quinta-feira, 28 de setembro de 2023

diários dum cão danado




Este é que é o verdadeiro número 41 do Mesinha de Cabeceira passados 23 anos!

Nada mais afastado do que o outro: de um pseudónimo de um homem do Sul ao facto de ser uma selecção de desenhos de diário gráfico entre 2020 e 2023.


São 40 páginas A5 preto e branco numa edição limitada a 100 exemplares.




Giancarlo Apollini ("Nova Luanda", 1972) vive atualmente no Alentejo. 

Iniciou em 2015 a sua atividade como escultor depois de muitos anos a trabalhar para o teatro como diretor técnico, cenógrafo e designer de iluminação cénica. 

Tem uma obra que, para além da escultura e desenho, se desdobra em várias expressões como a performance, o teatro de animação, a fotografia e o vídeo. 

Os desenhos e palavras aqui reunidos fazem parte dos seus inúmeros cadernos diários e são apenas uma pequena amostra de um sem fim de grafismos vários que o autor regista no seu dia a dia e que estão na base de todo o seu pensamento e pesquisa. 

O universo do autor balança entre o trágico e o cómico, entre o belo e o grotesco, numa expressão provocatória marcada intensamente por uma forte pulsão erótica. 



FEEDBACK

Em época de comemoração de três décadas de actividade, o Mesinha de Cabeceira tem estado imparável: - mais de dez novas publicações no espaço de um ano!!! (...) Diários dum Cão Danado abre com um coelho branco e uma chave dourada, estimulando a curiosidade para o seguir, introduzindo-nos na toca para desvendar que estranhos segredos se ocultam no seu interior. Logo nas primeiras salas, confrontamo-nos com os bichos, carcaças devassas, as meat paintings de Francis Bacon assombradas por Rembrandt.
(...) Figuras, torsos amputados, representados contra um fundo plano - Bacon novamente. Uma breve incursão no espaço do museu, vetusta catedral erigida em louvor do voyeur. A ilusão, as imagens fotográficas exibidas através dos filtros que operam novas magias nas redes sociais - a girl magic box. A vaidade vã. | Vanitas |. A caveira, como marco miliário, a recordar a insignificância da vida e a efemeridade da vaidade.
O que é que Fellini, Hitchcock e Buñuel têm a ver com tudo isto? Têm tudo, pois criaram estranhos objectos de desejo, decompostos em perturbadoras fantasias de transgressão, moldando definitivamente o nosso olhar. 
 A recorrência, a fixação e reentra-se nos dispositivos do desejo, a contemplação sem toque, evitando uma aproximação excessiva. A potência erótica, o jogo da sedução. A mulher objectificada, o olhar devorador focado exclusivamente na parte do corpo fetichizada.
Segundo Barthes, a imagem pornográfica é uma imagem monótona, porque já não tem nada a esconder, sem mistério, cancela o prazer proibido. Aqui, pelo contrário, há mistérios por desvendar... Palavras e frases pairando, abertas ao fortuito acaso. Diários dum Cão Danado constitui-se como um panóptico carregado de potência erótica, trajando luzidios fatos de latex, onde um fecho-éclair metalizado abre um interstício, rasgando uma fenda entre a realidade quotidiana e a fantasmagoria da solidão.

Dois ou três pensamentos soltos (2)

O mundo das coincidências cósmicas é tremendo! Passado alguns meses depois de escrever estas linhas sobre livros de referência, pimba! eis que aparece o simpático HQ: uma pequena história dos quadrinhos para uso das novas gerações de Rogério de Campos.

E quem é o Rogério de Campos, perguntam vocês? Olha, só para começar é mais uma das cabeças da mítica revista Animal, foi o responsável de introduzir o Mangá no Brasil de forma coerente e agora é o "boss" da Veneta, uma importante editora brasileira de BD. Curiosamente conheci-o em pessoa no Festival de BD de Angoulême, em 2020, tendo valido a pena fazer tantos quilómetros para descobrir (sem querer) mais um ídolo da juventude!

O seu livro é uma tentativa de escrever sobre BD de uma forma excitante como Greil Marcus o fez com As Marcas de Baton (Frenesi; 1999) sobre os Sex Pistols e o fenómeno Punk (and beyond that!) mas infelizmente, a BD não é tão excitante na sua mitologia como o Rock, e falha nesse sentido. Em compensação invés de ser mais uma história chata da BD, Rogério, como mestiço e periférico cultural que é (e grande profissional do mercado editorial), soube misturar tudo numa narrativa sólida sobre a História da BD evitando os discursos simplistas dos cromos das várias indústrias de BD (o triângulo dourado França-EUA-Japão). Troca tanto e tudo que mesmo quando os capítulos sugerem uma dessas indústrias, ele acabará por falar de noutra coisa que parece não estar ligada. Por exemplo, o capitulo dedicado ao "Mangá" irá parar ao underground norte-americano, quando anuncia o capítulo "France" acabará por falar do grande assalto dos "comics-books" e sobretudo do Mangá no mercado europeu. Parece disparatado, dito desta forma mas não é de todo, muito pelo contrário, como ele nunca se perde e conhece bem os segredos profissionais deste mundinho da BD, tudo vai escorreito como um bom vinho. 

E ao misturar "tudo", não deixa os leitores ficarem nos seus guetos predilectos ou os seus "safe places". Ou seja, o perigo de um tarado do franco-belga ou do mangá de só ler o capítulo que lhe é querido é aqui impossível, terá de ler tudo para receber toda a informação que lhe interessa, porque tudo está interligado a dada altura. Cheio de observações interessantes, com capacidade de síntese e uma vontade explorar a política para o mundo da BD (o que os cromos acham isso herético!), só não lhe posso perdoar a ausência de assinalar o Guido Buzzelli como o primeiro verdadeiro artista na BD, as ilustrações centrarem-se quase todos no catálogo da Veneta e a falta de pensamento sobre as "minorias culturais" (que são só muito mais de metade da população do planeta mas enfim!) como as mulheres e não-binários. O texto ficaria ficaria maior mas, meu!, era 2022 quando saiu o livro e a Julie Doucet já tinha sido elegida como Presidenta do Festival de Angoulême nesse ano! Grave! Apesar destes pecadilhos e espartilhos masculinos, eis um livro que faz justiça ao seu título. Não é punk mas é rápido, curto e incisivo!

O norte-americano Christopher Sperandio voltou este mês a Portugal com uma exposição na Tinta nos Nervos e trouxe uma série de novos livros seus, um "teórico" e outros de "comix-remix" - o mais recente que saiu pela nossa parceira Kuš! terá uma resenha minha na próxima A Batalha

Comics Making : teaching the technology of comics (Argle Bargle; 2021) é uma colecção de ensaios de Sperandio de como fazer Banda Desenhada à sua maneira, isto é, usando BDs antigas e dando-lhes um belo de um tratamento "detournement" situacionista para passar novas mensagens (políticas). A ideia não é nova, claro, e nada melhor do que reciclar o lixo da História para fazer Arte nova, como os franceses Samplerman ou o Fredox e o português 40 Ladrões. Para política, o lixo se não for contemporâneo, como faziam os Situacionistas ou fazem os activistas "underground", coloca alguns problemas... 

Há um limite temporal-legal que Sperandio utiliza para usar o material dos outros para rapinar. Este tem de estar perdido para os olhos dos advogados da propriedade intelectual, e é por isso que ele (ou o Fredox e o Samplerman, já agora) usa "comic-books" com uma boa idade para cima dos 75 anos de existência, ou seja, quando essas criações entram em domínio público. A questão é como usar essa lixeira popular para as novas lutas sociais e políticas deste século, sem parecer anacrónico? Ou não ser uma dor de cabeça para o autor actual procurar imagens que tenham ainda aura para os dias de hoje? A mim parece-me impossível, especialmente quando não há quase mulheres representadas (uma conclusão que o próprio Sperandio indica numa BD no tal livro da Kuš!) ou "bem representadas" porque elas aparecem como meras companheiras dos homens, submissas e a servirem de isca para serem salvas pelo super-macho com músculos. E africanos ou asiáticos? Estes são também pouco representados, ou pior, quando o são, são subalternos, sub-humanos ou vilões! Não há "detournement" que valha quando a matéria visual é logo limitado em riqueza (ou na mera realidade) humana. 

Também não me parece que a evocação à Nostalgia, como arma de arremesso político seja uma boa ideia, porque a Nostalgia é do mais perigoso que há, usada pela Direita para nos adormecer com a retórica do "antes é que era bom". Até a Direita (a alt-right) sabe que mais vale usar uma bonecada Anime para fazer um méme racista e sexista do que usar uma imagem colonialista dos "bons velhos tempos". Esteticamente até parece que Sperandio quer dizer que os jovens de hoje são iguais aos dos anos 50 quando saíram tantos belos mutantes a partir dos 60! Não sei porquê, apetece-me voltar ao Burroughs mas desta vez citando-o: (...) he didn't want any juvenile connections, bad news in any language.

De resto, Sperandio faz uma boa súmula para principiantes sobre a tecnologia de impressão dos materiais e técnicas de como os reutilizar. Um erro num texto sobre a proveniência da palavra "zine" (diz que é de "magazine" e não de "fanzine") põe tudo a perder... Ignorância ou gralha? Ei-de lhe perguntar quando o apanhar por aí!

Como no "post" do ano passado acabei com um indicação a uma obra de referência portuguesa e o tema geral era sobre a raridade deste tipo de trabalhos no mercado nacional, eis que no mesmo ano foi feita outro livro sobre BD portuguesa também pela SHeITa. E sim, só se pode esperar merda, claro, porque é feita com o pior gosto dos "melhores" editores portugueses de BD. Convenhamos, a começar pela capa, o grafismo e desnecessária impressão a cores (receberam uns belos dinheiros comunitários para gastar à grande e à francesa), Conversas de Banda Desenhada de Carina Correia e João Miguel Lameiras é um terror editorial! Mas como nunca temos testemunhos dos autores de BD portugueses - a não ser quando arrotam postas de pescada nos festivais de BD, seca total! -, torna-se num documento bastante interessante para o público em geral (bom, pelo menos metade do livro) e para o que é especialista. Apesar do plantel escolhido ser um 50/50 de autores desinteressantes e de artistas com voz própria, em linhas gerais, pode ser bom para todos os que leram perceberem como se movem estes criativos em Portugal, e quando possível, o que lhes faz correr sem cansar.

Justamente, raramente se fala de Arte ou BD como Arte, o foco das entrevistas é quase sempre sobre o dinheiro e a carreira. Parece que me repito nestes dois "posts" mas é verdade: mulheres, claro, há uma apenas, a Joana Afonso, que apesar de ser uma boa artista comercial de BD (para quem gosta), é só mesmo isso, uma artista comercial croma de BD; o Luís Louro é uma cagão como sempre foi and we don't give shit; Filipe Melo y su muchacho nem me lembro nada para comentar tal a quantidade de clichés ditos; Osvaldo Medina revela ser um mero mercenário (a atitude dele perante os livros sobre o presidente angolano Agostinho Neto que "biografou" é exasperante) e creio que ele só está neste livro porque tal como a Joana Afonso fizeram álbuns de BD prá SHeITa; Jorge Coelho apesar de se o gajo que desenha prá Marvel revela mais sobre o underground lisboeta que alguma vez os ignorantes dos seus entrevistadores saberão (boa Jorge!); e é quando entram o Nuno Saraiva, Paulo Monteiro e Marco Mendes (os que podemos considerar artistas mais à séria) é que o livro torna-se iluminado com boas doses de poesia, humor, vida e experiências que fogem à mera "Bêdêzinha". Se calhar os outros até teriam algo para dizer (duvido muito) mas com os entrevistadores a serem apenas cromos da BD e da cultura Pop, a fazer piadinhas constantes sobre pitéus e cuja única pergunta repetida até à exaustão (e em alguns casos inútil) sobre um tema contemporâneo é sobre o que é que os autores acham destes tempos "perigosos" do "Politicamente Correcto" (ai ai ai que medo!),... Com perguntinhas destas nunca poderiam ir muito mais longe, parece-me. É pena! Ainda assim como já escrevi, fica aqui um documento importante para a posterioridade, dado que a BD é uma área de que ninguém (generalistas ou especialistas) parece saber nada de nada - incluindo a parte menos interessante como o dinheiro.

domingo, 24 de setembro de 2023

UBICCC

Não sabemos como vamos estar nestas duas feiras neste fim-de-semana:



 cartaz de Sara Chitas


ccc@feira.anarquista.do.livro.de.lisboa.2023


Lá estaremos com A Batalha e encontraremos a malta do Forte Prenestino 

Acaba hoje

sábado, 23 de setembro de 2023

Música para ver @ Socorro



Sinapses do Ivo Puiupo é o novo volume da Mercantologia, colecção que recupera material perdido. 

O livro é resultado do concurso dos 500 paus de 2022.

Serão 12 bandas desenhadas curtas com poesia ou serão 12 poemas com desenhos sequenciados?


116p. 15 x 21 cm p/b (48p a cores), edição brochada

à venda na loja em linha da Chili Com Carne e na Tinta nos Nervos, Snob, Kingpin, Utopia, ZDB, Senhora Presidenta, Linha de Sombra, Tigre de Papel, Tasca Mastai, Alquimia, Socorro e Matéria Prima.


Historial:

Lançamento em 17 de Dezembro 2022 na Tinta nos Nervos, com a presença do autor e uma pequena exposição.


Segundo Fábio Zimbres:

Há uma tentação de entender as histórias aqui como fazendo parte, alternadamente, de: 1) um diário; 2) registros de sonhos; 3) ideias para um filme. Decidimos uma vez por um e depois por outro mesmo sabendo que não é necessariamente uma coisa nem outra, nem apenas isso. Mas há alguma coisa de íntimo, como um diário, e há um prazer nas associações que se desenrolam, as ambiguidades e o aspecto sensorial dos sonhos. E há às vezes a imediatez de quem registra.

Só que não é só isso. É mais que isso porque são o que são, obras acabadas, mesmo que não pareçam encerradas. É como uma estrutura no ar ainda com o processo nu, transparente. Mas são verdadeiras pontes nos transportando para lugares desconhecidos, Puiupo na frente. Cada ponte, várias possibilidades de história, de literatura, de imagem e de gente. 

Provavelmente por isso podem parecer fragmentos de diário ou de sonhos, porque a matéria-prima dessas pontes (sinapses? Ou o que permite informação passar de uma célula a outra) é, basicamente, gente, essa coisa feita de sonhos. É realmente um livro feito de pessoas. Se comunicando, se desdobrando e se tocando. Transpondo pontes, ligando possibilidades ainda desconhecidas.

No meio de cada conto, podemos olhar para trás e imaginar de onde ele veio e para onde vai, como uma estrutura expansível que atravessa mais do que o que vemos. Podemos imaginar o que acontece antes do começo e depois do fim. Não é difícil imaginar também que estamos flutuando, como uma ponte às vezes nos faz imaginar.

No meio da travessia, de repente achei que estava assistindo a uma coleção de curta-metragens, com uma trilha sonora adequada, uma coleção de trilhas sonoras que viraram filmes. E esqueci da ponte, ou seja, lá onde estava e tudo virou um fluxo me levando, que é aquele momento em que eu me esqueci que devia escrever algo sobre o livro e tive que refazer todo o caminho de volta para me lembrar o que estava fazendo ali.

Que é o que um diário/ sonho/ filme deve fazer com a gente. Nos desorientar.




Sobre o autor

Nasceu em Lisboa (1996) mas reside actualmente em São Paulo. Começou sua trajetória na BD em 2011 e participa da cena luso-brasileira de fanzines desde então. O seu trabalho já foi publicado em antologias, revistas e livros solo na America Latina, EUA e Europa. Trabalho esse que habita as fronteiras da narrativa sequencial desenhada-escrita e mescla-se com pintura, fotografia, produção de atelier e por vezes torna-se também contra-sequencial. 

Em 2018 participou do projeto de residência artística Revista Baiacu, sob curadoria de Laerte e Angeli sediado pelo instituto Hilda Hilst em parceria com o SESC São Paulo. Em 2019 foi vencedor do concurso de publicações Des.gráfica premiado pelo Museu da Imagem e do Som (MIS) São Paulo pelo livro Óbice, que posteriormente foi também publicado pela editora argentina Waicomics. 

Além das publicações e fanzines, Puiupo também actua como ilustrador em projetos tais como a edição brasileira do clássico "Ilha do Tesouro" publicado pela editora Antofágica, a capa do album "who told you to think??!!?!?!?!" do rapper e poeta americano R.A.P. Ferreira e diversos artigos para plataforma Narratively. Puiupo faz parte do selo editorial / conglomerado empresarial Pepito Corporation e publica-se através do mesmo ao lado dos artistas da jovem-guarda brasileira Adônis Pantazopoulos, Julia Balthazar e Flavushh. Também faz parte do coletivo de arte contemporânea BASA sob mentoria do curador Lucas Velloso. Por vezes também flerta com produção musical no duo Fuga. 

Venceu o concurso Toma lá 500 paus e faz uma BD! de 2022, traduzido no livro Sinapses que saiu em simultâneo em inglês com a Kuš!

quinta-feira, 21 de setembro de 2023

ccc@queer.market.23


Como tem sido hábito desde 2018, uma selecção de títulos nossos estará presente no Queer Market do festival Queer Lisboa.

 

sábado, 16 de setembro de 2023

O Mesinha 40 tem um Lobisomem, 3 pastorinhos e tripes!!!! últimos 10 exemplares!!!!!!!!!!!!!

 


Eis o novo Mesinha de Cabeceira! É o #40 (#1 do vol. XIII) de autoria do inglês Andrew Smith, em que voltamos a um formato "comic-book" de 28 páginas a preto e branco.

Quanto ao conteúdo temos dificuldades em meter numa gaveta. Há autobiografia light com autoficção, BD cómica-religiosa com um elemento "meta" e ainda alucinações de drogaria e um lobisomem. Olha, o melhor é mesmo ler, meu, ou achas que vais encontrar algo melhor no quiosque?

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Encontra-se na nossa loja em linhaSnob, Kingpin, Tigre de Papel, ZDB, Matéria Prima, Alquimia,  Tinta nos Nervos e Linha de Sombra e Universal Tongue.

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Sobre o autor: Andrew Smith (1966; Suffolk) estudou Belas Artes em Londres. Publicou as suas primeiras BDs em fanzines punk, tendo seguido para revistas profissionais como a Punch e Spectator entre outras. Foi professor e tendo descoberto Portugal com a sua esposa e cão mudaram-se todos para Serpa. Por cá tem publicado nas colecções Venham + 5 e na Toupeira, ambas da Bedeteca de Beja. Nesta última lançou o "comic-book" O Desastre do Palhaço que foi uma bela surpresa em 2022!

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Feedback:

Ondina Pires gostou!!!

O Bandas Desenhadas entrevistou!!

Gatunos comix... ESGOTADO!


A Frrrrrança tem o Samplerman, os gringos o Christopher Sperandio... em Portugal temos o 40 Ladrões também ele a vasculhar o inDUSTriaLIXO da BêDê e a colocar desCOOLonização mental. 

Parte dos trabalhos já tinham aparecido no zine Ce ci n'est pas une bite de canard (2014) e o "40" também participou no Pentângulo

Já sabem são 30 anos de existência do Mesinha de Cabeceira em 2022, este zine fez parte das comemorações!!

Saiu na Feira do Livro de Lisboa 2022 mesmo para meter nojo às bestas editoriais.

Podem adquirir na nossa loja em linha e na Kingpin Books, Tinta nos Nervos, Tigre de Papel, Senhora Presidenta, Matéria Prima, Socorro, Legendary Books, Tasca Mastai, Alquimia e Utopia.


Limitado a 100 exemplares, capa a cores, 36p. 18x24,5cm, a preto e branco excepto 4 páginas a cores. PVP: 6,66€


FEEDBACK

Este Smash é uma pérola!

Luís Barreto


Este livro é muito fixe!

André Ruivo


Great Stuff!

Silent Army

terça-feira, 12 de setembro de 2023

The Care of Birds / O Cuidado dos Pássaros - Obra vencedora do concurso "500 paus!" (2013) --- últimos 9 exemplares!!!


The Care of Birds / O Cuidado dos Pássaros
de

Obra vencedora do concurso Toma lá 500 paus e faz uma BD! 2013

"Peter Hickey is to paedophiles what birdwatchers are to hunters". Peter Hickey dixit. What is meant by this oblique statement is the crux of this graphic novel. Peter Hickey is a godless catholic perv. Peter hickey has a saint syndrome. "Peter Hickey está para os pedófilos como os observadores de aves estão para os caçadores", assim diz Peter. O possível sentido desta frase obscura forma o próprio cerne deste romance gráfico. Peter é um católico tarado e sem deus com um síndroma de santo.


140p. duas cores 16x23cm, capa duas cores, edição brochada
ISBN: 978-989-8363-32-9
In English with Portuguese subtitles / Em inglês com legendas em português


Buy: Neurotitan (Berlin), Orbital (London), Quimby's (Chicago), Dead Head Comics (Edinburgh), Just Indie Comics (Italy), Ugra Press (S.Paulo), Modern Graphics (Berlin), Mont en  L'Air (Paris) and Floating World (Portland).



Historial: 

Obra vencedora do concurso Toma lá 500 paus e faz uma BD! (2013) 
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Lançamento na BD Amadora 2015 
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Lista dos Melhores Livros de 2015 no Expresso 
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Best Graphic Novels (Portugal) by Pedro Moura in Paul Gravett site 
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Nomeado para Melhor Argumento pela BD Amadora 2016 
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Um dos Melhores Livros de 2016 no Expresso (apesar de ter saído em 2015... mucho weird!)
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Nomeado para Melhor Publicação Nacional, Melhor Desenho e Melhor Argumento pela Central Comics 2016 
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Spanish edition El Cuidado de los Pájaros by Reservoir Books / Penguin - Random House Spain (2019)
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Best of 2019 by La Cárcel de Papel
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French edition by Rackham (2021)



"peeping tom" aqui / here





Feedback:  

Já li o livro do Francisco Sousa Lobo. Gostei, apesar de toda a problemática do pedófilo e de às vezes ser difícil lidar com o que se possa sentir pela personagem (mas pensei que em relação a isso o livro era mais problemático e comprometedor), tem momentos muito bonitos, dos pássaros presos na rede, ele a conversar com as aves, desadequação do personagem ao mundo... e a parte final em que enlouquece (não estaria já louco?) e se deita do chão de cara para baixo à espera de um raio que o fulmine. Achei bastante poético. 

I like its mysteries and allusions, the gaps left in the dialogues, great use of the gaps and faultlines between what we are shown and what we are told.  Congrats, it’s further proof of Francisco's great work and development.
Paul Gravett (by e-mail)

Um dos mais discretos e interessantes autores portugueses de banda desenhada regressa com uma edição bilingue, uma narrativa que revolve as vísceras da natureza humana para as mostrar frágeis e inúteis enquanto conta a história de um homem que podia ser o nosso vizinho do lado. 
Sara Figueiredo Costa in Parágrafo, suplemento de Ponto Final (Macau) 

Desta vez Sousa Lobo debruça-se sobre um dos assuntos mais sensíveis, o da pedofilia. Esta é a história de Peter Hickey, um homem que parece acreditar que “está para os pedófilos como os observadores de aves estão para os caçadores”, um conceito que será explorado ao longo destas páginas naquele que é, sem qualquer hesitação, um dos mais portentosos livros do ano.

Is eager birdwatcher Peter Hickey ‘a godless Catholic perv’ or does he have ‘a Saint syndrome’? Deeply discomforting themes of sin and sincerity are cleverly underplayed and implied. I enjoy the book’s allusiveness, the gaps Lobo leaves in the dialogues, and his great use of the faultlines between what we are shown and what we are told, leaving what is left for us to tease out. “Words can become phantom limbs we never knew we had…”

LE PETIT OISEAU VA SORTIR... The Care Of Birds est un roman graphique de Francisco Sousa Lobo publié initialement en 2014 par Chili Com Carne, une maison d'édition post-psychanalytique portugaise dédiée à la BD et au dessin. Peter Hickey est ornithologue: il a été formé à 9 ans par un homme qui aimait beaucoup lui tenir la main. A présent, à 60 ans, il aimerait transmettre sa passion pour les oiseaux, en tout bien tout honneur. Dans cette histoire, où "les mots sont des membres fantômes", le dessin ne fait que suggérer ce que le langage ne recouvrira jamais. Le personnage principal communique avec les oiseaux, qu'il aime plus que tout étudier en compagnie de jeunes garçons. Les oiseaux lui disent des choses, et semblent lui obéir. L’ambiguïté de ses rapports avec ses petits collaborateurs est développé à la manière d'un malaise onirique, d'une torpeur fiévreuse.
Benjamin Efrati in Droguistes (e-mail newsletter)

The Care of Birds é, sem qualquer dúvida, um livro maior. Um livro que se desprende de toda e qualquer amarra de género e dos mecanismos (narrativos, visuais, estruturais) habituais da banda desenhada, portuguesa ou outra. Um título que não tem qualquer ambição de chegar a “todo o público”, nem sequer de serenar ou emocionar aquele ao qual chegará. A poeticidade de Francisco Sousa Lobo é sofrida, exigente, abole quaisquer consensos possíveis. Sem efeitos de pirotecnia emocional, lê-lo é uma armadilha se se toca a raia dos seus perigos. Difícil, profundo, angustiante, de uma lentidão que não significa tranquilidade, desprovido de quaisquer adornos e de efeitos, The Care of Birds é um jogo de tensões entre o melodrama de um Dostoievsky e a paralisia de um Kafka.
Pedro Moura in Ler BD

Despite its 100-plus pages, The Care of Birds is a tale mostly made of silences and doubts, both of the protagonist and the reader. Peter Hickey is an older man, an accomplished birdwatcher, birdsong imitator and bird draughtsman. But he is assaulted by strange feelings of seemingly innocent friendship toward children, which might be interpreted by many as pedophilia. A profound Catholic, Hickey is at the same time well aware of an uncrossable line but also haunted by sinning, that may or may not have taken place. All the questions that arise from the little plot there exists, if answered, are ambiguous. Difficult, profound, agonising, slow-paced but not tranquil, bereft of adornment and effects, The Care of Birds is a tour de force between Dostoevskyan drama and Kafkesque inaction, making it not only a great book within the Portuguese context but internationally as well.
Pedro Moura in Paul Gravett site

I just red The Care of Birds, liked the how the narration goes and the angle, remind me a bit of Hornschmeier work 
Franky (Les Requins Marteaux)

Se quisermos reduzir Sousa Lobo ao Santo Graal da assinatura do artista, podemos falar num programa que é recorrente no seu trabalho e que envolve estruturas de autoridade, doença mental e perversão. (...) Com um pezinho dentro e outro fora, entrar na galeria de arte ou na igreja com uma BD debaixo do braço continua a ser mais que uma provocação. É um acto de rebelião.
Hugo Almeida in Mundo Fantasma

The books look amazing, really nicely presented and designed. So far I've only had time to read the first section of The Care Of Birds, which I really enjoyed - looking forwards to continuing, also looking forwards to reading the other books as well. Andy Martin, one of the chaps in the band UNIT is a total bird fanatic, so maybe I'll pass The Care Of Birds on to him when I've read it
pStan Batcow (Pumf, Howl in the Typewriter) by e-mail

Même si quelques points d’appui, assez rares, quasi hors champ (à l’exception de la dispensable image de couverture) viennent peut-être inutilement-nous rappeler de quoi nous sommes en train de parler, c’est de loin le travail le plus subtil, le plus saisissant et le plus intelligent que j’ai vu traiter de la pédophilie depuis bien longtemps. Cette position, évoquée ici par un prisme clinique dont je n’ai jamais entendu parler — le syndrome de sainteté — mais qui n’est peut-être qu’une métaphore de l’auteur lui-même, se superpose à celle du birdwatcher — l’observateur ornithologique. Chaque touche nous faisant lentement approcher la psyché de la figure centrale est amenée de manière à produire, très finement, plus de questionnement et de trouble que de réponses ; ce sont les mouvements de fond des représentations de l’enfance chez l’adulte qui sont décortiquées, exposés à la lumière de désirs informulables, conduits dans de beaux couloirs métaphoriques, plutôt que la lecture factuelle d’une criminalité sexuelle tangible (et rien, d’ailleurs, dans le récit, ne laisse imaginer que la pédophilie soit menée ici à son terme ; ce n’est pas l’objet). Je me suis laissé faire assez rapidement par ce dessin au départ un peu rebutant, ces montages de plans exsangues, pour y voir pas à pas tout ce que cette claudication ouvrait comme inattendu de la marche, comme sortie de champ, comme invention. Il faut vraiment traduire urgemment ce truc, les gens. Il y a une intelligence warienne assez rare de la métaphore et des jeux de durée, mais également une solide culture littéraire qui affleure sous cette écriture subtilement polysémique.
The Care of Birds was definitely my favourite. There was something about the character that made me think of Raymond Briggs' book When The Wind Blows (the old man character in that story seemed to have similar mannerisms and characteristics). Your character is appealing, despite being a little twisted.
pStan (Pumf) by email

Curiosa y compleja aproximación la que hace Francisco Sousa Lobo al meterse dentro de la mente de un pedófilo, no practicante, que deambula en su día a día atrapado por sus bajas pasiones y su amor por el mundo de los pájaros. Una historia que remueve la conciencia y de paso también las tripas del lector, no tanto por lo que cuenta sino por lo que sugiere. Lleno de silencios, este cómic es una verdadero prodigio de narración demostrando que no siempre lo que se muestra es todo lo que se cuenta. (...)
El escritor, Francisco Sousa, se ha metido en un jardín y ha salido de él con nota. (...) De lectura sencilla, amena y reflexiva, este libro editado por Reservoir Books es un pequeña joya que podría pasar desapercibida si el mensaje no fuera la angustia vital de un hombre destinado a no encajar en la sociedad.
(sobre a edição espanhola) in Negra y Mortal

Hay que apostar por los cómics y los autores valientes, que arriesgan adentrándose en cuestiones de lo más espinosas, explorando las posibilidades que el medio proporciona. Es el caso de El cuidado de los pájaros del portugués Francisco Sousa Lobo, que publica Reservoir Books (...) El mérito de Francisco Sousa Lobo es lograr sumergir al lector en una obra tan tensa y oscura sin cargar las tintas de un asunto tan sensible ni subrayar el drama. Su uso de la elipsis narrativa es sensacional, sugiriendo —esas páginas 94 y 95— más que mostrando, y sin miedo a las viñetas que no necesitan texto para contarlo todo —esos sudores—. Una sutileza que asimismo se refleja en el aspecto visual, austero hasta el extremo, tanto en el parco uso del color —verdes y negros—, como en la simplista ilustración. Elementos que ahondan en lo enfermizo y la comezón interna del personaje central, y que permiten al lector centrarse en el meollo de un relato perfectamente armado, y de indiscutible pegada, sobre la oquedad y fragilidad humanas.
(sobre a edição espanhola) in Indienauta

Franciso Sousa Lobo se atreve, ni más ni menos, que a abordar el tema de la pedofilia. Pero lo hace sin amarillismo, sin efectismos, de una manera intima, y personal, casi tratando de comprender qué pasa por la mente de un pedófilo, en este caso, la de Peter Hickey, un hombre que vive agobiado por las dudas, por lo que sabe que es y no quiere ser, por tratar de entenderse, y siempre bajo la atenta mirada de la fe cristiana. No es un tebeo fácil, pero merece la pena enfrentarse a estos temas y alabar la valentía del autor.
(sobre a edição espanhola) in Blog de Comics

A slow-paced story that I’m not entirely sure how to describe, but that I enjoyed in all its mundanity.
The Care of Birds is so simple and beautiful

surprisingly subtle and bitter but not condescending
Łukasz Nowak (por email)

Une bd qui surprend par son choix de sujet et de traitement qui répulse et donne envie de vomir.
(sobre a edição francesa) 22h05 Rue des Dames

Comment réagir à de tels propos on ne peut plus dérangeants ? Comment ne se pas se sentir mal à l’aise envers cet homme qui dénie ses pulsions ? Et surtout, quel propos central a voulu soulever Francisco Sousa Lobo avec un tel album ?
(sobre a edição francesa) Planete BD

Le regard singulier de Francisco Sousa Lobo sur ce sujet complexe oblige le lecteur à regarder de front cette question répulsive, avec un récit qui mêle habilement crudité et expression métaphorique. Un album dérangeant, le premier de l'auteur traduit en France, dans lequel les oiseaux font figure de lanceurs d'alerte.
(sobre edição francesa) France Info

(...) é uma banda desenhada adulta, forte e estremecedora. (...) Peter Hickey é um personagem profundo, com várias camadas que se vão revelando à medida que viramos as páginas. é um homem mais ou menos idoso, que tem o passatempo de anilhar pássaros. Para isso, gosta de se fazer acompanhar de meninos com idades entre 10 e 12 anos. Mas porquê? Diz ele que há uma certa pureza na amizade entre um homem e uma criança. Mas os pássaros têm outras coisas a dizer. Vemos o personagem entrar numa espiral de loucura e auto-comiseração: o que ele procura, a companhia infantil, não pode ser conseguido. Os pássaros sabem disso. No entanto, quando ele encontra outras pessoas que o apreciam, não é capaz de lidar com as vozes dos pássaros. Os pássaros falam com ele frequentemente, e frequentemente dizem coisas terríveis.. Mas não só as aves são simbólicas. Também as pessoas, os outros personagens, têm diversos significados dentro da mente de Peter Hickey. Assim, todos os momentos de convívio acabam por ter mais profundidade do que aquela que poderíamos pensar à primeira vista. (...) Um livro poderoso que toca num assunto que ainda é tabu. A não perder.

Não me apetece estudar 

 

segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Um país / 8 distritos / 10 concelhos / 11 freguesias, um porradão de santos padroeiros... TUDO PARA A FOGUEIRA! últimos 25 exemplares


Quando não há nada para fazer, acende-se um fósforo.

Na terrinha, o aborrecimento combate-se com fogo e só há uma forma eficaz de matar o tempo: de uma vez por todas.

Este livro é um guia para lidar com os sítios onde nada acontece: partindo da canção dos Big Black e levando à letra a sugestão da banda, partilham-se testemunhos de quem, tendo vivido a indolência das pequenas cidades, vilas e aldeias de Portugal, deu consigo a ponderar as possibilidades da piromania. Seja sobre a arquitectura pavorosa ou as gentes beatas que nela habitam, as histórias aqui reunidas documentam as frustrações e ansiedades de quem não cresceu no bulício do Porto ou de Lisboa e, sentindo a falta da animação das metrópoles, viu na fogueira a única cura para a letargia.

Na colecção LowCCCost, para quem gosta de "viajar sem apanhar transportes e gastar dinheiro", já se deram muitas voltas: do aborrecimento da Europa à Guiné-Bissau, passando por um convento de monges silenciosos em Évora ou pela Ilha de Príncipe aquando do eclipse de 1919. Tal como os outros títulos desta colecção, não estamos perante um guia de turismo bacoco: Querosene, tal como os volumes no passado — Zona de Desconforto (Melhor Livro de BD de 2014) e Lisboa é very very Typical —, junta autores, ora amadores, ora consagrados, que se abrem na intimidade sempre desconfortável da autobiografia. Na soma desta transmissão de estados de espírito individuais, fica a saber-se mais sobre o país do que através dos dados do INE: os resultados, talvez sem supresa, deixam dúvidas sobre a laicidade das gentes ou sobre o futuro da população jovem.



Incendiários identificados:

Ana Margarida Matos, André Pereira, Cláudia Sofia, Dois Vês, Eva Filipe, Gonçalo Duarte, Joana ToméJoão Carola, Rodolfo Mariano, Rui Moura e Sofia Neto.


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160p (duas cores alternadas) 16,5 x 23cm, capa a cores com badanas

ISBN: 978-989-8363-46-6


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Historial: 

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Entrevista a André Pereira e Dois Vês no Acordes de Quinta





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FEEDBACK

Portugal esteve sempre a arder. A adolescência está sempre a arder. A luta arderá sempre! A nova antologia da Chili Com Carne reúne algumas das novas estrelas do rock, conduzidos por André Pereira sobre as terras em que se viveram ou vive com desejos de botar fogo em tudo!


A história do João Carola é do cacete, só isso vale o livro... Também gostei da do André, embora mais no registo choramingas. Fiquei com pena deles todos por terem sido tão traumatizados pela santa madre igreja...
P.S. (via email)

(...) é um livro importante para se medir o pulso à novíssima banda desenhada portuguesa (...)
Sara Figueiredo Costa in Expresso

(...) Não se procure aqui a resiliência que as televisões papagueiam, a tão cultivada superação dos vencedores. Sem sentimentalismo, o que as páginas revelam são vidas individuais à procura de sentido, indissociáveis de lugares, devidamente apontados em mapas: Castro verde, Montijo, Setúbal, Coimbra, Setúbal, Barcelos, Marinha Grande, Caldas da Rainha, Alverca do Ribatejo, Torres Novas e Figueira da Foz. (...)

4,5 estrelas no Ipsílon / Público

Nomeado para Melhor Antologia e Melhor BD Curta nos Prémios Bandas Desenhadas

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

AcontorcionistA : Baralho / últimos 5 exemplares



Eis o quarto volume da AcontorcionistA, uma Rapsódia Erótica de autoria do Grupo Empíreo, Sociedade Anónima de Recreio e Prazer, publicada pela MMMNNNRRRG e promovida e comercializada pela Associação Chili Com Carne. 

Desta vez, trata-se de um jogo apolíneo para jogadores dionisíacos, contendo um baralho original composto por 68 cartas, com regras para descobrir ou criar. Foram feitos apenas 200 exemplares.


\./

AcontorcionistA / The ContorcionisT is an erotic rhapsody consisting of a series of multi-format illustrated books authored by a mysterious collective called Empireo. 

 This is the forth issue of AcontorcionistA this time disguised as an Apollonian card-game for Dionysian players, containing an original 68 units deck with rules to be discovered and created. 


 There's only 200 copies of this fabulous object.

 


Lançado debaixo do balcão durante a Feira do Livro de Lisboa 2018, o Baralho encontra-se à venda na loja em linha da Chili Com CarneLinha de SombraMatéria PrimaTigre de Papel, Livraria do Simão (Escadinhas de S. Cristóvão), Sirigaita, Tasca Mastai, Senhora PresidentaA Vida Portuguesa, Alquimia e mais algumas lojas atrevidas. 

You can buy @ Chili Com Carne online shop and at 4/quatri (Bologna), Le Mont-en-L'air (Paris), Quimby's (Chicago), Freedom Press (London).



FEEDBACK

The cards are great. Beautiful. - Angel Marcloid (by email)

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Será a caneta mais poderosa do que a espada?




A edição portuguesa do Monde Diplomatique tem publicado, sob a nossa coordenação, as respostas a este desafio em Banda Desenhada por uma série de artistas. 

Este mês é a vez de DASL que é avesso a autorias...

terça-feira, 5 de setembro de 2023

Escape-ism em Lisboa, HOJE

Um mundinho de coincidências! Ainda não recuperámos do feedback da resenha que saiu no Público ao último livro do Svenonius e eis que ele vai tocar ao Lounge HOJE às 21h30! Uma boa forma de acabar as férias ou (re)começá-las, depende de cada um...

O Lounge diz isto: Em 2009, Svenonius visitou Lisboa pela primeira vez para um concerto no Lounge, então a acompanhar o amigo (e boss baterista) Publicist. Quase quinze anos depois, o fundador de Nation of Ulysses, The Make-Up, Weird War e Chain and the Gang regressa ao Lounge para apresentar o mais recente projecto ESCAPE-ISM