Outros baratos #1
Baratos do Ribeiro; Inverno'06
A visita mensal à loja de discos Carbono revelou-me este título no molho de publicações gratuitas. Do que vem do Brasil não é só xungaria e Festas de Forró-Beer, pelos vistos, também vai passar a ser distribuído a sua cultura alternativa. Editado por um "sebo" (alfarrabista em português do Brazzzil), situado no Rio de Janeiro, tem o formato e tipo de papel parecido com outros zines brasileiros que já vi (o Orbe que participou no Mutate & Survive ou o Tarja Negra). O conteúdo deste zine é mais virado para a literatura, ainda que um bocado ingénuo na maior parte dos textos - embora seja forte a dedicação e ética DIY. Destaco os seguintes textos sobre a editora Editio Princeps, a "Carta a Charlie Chaplin" de Peter Orlowsky e Allen Ginsberg, o conto "Moisés, o atravessador de ruas" (*) de Fernando Gerheim e a conversa entre dono de "sebos" e lojas virtuais de livros.
Gostei da designação "órfão" para a música "independente" (actualmente insuficiente) e "alternativa" (ingénuo) que Maurício Gouveia usa num texto sobre a programação musical no "sebo".
A atitude destes lojistas é de salutar e é um exemplo a seguir para muitos sebentos que andam por cá em Portugal.
3,4
* Não sei até que ponto é verdade este conto... trata de um desporto radical urbano brasileiro de atravessar avenidas plenas de carros a alta velocidade!!!
1 comentário:
boa questão: até que ponto é realidade a ficção? a ficção, para o teórico da literatuta W. Iser, é uma configuração apta para o imaginário, o que quebra com a polaridade entre real/ficção... Já Aristóteles considera em sua Poética que a arte dramática deve tratar do que poderia ser, degundo o pricípio da verossimilhança, e não do que é, o que para ele fica a cargo da história.
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