sábado, 29 de outubro de 2016
Já não sou eu que vivo /// MUNDO FANTASMA até 29 de OUTUBRO
It's no longer I that liveth é um livro sobre ter treze anos em 1986. Relata alguns meses na vida de Francisco Ferreira, entre a região de Lisboa e Évora. Francisco Ferreira tem a pior das idades. Uma idade em que o Deus da infância já não existe e não há ainda outro Deus que o substitua. Uma idade em que já não se brinca e ainda não se tem amigos verdadeiros. Uma idade niilista. Uma idade sem nada. Mesmo assim Ferreira descobre qualquer coisa, agarra-se a qualquer coisa.
Francisco Sousa Lobo nasceu em 1973, em Moçambique, e vive entre Londres e Falmouth, no Reino Unido. Estudou primeiro arquitectura, depois arte. Em Londres acabou recentemente um doutoramento em arte, em Goldsmiths. Em Falmouth University ensina na licenciatura de Ilustração. Publicou vários livros de banda desenhada: Câmara Escura (Bedeteca de Lisboa; 2003), O Desenhador Defunto / The Dying Draughtsman (Chili Com Carne; 2013), O Andar de Cima (Ar.Co + Chili Com Carne; 2014), I Like Your Art Much (ed. de Autor; 2015), The Care of Birds / O Cuidado dos Pássaros (Chili Com Carne; 2015) e O Problema Francisco (Gulbenkian; 2015), também publicado em Espanha pela Ediciones Valientes. Prepara agora dois novos livros: Os Quarenta Ladrões (inquérito a artistas e críticos sobre a questão da influência) e Nuvem (sobre a Cartuxa de Évora).
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quarta-feira, 26 de outubro de 2016
Zines associados
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Labels: ana menezes, júlia barata, LowCCCost, rui moura, sim mau, zines
quinta-feira, 20 de outubro de 2016
ccc@doc.lisboa.2016
Mais uma vez a Associação Chili Com Carne regressa ao DocLisboa com exposição comercial de livros nossos que estejam na senda do "documentário" em BD... E já agora destacamos a retrospectiva de Peter Watkins e em especial o seu filme proíbido The War Game.
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Labels: eventos
sábado, 8 de outubro de 2016
CHILI COM CARNE @ SILVEIRA ROCK FEST
No próximo Sábado, dia 8 de Outubro, a Chili Com Carne terá alguns livros à venda no Silveira Rock Fest. Haverá também uma apresentação do André Coelho. Para mais detalhes, consultem a página de facebook do evento AQUI!
Conhecido no mundo da música mais extrema pelos seus trabalhos como ilustrador, designer e músico experimental, André Coelho vem ao Metal Market no Silveira Rock Fest apresentar o seu livro de ilustrações ICONOLATRY lançado pela editora Universal Tongue. Juntamente, teremos a presença da Chili Com Carne, associação que reúne diversos jovens artistas e que tem promovido e desenvolvido imenso trabalho no campo das artes, onde podemos encontrar algumas publicações do André Coelho. A apresentação decorrerá na zona do Metal Market ás 19h10 durante um dos intervalos dos concertos.
Posted by Pastor Gaiteiro at 20:24:00 0 comments
Labels: andré coelho, eventos, música
sexta-feira, 7 de outubro de 2016
Rabos ingleses!
foto de Marina Oliveira - há mais aqui |
Na essência assim foi a festa de lançamento dos 500 Paus e do livro Acedia de André Coelho: Smell&Quim hairless British old fart's bums and noise... Foi divertido!
Posted by MMMNNNRRRG at 16:38:00 0 comments
Labels: 500 paus, andré coelho, música
quinta-feira, 6 de outubro de 2016
FESTA de LANÇAMENTO de ACEDIA e os 500 PAUS com SMELL & QUIM e shhh... vs RASALASAD
A vida não pode ser só trabalho!
cartaz de André Coelho |
Sobre os músicos:
Smell & Quim --- Nos idos anos oitenta surgem no circuito internacional da musica ruidosa experimental uns iconoclastas sonoros britânicos de seu nome Smell & Quim que tomam de assalto a cena musical internacional aparecendo frequentemente em fanzines, com entrevistas nonsense e criticas aos seus trabalhos discográficos que muitas vezes roçavam a raiva e a aversão. Com um nome em jeito de trocadilho com a dupla pop britânica Mell & Kim, os Smell & Quim foram uma presença habitual no catálogo da editora nacional SPH (percursora da Thisco), já que era esta que distribuia todo o seu catálogo por cá, catálogo este que era difícil de actualizar já que frequentemente os seus discos ficavam retidos nas alfândegas ou eram devolvidos à procedência devido ao alto teor provocatório das suas capas, já que o imaginário e fascínio visual dos Smell & Quim pela pornografia, fetichismo e necrofilia era bastante explicito, tudo isto na era pré-internet.
Os Smell & Quim têm discos editados um pouco por todo o mundo, com destaque para as editoras Cheeses, Old Europa Cafe, Tesco, Red Stream ou Elsieandjack e gravaram com Aube, Merzbow, Evil Moisture, entre outros. Recentemente a Thisco editou uma cassete com uma colaboração com Rasalasad. As suas raras actuações ao vivo nunca foram concensuais e eram habitualmente incómodas para aqueles a que elas assistiam pela sua estética visual crua e visceral. Estarão hoje os Smell & Quim domesticados? Esperemos que não e é ver para crer.
shhh... --- Rui Bentes iniciou o projecto shhh… em 2003 e que conta com quatro álbuns editados, apara além de diversas participações em splits e compilações, ultrapassando as duas dezenas de edições fonográficas em CD, DVD, vinil, cassete, disquete e on-line nas editoras Thisco, Enough Records, Cold Model Records, Floppy Kick Records, Signal Void e Cobra Discos, em países como Portugal, Canadá, Espanha, Hungria e Japão, tendo colaborado com Sci-fi Industries, Dave Philips, Thisquietarmy, Anla Courtis, Philippe Petit, Cris x, Francisco Lopez, Kenji Siratori, Carlos Zíngaro entre outros. Partilha o projecto The Sleeper Has Awakened com Helder Luís e como complemento da música que faz, também cria a maioria dos vídeos para shhh… e produz composições para teatro, exposições, dança e instalações audiovisuais para o Bando, Útero, A Gaveta, Adriana Queiroz, Galeria da Salgadeiras, The Brooks Museum of Art, Fábrica da Pólvora, contando já com mais de quarto dezenas de peças. Em conjunto com a Overlook Filmes produziu três curtas-metragens, fazendo captação, mistura, sound-design e música original. Também criou o som para o filme de animação Alda e exerceu funções de co-director de som no filme Eclipse em Portugal, tendo até ao momento participado em seis filmes. Recentemente fez a composição sonora para um filme multimédia do Planetário de Lisboa.
Rasalasad --- Fernando Cerqueira iniciou as suas actividades no final dos anos 80 com o seu projecto de musica electronica industrial Croniamantal, com o fanzine Atonal e a editora SPH, onde editou Jim O'Rourke, Merzbow, Brume, The Haters, Telectu, etc... No final dos anos 90 funda o projecto de musica electronica Ras.al.Ghul com que edita vários CDs para a Symbiose, Thisco, SPH, Grado, Blocsonic, Illuminated Paths, La Nostalgie de la Boue e Moloko +. No virar do século lança a editora Thisco, onde edita Merzbow, KK Null, Rapoon, Lasse Marhaug, Jarboe, Von Magnet, entre muitos outros. A par da Thisco é editor das antologias oculturais Antibothis, onde participam Hakim Bey, V. Vale, Carl Abrahamson, Critical Art Ensemble, André Coelho, Pentti Linkola, Robin Rimbaud, Francisco Lopez, DJ Balli... Participa no documentário sobre a musica electrónica nacional, TeclaTónica. As suas mais recentes edições incluem edições em colaboração com Matthew Waldron de irr.app.(ext.) e Nurse with Wound, Merzbow, Emil Beaulieau, Jarboe, Von Magnet, Hiroshi Hasegawa, Smell & Quim, Wildshores entre outros.
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domingo, 2 de outubro de 2016
Anarquia transgênica
Não há volta a dar... fui à Feira Anarquista de Lisboa e vi aquilo mais morto que a feira (de edição independente) que se chama Morta! Saquei de lá o Boletim da BOESG e querendo fazer aqui alguma resenha ou divulgação do espaço só fui encontrar uma imagem do dito boletim no sítio em linha do Pacheco Perreira. Isto para dizer que não consegui encontrar em nenhum dos sítios oficiais ligados ao Boletim. Yup! O estado português não tem de se preocupar, a Anarquia em Portugal está moribunda sem ser capaz de se organizar ou sequer ser imaginativa para ser, pelo menos, subversiva - e isto já é pedir o mínimo dos mínimos de quem se intitula de "anarquista". Serve para apenas para manter os arquivos de um gajo do PSD actualizados...
Já ficamos a saber que os livros da Chili Com Carne sobre os temas "anarcas" escritos pelo Rui Eduardo Paes são mal-vistos por alguém por estas bandas. Como se diz por aí, quando um livro é publicado ele serve para discussão e reflexão. Só que invés dos "anarcas" aproveitarem para discutir e criar canais de diálogo sobre esses livros, preferem ignorar tal é o snobismo digno de betos que são. Será o actual movimento (movimento?) português contemporâneo da anarquia um grupinho com "donos"? Uma seita? Uma Monsanto de "trademarks"? Talvez seja por isso que a Feira Anarquista em oito anos diminuiu as suas mesas de editores em metade das presenças na sua primeira edição invés de aumentar como deveria ser normal? As guerras interinas são tão evidentes que até mudou de denominação nos últimos dois anos para Feira das Edições Subversivas, segundo creio... Mein Gott! Unmöglich! Enfim, um rol de tristezas que coloca os "anarcas" portugueses ao nível da tipificação salazarista do português mais comezinho. Ainda estou para perceber porque passado oito anos voltaram a convidar a Chili a estar lá com as suas edições. Se foi um acto de confronto com os Lideres espirituais, fixe, significa que há anarcas que estão contra as forças internas da superstição e do dogmatismo bacoco. Se foi um acto de coragem para ultrapassar a ideia de que a libertação do ser humano deve ir para além de pensamento político e dos manifestos surrealistas do século passado, mais honrados ficamos! Afinal estamos em 2016 e do André Breton o que curtimos mesmo é a terrinha onde ele foi bater as botas, bem bonita a aldeiazinha, catita para ir lá de férias beber uns licores. Vai uma aposta que pró ano não nos convidam e a Feira terá quatro mesinhas com a mesma edição de Homenagem à Catalunha?
Mas vamos ao que interessa, o Disgraça é um espaço social libertário que fica na Penha de França - este ano até foi lá o nosso Camarada Balli e tudo! - e alberga várias organizações alternativas ao sistema. Entre elas, a ex-Biblioteca dos Operários e Empregados da Sociedade Geral que era uma biblioteca de trabalhadores de uma companhia comercial de barcos, que se transformou na Biblioteca Observatório dos Estragos da Sociedade Globalizada. Mais que uma cosmética de nome, houve a sensatez de conservar um acervo histórico de livros de operários em que inevitavelmente encontraremos alguma literatura tóxica, mas que entretanto têm-se acrescentado livros "de meios para ultrapassar esses estragos" ou seja, literatura anarquista, libertária, feminista, vegetariana, etc... Abre às sextas-Feiras entre entre as 16h e as 23h para quem não se quer ficar só pelo jornal Mapa ou para qualquer um que queira apenas ler algo uma vez que a biblioteca municipal daquela zona foi deslocada para um sítio horrível graças à gestão pindérica da sua Junta de Freguesia - basta fazer um "google" de imagens para perceberem onde estava situada e onde foi parar!
Posted by MMMNNNRRRG at 16:10:00 0 comments
Labels: serviço público