quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

escola argentina, penúltimo capítulo

Nas novas mexidas globais como seria de esperar, a Argentina não podia ficar de fora e abraçar os paradigmas do Novo Novo Mundo, por isso, não é à toa que falo a seguir de Revue Ex Abrupto #2 (Ex Abrupto; 2005) e de Suda Merry K. recopilatório (ABC; 2006), revistas que se parecem com livros e em que em comum tem o editor francês Thomas Dassance que partiu para a Argentina em 1999.
No primeiro caso, a revista está em francês e apresenta-se como uma revista de «experimentação gráfica e narrativa» com colaborações de peso como o José Muñoz e o Carlos Nine (capa) eautores menos conhecidos como Max Cachimba e Julian Taborda. O objectivo é dar a conhecer o talento sul-americano nas terras gaulesas. Até se come "a coisa" apesar dos altos e baixos (como repararam alguns autores são amadores e outros são mestres como Muñoz) mas a legendagem horrível em TODAS as bd's acaba por condenar a revista. Nem o seu ar altivo (à francesa?) e suplementos escondidos a salvam do estigma do "tiro ao lado" [3]
Suda Merry K. tem um ar mais humilde (foi editado em castelhano) consegue ganhar vários pontos acima. É uma revista de esforço tripartido entre o Ex-Abrupto, Viñetas con Altura (Bolívia) e Feroces Editores (Chile); e junta autores europeus como o suiço Thomas Ott (com um trabalho de Recuerdos de Mexico) e o espanhol iconoclasta Miguel Brieva e vários sul-americanos de vários países nas suas páginas em que destaco o peruano Jorge Ruibal (na imagem em baixo) a lembrar vagamente a Kaz e outros gráficos selvagens. O presente volume recompila os dois primeiros números da revista em versão melhorada. [4]
Com um Presidente argentino (Muñoz) para a próxima edição do festival de bd do mundo (Angoulême 2008), ainda não se escreveu o último capítulo da historieta. Estejam atentos, muito atentos...

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