sábado, 31 de janeiro de 2015

CCC na 4ª Festa da Música



O Rudolfo vai estar presente com uma carrada de cenas da Chili Com Carne e afins.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

ccc@angoumerde.fuck.off.2015


Chili Com Carne will be at FOFF!!!
see you there!

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

5ª Situacionista

Aproxima-se Angoulême e já se anuncia-se um novo golpe "situacionista" da 5eme Couche! Excelente pretexto para fazer um resumo do que eles têm feito nos últimos anos para tornar a nossa vida muito mais excitante nesta luta eterna contra o aborrecimento da vida contemporânea.

Em 2006 saiu o primeiro "detournement" de Ilan Manoauch - Vivre Ensemble em que um álbum inteiro do Petzi foi digitalizado e o Petzi bem como a maior parte das personagens desapareceram da BD - ficando apenas o pelicano com os cenários, "coisas" e sobretudo balões de fala a boiarem numa solidão desconcertante. Um exercício OuBaPo que deveria ter saído pela L'Association se estes não andassem frouxos nesta altura... Mais tarde, em 2012 em pleno ano de Art Spiegelman no Festival de Angoulême, sai outro "detournement", o Katz (todos os animais da BD foram substituídos por cabeças de gatos) que teve um destino cruel porque a edição foi destruída. Mas tudo bem em 2013 saiu logo o Meta Katz para "ladrão que denuncia ladrão, mil anos de perdão!" Depois disto tudo eis que aparece no ano passado, o álbum Les Schtroumpfs Noirs na mesa do 5éme Couche! Uma edição que reproduz na integra o álbum Os Strumpfes Negros mas todo impresso a azul!!! Originalmente editado em 1959 pela Dupuis, esta BD mete os pequenos homens azuis com um problema a lembrar uma praga de zombies, ou seja, o Strumpfe que for mordido por um Strumpfe negro (que foi picado por uma mosca negra marada qualquer), fica também negro, a saltitar, a gritar “gnap gnap gnap” feito um selvagem. Foi uma BD que foi considerada racista, sobretudo nos EUA, chegando a ter, por aquelas bandas, uma versão em que o negro foi substituído pelo roxo. Com esta “nova” versão pirateada, que o editor Xavier Löwenthal afirma publicamente que não sabe como surgiu – no Libération afirma que um rapaz da DHL chegou lá ao stand e entregou-lhes uma caixa cheia destes livros azuis – mas dizia, com esta nova versão acaba o racismo!!! Porque todos os Strumpfes, azuis ou negros, estão impressos a azul! Mais extremo ainda é que todo o álbum original foi “rapinado”, ou seja, não há depósito legal ou ISBN a acusar quem o fez, o nome da editora original (um gigante do mercado da BD que detêm o Spirou, por exemplo) está impresso na capa. Mais, o álbum original é constituído por três aventuras dos Strumpfes (“O Strumpfe voador” e “O ladrão de Strumpfes”) que também são reproduzidas no “álbum azul”. A única coisa (fora esse hilariante azul omnipresente) que “falha” é uma página (a página 54) que não foi impressa - na BD "O Ladrão de Strumpfes", o que tem a leitura que tem...

Mas o melhor trabalho para abalar o sistema de crenças da BD foi o caso Judith Forrest! Em 2009 foi editado o livro desta autora, 1h25, que teve grandes resenhas críticas pela imprensa, chegando-se a afirmar que este seria a BD autobiográfica que atingia a maior sinceridade dentro desse género. A autora foi convidada para entrevistas na rádio e TV e o livro teve algum sucesso comercial. No ano seguinte saiu Momon em que explica porque a autora após uma "one night stand" com Xavier, este não se lembrava dela no dia seguinte - os homens são uns porcos, né? Mas a razão por Xavier não se lembrar de ter ido prá cama com a autora é porque a autora não existia... Nas páginas de Momon, Xavier e os autores William Henne e Thomas Boivin numa viagem de carro vindos de um festival de BD perguntam-se porque a 5éme Couche, sendo uma editora tão boa não tem impacto mediático... Alguém sugere que lhes falta uma autora de BD autobiográfica que conte histórias de ir ao cu. Alguém se lembrou que porque não se edita uma autora dessas? "As nossas autoras são artistas, pá, nunca fariam histórias de ir ao cu...". Alguém conclui: "Bem, então porque não fazemos nós isso e assinamos como se fossemos uma?"

De referir ainda o belíssimo 978 (2013) de Pascal Matthey, autor que já conhecia de umas BDs menos interessantes da corrente autobiográfica pela L'Employé du Moi e que andou a coleccionar panfletos / brochuras / catálogos publicitários de BD comercial e realizou este bizarro Genesis... Genesis? Não sei se podemos definir assim mas o que acontece é que estamos perante um simulacro de um álbum franco-belga de BD, ou seja, 40 e tal páginas perto do A4 a cores com uma capa dura. O conteúdo é um trabalho um "comix remix", uma BD de colagens em que as imagens originais foram de tal forma fragmentadas que juntas criam padrões abstractos. A questão que se coloca sempre nestes casos é: pode-se ler uma BD abstracta? Que o Pedro Moura responda a isso...
A verdade é que temos toda uma liberdade de interpretar o que vemos, quadrado a quadrado em sequência, e uma "possível leitura" até porque se topam metamorfoses de formas que indicam uma "acção" de algo, de quê? Não sabemos, talvez do lixo a ser reciclado numa máquina? Lixo de milhares imagens medíocres geradas pela BD comercial mundial? O título do álbum refere-se ao número de ISBN da Bélgica e esse seria a maior referência para o livro: o regurgitar de chavões gráficos dessa indústria? Parece um catálogo disfuncional de cores e formas do mercado de BD mas independentemente disso, a mente procura sempre sentidos, e como bom cristão que sou levei para um nascimento e destruição de cosmos pelas várias vinhetas, uma luta de dias e de noites eternas, etc... Foi o meu "glitch" mental sobre esta obra porque para mim foi dos livros mais explosivos de 2013!

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O Gato Mariano Não Fez Listas em 2014 (para Hipsters sebosos da Internet)

Ontem o jornalista Tiago de Bernarda deu vida em papel ao seu alter-ego / personagem Gato Mariano numa festa no sítio mais hipster de Lisboa, o 1ºAndar - a lógica é se queres provocar alguém tens de ir ao sítio onde elas estão, certo?
O zine é um A2 dobrado com uma impressão impecável que pouco ou nada conta a não ser que o Mariano tem bom gosto e acha os Dead Combo um peidinho! Estava a ver que era o único português a achar essa banda de intragável... Exercício de estilo de quem começou a fazer BD às escondidas e a criticar discos de Pop/Rock português em BD usando o tal gato. Para esta "história" no entanto o autor ignorou o papel do gato (ou seja de fazer crítica musical) e entrou num esquema de non-sense à Ren & Stimpy (talvez porque os gatos sejam da mesma ninhada gráfica) e à "Buraco do Amor" do Camarada Ferreira. Um gesto de rebeldia para provar que a BD portuguesa não é feita de livros de choradeira pseudo-sentimental... e sebosa! Gracias!

No gracias: é esta mania dos sacos a protegerem os zines, que eu saiba um zine é para ser uma forma de publicação barata, democrática e anti-elitista, e não para fazer dele objectos colecionáveis e impolutos para o OLX ou coleccionadores com retenção anal! Quem começou com esta mania foi a Imprensa Canalha e a Opuntia Books mas até fazia sentido porque os "livrinhos" traziam uns "brindes" - desde mata-insectos a fotografias encontradas. Cortar árvores tudo bem mas usar petróleo para um saquinho "hipster" dispenso... Espero que o Bernarda tenha pago os 10 cêntimos por cada saco da Taxa Verde por causa desta parvoíce!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Checkem lá a presença humana...

O Camarada Lopes voltou do Brasil e trouxe umas quantas coisas de lá que sinceramente já não há muita paciência divulgar mas foi justamente a peça mais pequena que teve maior efeito. Fim (Beleléu; 2014) é um A6 (formato que até há em Portugal com as colecções O Filme da Minha VidaQuadradinho) com 40 micro-BDs de Rafael Sica, feitas sem sentido, como se poemas desenhados fossem. Devedor à linha "ratada" de Fábio Zimbres, no entanto algumas composições de páginas e temas lembram o suiço Baladi, naquele abandono de paisagens e de emoções. Longe do extremo "non-sense" de Ordinário (Quadradinhos na Cia; 2010) em que Sica já mostrava ser um autor com muito potencial, este "Fim" parece ser antes um excelente início para algo mais profundo mas não se sabe se naqueles trópicos o pessoal quer isso...

Ward Zwart, excelente desenhador que participou no nosso MASSIVE, enviou alguns zines seus do quais destaca-se Moon (2014) que é impossível de não comparar a O Espelho de Mogli porque são tantas as coincidências entre si: ambos autores são flamengos, os formatos dos livros são quase idênticos, há alguma estrutura narrativa igual (duas vinhetas por tira, quatro tiras por página) e até acontece que aparece uma página inteira com um animal! (um orangotango no Espelho, uma coruja neste Moon). As diferenças também são muitas, a temática recorre à infância / puberdade (tempos em que o autor via os X-Files!?) para mostrar os mistérios da natureza - não muito longe e até pelo registo gráfico dos trabalhos de Amanda Vähämäki ou Michelangelo Setola. O melhor ainda é uma bela sequência abstracta em que o Zwart desenha usando colagens de desenhos seus - tal como0 o fez na capa...

Vieram de Badajoz a Lisboa, recentemente o casal responsável pela Aristas Martinez. Regalaram-nos com Fanzinerama (2014) que é um... ehm... fanzine!?... com desenhos do Roberto Massó no seu típico imaginário "masters of the universe jodido meets power rangers primitivos" em que as pessoas, o público, ehm... Perdi-me...
É um caderno com desenhos do Massó mas que as pessoas podem intervir nele, ora desenhando e escrevendo nele e até podem recortar e colar imagens de Massó (de uns suplementos que acompanham o caderno) fazendo assim cada um a(s) sua(s) BD(s) à vontade do freguês - é um novo tipo de "comix-remix" que não tinha ainda processado! Muito fixe a ideia mas pelos vistos a ideia anda por aí porque a "nossa" Mundo Fantasma também fez algo parecido... em risografia que é mais chique! (e como vingança por estar a chamar os espanhóis de vaidosos!)

sábado, 17 de janeiro de 2015

ccc@feira.das.almas.janeiro.2015

Vai ser a grande loucura consumista pós-natalixo! Por acaso teremos uma enorme selecção de livros manuseados para fazer uns descontos valentes... e algumas edições a esgotarem!

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

E o QCDA foi ao AltCom

A trupe QCDA foi representar a Chili ao festival AltCom 2014, em Malmö, no passado mês de Novembro.

Rudolfo, Afonso, Hetamoé e Sofia.
A Amanda estava a tirar a fotografia.
Foi uma semaninha bem passada em que fizeram amigos, viram o Mar Báltico, alimentaram-se à base de falafel e pizza kebab (especialidade local), e explicaram aos suecos que Portugal tem a forma de um gato ninja.
Parecia um filme do Bergman.

Claro que também houve trabalho duro! Montaram uma exposição com originais, as meninas apresentaram o QCDA #2000 ao público local, e o Rudolfo deu um concertão.
Descobrimos que a Sofia corta muito bem fita-colas.
Agora, está para breve um “zine de viagem”, onde relatarão em pormenor toda a experiência. Fiquem atentos!
A bela banca da Chili no AltCom.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

150 sócios... tá feito!

Depois dos 100 sócios o que faz sentido a seguir comemorar são os 150 sócios, certo?
Certo! E dito e feito!
150 vai receber 150 euros em edições nossas e chama-se A. Vasa e é de Lisboa!

- como ser sócio AQUI
- importante: o manual do sócio aqui 

TÓQUIO - HONG-KONG - XANGAI - SINGAPURA (esgotado)

Foi em Novembro de 2003 que inaugurou com sucesso uma exposição de artes plásticas de Pedro Zamith na Galeria Monumental tendo sido lançado no dia da inauguração o catálogo da exposição pela Chili Com Carne.


TÓQUIO - HONG-KONG - XANGAI - SINGAPURA
com texto introdutório de João Paulo Cotrim
20p. 20x20cm a cores; capa a cores, edição agrafada
ISBN: 972-98177-5-8
apoios: Câmara Municipal de Lisboa e Mostarda

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

O nosso 11 de Setembro...

Merece mais palavras para descrever a revolta - porque não foram estoirar a sede do PP ou da puta Le Pen? - talvez consiga escrever algo sobre isto esta semana mas por enquanto isto basta:


Aliás, esta semana não haverá mais notícias!

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Terminal Tower @ Loud


Os metaleiros da Loud passaram-se! Além de terem uma capa ilustrada (coisa rara!) por André Coelho, ainda o entrevistam e mostram desenhos do Terminal Tower num luxuriante couché! Só faltava os gajos passarem a ter uma página dedicada à BD para serem mesmo loucos... pois...