domingo, 17 de julho de 2022

Chicão esgotado!




MdC don't stop!

No ano de comemoração dos 30 anos do Mesinha voltamos às nossas raízes de produção amadora, verdejolas, rude mas com mais pica do que os "profissionais". Fuck them!

A Ângela Cardinhos é uma força da natureza e esta é sua primeira Banda Desenhada - assim longa mas curta, difícil de explicar - que despreza o mundinho de "normies" empreendedores que são tão normais e tão saudáveis que acabam por ser esses mesmos que batem punhetas de frente para gajas numa carruagem de comboio... da linha de Cascais.

Obra realizada num estágio não-exploratório do IEFP, são 44 páginas A5 de quotidiano feminino e sonhos de cão, aliás, de Chicão!

Publicado pela Associação Chili Com Carne em Maio de 2022.

Como este número é "dedicado à Direita portuguesa" começamos por colocar este zine logo à venda em Cascais, esse bastião da betalhada, "coxinhas" e outros fachos. É de ir já à Alquimia

Já foi prá Tinta nos Nervos e que o comentou desta forma: Nem imaginas! O 3° zine a assinalar o aniversário do Mesinha de Cabeceira (...) vai de uma one night stand a uma visão dura do quotidiano social e acaba em... não digo, tens de ler. Mas não vais acreditar. Roman à clef em zine esguio.

ESGOTADO, ainda haverão exemplares na ZDB, Tigre de Papel, Stet, Snob, Linha de Sombra e Matéria Prima



+ feedback:

Man curti bueeeeé o Chicão, ela dá-lhe! Fartei-me de rir mas, aquele fim... Caraças. Ontem foi o gato maléfico da Ilha dos gatos, hoje o cão taralhoco do mal... Só pesadelos!!
Rodolfo Mariano (via email)

Está bastante baseadinho, (...) A história é excelente e a Ângela tem alguma coisa na cabeça, gostei bastante de ler uma bd com uma personagem feminina realmente robusta e moderna, sem moralizações de merda, nem aquele estilo de vida aburguesado da bd da outra Dilady no Nódoa Negra. (...) Ah, curti muito mais disto do que do Gente Remota ou o caralho...
A. (via email)

Fucking great!
Flynn Kinney (via email)

sábado, 9 de julho de 2022

Parícutin


O primeiro romance gráfico de Gonçalo Duarte 

21º volume da Colecção CCC
Publicado pela Associação Chili Com Carne

Legendas em inglês traduzidas por Manuel João Neto
ISBN: 978-989-8363-42-8
500 exemplares

Gonçalo Duarte (1990, Setúbal) é guitarrista em Equations e Live Low, impressor em serigrafia na Oficina Loba e autor de banda desenhada, que desde 2010 participa em antologias da Chili Com Carne, a saber Destruição ou BDs sobre como foi horrível viver entre 2001 e 2010Futuro PrimitivoViagem de Estudo ao Milhões 2017 e Pentângulo.

No meio desta hiper-actividade, eis o seu primeiro livro a solo! 

Não admira que se sinta nesta obra uma vibração eléctrica, nervosa e onírica, uma leitura universal que nos conta como o espírito individual sai sempre quebrado quando se questiona o urbanismo e a vivência comunitária no século XXI.

à venda na loja em linha da Chili Com Carne, BdMania, Kingpin Books, Linha de Sombra, Matéria Prima, STET, Tigre de Papel, Tinta nos Nervos, Utopia, Vida Portuguesa, Tasca Mastai, SnobUniversal Tongue, Fábrica Features,...

BUY at Quimby's (Chicago)


Historial:

Festa de Lançamento nos Anjos 7023 de Janeiro 2020, com Ricardo Martins, Simão Simões unDJ MMMNNNRRRG ...


Feedback:

Loved Paracutin
pStan Batcow (Pumf) by email

(...) Sem nunca se revelar como programático, e muito menos panfletário ou articulado, o livro traz para a linha da frente as pequenas mas significativas tensões que advém em toda uma jovem geração a confrontar-se com um tecido de empregos precários, dificuldades económicas cada vez mais complexas no que diz respeito à ocupação do espaço, ao direito à habitação, mas igualmente a como se constituem verdadeiras redes de co-habitação, cooperação, e comunidade. De resto, temas que são recorrentes no trabalho de Duarte, de forma mais directa ou mais poética. (...)

really enjoy his work, very nice drawings and also the story is great. Bonus the strong colors for the cover, great work! 
 D.S. by email

É preciso mostrar obra daqueles que resistem ao egoísmo e às ditaduras tribais.
Tiago Manuel


Parícutin é uma preciosa banda desenhada que nos fala das dificuldade e dilemas do que é edificar projectos em conjunto, casas que todos possamos partilhar. Contra a desilusão e o desencanto.
José Marmeleira in Público

(...) Duarte cria uma acutilante corrente de consciência visual e narrativa que coloca no movimento de deambulação do pensamento o eixo dos acontecimentos, por vezes aproximando-se de um registo onírico. outras vezes de um delicado delírio em vigília com visitas abruptas ao inconsciente. 
**** (4 estrelas)
Sara Figueiredo in Expresso

(...) É uma sequência belíssima e generosa, capaz de irritar qualquer aspirante a artista que, conhecendo pessoalmente o Gonçalo Duarte, se lembre, após a leitura do livro, que ele provavelmente desenhou esta cena em meia hora, sem esforço e sem comprometer a qualidade da poesia.
André Pereira in A Batalha

(...) fui logo conquistado nestas deambulações sobre o urbanismo e a vida em comunidade. É um tema muito actual, que nos tem tocado cada vez mais graças a gentrificação da capital. Gonçalo fá-lo bem, acabamos a leitura e o livro fica connosco. Isso é sempre bom sinal. 

exciting, experimental recent release (...) Gonçalo Duarte's Parícutin is his first solo book, named after its location in Mexico, to explore tensions between the individual and community in urban life.
Paul Gravett in FB

It’s not every day that one comes across a work that is both incredibly straightforward and staggeringly interpretive at the same time (...) the bulk of this text centers around an unnamed protagonist, who would appear to bear certain hallmarks of being an authorial doppelganger, constructing a home with his own hands and setting into motion a chain of events that are, more than anything, a convenient excuse for a wide-ranging polemical dissertation on subjects ranging from displacement to the ethics of land use to the precarious nature of the so-called “gig economy” to intentionally-shared living spaces. To call it generationally specific would be to sell it all a bit short, but the issues addressed are, generally speaking, of extra import to the millennial and post-millennial set. 

Quando fui ao lançamento do primeiro livro do @goncalo_duarte (GD) pela Chili Com Carne, nos extintos Anjos70, pouco sabia sobre a obra. Apenas que tinha um vulcão na capa. Nem questionei o porquê de haver numa mesa uma instalação de um prédio com uma iluminação vermelha no interior. Pensei apenas que eram “cenas à GD”. 
Entenda-se “cenas à GD” como a materialização de algo que inicialmente parece absurdo e, com o tempo, se desvenda em algo… menos absurdo. Inteligente até, vá. E Parícutin é, sem dúvida, uma “cena à GD”. Esta alegoria do vulcão e a história do homem que quer criar a sua própria comuna acaba por ser um ensaio sobre a alienação do indivíduo face a forças que estão para lá do seu controlo, sejam essas uma erupção vulcânica ou uma estrutura política e económica que põe em causa o direito à habitação.

Será a caneta mais poderosa do que a espada?

 


 A edição portuguesa do Monde Diplomatique tem publicado, sob a nossa coordenação, as respostas em Banda Desenhada por uma série de artistas. 


Este mês é a vez do Gonçalo Duarte, autor que tem participado em várias das nossas antologias, como as últimas Querosene e Conger Conger Comix, mas mais importante será o seu livro a solo Paricutin, uma obra única no panorama nacional.

quarta-feira, 6 de julho de 2022

Hoje Não ESGOTADO na Chili...


Hoje não 
de Ana Margarida Matos 
é o 22º volume da Colecção CCC com o ISBN: 978-989-8363-47-3,  de 500 exemplares, com 128p 16,5x23cm p/b, capa a duas cores, edição brochada e colada no verso.




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Correndo por fora do habitual corredor da comiseração autobiográfica - tão frequente na chamada BD alternativa - as bandas desenhadas da Ana Margarida Matos surpreendem-me pela densidade e liberdade conceptual.

Há em Hoje não um rigor gráfico virtuosamente obsessivo e um uso exaustivo das palavras, que me captura dentro de páginas-labirinto. Como se a autora me obrigasse a permanecer neste espaço claustrofóbico tanto tempo quanto aquele que investiu para desenhar aquela página. Mas a fluidez e originalidade das suas soluções narrativas deixam-me desarmado, vulnerável ao correr do tempo, cúmplice dos seus dias. Percorro as páginas como num jogo de xadrez, tentando antecipar jogadas e surpreendendo-me com os desenlaces. Xeque-mate. 

António Jorge Gonçalves



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Com um novo confinamento a chegar, este livro é um registo diário entre 16 de Janeiro e 26 de Junho de 2021, com a premissa da autora não voltar a perder a noção do tempo, documentando tudo e qualquer coisa que aconteça no dia e resumindo o mais importante em apenas cinco linhas. 

Cada página corresponde a um dia onde se capturam os limites da identidade pessoal num momento tão atípico na história da nossa existência, através das rotinas diárias, das crises existenciais e do que se vê na sociedade.

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Ainda se encontram exemplares à venda na Matéria-Prima, Tinta nos Nervos, Snob, Tigre de Papel, Kingpin Books, BdMania, Sirigaita, Senhora PresidentaFábrica Features e Utopia.

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Historial: 

obra vencedora do concurso interno Toma lá 500 paus e faz uma BD! 2020 .

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a única exposição relevante na BD Amadora 2021 

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entrevista na TSF

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lançamento oficial no dia 27 de Novembro 2020 na Tinta nos Nervos com participação do psicólogo Vasco Oliveira

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apresentação no Museu Bordalo Pinheiro, 12 Dezembro, 15h, com Marcos Farrajota

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entrevista no Todas as palavras.

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Ana Margarida Matos (1999) cresceu no Montijo mas entretanto como não gosta muito de touradas fugiu para Almada. Estudou Design Gráfico na Escola Artística António Arroio e licenciou-se em Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Em 2019 lançou o seu primeiro zine Passe Social através do selo editorial Erva Daninha e mais recentemente participou na antologia Querosene publicada pela Chili Com Carne. Tem publicado fanzines independentes desde então e no ano 2021 ganhou o concurso Toma Lá 500 Paus e Faz Uma BD promovido pela Chili Com Carne com o projeto Hoje Não.


Feedback

Hoje Não é um diário da autora criado durante seis meses de 2021, durante um dos confinamentos desencadeados pela pandemia da Covid 19 em Portugal. Exercício de construção de uma rotina de atenção do quotidiano, e modo de organização do trabalho, da saúde e da comunicação humana, este livro reformula as estratégias da banda desenhada ao mesmo tempo que relança questões de identidade, sobre a criação artística e sobre a responsabilidade de sermos cidadãos numa sociedade. Verdadeiro processo em fabricação à medida que se faz, explorando variações internas, ritornellos gráficos, desdobramentos e atenções atomizadas, Matos criou um dos mais interpelantes objectos da banda desenhada portuguesa dos últimos  tempos. 
Pedro Moura in newsletter da Tinta nos Nervos



(...) está bem esgaaaaalhaduuu!


(...) A pandemia, o sentimento de estar preso num mesmo lugar, num mesmo dia, imposto pela perda de elementos referenciais distintivos, ansiedade em relação ao futuro académico e profissional (a voz que nos fala é a de uma estudante a terminar a licenciatura em Belas Artes), indagações/apontamentos sobre a natureza da arte, a procura e formação de uma entidade artística, o registo de uma dieta que a minha sensibilidade vegetariana não pode deixar de reprovar, estes são os temas encenados para nós no espaço confinado de cada página. (...)


Um dos melhores livros de 2021 segundo o Expresso



41 livros favoritos 2021 d'Observador


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(...) a exposição mais conseguida do Festival Amadora BD (...) e merece loas enquanto revelação de 2021. 
Jornal de Letras

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(...) escapa a todos lugares-comuns do "diário da quarentena" (...)
Sara Figueiredo Costa in Expresso
5 estrelas

(...) Os ensaios de auto-retrato ou o hiperpreenchimento da página, dando a ideia da restrição rotineira da vida num pequeno espaço, são outros bons momentos desta narrativa por imagens e texto. É aqui, porém, que as coisas se complicam: impregnadíssimo pelo ar do tempo – seria estranho se assim não fosse –, e pela ausência de referências; apenas má televisão, de que é crítica, mas não chega. Melhor quando se projecta no que está fora: o rapaz imigrante do metro, o vizinho que passeia o cão. Há, no entanto, personalidade e substância – o resto virá com o tempo.

La Terrible Histoire des Trois Cervaux de Magnólia --- ESGOTADO




Já anda por aí a BD-assalto-colorido-aos-olhos La Terrible Histoire des Trois Cervaux de Magnólia da Alexandra Saldanha... é o novo Mesinha de Cabeceira!!!

2022 significa para o Mesinha de Cabeceira 30 anos de existência - será em Outubro a mega-festa, cóf cóf cóf - e estou muito satisfeito com esta nova "fórmula editorial" começada o ano passado com A Fábrica de Erisicton, ou seja, usar o Mesinha para publicar os primeiros trabalhos de novos autores - retomando o verdadeiro espírito do zine, estando também atento aos novos tempos.

 Alexandra Saldanha (1996, Guimarães) é mais conhecida pelo seu envolvimento na música com a banda Unsafe Space Garden e a editora Discos de Platão mas entretanto já participou com BD no Monde Diplomatique - Edição Portuguesa e na agenda cultural Yuzin - apara além de colaborar no jornal A Batalha.

Este é o seu primeiro trabalho de fôlego onde nós, meros mortais, testemunharemos um conteúdo indisciplinado, total extravagância de cores e colagens infinitas - desconfio que "fractal" seja o segundo nome desta artista. Tal como o último álbum da sua banda Unsafe Space Garden, Saldanha tenta ajudar-nos, a nós humanos, a termos um sentido para as nossas vidinhas, e falha totalmente e extravagantemente. É obra! É shanticolour! É RGB daemon! É crazy! - Marcos Farrajota, editor do MdC

PS - a BD está redigida em português, só o título está em franciú sabe-se lá pourquoi...


Mesinha de Cabeceira #30, ed- limitada a 100 ex., 24p. a cores + capa a cores 18x24,5 cm, agrafado

ESGOTADO mas devem estar alguns exemplares na Utopia, Tinta nos Nervos, Linha de Sombra, Tasca Mastai, Snob, Kingpin Books, Tigre de Papel e Matéria Prima.



FEEDBACK

A capa é... fodida. Muito bom!
B.M. (por email)

Saldanha parece querer fazer-nos demorar tanto tempo na leitura de cada uma das suas pranchas quanto o tempo que as levou a realizar. E, graficamente, vale a muito a pena! Se se chegar ao final insatisfeito com a narrativa, relembra-se que é o primeiro grande trabalho da autora em BD. Mas o potencial está todo lá!

A Alexandra Saldanha é uma força da natureza... Incrível.
Rodolfo Mariano (via email)

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Chicão: lançamento no Zénite amanhã, às 18h


O Chicão já anda nas últimas!!! Teve mais sucesso que o outro nas últimas eleições...


R. Passos Manuel 116A, 1150-260 Lisboa