É vergonhoso!
E o fanzine Cru voltou com o número 34 para comemorar 20 anos de existência mesmo que tenha estado parado cerca de 13 anos - sendo o último número editado em 1999, e antes disso nem saiu o número 12! Que vergonha! Que ousadia!
É verdade que o mundo dos zines é feito desta alegre anarquia, de real gozo e descompromisso com as regras comerciais mas podia-se ser um bocado mais coerente e respeitável com este modo de vida que é a edição independente! Enfim... Podia-se suspeitar de um número verdadeiro "melting pot" de colaborações de velhadas como eu - Marcos Farrajota - e o Mr. Esgar (o patrão da coisa) com putos novos como o Rudolfo ou a Wasted Rita, gajos famosos como o Nuno Saraiva, valter hugo mãe ou Jorge Silva (ainda por cima com um texto sacado ao seu blogue) entre outros convidados especiais e/ou estrangeiros. No entanto, com um design exemplar e humor, o Cru consegue ser contemporâeno e modernaço sem ser reaccionário - o texto a gozar com os bostas dos She Wants Revenge é mesmo muito bom! - com tópicos pertinentes (por exemplo, o da pirataria) e outros menos mas sem dúvida divertidos como horóscopos, reviews e cartas de leitores falsificados. É mesmo uma publicação para se passar um bom tempo... coisa rara nos dias de hoje.
Temos dois exemplares para vender através do e-mail ccc@chilicomcarne.com - prioridade para sócios CCC
Outro regresso vergonhoso às lides dos fanzines é do artista João Fonte Santa! Porra ele fez zines nos finais dos anos 80 com o colectivo A Vaca Que Veio do Espaço e o último título que fez foi em 1993 a Besta Quadrada, de número único... Ainda por cima vem com aquela onda de "chapbook" (ou graphzine, tão em voga) com o seguinte título Crianças Grandes brincam com brinquedos grandes (Bombarda; 2012). Quem conhece o estilo gráfico e os conteúdos iconoclastas deste artista sabe o que irá apanhar nestas folhas A5. Santa ao "brincar" com a conjugação clássica de frases feitas com imagens da megalomania portuguesa (neo-liberal e corrupta) faz uma crítica à irracionalidade do capitalismo, sem no entanto deixar algumas palavras de esperança: «uma coisa boa nos edifícíos horríveis é que podem ser demolidos tão facilmente como os outros. melhor ainda quando os vemos a dobrar!».
A coisa custa 10 euros (com mais um poster e assinatura do autor) na tendência artística destas publicações de artistas. Com um preço assim não é realmente um fanzine...
pedidos para bombarda29@gmail.com
É verdade que o mundo dos zines é feito desta alegre anarquia, de real gozo e descompromisso com as regras comerciais mas podia-se ser um bocado mais coerente e respeitável com este modo de vida que é a edição independente! Enfim... Podia-se suspeitar de um número verdadeiro "melting pot" de colaborações de velhadas como eu - Marcos Farrajota - e o Mr. Esgar (o patrão da coisa) com putos novos como o Rudolfo ou a Wasted Rita, gajos famosos como o Nuno Saraiva, valter hugo mãe ou Jorge Silva (ainda por cima com um texto sacado ao seu blogue) entre outros convidados especiais e/ou estrangeiros. No entanto, com um design exemplar e humor, o Cru consegue ser contemporâeno e modernaço sem ser reaccionário - o texto a gozar com os bostas dos She Wants Revenge é mesmo muito bom! - com tópicos pertinentes (por exemplo, o da pirataria) e outros menos mas sem dúvida divertidos como horóscopos, reviews e cartas de leitores falsificados. É mesmo uma publicação para se passar um bom tempo... coisa rara nos dias de hoje.
Temos dois exemplares para vender através do e-mail ccc@chilicomcarne.com - prioridade para sócios CCC
Outro regresso vergonhoso às lides dos fanzines é do artista João Fonte Santa! Porra ele fez zines nos finais dos anos 80 com o colectivo A Vaca Que Veio do Espaço e o último título que fez foi em 1993 a Besta Quadrada, de número único... Ainda por cima vem com aquela onda de "chapbook" (ou graphzine, tão em voga) com o seguinte título Crianças Grandes brincam com brinquedos grandes (Bombarda; 2012). Quem conhece o estilo gráfico e os conteúdos iconoclastas deste artista sabe o que irá apanhar nestas folhas A5. Santa ao "brincar" com a conjugação clássica de frases feitas com imagens da megalomania portuguesa (neo-liberal e corrupta) faz uma crítica à irracionalidade do capitalismo, sem no entanto deixar algumas palavras de esperança: «uma coisa boa nos edifícíos horríveis é que podem ser demolidos tão facilmente como os outros. melhor ainda quando os vemos a dobrar!».
A coisa custa 10 euros (com mais um poster e assinatura do autor) na tendência artística destas publicações de artistas. Com um preço assim não é realmente um fanzine...
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