios. Contactar via ccc@chilicomcarne.com

segunda-feira, 17 de junho de 2013

domingo, 16 de junho de 2013

Sermão de Domingo

Rui Miguel Abreu, respeitado agente e jornalista do meio musical português comprou-nos os livros do Rui Eduardo Paes... Ele achou que o desconto de jornalista que lhe fizemos foi tal que até ficou envergonhado.

Pois é Abreu e qualquer outro que estiver a ler isto, a Chili Com Carne não é uma empresa mas sim uma associação sem fins lucrativos, e como tal estamos mesmo a borrifar para lucro e afins. Recebemos dinheiro dos associados que pagam as quotas quando querem (não há forma de os forçar para dizer a verdade), recebemos uns míseros subsídios por ano (e são mesmo miseráveis, sem entrarmos em discurso de choramingas) e claro das vendas que conseguimos. Felizmente temos uma dura disciplina da militância e que criou uma estrutura forte para fazermos o que nos bem apetecer sem prestar contas a ninguém e muito menos cair no facilitismo das publicações oficiais. A Chili Com Carne é uma bolha de oxigénio para os criadores que não encontram mais espaço para respirar nessas ditas publicações. O que não é nada de novo, é também para isto que qualquer estrutura realmente independente serve...

Claro que seria bom que tu e os outros que estão a ver este "post" tivessem presente que toda a ajuda que vier do vosso lado é uma mais-valia para nós, pagando preço total ou a meio-preço, ou ainda em troca directa de produtos ou serviços; fazendo-se sócios da CCC, comprando os nossos livros directamente a nós ou às lojas de forma que elas sintam que há leitores para os nossos livros; escrevendo em blogues e afins, espalhando a palavra, etc...

Agradecemos imenso! E sem vergonhas! Gracias!

Solteiro Punk


Entretanto apareceram-me mais uns singles de bandas Punk / Hardcore sem procurar por nada disto. Maldita militância Punk!!!

O Mike Diana enviou-me mais um disco que ele fez mais uma capa violenta. Os Svart Städhjälp são suecos, de Malmö e estreiam-se com Lägenhetsbråk (Halvfigur; 2012) que na realidade é um EP de 7" para poderem caber sete músicas curtas e a abrir, claro, com letras em sueco para nada se perceber deste lado. Há uma música chamada Sluta vara dum I huvet que quer dizer "fim" de algo quase de certeza... e prontos é tudo que desconfio que sei de sueco! E é melhor assim porque se calhar as letras são aquela treta cheia de lugares-comuns. Grande bujarda, seja como for!


O Alex Vieira passou por Lisboa e deixou-me mais dois discos das suas bandas Morto Pela Escola e Merda, em que canta e toca bateria respectivamente.
Um dos discos é dos Morto, um EP initulado de Raiva do Mundo com sete faixas editado o ano passado pela Zuada Rec e HeartsBleedBlue. É aquele quatro por quatro Punk que pouco irá trazer algo de novo à Humanidade... Tal como o split com Merda (Give Praise; 2011) também não irá adiantar muito, até antes pelo contrário. Merda parecia ser uma banda mais divertida num disco (também split mas em CD) com os DFC que tenho práqui em que até tocavam Jazz e Sambinha no meio da barulheira Hardcore... Neste vinil cor-de-laranja é Hardcore convencional. Bah! Que merda, cara!

Outro que andou por cá este ano e ainda há poucas semanas atrás, foi o grego Ilan Manouach que de vez enquando mascara-se de entidade sonora Balinese Beast na companhia de George Axiotis. Já têm alguns registos como este single Soft Offerings (ed. de autor; 2011). Quem esperar a música alienígena do gamelão (segundo Stockhausen) que tire o cavalinho da chuva porque o que há é música alienígena Noise. Três temas de "power electronics" que dão cabo do juízo a qualquer um e de vez enquando umas entradas meio-sumidas de saxofone Free (de Manouach). Não é "world-music" isso garanto-vos, é punk do século XXI para quem tiver paciência de ouvir chifrim...

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Think about the future...


Nada se espera da imprensa nacional ou da "crítica" (mesmo aquela que se diz estar atenta às novas tendências) sobre um projecto seminal como o Futuro Primitivo. Em breve deixarei algumas considerações sobre o livro - a sua resolução, problemas, etc... Até lá vamos recebendo feedback estranho dos autores e leitores que reproduzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzimos aqui

«curti bué do futuro primitivo memo,antes de ler(verdade seja dita) pareceu-me completamente caotico e sem minima hipotese de fio condutor,depois tive a tarde toda a pensar sera q aquilo tá perceptivel...e só as 19H 30 quando sai do bules é q pude entao disfruta-lo,e é lindo , mixaste um livro ou melhor mixaste o melhor pós apocalipse de sempre.tem tudo...o mix bate nas horas!!!!e a junção de desenhos graficamente diferentes foi mesmo em cheio!!!!
tá forte» - aparicio desaparece / Tue, 7 Jun 2011 23:56:00 +0100

«pah curti, sei q as minhs opniões são um bocado seca mas eu aprendo com alguns trabalhos, quer dizer, n é para ser pedagógico nem merda q se assemelhe e mesmo nem concordando com pontos de vista das histórias e das freakalhadas está com sumo e sustento.» - ana maria On 2011/06/08, at 18:03

«epá de vez em quando tem alguns saltos em que o leitor se perde,mas isso até é giro e é momentaneo ,porque o fio condutor reaparece logo de seguida,acho q no todo está bastante perceptivel,a ideia base está lá sempre presente.» - aparicio desaparece / Wed, 8 Jun 2011 21:15:28 +0100

«Futuro Primitivo tem sobretudo autores nacionais e no fundo serve de catálogo à exposição com o mesmo nome. A qual, enquanto conceito e qualidade global, foi em minha opinião a mais conseguida de todo o Festival.» - João Ramalho Santos in JL (21/06/11)
Comentário do editor, Marcos Farrajota: Holy caramba! Não é um catálogo da exposição! Há quem fique com essa ideia - não sei porquê, no outro dia alguém dizia que era um "catálogo dos artistas da Associação". Não percebo, o livro não vale per se? Sei que a aplicação do conceito - mistura das bds de vários autores - será seminal (creio) e dado a erros e falhas (há muitas, admito) como se pode esperar do seu carácter experimental mas pensar que é um catálogo já me deixa a pensar que falhei muito mais do que previa...
A exposição em Beja foi quase uma improvisação, o projecto real estará mais próximo na versão que foi para o Crack - espero fotos em breve para perceber se correu bem. Ou seja, tal como no livro pretende-se que nas exposições seja possível também misturar as tiras de bd de forma a criar sempre novas narrativas. Em Beja, como eram originais que estavam expostos não eram possível misturar o material dos autores (pela razão típica de protecção dos originais). Aproveitamos para deitar o lixo tecnológico na exposição como mera cenografia apocalíptica - tema do livro. Na verdade sempre abominamos as cenografias das exposições de bd mas esta permitiu diversão gratuíta. Como se costuma dizer: "para fazer uma instalação, atiram-se merdas pro chão!" - no colectivo P.I.d.E. já sabiamos disso nos Encontros CCC 1999, em 2011 continua a ser verdade, pelo menos prós cromos da bd que ficaram convencidos da qualidade da exposição. O importante é que se leia o livro...


«A unidade narrativa alcançada com esta espécie de remix aplicado às imagens e às sequências que os vários autores criaram é notável, até pelo potencial caótico dos próprios temas, entre a ficção científica distópica e os mundos pós-apocalípticos.
Mais de quarenta autores responderam ao desafio, escolhendo itens de uma lista cuidadosamente preparada para registar as invenções tecnológicas que terão colocado a humanidade a caminho do abismo. Da roda às armas de fogo, da imprensa à energia nuclear, a lista é suficientemente ampla para incluir elementos facilmente identificáveis com o caos ambiental e o desequilíbrio de produção alimentar que vivemos, mas igualmente com as grandes revoluções do progresso, o que só acentua o tom apocalíptico, configurando uma visão fatalista que alia qualquer avanço a uma inevitável degradação e que traça os princípios programáticos desta edição numa espécie de no future onde não haverá prisioneiros. Enquanto a devastação não chega, a clonagem da ovelha Dolly convive com as lições de sobrevivência que os genes humanos transportam e os autores abandonam as suas personagens à sorte de várias incógnitas, investigando o comportamento humano perante a ameaça do fim. Profecias, loucura, gestos de violência ou o desregramento total são alguns dos resultados. Autores consagrados e outros ainda em começo de publicação criaram sequências fortes, imagens perturbadoras e espaços de reflexão poderosos, mas é o trabalho de edição que lhes confere a unidade imprescindível para que este volume seja um marco para a afirmação da banda desenhada de autor no espaço, acanhado, da edição nacional.» Sara Figueiredo Costa in Expresso (Jul'11)

«Curiosamente, apesar de ser uma cena assumidamente "desconexa", o todo funciona muito bem e sente-se mesmo que é um projecto aberto e com pano para mangas para outras abordagens e sem grandes limites. Existe igualmente é um sabor amargo de estarmos perante algo incompleto, mas de certa forma, é isso a que o livro se propõe. No happy endings, no fucking fun. Demasiada informação para o mundo fazer de todo sentido. Curti mesmo.» On 2011/07/22, at 10:35, A.C. 
Comentário do editor: hum... boa abordagem / pespectiva que me propões... um dos problemas do livro é que alguns autores fecharam demasiado as narrativas para o livro ser mais "visual" mas faz sentido as "micro-narrativas" numa estrutura maior, talvez... Resposta de A.C., às 16:43: «Ya, mas olha que de certa forma, as micro narrativas acabam por funcionar como âncoras, no sentido em que criam momentos de focagem que depois só acentuam o caos gráfico que vem a seguir. Quase como teres momentos melódicos entre uma jarda de ruido sonoro num disco de noise ou assim. O livro tem uma dinâmica do caralho e nem sequer é um "album de BD" nem tão pouco tem aquela pinta de "antologia". É mesmo um overload fodido.»

«The concept is really great!» On 2011/09/10, at 15:13, Ilan Manouach

«El fin esta cerca. El 2012, las profecías mayas, tormentas solares, inminente invasión reptiliana, conspiraciones a la orden del día. A la humanidad le quedan 2 días. ¿Y después qué?. Osea, si algunos pocos "privilegiados" llegan a sobrevivir ¿qué futuro les depararía? No olvidemos que muchas veces el hombre es como una roña difícil de quitar.
Estas preguntas son el punto de partida del álbum distópico que la asociación Chili Com Carne nos hace al completo. Si, porque en Futuro Primitivo participan los alrededor de 40 socios que tienen, en un cadáver exquisito apocalíptico y antológico.
A pesar de lo difícil que resulta organizar un cadaver exquisito entre autores de diferentes estilos, algunos muy diferentes entre sí, el resultado es sólido, primando un aire a ciencia ficción pura y dura, con artefactos ultratecnológicos, contaminación en proporciones elevadas y mutantes y escombros a la vuelta de cada página.» -
Martin - 16/09/11 - in Bolido de Fuego



«I thought one great thing about Futuro Primitivo was that I couldn't understanding all of it. It felt like that was the point, like a global, multidimensional dystopia and you only understand the bit you can see with your own eyes. On the other hand, I think that was my very own subjective reading experince (I understand a little Portuguese but not enough to be sure what the comics were about, a bit like dreaming and half-understanding). Really impressed that you guys have translated it!» On 2011/11/20, at 20:06, tecknarn Sling

«Confessamos que não compreendemos por que razão os editores desta antologia afirmam, na introdução, de que esta é uma experiência “falhada”. Tecnicamente, trata-se de uma recombinação editorial feita sobre material que os autores providenciaram, ora sob a forma de tiras passíveis de serem quebradas e remisturadas, ora várias sequências em cadáver esquisito. A influência deste projecto parece ter sido semeada no tour do Boring Europa, como essa outra publicação demonstra. Todavia, a experiência editorial - que segue os projectos lançados por Marcos Farrajota que procura sempre soluções inovadoras e arriscadas num dito mercado nacional mas que encontra uma recepção francamente positiva noutros circuitos - que temos neste Futuro Primitivo parece-nos ter atingido o seu resultado prático justo. (...) Tendo conhecimento de algumas antologias nacionais e internacionais, é realmente bizarro que a atenção para com este projecto seja pautada por um silêncio quase consensual, apesar da franca “vanguarda” que ela apresenta (...) Falhanço? Ou trata-se isso de um exercício de contradição face aos discursos habituais das “vitórias” e “sucessos”, no campo em que apenas se vasculha na continuidade de sempre?» Pedro Moura in LerBD 16/05/12 

«A compilation of (post-)apocalyptic comics from Portugal and beyond, assembled as a kind of continuous, disjointed, exquisite corpse. This presentation actually makes for something surprisingly more cohesive and intriguing than most comps as it forces parallels and themes to emerge across juxtaposed artists' work. (did each know what the other would do, or is this happenstance? Is there a larger picture?) (...) I was going to come back and write more, but this remains cryptic and interesting as ever. Kind of a widely collaborative, free-association-narrative-connected art book.» Nate D / Goodreads / May 2012 

27 MAIO 2012 - nomeado para Troféu Central Comics Melhor Publicação Nacional 2011 - seja lá o que isso quer dizer e que nada trás para reflexão sobre o projecto ...

«I like the book, there are different moments actually, some parts look like a complete story and some are scattered, I don't understand most of the text so that could be the reason for me not being able to connect everything, but that is also kind of apocalyptic approach consistent to the theme. It can also be a part of the concept (this lack of communication that happened to me on the trip gave me an idea) that you have a solid story with a complete action, characters, articulate conversation at the beginning of the story, but as far as story goes on, everything is starting to lose the connection and at the end becomes a completely unconnectable neurotic abstraction of words and images. As the apocalypse has happened to the medium of narrative comic approach, lets say. I know it's not a hot water (as croats say), but I think it can be used related to the theme. And I like the theme.» Ivana Zubovic ... Tue, 24 Jul 2012 13:47:54 +0200


Panel are broken up from their sequence and then reorganized together, creating graphic tension between multiple artists' work on easch spread. The overall resilt of this strategy makes for a disconcerting and disjointed reading experience but sucessfully demonstrates a collaborative, group-derived aesthetic Kate Morgan / Journal of Artists Books 33/ Spring 2013

quinta-feira, 13 de junho de 2013

PUB à Cru #49



A Cru 'tá mesmo nessa de voltar à vida editorial e não brinca em serviço! Agora com o #49 (ah!?) sob o tema especial de "ódio" mete montes de malta a trabalhar com BD, ilustração e texto. Dos autores da CCC participam o Rudolfo, Afonso Ferreira, Zé Burnay e Marcos Farrajota. De resto, a edição mantem a sua condição sexy de formato e acabamento, já para não falar da capa, certo? O conteúdo é mesmo rasco e vadio como se deseja num zine...

quarta-feira, 12 de junho de 2013

Santa javardeira!

DJ V/A : Worst of the Best of (Faca Monstro; 2012)

Não oiçam esta k7 em "repeat" numa viagem Lisboa / Porto (pela A1) porque podem chegar ao vosso destino e apetecer matar qualquer pessoa. E porquê matar uma pessoa qualquer e não o DJ V/A (ler DJ Various Artists)? Porque todos nós somos responsáveis de consumirmos merda Pop.  E não adianta querer dar um balázio nos Europe (banda Hard Rock manhosa sueca dos anos 80) ou no director da Rádio Renascença ou no Tózé Brito (embora este merecia mais era uma tesoura pelo cu acima) porque mais virão para nos atormentar e nós, sim nós!, estaremos prontos e abertos para ouvir a próxima next big shit.
Desta k7 poderia-se esperar um DJ / produtor tipo o Girltalk para animar a festa com os seus hiper-mash-ups mas invés disso apareceu-nos um DJ bêbado com complexos de John Oswald. O trabalho dele coloca a questão se se pode fazer Arte com lixo. Geralmente não! A julgar pela árvore de Natal com materiais reciclados que aparece sempre numa rotunda ou pelos cinzeiros feitos de latas de Fanta que os freaks vendem. Ainda assim, Worst of the best of consegue ir mais longe da árvore de Natal e do cinzeiro porque recusa-se a ser funcional - consegue-se dançar com esta música? Sendo então um trabalho estético também não chega a ser extremista e por isso fica numa fronteira perigosa do kitsch reciclado. Tem efectivamente piada e em excesso, claro está, faz mal à saúde...

terça-feira, 11 de junho de 2013

O Coveiro (Marvellous Tone; 2013)



A democratização da edição trouxe-nos toda a espécie de objectos que não sabemos em que prateleira meter - ou porque não minúsculos ou porque são XXXL, ou porque é um CD com livro ou justamente vice-versa? Não é uma queixa, pelo contrário, viva a "bibliodiversidade" e a "anarquivismo"! Este Coveiro é mais uma celebração desta doce liberdade de formatos. Ao que parece existe um filme - de animação? não encontrei nada na 'net... - de André Gil Mata e o "nosso" Ghuna X fez a banda sonora, e tal como no passado, editou um CD documental dessas peças musicais e os seus extras (material inédito que não entrou no filme).
Sem o filme visionado é difícil chegar a conclusões de como a música se relaciona com a imagem em movimento ou com a narração, ao ouvir o CD temos de nos abstrair da ideia que  realmente uma banda sonora. O que aliás até é melhor assim, porque o conceito de banda sonora para filme geralmente é uma grande estucha - no Anime é aquela foleirada de J-Pop, no Ocidente ou é uma compilação de "hits" Pop/Rock ou então réplicas sem sal de "música clássica". Não é aqui o caso, claro! A electrónica de Ghuna X continua abstracta o suficiente com alguns "beats" de fundo criando um ambiente Dark pedido para a estética do filme - como sabemos isso? já lá vamos... O "illbient" é ma non troppo se compararmos com a sua outra banda sonora (para peça de teatro) 2CNQV que é mais opressiva - tal como a peça pedia?
No "zine" saberemos mais ou menos o que é o filme... Ao que parece o filme é baseado neste texto que aqui se edita na forma integral e percebemos que estamos perante um "conto infantil" (para adultos?) na tradição de Tim Burton. O zine em si mostra-se um "sub-produto" Burton, duplamente agravado porque os livros de Burton são por sua vez também sub-produto do Edward Gorey. O texto é em rima e é confuso narrativamente, não por causa da rima mas pela incapacidade de criar personagens que se possa criar qualquer empatia. Depois de ler o conto é fácil esquecer-se de... tudo! As ilustrações feitas em gravura arriscam a afirmar Alice Geirinhas como uma escola de ilustração - só seria boa notícia se a força estivesse no conteúdo e não no desenho - e para piorar tudo, o design da publicação é terrível - mas, já agora, o design do CD é fixe! Resta ver o filme (já sem muita vontade) e ouvir a música, amén! A música safa tudo!!!

sábado, 8 de junho de 2013

ccc@Pitchzin

Santa Maria da Feira vai receber o Pitchzin, uma mostra de portefólios artísticos na área do desenho, ilustração, pintura, graffiti, BD, colagem ou outros, que acontecerá na Casa do Moinho nos dias 8 e 9 de Junho.

O evento decorrerá num modelo de reunião informal, tipo speed dating/ pitch criativo, entre criativos e agentes criativos. Cada um dos participantes terá à sua disposição 5 minutos para apresentar a sua obra, seja ela fanzine ou livro de autor.

O público será convidado a participar, de forma a tomar conhecimento dos 70 projetos artísticos que terão a oportunidade de se mostrar ao longo dos dois dias do Pitchzin.

Está aberta a convocatória para a participação dos criativos destas áreas artísticas. A pré-inscrição é obrigatória, sendo admitidos no evento os 70 primeiros inscritos.

Mais informações em www.facebook.com/Pitchzin

O evento, organizado por Ricardo Fonseca, conta com o apoio da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira e da Bússola - Plataforma para o Desenvolvimento Artístico e Cultural.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Brasil XII

Cadernos do Sama - Vol. I
Auto-edição; 2013

Este livro em formato italiano foi das poucas novidades editoriais com interesse no Festival de BD de Beja, ou pelo menos, era o que parecia.
Já vêm detrás e há muito tempo a questão brasileira da BD de puxar tudo pró "besteirol e sacanagem", havendo muitas poucas vozes dissidentes (para um país tão grande!) a romper com o eterno humor na BD. Depois de assistir a uma emocionante conferência de Sama - autor brasileiro residente no Porto - na Bedeteca de Beja, no fim-de-semana passado durante o Festival, esperava muito mais do que li e vi neste livro.
Talvez o livro seja apenas uma forma de apresentar trabalho depois do seu badalado livro A balada de Johnny Furacão (que não li) e algo que esteja para vir - o autor falou-me de um interessante projecto de BD "mail art", que também estava em exposição em Beja. Na realidade, este livro é mesmo um "caderno", no sentido de ser um livro de esboços e de miscelânea seleccionada, e tal como muitos outros livros assim significa que só tem interesse para os "convertidos", ou seja, os leitores que já conheçam a obra do autor e tenham curiosidade no processo de trabalho do autor. Não conhecendo mais nada do Sama, não fiquei fascinado com estes Cadernos cheios de erótica, piadas e ambientes "retro" ou piadas sexuais com ambientes "retro". A curiosidade sobre o autor ainda permanece mas já com um gosto de desilusão.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Anarquismo para melómanos : a propósito de “ ‘A’ maiúsculo com círculo à volta” de Rui Eduardo Paes

O ofício de escrever é uma tarefa ingrata, tal como a de tocar música, a de criar qualquer tipo de arte em geral ou até a de falar sobre quem escreve.
Escrever pode ser um acto frustrante por ter sempre um carácter subjectivo. Escrever sobre arte ainda o é mais, já que a criação artística é sempre uma tarefa espiritual – pragmaticamente nada traz de utilitário; apenas nos ajuda a sonhar ou a construir pensamento (o que já não é pouco).
Escrever sobre arte pode ser também um acto de risco: se por um lado provoca o bem-estar, por outro consegue levar a estados de ansiedade e desconforto no criador da arte e no próprio leitor. O centro da questão é ser-se compreendido ou não. Tanto para o artista como para o crítico é sempre desgastante tentar fazer valer a sua verdade.
A escrita do Rui Eduardo Paes vai ainda mais além nestes argumentos porque estabelece sempre cruzamentos entre a arte e a vida. No fundo o que ele escreve são textos sociológicos sobre música. É uma escrita pedagógica, dado que traz inúmeros ensinamentos, e ao mesmo tempo revela-se vanguardista nessa pedagogia por não assentar em dogmas mas sim nas aprendizagens, no percurso que o escritor fez na apreensão da sua verdade e na construção da sua afirmação. E por isso é uma escrita sexy, já que mostra as entranhas (a forma como se adquirem os conhecimentos) e também porque aponta caminhos. É uma escrita sensual (por vezes promíscua ou até barroca) porque existe sempre envolta nalgum mistério (como uma névoa de ideias) e emaranhada em combinações de factores diversos. É uma escrita insinuante que por vezes nos vai chegando como que distraidamente mas que nos consegue depois agarrar com uma grande energia.
Ao ler o REP, mais do que ficar documentado, o leitor apropria-se de todo um universo de imprevistos e agitações. Ninguém mais se lembraria de construir aqueles desconcertantes cruzamentos entre coisas tão distanciadas como por exemplo a arte da relojoaria e a música de Ernesto Rodrigues, ou as mochilas e o violoncelo de Daniel Levin, ou o trompetista Nate Wooley e um pontapé no rabo, ou os berlindes e a microtonalidade, ou ainda a música do CCV Wind3 e certos problemas de calcanhares e pés…
Sendo uma escrita carregada de referências e de algum humor, a sua estratégia de construção pode considerar-se musical (vá lá saber-se porquê). O REP escreve sobre música como se fizesse música – compõe textos como se fossem sonatas, suites, baladas. A sua escrita desenvolve-se como uma verdadeira progressão harmónica de ideias ou até mesmo como um contraponto de texturas tímbricas que são as suas metáforas.

ilustração de Jucifer para o livro
“A" maiúsculo com círculo à volta, o novo livro, é um tratado sobre o anarquismo para melómanos. Nele podemos encontrar um Beethoven envenenado por excessiva estimulação, a partir de experiências ligadas a um certo pensamento radical da era romântica; um Zappa em articulação com o movimento freak e todas as suas contradições ideológicas; a pseudo-anarquia de uma certa pop/punk e o colectivismo revolucionário em tons festivos; o anarquismo epistemológico numa exposição em que se cruzam magnificamente a ciência, a arte e a experimentação; ou ainda a música noise ligada à luta pelos direitos dos homossexuais e ao seu suporte no ideário anarca.
Trata-se pois de um conjunto alargado de temáticas que ajuda o leitor a rever a sua própria postura ideológica e que não deixa indiferente o artista, levando-o a reflectir sobre a sua atitude criativa. E por isto apenas já valeria a pena.
Esperemos portanto por novas apostas do REP que nos possam continuar a atrair e surpreender.

- Intervenção de Paulo Chagas no lançamento do livro na Trem Azul

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Kassumai @ Festival de BD de Beja 2013


+ fotos da exposição aqui

O video possível da apresentação aqui

domingo, 2 de junho de 2013

[R]eject'zine #4

Dona Zarzanga; Dez'12

Caramba, Andreia! Dois anos para fazer mais 16 páginas d'A Trágica tricofobia de Zulmira?
Espero ter mais dois anos de vida para ver a terceira parte? Será a conclusão? Espero bem que sim porque 4 anos ou 6 anos poderá ser demais nas contas feitas com o Universo.
A narração funciona bem mas o enredo pouco se desenvolve, os desenhos continuam numa fusão de BD tradicional e o "comix", o zine continua A4 mantendo a vontade de explorar o título para o trabalho da Andreia Rechena. Sabe a pouco, claro! Vamos lá despachar isso! Qual rejeição!?


sábado, 1 de junho de 2013

ccc@festival.de.beja.2013


Vai haver Festival de BD de Beja e o Kassumai de David Campos vai ter exposição por lá
...
Também vai haver exposições individuais dos nossos associados Andreia RechenaPedro Zamith, bem como de livros que distribuimos, nomeadamente VSAdH/ EdWB/ IpAN (uDdPL) do grego Ilan Manouach e Pedro Moura e Psicose de João Sequeira e M.C. Ferreira.