domingo, 30 de junho de 2024

Um país / 8 distritos / 10 concelhos / 11 freguesias, um porradão de santos padroeiros... TUDO PARA A FOGUEIRA! STEVE ALBINI RIP!!! QUEROSENE ESGOTADO!


Quando não há nada para fazer, acende-se um fósforo.

Na terrinha, o aborrecimento combate-se com fogo e só há uma forma eficaz de matar o tempo: de uma vez por todas.

Este livro é um guia para lidar com os sítios onde nada acontece: partindo da canção dos Big Black e levando à letra a sugestão da banda, partilham-se testemunhos de quem, tendo vivido a indolência das pequenas cidades, vilas e aldeias de Portugal, deu consigo a ponderar as possibilidades da piromania. Seja sobre a arquitectura pavorosa ou as gentes beatas que nela habitam, as histórias aqui reunidas documentam as frustrações e ansiedades de quem não cresceu no bulício do Porto ou de Lisboa e, sentindo a falta da animação das metrópoles, viu na fogueira a única cura para a letargia.

Na colecção LowCCCost, para quem gosta de "viajar sem apanhar transportes e gastar dinheiro", já se deram muitas voltas: do aborrecimento da Europa à Guiné-Bissau, passando por um convento de monges silenciosos em Évora ou pela Ilha de Príncipe aquando do eclipse de 1919. Tal como os outros títulos desta colecção, não estamos perante um guia de turismo bacoco: Querosene, tal como os volumes no passado — Zona de Desconforto (Melhor Livro de BD de 2014) e Lisboa é very very Typical —, junta autores, ora amadores, ora consagrados, que se abrem na intimidade sempre desconfortável da autobiografia. Na soma desta transmissão de estados de espírito individuais, fica a saber-se mais sobre o país do que através dos dados do INE: os resultados, talvez sem supresa, deixam dúvidas sobre a laicidade das gentes ou sobre o futuro da população jovem.



Incendiários identificados:

Ana Margarida Matos, André Pereira, Cláudia Sofia, Dois Vês, Eva Filipe, Gonçalo Duarte, Joana ToméJoão Carola, Rodolfo Mariano, Rui Moura e Sofia Neto.


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160p (duas cores alternadas) 16,5 x 23cm, capa a cores com badanas

ISBN: 978-989-8363-46-6


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ESGOTADO
 





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Historial: 

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Entrevista a André Pereira e Dois Vês no Acordes de Quinta





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FEEDBACK

Portugal esteve sempre a arder. A adolescência está sempre a arder. A luta arderá sempre! A nova antologia da Chili Com Carne reúne algumas das novas estrelas do rock, conduzidos por André Pereira sobre as terras em que se viveram ou vive com desejos de botar fogo em tudo!


A história do João Carola é do cacete, só isso vale o livro... Também gostei da do André, embora mais no registo choramingas. Fiquei com pena deles todos por terem sido tão traumatizados pela santa madre igreja...
P.S. (via email)

(...) é um livro importante para se medir o pulso à novíssima banda desenhada portuguesa (...)
Sara Figueiredo Costa in Expresso

(...) Não se procure aqui a resiliência que as televisões papagueiam, a tão cultivada superação dos vencedores. Sem sentimentalismo, o que as páginas revelam são vidas individuais à procura de sentido, indissociáveis de lugares, devidamente apontados em mapas: Castro verde, Montijo, Setúbal, Coimbra, Setúbal, Barcelos, Marinha Grande, Caldas da Rainha, Alverca do Ribatejo, Torres Novas e Figueira da Foz. (...)

4,5 estrelas no Ipsílon / Público

Nomeado para Melhor Antologia e Melhor BD Curta nos Prémios Bandas Desenhadas

sexta-feira, 28 de junho de 2024

Ana Margarida Matos - NOT TODAY - Review


Prá semana vai chegar a segunda edição do Hoje Não, daí usarmos este vídeo para promover a coisa...

quarta-feira, 26 de junho de 2024

Quando tudo fica ainda mais esquisito

 


Puf! Como podem ver na imagem, 'tá práli o mapa / ícone do Vale dos Vencidos, de José Smith Vargas, neste videojogo! (...) um rapaz mandou um mail a dizer que está a criar um jogo "tipo fortnite" sobre uma Mouraria futurista, e foi sacar algumas referências ao livro.

Não percebemos nada disto, mas prontos, é isto: whatamess.city/overuse

terça-feira, 25 de junho de 2024

nunsky@h-alt

Nunsky é entrevistado no H-alt. Entretanto raptaram aqui uma prancha da estreia do artista no Mesinha de Cabeceira #4 (1994) antes de um verdadeiro Nazi Skins Massacre!!!!!
 

sábado, 22 de junho de 2024

ccc@xavascal


 A Feira do Livro não deu cabo de nós! Até ficámos mais fortes! Foda-se! Vamos ao Xavascal!

sexta-feira, 21 de junho de 2024

este é que é o verdadeiro INFERNO / últimos 10 exemplares e na TORTUGA


A Divina Comédia de Dante Alighieri (1265–1321) é daqueles livros que toda a gente já ouviu falar mas terão sido poucos os que realmente o leram.

O Inferno tem nove círculos nos quais as almas dos condenados são punidas de forma burocrática. Entre elas vamos encontrar alguns dos inimigos de Dante – entre muitas coisas, esta obra também é uma sátira política. Dante viu o nascimento do Capitalismo tal como o conhecemos e criticou os novos ricos do seu tempo.

Quando Marcel Ruijters trabalhava neste livro, havia cada vez mais conversas nos media sobre a morte do capitalismo. A edição original holandesa saiu meses antes da queda dos mercados de 2008.

Esta adaptação que é feita num estilo de “gozo medieval” é a forma que Ruijters encontrou de criar interesse pelo texto original.

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edição MMMNNNRRRG
120p. p/b, capa 3 cores, 165x230mm
500 exemplares impressos em Dezembro 2012 
ISBN: 978-989-97304-5-8
tradução: Ondina Pires --- arranjo gráfico: Joana Pires

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PVP: 15 Euros 
à venda na loja online da CCC e Matéria-Prima, Ugra Press (Brasil), Neurotitan (Berlim), Utopia, Tinta nos Nervos, Universal TongueTortuga e SNOB.

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Feedback:
Inferno é o melhor trabalho de Marcel Ruijters, um dos livros mais hilariantes nos tempos recentes. A versão de Ruijters do La Divina Commedia de Dante é uma pastiche grotesca com belos desenhos (…) cheia de trocadilhos visuais à Tex Avery, que deixa os leitores em risinhos. 
Relatório do Júri VPRO para melhor BD holandesa de 2008

Inferno é cheio de horror e humor. As surpresas e piadas aparecem sobretudo nos detalhes dos seus robustos desenhos. 
De Groene Amsterdammer [jornal holandês]

Quando se compara com a arte, obrigatóriamente romântica, de Doré, os desenhos de Ruijters são fixes e excitantes. Ele alterou uma obra clássica com aprazível malícia. 
Elsevier Weekblad [jornal holandês]

Já tenho um exemplar; e está uma maravilha!!! :D 
Mr. Esgar [e-mail 19/12/12]

André Coelho também curtiu mas disse palavras profanas que nos impede a reprodução [19/12/12]

diálogo intenso com Dante (...) não se poupam as críticas ao poder temporal, à mesquinhez quotidiana e aos expedientes comuns de corrupção, na ascensão social e no enriquecimento fácil. (...) uma releitura pertinente à luz do presente. 
Sara Figueiredo Costa / Atual / Expresso  [4 estrelas em 5]

Ruijters alcança aqui um acto alquímico 
Pedro Moura / Ler BD

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Historial:

Melhor BD Holandesa 2008 

edição portuguesa lançada na última Feira Laica (Lisboa) e na Mundo Fantasma (Porto) com exposição de originais e serigrafia impressa pelo atelier Mike Goes West em Dezembro 2012

edição francesa pela The Hoochie Coochie em 2013

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algumas páginas aqui:




foto: Paul Gravett, em Ravenna (2007)
Marcel Ruijters nasceu em 1966, cresceu no sul da Holanda e frequentou durante alguns anos uma escola de arte nos anos 80. Desde os 7 anos que fazia BD. Com ao advento das fotocopiadoras que tornavam a auto-edição possível para toda uma geração e Marcel viveu esses tempos fazendo títulos como Onbegrijpelijke Verhalen, Mandragoora, Dr. Molotow, Fun&Games, Thank God it’s Ugly e vários monográficos raros, sendo que algumas destas publicações eram antologias com colaborações de vários artistas que Marcel descobriu em vários países como Matthias Giesen, Daniel W. Core, Chris Crielaard, Jakob Klemencic, Prof. Bad Trip, Karen Platt, Mike Diana, Berend Vonk, Kapreles, Matthias Lehmann, Olle Berg – tudo isto nos tempos antes da Internet, claro!

Actualmente é editor da revista Zone 5300 (de Roterdão, onde o autor reside), escreve crítica a BD no jornal Dagblad De Limburger, faz ilustrações, traduções e tudo o mais que é preciso fazer neste mundo da edição. O seu livro mais conhecido será Trogloditas, que teve edição holandesa (pela Oog & Blik), norte-americana (Top Shelf Comix) e portuguesa (Polvo).

Com Sine Qua Non mudou de estilo gráfico e começou a explorar o imaginário medieval, tendo o livro sido editado pela prestigiada Les Editions de l’An 2. A continuação deste novo estilo é Inferno, livro ganhou o melhor álbum de BD na Holanda em 2008 e que chega a Portugal pela MMMNNNRRRG.

Apesar de já ter participado em várias exposições colectivas em Portugal – como a celebre Honey Talks na Bedeteca de Lisboa, organizada pelo colectivo esloveno Stripburger – Ruijters terá a sua primeira exposição a solo na galeria da Mundo Fantasma em Dezembro 2012, sendo feito para a ocasião uma serigrafia pelo Atelier Mike Goes West.

quarta-feira, 19 de junho de 2024

Apresentação da segunda edição expandida do livro Einstein, Eddington e Eclipse: Impressões de Viagem


 

Einstein, Eddington, e o/ and the Eclipse: Impressões de Viagem / Travel Impressions é um livro composto por um ensaio da historiadora e professora Ana Simões e uma banda desenhada da artista Ana Matilde Sousa, concebido como complemento à exposição E3 - Einstein, Eddington, e o Eclipse no Museu Nacional de História Natural e da Ciência

A apresentação da segunda edição expandida contará com a presença das autoras e do editor da Chili com Carne, Marcos Farrajota, e com o comentário do crítico e investigador Pedro Moura, o ilustrador e autor Miguel Santos e o cientista Federico Herrera.

A banda desenhada toma a correspondência de Arthur Eddington trocada com sua mãe, irmã e o Observatório Astronómico de Lisboa antes, durante e após a sua expedição à Ilha do Príncipe para observar o eclipse solar total de 1919, como ponto de partida para uma narrativa gráfica de contornos experimentais e impressionistas. Focando-se na teia de actores humanos e não-humanos envolvidos nesta expedição – pessoas conhecidas e desconhecidas, animais, plantas, factores ambientais e afetivos – a BD estabelece uma relação intertextual com o ensaio teórico sobre as implicações científicas, políticas e sociais dessa viagem cujos resultados confirmaram a revolucionária teoria da relatividade de Einstein. As “impressões” da viagem assumem um duplo significado, referindo-se ao relato de Eddington por palavras e às marcas nas páginas, alusivas à presença material dos lugares visitados.

A segunda edição que se apresenta contém 16 novas páginas de BD, que resultam do progresso da investigação histórica e da continuação da reflexão artística.

O ensaio e a BD são bilingues, em Português e Inglês, as duas principais línguas usadas durante a expedição.

segunda-feira, 17 de junho de 2024

ccc@crack.2024


We're doing Crack!
Rui Moura is taking a selection of uour books!

domingo, 16 de junho de 2024

A edição portuguesa do autor mais importante da actualidade ESGOTADA!!!!


Viagem 

de 

Yūichi Yokoyama 

(...) Viagem é incrivelmente divertido, considerando as suas 200 e tal páginas mudas de uma viagem de comboio sem acontecimentos. Um quarto do livro é sobre três viajantes à procura dos seus lugares, e o resto é sobre o que eles vêm pela janela à medida que o comboio atravessa o Japão, focando-se nas geometrias perturbadoras da natureza e cidades. As personagens humanas não passam de glifos inexpressivos, diferenciados apenas pela roupa e penteados. Qualquer vinheta do livro poderá ser vista de forma abstracta e a piada final é que Yokoyama já afirmou que ele próprio tem lutado para interpretar as suas próprias imagens: “É no mínimo estranho que ele se sentem todos juntos numa carruagem de comboio vazia.” 

New York Times


Em Viagem, a questão da visualidade é directamente relacionada com a da velocidade de um percurso de comboio de três personagens, encenado com a intensidade de um spy thriller ou de um manga shonen. (...) a existir uma aproximação entre Yokoyama e as festas do Cabaret Voltaire, esta poderá reduzir-se a um interesse coincidente em expressões cosméticas de individualidade. Não é grande surpresa que um artista contemporâneo, tal como os miúdos fixes de 1916, se divirta a inventar modas. (...) Condenados ao mecanicismo de Descartes, os passageiros representam o humano apenas pela auto-evidência “plana” da sua presença e acções. O resultado é como ver o mundo pelos olhos de um extraterrestre, ou de uma abelha, para os quais a intencionalidade ou a inteligência por detrás das acções humanas serão tanto ininteligíveis como irrelevantes. 

Mao



192p A5 a uma cor mais sobrecapa a duas cores

Esta edição é acompanhada pelo suplemento 

Contemplar a paisagem com Yūichi Yokoyama 

(vol. -12 da col. THISCOvery CCChannel), 

um ensaio escrito por Hugo Almeida.

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ESGOTADO

Pode ser que ainda encontre algum exemplar perdido na Utopia, Matéria Prima, Tinta nos Nervos, Tigre de Papel, Linha de Sombra, Snob, ZDB, Alquimia, BdMania, Sirigaita, Fundação Oriente e Senhora Presidenta.








Feedback 

Trata-se de uma gigantesca aposta na banda desenhada japonesa contemporânea, escapando à lógica mais expectável da manga Viagem, de #yuichiyokoyama #yokoyamayuichi, um dos seus livros mais celebrados senão o que o pôs no mapa, é uma viagem ultra-cinética que estimula a materialidade visual do livro, e salienta a mecanicidade dos corpos humanos. Imperdível para amantes da criatividade desabrida e a inventabilidade gráfica da nova banda desenhada. Alguns dos primeiros exemplares são vendidos com um brilhante ensaio suplementar de Hugo Almeida
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(...) um livro tão bom!
Simão Simões (via email)
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Deslize é uma palavra que me ajuda a definir este livro. A sensação é a de um imparável estado de movimento e encadeamento aleatório, mas ao mesmo tempo totalmente controlado, preciso e previsto. Esta obra que tanto se pode ver em 7 minutos como nos permite alongar os olhos e o corpo nela por horas, regressar uma e outra vez, é uma prova que a banda desenhada pode ser uma experiência cinética de completa imersão. (...) Desta vez, deslizar os olhos por esta obra de Yuchi Yokoyama, alguma coisa me remeteu para uma sensação próxima do deslize num skate. Fazermo-nos deslizar ou manobrar um skate pela cidade ou pela estrada, tem algo de histriónico, um pouco como as soluções gráficas que o artista usa para simular ou fazer intuir o movimento dos corpos e volumes, ou seja, o desenho da deslocação de todas as coisas que há neste livro. Foi o que senti quando o reli. Deslize encadeado e sem atrito, automático e sem obstáculos.
Tiago Baptista in Skate Snake Zine #2
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送って頂いた「トラべル」実物をみました表紙や目次や末尾の奥付けページがお洒落で良いですねありがとうございました!
Yuichi Yokoyama (via email)

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(...) Este livro vertiginoso surpreende, mostra até que ponto a linguagem do manga pode ser manipulada para desenvolver novas estéticas.
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Nomeado para Melhor Publicação Estrangeira e Melhor Argumento Estrangeiro nos Prémios Bandas Desenhadas

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(...) a experiência é a de uma vertigem provocada por perspectivas desconcertantes (...)

(...) Um livro sem palavras, de deslize constante, cinemático, onde as pessoas, a chuva e as máquinas fazem parte de um fluir uno.
Tiago BaptistaTiago Baptista (por email)

Einstein, Eddington and the Eclipse. Travel Impressions NEW EDITION



1 ECLIPSE / 5 COUNTRIES / 2 LANGUAGES /
A WEB OF KNOWN AND UNKOWN PEOPLE, ANIMALS PLANTS AND ENVIRONMENTS / CRAVINGS FOR STRAWBERRIES 


Einstein, Eddington and the Eclipse. Travel Impressions integrates an essay by Ana Simões and a graphic novel by Ana Matilde Sousa.

 The essay analyses the scientific, social, political and religious aspects of the two British expeditions, which headed towards Príncipe and Sobral to observe the 1919 total solar eclipse, and test Albert Einstein's light bending prediction. 

The graphic novel takes excerpts from A.S. Eddington's correspondence as a starting point for a graphic narrative of experimental and impressionistic contours.




264p (146p full color) 18,5 x 27cm // more NEW 16 pages in the graphic novel
 ISBN: 978-989-8363-510

You can find the book @ our online shop and maybe there's still some copies from the first edition @ Quimby's (USA) and Modo (Italy). 



History of the book:

Sample published in Polish magazine Zupelnie Inny Swiat






(...) Ana Matilde Sousa (better known in the world of comics by the pen-name Hetamoé) took the correspondence exchanged by Eddigton with his mother, sister and the Lisbon Observatory to recreate visually this famous trip. Her collection and processing of digital images, as well as her explorations with the printing and inking of these pages, emerge in a very impressionistic and unique graphic story. It’s for sure one of the most beautiful pieces of comics imagery we had this year, giving us a sense of what this voyage could have been like and the feelings experienced by the participants.

(...) exciting, experimental recent release in Portugal (...) Einstein, Eddington and the Eclipse: Travel Impressions by Ana Simões & Ana Matilde Sousa combines a text essay about the 1919 total solar eclipse with a graphic novel interpreting and transforming excerpts from scientist A.S. Eddington's letters.
Paul Gravett in FB

(...) it fits the definition of a “travelogue” in both the broadest and strictest sense — but it’s so much more than that, as well, taking in the sights, sounds, feelings and textures of his journey to create a kaleidoscopic whirlwind that explores the very act of exploration itself, as well as its sub rosa “ripple effect” ramifications on people, places, animals, and even inanimate objects. If I said I’d experienced anything quite like it before I’d be lying, and I say that as someone who reads a hell of a lot of comics. 
 Stated plainly, then, I can’t recommend this book strongly enough (...). If I’d been aware of it when it first came out (my bad!), it would have most certainly landed a spot on my “best-of” list for that year — instead, it’ll have to settle for a spot on my “best-of” list of all time.

(...) This book is a true jewel, to be recommended to historians, to scientists, and to the broader public alike, and in particular to those who are fascinated, as I am, by the powerful imagery of graphic novels — particularly when they are so deeply rooted in historical knowledge as is this wonderful book. 
Jürgen Renn (Max Planck Institute for the History of Science) in Centaurus

AcontorcionistA / terceiro volume : CARTÃO-POSTAL /// ÚLTIMOS 13 exemplares!!!!


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O Grupo Empíreo, Sociedade Anónima de Recreio e Prazer e as edições MMMNNNRRRG têm o prazer de anunciar a publicação do terceiro andamento da rapsódia erótica AcontorcionistA, intitulado Cartão-Postal.

Desta vez, estamos perante um desdobrável composto por 16 pranchas + 4 encartes vocacionados para a transmissão não electrónica de mensagens de teor libertino.
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A série AcontorcionistA, de formato diversificado e carácter aplicativo, conta com dois volumes anteriores ― Manifesto e Calendário ―, igualmente publicados pela MMMNNNRRRG.

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Do presente vigésimo quarto volume das edições MMMNNNRRRG foram impressas trezentas cópias, 32 + 12 páginas em A6.

Aceitam-se pedidos pela chilicomcarne.com mas também pode ser adquirido na Utopia, Matéria Prima, Sarvilevyt (Finlândia), Neurotitan (Berlim), Linha de SombraPanta Rhei (Madrid), StetSeite Books (Los Angeles), Just Indie Comics (Itália), Desert Island (Nova Iorque), Orbital Comics (Londres), Le Bal des Ardents (Lyon), Tigre de Papel (Lisboa), Alquimia (Cascais) e com os Putan Club em tour infinitas.

Pornografia para intelectuais / HOJE é LIVRO do DIA na Feira do Livro de LISBOA (stand Chili com Carne - H14)



Uma antologia sob a curadoria de microworkers

 HARVESTED de Ilan Manouach é baseado em conteúdos encontrados, uma selecção arbitrária de filmes adultos. Foi inteiramente criado por um conjunto orquestrado e bem afinado de rotinas planeadas, scripts da web e tarefas baseadas na inteligência de enxame. O material deste livro foi reunido por um grupo descentralizado de parceiros e foi filtrado por uma população anónima de “microworkers”.

O livro naturalmente tornou-se numa co-produção com vários editores, a saber: MMMNNNRRRG (Portugal), Forlaens (Dinamarca), Hálice Hálas (Suiça), La Cinquième Couche (Bélgica), Topovoros (Grécia), Fortepressa (Itália), Ediciones Valientes (Espanha), Pachiclon (México) e Bitterkomix (África do Sul).

Mais de dois mil filmes adultos foram colhidos em grandes quantidades de sítios em linha p2p directamente para um servidor. Seguindo dois scripts diferentes, os primeiros 10 minutos dos vídeos foram despedaçados em milhares de imagens de baixa resolução no formato JPG à espera de serem filtradas. Este lote de imagens foi submetido a serviços de crowdsourcing que permitem coordenar inteligência humana aplicada a tarefas que os computadores ainda não conseguem fazer. Um grupo seleccionado de “microworkers” foram recrutados para filtrarem estas milhares de imagens de acordo com uma instrução conscientemente vaga: se nelas apresentavam ou não arte contemporânea.

Esta “Colheita” mostra-nos à superfície quinhentas obras de arte encontradas em casas, estúdios, cenários de filme e outras heterotopias da indústria de filmes adultos. Se esta antologia dá importância a um contexto de história da arte de uma indústria específica, ela também se posiciona simbolicamente na necessidade em activar uma visão periférica no que toca às práticas escopofílicas.

Se as pinturas do IKEA são penetrantemente dominantes, podem-se encontrar trabalhos de mestres modernos como um rapinanço de Fernand Leger, um desconhecido Joan Miró, Castelo e Sol de Paul Klee mas também obras contemporâneas como Quote, 1964, uma impressão de Robert Rauschenberg, uma série de pinturas de Mark Rothko, School of Fontainebleau de Cy Twombly e até algumas réplicas de Frank Stella e Lucio Fontana.







à venda na "shop" da Chili Com Carne e nas lojas ZDB, Linha de Sombra (Cinemateca), XYZ Books, Livraria do Simão (Escadinhas de S. Cristóvão), Nova Livraria Francesa, Tigre de PapelUtopiaStet, Tasca Mastai, Snob, Jazz Messengers, Alquimia e FNAC.


Feedback: 

A pornografia normalmente é uma coisa aborrecida e repetitiva - apoiada pelo Vaticano. Neste caso ao procurar a "arte contemporânea" nas fotografias tudo se transforma, cada fotografia acaba por se transformar em arte, que belas composições com mamas e pilas, mas onde as mamas e as pilas não são mais do que um dos elementos destas belas composições! 
Goran Titol (via e-mail) 
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um interessante livro, cínico q/b no seu ponto de partida. Espero que esgote para continuares a encheres as nossas prateleiras de livros. 
Paulo Mendes (via e-mail)
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Altamente! 
Benjamin Brejon dos Mécanosphère (via e-mail)
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Livre tout d’arrière-plan, livre d’art dissimulé dans un livre de cul. La fameuse idée qui devient livre. Pour la faire exister. Et une fois chose faite, du livre, que vit-on? toujours la même perplexité. Ni vraiment bon ni vraiment nul, une expérience éditoriale de plus pour Ilan dont je me prends quand même à rêver qu’il revienne à la bande dessinée, discipline dans laquelle il est infiniment plus singulier que dans celui dit de l’art contemporain (typologies évidemment purement sociales : la bande dessinée EST un art contemporain). En gros: je suis perplexe.
DU9


Acabei há poucos dias de ver o Harvested - é muito fixe, acho que peca apenas por algumas (muitas talvez) páginas não terem "arte contemporânea" mas antes porcarias emolduradas tipo Ikea. Mas talvez fosse mesmo essa a ideia do autor - pôr tudo no mesmo saco. De qualquer forma é muito fixe, porque é um passatempo andar em cada página à procura da "arte" ao mesmo tempo que levas com tudo o resto que é bastante diversificado e por isso bastante rico também.
Sara e André - Claim to fame


Sobre o autor:


Artista complexo e activista underground, o grego Ilan Manouach (1980) licenciou-se em Bruxelas em Belas Artes tendo feito até hoje uma carreira diversificada em conteúdos e conceitos, a começar pela sua extensa bibliografia e discografia - para além disso é músico caso a imagem ainda deixe dúvidas...

É o autor responsável pelo livro Harvested, editado em Portugal pela MMMNNNRRRG, que lançou para o mundo o conceito de "pornografia para intelectuais". A maioria dos livros tem sido publicados pela editora belga 5e Couche, desde 2003 com Les lieux et les choses qui entouraient les gens désormais que não passou despercebido logo pela crítica. A lógica dos seus livros é uma simbiose entre a BD e a Arte Contemporânea, não faltando le scandale e as polémicas sendo que a mais conhecida será a impressão "pirata" de Katz - livro que substitui as cabeças de todas as personagens de Maus de Art Spiegelman por gatos, tendo como desenlace a destruição física do livro por ordem judicial.

No último Festival de BD de Angoulême apresentou o Shapereader, uma BD baseada em impressão tridimensional para leitores cegos.

Participou em exposições colectivas na Bedeteca de Lisboa e no Festival de BD da Amadora, para além de ter sido publicado os livros A vara do açucar da meia noite e nos bordos dos peixes (Opuntia books; 2008) e Variações sobre o anjo da história : ensaio de Walter Benjamin inspirado por Angelus Novus (um desenho de Paul Klee) (Montesinos; 2012), este último com texto de Pedro Moura. Também participou na antologia de desenho MASSIVE (Chili Com Carne; 2010).

Em Portugal Manouach já nos visitou várias vezes como músico e artista - da última vez no Festival de BD de Beja mas em Maio de 2016 veio como músico para concertos em parceria com Jonas Kocher, com o projecto Exhaustion, desenvolvido com o objectivo de explorar as possibilidades de permutações seguindo a estratégia da exaustão como necessidade de validação. O seu jogo instrumental é construído numa arquitectura mental onde são exploradas as relações horizontais / verticais, densidades / drones, tensão / aborrecimento, numa relação bi-polar elástica que expande a linguagem da livre improvisação até ao limite.

sábado, 15 de junho de 2024

Cancer / LIVRO DO DIA stand H14 na Feira do Livro de Lisboa



CANCER
de / by
Tilda Markström

publicado pela / published by
MMMNNNRRRG (2000-20)

112p. 4 cores, 21,5x27 cm ao baixo, capa dura 4 cores / 128 p. 4 colours print, 21,5x27cm hardcover book
500 exemplares / 500 copies
Livro de desenho com textos em bilingue (português / inglês) / Picture book in portuguese and English




Tilda Markström (1923 – 2012) Nasceu em Ystad, Sul da Suécia. 1955. Acaba o curso de Pintura na Escola Superior de Belas Artes de Estocolmo. 1960. Frequenta a FOTOSKOLAN, Escola de Fotografia de Estocolmo (fundada e dirigida pelo Mestre Christer Strömholm). 1965. Viagens (Europa e Estados Unidos). 1968 a 1973. Reside em Londres. Primeiras exposições. 1974. Regressa à Suécia e passa a viver em Estocolmo. Realiza exposições de Pintura, Fotografia, ilustra livros, escreve para jornais e revistas culturais. 1996. Fixa residência em Ystad embora mantenha a casa de Estocolmo. / Born in Ystad, Southern Sweden. 1955. Graduated in painting in the School of Fine Arts in Stockholm. 1960. Attended FOTOSKOLAN, Stockholm School of Phtography (founded and directed by Christer Strömholm). 1965. Trips (Europe and United States). 1968 to 1973. Lived in London. First exhibitions. 1974. Back to Sweden, went to live in Stockholm. Held painting and photography exhibitions, illustrated books, wrote for newspapers and cultural magazines. 1996. Settled in Ystad,but kept her house in Stockholm.

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à venda na loja em linha da Chili Com Carne e na Linha de Sombra (Cinemateca de Lisboa), Tasca Mastai, Senhora Presidenta, Mundo Fantasma (Porto), Matéria Prima (Porto), You to You e Vida PortuguesaBUY @ Chili Com Carne online shop and Desert Island (NY), Le Bal des Ardents (Lyon), Floating World (USA),

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Há temas mais duros e difíceis do que outros. Há mesmo temas que não sabemos sequer como começar a abordar; ou como reagir se outros os abordam, sobretudo quando os abordam de forma simultaneamente crua e inteligente. Mas há também um preço a pagar pelo silêncio, pelo arrumar de problemas onde (esperemos) não nos assombrem. 
Expresso
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Assinado por uma pintora e ilustradora sueca, já falecida, Cancer compõe uma narrativa visual, dolorosa e comovente, sobre uma mulher que sofre de cancro da mama. A narrativa, intuímos no final do livro, é criada pela sua companheira, a própria Tilda Markström, num tom objectivo, atento aos gestos do quotidiano e profundamente dilacerado. (...) Este será um livro sobre o cancro, mas não há aqui pedagogia ou avisos sobre a saúde e o que fazer com ela. Este é, portanto, um livro sobre o amor e a morte, talvez os únicos temas que nos atormentam com eficácia desde sempre sem que nada altere a necessidade de a eles regressar. Que Tilda Markström seja um heterónimo numa constelação de autores inventados por um pintor e ilustrador português nada acrescenta à leitura de um livro tão avassalador — e tão profundamente belo — como este.
Sara Figueiredo Costa in Blimunda
.

(...) este livro vem corajosamente provar que a arte pode às vezes ter a última palavra.
5 estrelas
Manuel de Freitas in Expresso
.

Se tivesse de destacar um livro ilustrado (para adultos), optaria pelo terrível Cancer, de Tilda Markström (na verdade Tiago Manuel), e pelo modo como alguém consegue lidar gráfica e visualmente com uma memória íntima terrível, uma história pessoal marcada pela perda. Não deixe de conhecer este livro, de indesmentível qualidade estética e humana.
José António Gomes in Abril a Abril
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Mesmo cuidadosamente envelopado, como só ele sabe, o mais recente volume da obra polimórfica do mano Tiago [Manuel], no caso atribuído à sueca Tilda Markström, tem uma mossa na capa e nos primeiros cadernos. Uma marca que logo interrompem a circulação de azul em torno da palavra-título: Cancer (ed. Mmmnnnrrrg). Impossível não ver nisto um sinal, uma semiótica dos acasos. A viagem marcou-o. Uma cicatriz, portanto. Com uma força extraordinária, aliás comum nos seus trabalhos, o Tiago desenvolve o álbum em sucessão de imagens que obedecem a perspectiva única: um alto pode-se tornar o ponto, o cerne que nos muda a textura do corpo e do mundo. O entorno vai ganhando texturas e padrões, os mamilos e as veias transfiguram-se na linguagem que nos rodeia, que nos cerca, que nos atrai a rede cada vez mais apertada, cenário no qual tudo diz e é sinal da morte. Sem palavras, sem nunca dizer cancro em português, língua que tem por costume evitá-la, substituí-la, coisificá-la. As linhas da cicatriz transfiguraram-se em rarefeito contorno onde acomodar as sombras que a doença ainda permite. No fecho, três textos curtos, páginas arrancadas a um diário. «Já não é possível voltar ao paraíso de onde fui expulsa pela morte». Dolorosíssimo testemunho em carne viva de um íntimo processo, viagem que a todos nos toca, tocou, tocará.
João Paulo Cotrim Macau Hoje
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Edição bilingue, português-inglês, de um livro ilustrado assinado por uma artista sueca e compondo uma narrativa sobre uma mulher, a companheira da autora, que sofre de cancro da mama. Sem pedagogias, Cancer é um livro belo e avassalador sobre o amor e a morte, mas também sobre a memória e o modo como esta nos constrói. 
Sara Figueiredo Costa in Parágrafo
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(...) como o luto corroí - pois vive de uma fixação ao podre, não necessariamente ao defunto, mas ao que se putrifica intrinsecamente -, pode apresentar diferentes configurações: é a desfiguração física daquele que é próximo, que passa a inscrever-se num corpo corrompido e devorado pela morte, como desenha Tilda Markström em Cancer.
António Baião in Bestiário #1 / O Nojo

The Cancer book is nicely produced - but very very heavy subject matter!
Anton Kannemeyer (Papa em África, O Meu Nelson Mandela)

E estamos longe, longe, de todas aquelas narrativas de “sobreviventes do cancro”, de que hoje se pode dizer ser quase um género estabelecido. O trabalho de Markström/Manuel não está interessado numa subsunção narrativa, muito menos numa intriga redentora ou moralmente recompensadora, mas na capacitação dos meios gráficos de uma presença e efeitos próprios. Não quer pedir aos seus leitores uma lágrima simpática, nem uma consciência de cidadania. Não pede nada a não ser tão-somente a honestidade da sua leitura, de enfrentar a sua verdade.
Pedro Moura / Ler BD 

It's a lovely thing indeed. It obviously tells the story of a very emotive journey through breast cancer and to an ultimate death, and I suspect the art was part of the way that Tilda dealt with it. Quite moving, and the repetition of images was really effective.
Pstan Batcow (Pumf Rec.) by email