terça-feira, 30 de abril de 2024

Erzsébet - últimos 30 exemplares



Erzsébet 
de 
... 

17º volume da Colecção CCC editado por Marcos Farrajota. Design por Joana Pires. Capa por Nunsky. 144p p/b 16,5x23cm, capa a cores. 500 ex. ISBN: 978-989-8363-24-4

Sinopse: Erzsébet Bathory, a infame condessa húngara contemporânea de Shakespeare, ao contrário deste, incarnou como poucos o lado negro e animalesco do ser humano. São-lhe atribuídos centenas de crimes inomináveis que lhe grangearam alcunhas como "Tigreza de Csejthe" ou "Condessa sanguinária" e que a colocam no mesmo lendário patamar de bestas humanas como Gilles De Rais ou Vlad, o Impalador. Por detrás do seu rosto pálido, de olhar impassível e melancólico ocultava-se o próprio demónio, Ördög.

à venda na loja em linha da CCCMatéria Prima, ZDB, BdMania, Tinta nos Nervos,  Kingpin, Universal Tongue, Linha de Sombra e Utopia








o autor: Nunsky é um criador nortenho que só participou no zine Mesinha de Cabeceira. Assina o número treze por inteiro, um número comemorativo dos 5 anos de existência do zine e editado pela Associação Chili Com Carne. Essa banda desenhada intitulada 88 pode ser considerada única no panorama português da altura (1997) mas também nos dias de hoje, pela temática psycho-goth e uma qualidade gráfica a lembrar os Love & Rockets ou Charles Burns. O autor desde então esteve desaparecido da BD, preferindo tornar-se vocalista da banda The ID's cujo o destino é desconhecido. Nunsky foi um cometa na BD underground portuguesa e como sabemos alguns cometas costumam regressar passado muito tempo...



Feedback: 
Muito boa BD, me inspira para criar logotipos 
Lord of The Logos (via e-mail) 
... 
Erzsébet, o livro, é o relato implícito, emudecido, de um receio: o de que a morte escape definitivamente ao controlo masculino. Afinal, é a morte que conduz cada um e todos os passos da humanidade, tal e qual como vem anunciando a estética gótica em todas as suas formas. Nunsky recorda-nos isso mesmo com esta edição
... 
Erzsebet é um grande livro. Consegue ter aquele espírito dos filmes do Jess Franco e afins, em que por vezes é mais importante a iconografia e a imposição de elementos simbólicos / esotéricos ou fragmentos de actos violentos e ritualizados (como as mãos nas facas ou as perfurações e golpes) do que termos uma continuidade explicita e lógica da narrativa, o que cria toda uma tensão e insanidade ao longo do livro e de que há forças maiores do que a nossas a operar naquele espaço. 
André Coelho (por e-mail) 
...
o romântico está presente antes na sua dimensão histórica e o trágico se aproxima do monstruoso. Pedro Moura / Ler BD 
... 
Para todos aqueles que apreciam uma viagem pelas profundezas negras do coração dos Homens, este é sem dúvida um livro a explorar, aliás, uma das publicações mais interessantes do ano passado 
...
Acabei de ler esta versão e perdoem-me, não posso evitar um sorrisinho complacente - então somos nós os amadores "alternativos"? A "nossa" condessa pode não ser nenhuma obra prima, mas é, modéstia à parte, um trabalho bem mais sério e sólido que a pobre caricatura da renomada Glenat. A única coisa que gostei foi a técnica gráfica (nem tanto os bonecos). GO CHILI! ÉS O NOSSO ORGULHO! P.N. (por e-mail)
 ... 
Nomeado para Melhor Álbum Português e Melhor Argumento e vencedor de Melhor Desenho na BD Amadora 2015 
... 
Nomeado para Melhor Álbum PortuguêsMelhor Desenho no Comicon 2015 
... 
Existe verdadeira loucura e terror nas caras e paredes pintadas de sombras e escuridão. Uma das obras essenciais na BD de 2015 a ser comprada e lida as vezes que aguentarem, porque a história de Erzsébet Bathory não é para os fracos de coração e de estômago.
Acho que Acho 
... 
Primeiro livro da Chili Com Carne com edição estrangeirar lançado no Brasil pela Zarabatana Books
...
A ausência de um arco dramático ou qualquer desenvolvimento de personagens é um recurso que aproxima Erzsébet do terror clássico italiano, menos preocupado com o roteiro do que com a experiência. A intenção parece ter sido trazer os relatos mais verossímeis, ocasionalmente com algum toque de fantasia, o que é uma opção interessante. Ainda assim, mesmo que não decepcione na fluidez, a sensação ao final é que faltou algo neste caldeirão. A relação que a história estabelece com o leitor é distante, já que não há qualquer personagem pela qual torcer ou temer. Claro que a Condessa é aquele tipo que adoramos desprezar, mas o interesse que ela gera ao longo das páginas não é bastante para deixar de observar isso. Com um saldo final positivo, Erzsébet vale a experiência. Quem tiver interesse por personalidades como a de Bathory será recompensado nesta leitura. Muito provavelmente, caso o seu primeiro contato com ela for a HQ, vai gerar uma vontade forte de pesquisar mais sobre essa figura histórica terrivelmente atrativa. A pergunta do primeiro parágrafo não será respondida, mas a atração por esses monstros da vida real continuará a existir.
Formiga Elétrica (sobre a versão brasileira)
...
(...) Escrita e desenhada pelo português Nunsky, Erzsebet é um dos maiores lançamentos de terror de 2012.
Convergência HQ (sobre a versão brasileira)
...
(...) Nunsky consegue transmitir todo o horror que as lendas contam, as torturas e a personalidade explosiva da Condessa de Sangue, como ficou conhecida. Graças à uma narrativa sangrenta e auxiliada pela técnica do traço citado, várias são as cenas em que a crueldade de Erzsébet é extrema, (...) 
Mundo Hype (sobre edição brasileira)
...
(...) Fidedigna ou não, fantasiosa ou não, em cenas como esta a biografia busca retratar precisamente a crueza da condessa assassina. 
Folha de S. Paulo (sobre edição brasileira)
...
Desenhista de muita imaginação
Jornal do Commercio (sobre edição brasileira)

...

Livro negro, melancólico, arrepiante e pesado. Bué Black Metal, sem uma pinga de humor. (...)  Só não gosto nada é da protagonista, macacos a levem, é mesmo detestável e esperei pacientemente pelo seu merecido fim tal como rezam as lendas (...) Os outros lacaios da maldade também foram bem castigados... Só que fiquei a pensar...  Mas que raio, então e a bruxa, ficou à solta? E os 90 gatos? Fonix Que medo...  Livros com um fim esquisito, este da dimensão no espelho negro apanhou-me de surpresa. 
Rodolfo Mariano (por email)

Reedição do livro em capa dura com extras no Brasil pela Zarabatana Books
...


Erzsébet / NEW Brazilian edition!!



Erzsébet
by

17º volume of the CCC CollectionPublished by Chili Com Carne. Edited by Marcos Farrajota. Design by Joana Pires. 144 pages black/white, 16,5x23cm, color cover. 500 copies. ISBN: 978-989-8363-24-4

Sinopsis: Erzsébet is a graphic novel based on the life and times of the infamous sixteenth century Hungarian aristocrat Elizabeth Bathory, aka the bloody countess. The author always wanted to do something in the horror genre and this story had all the ingredients he was looking for, and better still, it really happened! Nunsky (b. 1972) tried to materialize into graphic form those ominous ice cold atmospheres and the maddening loneliness and isolation, which, combined with almost absolute power, slowly pushed that damaged character to commit the most ineffable acts of insanity.

Buy at our online shop, Quimby's (Chicago) and Indie Comics (Italy)















...

About the author: Nunsky is a comics artist from the north of Portugal and has published most of his work in the Mesinha de Cabeceira zine. In 1997 he made an incredible 39 page comix for the 13rd issue and the 5th anniversary of this mutant zine. Actually this was the first professional looking book that the Chili Com Carne Association made, starting an important publishing history in the Portuguese scene. The comix was entitled 88 and was a unique comix in Portuguese panorama at the time - and still is nowadays! Not only the "psycho-goth" ambience was different from all Portuguese comics but also the graphic quality was astonishing for such artist coming from nowhere. It reminded the Love & Rockets and Charles Burns but had it’s own voice. Since Nunsky is such a lone wolf, almost nobody knows about him and his whereabouts. After the 88 comix he created a rock band called The ID's and that's it. Or that’s what we thought…

...


Feedback: 

Very good comic, inspiring to make logos!!! 

...

(Belgium artist known for this work for Metal bands logos, he is really the meister of the black art!) ... 
He gets that spirit from Jess Franco movies, where the most important is the iconography and esoteric symbols than a logic narrative, which builds a tension and insanity during the book...
(Portuguese artist and musician in Sektor 304, Méchanosphère, Pagan) 

...
 
Best Drawing at BD Amadora 2015 
(most important Portuguese mainstream comics festival)

...
 
Best Graphic Novels 2015 (Portugal) by Pedro Moura in Paul Gravett site : Apart from authors that have been working continually, or newcomers conquering their own turf, I’d like to mention a book by someone who made a sort of comeback in early 2015. The author known as Nunsky is somewhat of a solitudinarian, staying apart from the most visible local “comics scene”, and while he works professionally with drawing, he seldom publishes comics. After projects in the late 1990s, this is his first longer form book. Erzsebét (with English subtitles) is the biography of the infamous early 17th century Hungarian princess mass-murderer, Elizabeth Báthory, a.k.a. “The Blood Countess”. The author weaves history and fantasy into a dense portrait of the character and her deeds, creating thus a classic take on the genre of horror comics. Adapting his stark, thick lines – akin to wood-engraving, to an extent - to sober composition work and a contained palette, close to artists such as Michael Kupperman or Igor Haufbauer, the book is less dynamic and fast-paced than hieratic, taut and austere. A complete biography that focuses on the emergence of Elizabeth’s very “dark side”, one could argue that Erzsebét is also a study about evil and salvation, class divides and how madness is often the key to escape desperation. 

...

First Chili Com Carne book with International Rights sold: Brazilian edition by Zarabatana Books in 2017 with DGLAB support

...

(...) the drawings are outstanding and the plot is extremely interesting. I must admit that violent scenes and „blood and gores“ are not especially my taste... nevertheless I must recognize the skills of the drawings. (...) I enjoyed reading that book.. because of the historical background… and the thrills of the drawings… a bit of gores is good now and then !


...

New edition with hardcover + sketches by Zarabatana this year!

Erzsébet brasileira!


comunicado de 29/04/2017: Não sabemos se houve realmente uma "Erzsébet brasileira", o que queremos dizer é que já recebemos exemplares da edição brasileira do romance gráfico de Nunsky

Publicado pela Zarabatana Books, pouco difere da edição portuguesa, excepto que tem badanas, é menos larga, a capa tem o logótipo da editora no cantinho e na contra-capa faz-se o aviso à navegação: Aconselhável para adultos! Não deveria ser "não-aconselhável para adultos"?
;)

Estamos bastantes felizes com o resultado pois esta é a nossa primeira venda de direitos de um livro para o estrangeiro e não será a única, em Outubro será a vez de The Care of Birds / O Cuidado dos Pássaros de Francisco Sousa Lobo para Espanha.

Entretanto começaram a sair resenhas no Brasil ao livro, ó: 

O diálogo mais imediato da arte de Nunsky é com o preto e branco de alto contraste dos trabalhos do norte-americano Charles Burns. A elegância das paginações convencionais do álbum tornam ainda mais impressionantes e macabros os crimes cometidos pela condessa. 
... 
A Graphic novel é bem rápida de ler e é quase como ver um filme nas páginas com quadros bem construídos e que fluem livremente. Um autor talentoso e rockstar, que tem um talento nato em contar histórias de terror mas que não tem tantos trabalhos quanto gostaria depois de conhecê-lo nessa graphic novel. Com um traço escuro e assustador, Nunsky, conta a história da temível Erzsébet Báthory, a Condessa Sangrenta, acusada de matar muitas jovens e se banhar em seu sangue em busca da juventude eterna antes de ser condenada a viver trancada para sempre em seu castelo.
... 

Ah! Esta edição teve o apoio do DGLAB já nos esquecíamos!

...

Entretanto em 2024, devemos anunciar que a Zarabatana pretende reeditar o livro com uma nova capa - e que será em capa dura! - com uns extras - aquela onda dos esboços, topam? 

Ficamos à espera!

quarta-feira, 24 de abril de 2024

O barato sai caro


A LowCCCost é a nossa colecção mais mediatizada, premiada, com sucesso de crítica e público. Tanto que esgota rapidamente. Tivemos pudores em reimprimir os nossos livros devido à nossa pequena dimensão logística e os riscos que acarreta reeditar livros mas devido aos incessantes pedidos por estes títulos, em breve eles estarão outra vez disponíveis no mercado livreiro.

Comecemos pelo Deserto e Nuvem de Francisco Sousa Lobo, originalmente lançado em 2017.  Verdadeiro marco teológico que regista os últimos sopros da vida monástica dos monges cartuxos no Convento de Évora. Passado pouco tempo estes emigraram para Barcelona, mais próximos do IKEA e da praia. É também um verdadeiro marco na BD portuguesa por ter ganho os "Jedis da Bedófilia", isto é, os prémios dos principais eventos de BD em Portugal mas também surpreendendo noutras áreas como a do Design pelo seu aspecto "duplo" ("split") com um acabamento em acordeão a segurar ambos os livros. De um lado Deserto sobre a visita de Lobo ao convento e de outro Nuvem que ilustra 20 cartas sem resposta endereçadas a um monge cartuxo. 

Saiu na semana passada, no âmbito da exposição do autor na escola Ar.Co. em Xabregas uma nova edição, "regular", isto é, com encadernação brochada, em que se lê primeiro a BD Deserto seguida pela Nuvem e inclui antes uma BD (inédita) de introdução (de quatro páginas) do autor. Daí a inclusão de "e" entre os "dois livros", já não é opção ler um ou ler o outro em primeiro... 

Já está disponível na nossa loja virtual e algumas livrarias!

Einstein, Eddington e o Eclipse : Impressões de Viagem de Ana Simões (ensaio e argumento) e Ana Matilde Sousa (BD) saiu em 2019 e é uma perfeição editorial, dentro do meio académico e institucional, que conseguiu confluir o nobre objectivo de divulgação científica com Arte - seja ela narrativa ou não - que tantas vezes entram em conflito e com resultados medíocres. Aqui é o contrário, é uma obra iluminada, elaborada no âmbito do centenário do eclipse de 1919, o livro está dividido em duas partes, ensaio e banda desenhada, ambas bilingues, em português e inglês, as duas principais línguas usadas durante a expedição, cujos resultados confirmaram a revolucionária teoria da relatividade de Einstein.

Nesta nova edição, foram incluídas novas descobertas e foram feitas mais 16 páginas novas para a banda desenhada. É o que se pode dizer em jargão livreiro, eis uma edição "revista e ampliada"!

Em breve terá um novo lançamento. Até lá, já se encontra disponível na nossa loja virtual.

Não é com festas que se comemora 30 anos de Mesinha de Cabeceira mas com isto:

 


Este é o número do Mesinha de Cabeceira que comemora de vez os 30 anos de actividade deste fanzine - o número zero saiu em Outubro de 1992!

E é um prazer poder publicar Forceps de R. Paião Oliveira em formato físico - originalmente foi publicado em linha no sítio bandasdesenhadas.com - com a sua estética Arcade 8bit embrenhada em tecno-misticismo patchouli.

Uma BD selvagem mesmo que cada pixel seja trabalhado horas sem fim pelo autor, de forma obsessiva e desgastante, ultrapassando a máquina para criar uma parábola que só os mutantes do futuro irão venerar.

RPO é mais um artista que mostra como a cena da BD portuguesa está viva, com ideias e projecção internacional ao ser publicado na última Kuti , publicação de referência com estadia em Helsínquia.

Foi para isto que o Mesinha foi criado.
Foi para isto que o MdC continua a ser publicado.

Obrigado RPO!

zzzt

36p. a cores, formato "comic-book", à venda na loja em linha da Associação Chili Com Carne que publicou mais este número (#2 do vol. XVI) e também na Tigre de Papel, Kingpin, Snob, Matéria Prima, Tasca Mastai, ZDB, Utopia, Senhora Presidenta, Socorro, Alquimia e Tinta nos Nervos.


FEEDBACK:

Estive a ver o mesinha com a BD do Paião Oliveira e parecia que me estava a ser revelado um grande segredo esotérico... Ele não fará parte da Golden Dawn ou algo assim? Achei fascinante
Nunsky (por email) 

 Folheando (...) instintivamente somos remetidos para a dimensão harmoniosa e infalível dos manuais de instruções de montagem da IKEA, apresentados em linguagem Lego, com cores lisas e tons tranquilizadores. Apesar do aparente esquematismo inicial, vislumbra-se uma leve cadência em lenta progressão, uma bem ensaiada coreografia mecânica e precisa a acontecer diante dos nossos olhos. Em suave dinâmica Minecraft, peça por peça, um procedimento após outro, e eis que surge um mundo novo - camada em cima de camada, cada vez mais complexo, totemizado, inexpugnável e arrogantemente vertical. De repente, algo surge ameaçador no horizonte... objectos voadores, que se dirigem imparáveis contra as duas torres siamesas. O rombo na estrutura é notório, mas a destruição não opera os resultados esperados. Os elementos primordiais reagem e de forma orgânica e simbiótica, com sequências a acontecerem em cadeia, por reprodução ou por simetria, movidos por uma febril força criadora que se expande galopante, acumulando cada vez mais elementos. O novo novo mundo aí está refeito, mais complexo e simultaneamente orgânico, uma emulação dos dispositivos tridimensionais pixelizados, esféricos e novamente perfeitos. Eis uma mulher, o ser feminino - o principio e o fim de tudo, uma esperança que se renova. Afinal, parece que nem tudo estará irremediavelmente perdido...
Erradiador in My Nation Underground


(...) un cómic experimental y mudo, que propone, tras una portada de pixel art, la exploración de una estructura fija sobre la que operan unas máquinas, alguna inteligencia ignota, y que se va transformando página a página hasta desbordarse y acabar creando nuevas formas humanoides. El dibujo vectorial y la perspectiva isométrica que domina la mayor parte de las páginas recuerda a videojuegos de 8-bits como Knight Lore (1984) o Solstice (1990), pero sus colores, si bien son planos y limitados, brillan con la pulcritud de las técnicas de impresión más actuales. Se trata de un viaje sensorial, que captura nuestra atención con el ritmo que imponen las viñetas a página completa y el juego que se propone, que invita a fijarnos en los detalles que van cambiando de una imagen a otra. Las simetrías y asimetrías que se van construyendo resultan muy estéticas: es uno de esos fanzines cuya lectura resulta gozosa, porque genera una cierta sensación de orden muy agradable, si bien también sabe subvertirla en unas páginas finales mucho más barrocas, aunque sigan respondiendo a la misma cuadrícula. (...)
 
I like it a lot. I find it very inspiring. I have this obsession with users' manuals and I find there a similar vibe. I love as well the "in process" layout. I want to make something like that where the reader see the pages being built/ transformed page after page. And (probably not intentional but) it's funny to look at the pages' transparency.
Samplerman (via tumblr)


zzzzzzzzzzzzzzzzzzzzttttt


Here's the Mesinha de Cabeceira's issue which celebrates, once and for all, the 30 mother-farting years of radioactivity of this fanzine.

And so, it's a pleasure to be able to publish Forceps by R. Paião Oliveira i.e., in physical format (as it was originally published online, at bandasdesenhadas.com) with its kind-of Arcade 8bite-me-hard aesthetic, steeped in a proper techno-mystic etherealness o'patchouli.

A wildly-ugly comix, and proudly so, even if each atome-pixel is worked thru endless hours by the Great Authority, in an obsessive-compulsive and/ or exhausting manner, by means of a slow making of love-sweet-love with the machinery in order to generate/create a parable that only the mutant-bodies-and-souls of the far-future will venerate.

RPO is yet another artist who shows how the portuguese comics scene is alive i.e., Portugal is a beautiful circus, a core-monster of artists, as happily exemplified in the most recent spawning of Kuti magazine, a landmark publication forever nestled in the cold comforts of Helsinki.

This is what Mesinha de Cabeceira (in English means "Bedside table") was created for, and why it continues to be published.

Buy at our online shop and at Fatbottom Books (Barcelona), Floating World (Portland), Quimby's (Chicago) and Le Mont en L'Air (Paris)

terça-feira, 23 de abril de 2024

José Smith Vargas @ Todas as palavras


Recuerdos de Fevereiro quando Inês Fonseca Santos entrevistou Smith sobre o Vale dos Vencidos - entretanto reeditado!!!

terça-feira, 16 de abril de 2024

CPC ESGOTADO


A Chili Com Carne tornou-se numa enorme corporação com uma implantação em vários mercados - da culinária à livreira, da cimenteira à fonográfica - e o que faz uma empresa quando ganha um estatuto pujante?

Simples!

Investe nos seus próprios meios de comunicação e propaganda!!

Assim que surge Carne para Canhão, um jornal semestral anual que pretende informar uma nova geração de leitores sobre romances gráficos e cultura URbana.

Neste primeiro número participam na frente de combate 40 Ladrões, Alexandra Saldanha, Amanda Baeza, André Lemos (capa), Ângela Cardinhos, Francisco Sousa Lobo, João Carola, Luís Barreto, Nunsky, Rodolfo Mariano e Rui Moura - que fez o design da publicação. E há (oh não! que seca, ter de ler sobre BD!) textos para LER de Marcos Farrajota e Nuno de Sousa.

Locais de distribuição gratuita: Linha de Sombra, Kingpin, Tigre de Papel, ZDB, Tinta nos Nervos, Snob, Neat Records (Lisboa), Atelier Abracadabra (Coimbra), Paperview (Leiria), Carmo'81 (Viseu), Biblioteca de Alpiarça, CAAA (Guimarães), Louie Louie (Porto) e Insensato (Tomar).

Fizemos 1000 exemplares e chegamos à conclusão que é pouco, ESGOTOU rápido!!!

domingo, 14 de abril de 2024

Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção - ESGOTADA o zine oferta de edição limitada!!



O volume da Colecção RUBI, intitulado Xeique PHDA de Marko Turunen, diz o seguinte:

Um xeique finlandês vestido de forma tradicional do Médio Oriente foge numa bicicleta, perseguido por polícias suecas, deixando um rastro de crianças sem paternidade assumida, mortes a sangue frio, furtos de casa e carros,... 

Eis um caos existencial que nos aqui é relatado, sendo que o Xeique PHDA (Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção)  é uma personagem real, romanceada pelo autor finlandês Marko Turunen.

O trabalho de Turunen baseia-se na realidade, muitas vezes a mais monótona delas todas, apimentada com uma estética Hiper-Pop em que temos a sensação de estarmos imersos num universo Meta. Assim no horizonte do quotidiano, co-habitam "mulheres-com-excesso-de-mangá", homens "funny animals" ou super-heróis 3D, entre outras criaturas mutantes da cultura popular da Aldeia Global.

Embora o autor já tenha estado presente com uma exposição individual no Salão Lisboa de Banda Desenhada e Ilustração, em 2005, esta é a sua estreia portuguesa em livro. Curiosamente a autora Tea Tauriainen que participa num episódio deste volume já tinha sido publicada cá no Mesinha de Cabeceira.


Publicado originalmente em quatro volumes separados na Finlândia, entre 2015 e 2017, o último num formato maior que os três primeiros - a lógica do conteúdo explica a radical mudança de formato - foi publicado em francês pela importante Frémok num só volume, como acontece com esta versão portuguesa, cuja tiragem inclui para 100 exemplares uma oferta exclusiva de um mini-zine de material extra. Para aceder à oferta especial e limitada, apanágio da colecção RUBI, é preciso adqurir directamente à Chili Com Carne - e não estar à espera de encontrar numa estúpida cadeia de lojas, por exemplo, dah! Tenham juízo!



360p A5 2 cores (56p noutra segunda cor) + capas duplas 1 cor + sobrecapa 2 cores

+ zine A6 para os primeiros 100 que o apanharem! Entretanto esgotou!!!

à venda na nossa loja em linha, Tinta nos Nervos, Kingpin, Snob, Linha de Sombra, ZDB, Socorro, Tigre de Papel, Universal Tongue, Utopia, BdMania, Alquimia e Matéria Prima.










FEEDBACK:

(...) devorei o livro do Turunen! (...) Aquilo é massacre de javardice até ao twist final que dá uma gravidade brutal à obra, conseguindo alterar toda a percepção que se tem dos eventos passados. Pobre Xeique... (...) Este livro é bem mais limpo e "vaporwave" mas é sem dúvida uma adaptação perfeita do estilo ao conteúdo que quer explorar. Deve ser dos artistas de BD actuais que mais gosto e respeito, e coloco-o de certa forma a par do Igor Hofbauer, por exemplo, na medida em que conseguem navegar num universo estético muito próprio e surreal, mas sempre com referentes pop muito presentes. 
André Coelho (via email) 


 Só agora, na calma de uma praia flat é que li o Xeique. Devo dizer que o mar se agitou, com a leitura. 
 Tentei uma vez ter amigos esquizofrénicos, quando estive internado com o surto psicótico de 2010, mas um estava em contacto com Deus e Deus dizia-lhe que eu era pedófilo (origem de O cuidado dos pássaros - estava tão stressado que acreditei no Deus dele durante três dias). Outro amigo mandava-me mensagens de texto sobre conspirações incompreensíveis. É tudo um bocadinho mais intenso, para aqueles lados. Há uma sintonia entre fantasia e realidade que nós não temos. 
 Não sei o que achar de entrar na saúde mental adentro sem lá estar a viver - é como roubar um manto alheio, de um profeta ausente. Como BD é bestial, visualmente, não devia funcionar mas faz isso mesmo.


Adorei. O desenho é fabuloso, a cena é decadente e casual, fica na cabeça. Perdi-me uma beca no guião, mas nao importa, porque cria um ambiente sensorial brutal.
Júlia Barata (via email) 

(...) é mesmo um excelente livro (...) gostei da linguagem próxima de uma 'cultura do lixo'. estava mesmo completamente a foder a cabeça, mas depois percebi o porquê da mesma e como essa linguagem reforça a mensagem que se quer passar.
JB (via email)




Marko Turunen (Kotka; 1973) apesar de estar formado em Escultura na Academia de Artes de Turku, a sua praia é o desenho, trabalhando como ilustrador e autor de banda desenhada numa carreira longa que começou em 2000, materializado em vários livros publicados na Finlândia, Bélgica, Suíça, Alemanha, Itália e Estónia, além de várias participações internacionais na Eslovénia ou em França. Em 2004 ganhou o prémio de melhor condutor, na Finlândia, um concurso sobre regras de trânsito, segurança e condução económica.