blogzine da chili com carne

domingo, 6 de abril de 2025

AI AI hentAI - na Meia Volta de Úrano , Cacilhas

 


A Chili Com Carne, com a 5me Couche e a Echochamber, têm o prazer de anunciar a publicação da primeira Banda Desenhada sintética escrita e desenhada por uma Inteligência Artificial, sob a batuta de Ilan Manouach.

 



Este artista grego tem impressionado o mundo com CoCo (Conceptual Comics)pornografia para intelectuaisBD para invisuais e até ao The Guardian caiu-lhe o queixo com a edição do livro com a maior lombada de sempre. Agora é a vez de pôr a Inteligência Artificial a trabalhar em modo de Hentai num ensaio-espiral de deixar Foucault agitado na tumba.

Fastwalkers é uma meditação não-linear sobre "deep learning" e que celebra a poesia inesperada da computação e que explora novas possibilidades de leitura.

Obra nascida das experiências continuadas de Manouach sobre a abundância informática e as economias afectivas da BD, este selvagem e alucinogénico livro mostra textos e imagens totalmente produzidos por aprendizagem automática.

Desde os inícios do século XIX, que a indústria da BD expandiu-se de forma simbiótica com o desenvolvimento da impressão, distribuição e tecnologias de comunicação. Sendo um médium altamente digitalizado, com comunidades activas em linha, a BD presta-se a processos de programação que definem a própria aprendizagem automática. Nos dias de hoje, estes processos sintéticos estão a modificar a forma como produzimos, consumimos, arquivamos e percebemos todos os media, incluindo a BD.

Co-criado com a última IA (GAN, GPT-3) e desenvolvido com uma equipa de engenheiros informáticos e designers interdisciplinares, Fastwalkers é uma amalgama de diferentes comunidades de bases de dados, algoritmos de busca de marcas registradas, regimes de indexação, "beta testing" e modelos generativos. As ferramentas foram treinadas sob milhões de unidades de informação e corpos de texto para criar este livroO resultado é uma paisagem semântica de camadas de ambiente cujas harmonias e dissonâncias revelam a mudança da natureza agregada do conhecimento na era do semiocapitalismo e ilumina as qualidades computacionais inerentes da BD para jogar com o espaço cognitivo do leitor.



Obra redigida em inglês, lançada no Festival de Angoulême 2023 com 150 exemplares disponíveis em Portugal, desde Outubro 2022, estão na nossa loja em linha e na Tinta nos Nervos, Tigre de Papel, Kingpin, Snob, ZDB, Utopia, Linha de Sombra, loja da Fundação Oriente, Alquimia, Meia Volta de Úrano e Matéria Prima.




estes "bots" humanos falam do livro aqui:


(...) livro difícil de atravessar, marcado pelo estilo das hentai japonesas (...) mas sobretudo pela dificuldade de acompanhar uma linha narrativa por entre as reflexões sobre processos de aprendizagem computacionais geradas, precisamente, por um computador

Sara Figueiredo Costa in Expresso

...

Artigo "Para quê contratar artistas de banda desenhada se a banda desenhada se pode desenhar a si mesma?" de Ilan Manouach, traduzido por Pedro Moura e publicado no blogue Bandas Desenhadas


...

 Artigo de Manouach no The Comics Journal

Fearless Colors - reedição pela Chili Com Carne /// na It's a Book

yo yo yo

Adivinhem o que foi reimpresso?




A BD demorou 40 anos a chegar ao automatismo (obrigado Robert Crumb e Moebius por terem tomado drogas!), ”andou às aranhas” com a autobiografia ou à auto-representação do autor, jornalismo, ensaio e crónica e uma eternidade no que diz ao respeito institucional. Não podemos ficar de fora, não podemos deixar que os DJs roubem todo o bolo! Preparem lá essa tesoura e cola! Melhor ainda… saquem lá o Photoshop! 

É um pássaro?
É um avião? 
Não! 
É o Samplerman!!!

Ladrão que rouba ladrão, mil anos de perdão!




FEARLESS COLORS compila algumas das melhores páginas de BD que Samplerman produziu entre 2012 e 2015. Pode-se dizer que elas fazem homenagem aos "comic-books" norte-americanos dos anos 40 e 50, sendo misturados tal como uma viagem de um DJ a realizar o que Marcos Farrajota intitulou de "Comix Remix" - artigo escrito originalmente para o jornal finlandês Kuti e entretanto acessível em várias línguas, como o português no blogue da Chili Com Carne.

Atravessando géneros clássicos como o romance cor-de-rosa, o policial, a ficção científica e o terror, algumas das páginas tanto se identifica excertos de Fletcher Hanks como o "Samplerman original": Ray Yoshida. Violência, acção, disparos, naves espaciais, micróbios e bactérias, corpos mutilados são remontados numa colagem fractal que nos possibilitam novas formas de narrativas e leituras. 

Por detrás de um super-heróis há sempre o alterego. Neste caso de Samplerman esconde-se o desenhador francês Yvang. Começou com a experiência Samplerman em 2012 através do tumblr ZDND (La Zone De Non-Droit) juntamente com o irrequieto Leo Quievreux, tendo contaminado a web desde então. Participou em várias publicações como a š! (Letónia), Off Life, Smoke Signal, Ink Brick, Lagon, The Village Voice e Scratches. A solo saíram os seguintes livros: Street Fights Comics (ed. de Autor, 2016), Miscomocs Comics (Le Dernier Cri, 2017), Samplerman (Secret Headquarters, 2017) e ilustrou ao LP colectênea Intrepid Curves #18 da Vinyl Moon. E realizou uma capa para o título Doom Patrol da Dc Comics a convite especial de Grant Morrison.





Formato A5. 100 páginas, Quatro cores. Capa mole com verniz localizado. Uma co-edição com a Kuš!Reimpressão do livro lançado em 2017 pela extinta MMMNNNRRRG (2000-20), só mudou os logotipos dos editores envolvidos e ficha técnica.

Reeditado na nossa Mercantologia, colecção dedicada à reedição de material perdido do mundo dos zines eis disponível outra vez na nossa loja em linha e na BdMania, It's a Book, Kingpin Books, Linha de Sombra, Matéria Prima, Mundo Fantasma, Snob, Socorro, STET, Tigre de Papel, Tinta nos Nervos, Utopia e ZDB. E na Modo Infoshop (Bolonha) e Freedom Press (Londres)






FEARLESS COLORS é o livro que colecciona a maior parte do seu trabalho e deu no que falar!!!
...
Obra seleccionada para a Bedeteca Ideal 
... 
sessão de autógrafos na Mundo Fantasma (10/03/18) 
... 
lançamento oficial na Nova Livraria Francesa (16/03/18) com a presença do autor 
...
...





Imagine a Jim Woodring comic, without the characters to get in the way of the experience of it. That’s what he summons in his pages. So allow yourself to get lost in these pictures. (...) Reading Fearless Colors is like taking a weird acid trip through comics as images fall apart and melt down in front of you, recombining with different images to form brand new comic pages. Samplerman’s collages take existing art and make new art out of the old, and creates comic pages that you just want to get lost in, exploring the smallest details even while wanting to pull out and see how those details collapse into a complete comic experience.

Poder-se-ia também imaginar que finalmente temos aqui uma tradução do que significaria enfrentar, com efeito, uma “crise nas infinitas terras”, que convidaria a delírios visuais bem mais inesperados do que aqueles intentados por George Pérez.

El propio autor es consciente de que, desde una perspectiva reduccionista, su trabajo podría verse como algo que no es ya cómic, aunque parta de él. «Depende de lo restrictiva que sea tu definición de cómic», dice. No debería importarnos pero, en realidad, hay en su trabajo una narratividad, y las viñetas establecen una secuencia en la que las imágenes mutan, evolucionan y se multiplican siguiendo una lógica interna, que no es la del relato, sino la de lo visual… Y la de la mente de alguien que está intentando crear algo nuevo a partir de algo viejo.

 ...............................................



ccc@autónoma.3

cartaz de Rita Mota

 Vai ser um fim-de-semana cheio por Cacilhas!  

Lá estaremos com novidades editoriais, a saber Propaganda e Dias-a-fio!

sábado, 5 de abril de 2025

O livro "todo público" da Chili Com Carne: "Bottoms Up" de Rodolfo Mariano - Vencedor dos 500 Paus 2020 / Na It's a Book



Bottoms Up 

de


- obra vencedora do concurso interno Toma Lá 500 Paus e Faz uma BD! de 2020 - 


64p. a cores 18x24,5cm 
500 exemplares


à venda na nossa loja em linha e na BdMania, Kingpin, It's a Book, Linha de Sombra, Matéria Prima, Mundo Fantasma, Snob, Tigre de Papel, Tinta nos Nervos, Utopia, Fábrica Features, Vida Portuguesa, Universal Tongue e ZDB. E na Libraria Paz (Galiza)


Sinopse: Depois de uma longa viagem, o Simão chega finalmente à grande cidade cheio de sonhos e motivação para vencer na sua nova vida. Apesar do transtorno de ansiedade generalizada e introversão natural de que padece, o Simão depressa conquista o coração de alguns amigos e amigas que o vão acompanhar numa aventura improvável de desfechos imprevisíveis.







Historial:

Lançado oficialmente e virtualmente na Tinta nos Nervos, 31 de Outubro 2020 com conversa com Pedro Moura
...

Exposição Horror Vacui no espaço/ciclo WC/BD, em Lisboa, durante o mês de Fevereiro 2024
...



E para quem não percebeu o objecto:







FEEDBACK

o livro do Rodolfo Mariano só têm um problema, um gajo fica a pedir por mais, não me importava nada que tivesse 600 páginas.
David Campos (via email)
 
xxx
Obra seleccionada na Bedeteca Ideal

xxx

xxx
Entrevista no H-alt entretanto publicado em livro de tiragem de 30 exemplares (!) Outras perspectivas (Ass. Tentáculo; 2023)

xxx
Não é bem uma fábula do género rato do campo / rato da cidade, à La Fontaine que Rodolfo Mariano, (...) nos apresenta neste intrigante (...) Chegado da aldeia, transportado por um atrelado cigano ou circense puxado por uma espécie de muflões de aspecto satânico, o rato Simão apeia-se no limiar da grande cidade. Por bagagem, uma mochila sem fundo acomoda um velho mapa, meias de cada nação entre uma parafernália de objectos úteis e inúteis, e ainda um livro mágico sobre “naves especiais”. Dirigindo-se à cidade, procura a chave que possibilite a libertação de um amigo, prisioneiro do Inquisidor-Mor. Uma mélroa de nome Cassandra ou o fantasma da raposa vegetariana Annalisa, contracenam com Simão, no meio de bandidos, carrascos, guardas, comerciantes e mortos-vivos que povoam uma urbe que poderia vir descrita num livro de Tolkien. Caso invulgar nos quadradinhos nacionais, o estilo de Rodolfo Mariano já foi comparado com o do australiano Simon Hanselmann; o francês Lewis Trondheim é também um nome que aqui nos parece ecoar. Elogio da amizade e denúncia do poder (...) Mariano tem uma apetência pelo imaginário fantástico pulp, que utiliza para falar de coisas sérias, e o antroporfismo revela-se uma esplêndida opção.

xxx
(...) onde se reconhecem a obra de Tolkien, Dungeons and Dragons, a mitologia grega, Rimbaud ou Fernando Pessoa. Mariano recolhe todas essas referências e foca-se na construção da sua história, acompanhando a chegada à grande cidade de um rato, Simão (...) A cidade mudará Simão, porque é isso que os espaços fazem quando nos deslocamos por eles (...)
Sara Figueiredo Costa in Splaft!

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Propaganda: 10 anos de comemoração e em língua portuguesa pela primeira vez! E na Vida Portuguesa

 


Propaganda

de 

Joana Estrela

 

21º volume da Mercantologia, colecção dedicada à reedição de material perdido do mundo dos zines. Editado por Marcos Farrajota e publicado pela Associação Chili Com Carne no âmbito da comemoração da primeira edição desta obra, lançada originalmente pela Plana Press em 2014

A edição teve uma reedição pela autora, ambas redigidas em inglês. 

...

O design do livro foi replicado da edição original desenhada por Luís Camanho e Ana Isabel Carvalho. Inclui um excerto traduzido do prefácio da primeira edição de Anna Shepperd e novo prefácio de Paulo (Livraria Aberta) - que reproduzimos aqui.


.....


Já está disponível na nossa loja em linha e na It's a Book, Kingpin, Linha de Sombra, Snob, Tigre de Papel, Tinta nos Nervos, Vida Portuguesa, ZDB (Lisboa), Velhotes (V.N. de Gaia), Cassandra, Livraria Aberta e Matéria Prima (Porto).





::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::

A melhor sinopse foi feita por ti, perto do fim do livro: a pessoa que
não sabe o que dizer tem uma t-shirt que diz por ela «I Survived Baltic
Pride 2013». Melhor para mim, então, que já não tenho de o resumir, até
porque um livro de 2014 reeditado em 2025 traz com ele mais história do
que apenas a do ano letivo de voluntariado na Lithuanian Gay League.

Do ativismo, como não raro de eventos culturais, só tende a ficar uma
vaga memória coletiva ou, pior, uma frase numa cronologia. Lembramo-nos
dos anos, das causas e das grandes conquistas, quando as há, mas não do
cartaz que desenhaste ou das reuniões noite dentro. A não ser, claro, na
história oral das pessoas envolvidas. Quantas feiras de livros e
exposições e ciclos de cinema e conversas e grupos mais ou menos
informais se vão fazendo e desfazendo ao longo dos anos, como uma linha
descontínua da energia que cada pessoa a cada momento conseguiu dar? É
que, como sublinhas aqui, a história do movimento é a história de quem
faz o movimento. E a história é lenta.

Quando voltas a Vilnius para apresentar o Propaganda, na sua versão
original em inglês pela Plana Press, fazem-te uma entrevista para o site
da LGL. Perguntam-te sobre literatura portuguesa e ativismo LGBTQ. Entre
outras coisas, respondes que «this is the first comic book that is more
specific on the subject to be published in Portugal». Uma década depois,
isto ainda é verdade.




::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::






FEEDBACK

[o livro] Está incrível!
Luís Camanho (o editor original) via email




Queda para BD teatral e dramas de aturdimento fatal na Vida Portuguesa

 É assim que se define Daniel Lima que apesar de já ter feitos três livros a solo (há um quatro mas quase ninguém sabe da heteronímia usada!) chega a um livro maior (em dimensão física!) com Anguesângue, uma adaptação em três capítulos dos contos Unhapiness e On Parables de Franz Kafka (1883-1924).



O que une a banda Faint Spirit, um quarto alugado no 3º andar, um solilóquio para um público invisível, um oculto inquiridor, uma visita no entardecer de Novembro e um vizinho que está lá para espiar quando saímos: EUGÉNIO, um hóspede que não encontra consolo no facto de não acreditar em fantasmas. 



Daniel Lima compôs uma melodia sedutora e assombrada com as palavras de Franz Kafka. Cantem com ele... se tiverem coragem. 




Pode se adquirido na loja em linha da Chili Com Carne e na Snob, Tigre de Papel, Utopia, Matéria Prima, Kingpin, Alquimia, ZDB, Cult, Linha de Sombra, Socorro, BdManiaTortuga, Tinta nos Nervos e Vida PortuguesaE na Libraria Paz (Galiza)




Para quem adquire directamente a nós tem acesso a um autocolante exclusivo de Daniel Lima limitado a 100 exemplares.




HISTORIAL:

Lançamento oficial Sábado, dia 29 de Abril 2023, às 16h, na Tinta nos Nervos com presença do autor, Pedro Moura e Marcos Farrajota ... edição em inglês pela Kuš! pouco depois... entrevista no Bandas Desenhadas ... entrevista em Todas as Palavras (RTP3) ... 


FEEDBACK:

Com a estrutura de drama em miniatura (drama aqui num sentido técnico, cénico, espacial, de distribuição de papéis por actores de papel) – incluindo o excurso dos fantasmas músicos – Daniel Lima demonstra uma vez mais que o seu método de interpretação dos textos de partida – por um lado, apetece-me dizer que é uma acção de escavamento, por outro o de alpinismo – é o da procura por uma poeticidade tranquila no que, parecendo banal (conversar, fumar, cortar uma maçã), se desvia da nossa experiência quotidiana. Há aqui, claramente, uma herança de Kafka, do seu absurdismo, em que a estranheza e o ilógico são preservados no interior de uma narrativa aparentemente realista, quase banal, doméstica, particularmente significativa em Anguesângue. Apresenta-se uma situação convencional – pessoas a discutir num apartamento, as escadas do prédio, etc. - mas depois revelam-se os tais desvios absurdos que, no fundo, revelam ao mesmo tempo a artificialidade de todos os nossos comportamentos societais, das nossas relações humanas (com os vivos e os mortos), das nossas decisões, etc. Porém, não é esse afinal o fito da arte?


Ao mesmo tempo que colo na testa o autocolante que acompanha este livro, a língua tenta dançar a espiral que organiza a leitura. Atrapalhando-se entre baba, perdigotos e posições embaraçosas, a boca diz assim: 
 – Nervosismo irónico nervoso. Poderá ser uma categoria literária? Como dizer... Um falar face à ansiedade que é contrário ao que se realmente se pretende. Tenta agradar e não quer e portanto asfixia-se. Só ligeiramente. Uma auto-asfixia, é redundante? É quase erótica. Ou masturbatória? Asfixia; poderá ser uma categoria literária? 
 – Sim sim, quer mais alguma coisa? 
– Ai sim? Óptimo, gostaste. Como dizer... 
Um neurótico à procura do controlo da imagem externa. Pauso ligeiramente e pego o novelo pela outra ponta.




Sobre o autor: 

Daniel Lima (1971; Angola) vive e trabalha em Lisboa. Teve formação em artes plásticas na ESAD, Caldas da Rainha, e estudos em Cinema de Animação e Teatro de Sombras na Fundação Calouste Gulbenkian, tendo realizado Um degrau pode ser um mundo (2009), com argumento de João Paulo Cotrim, baseado numa novela de Almada Negreiros. 
Co-responsável pelo departamento de Ilustração/ BD do Ar.Co., trabalha como ilustrador desde 1996, tendo iluminado vários jornais, revistas e editoras como O Independente, Público, Diário Económico, Ler, Elle, Abysmo... Participou em vários projectos colectivos de BD como Para além dos Olivais ou Nós somos os Mouros, ambos pela Bedeteca de Lisboa. 
 Livros de BD a solo é que rareiam na sua produção, a maior parte deles são de dimensões modestas apesar de serem grandiosas BD’s como Epifanias do Inimigo Invisível (2008), António Variações (2011) ou Sutrama (2017) editado na Letónia. Na realidade até há um quarto livro mas a pseudonímia impede-nos de o revelar... 

Frankenstein, or the 8 Bit Prometheus : micro-literature, hyper-mashup, Sonic Belligeranza records 17th anniversary LAST 66 COPIES

!

1818: first edition of Mary Shelley's Frankenstein


2018: many horrific applications of technology (social network for example with their push to have people volunteering their time and creativity for their IT business purpose, they are represented in the book by @maryshelley.fr, not to mention the applications of technology like breakcore and the other musical sub-style, or the society of spectacle created monster Bally Corgan).





Frankenstein, or the 8 Bit Prometheus
micro-literature, hyper-mashup, Sonic Belligeranza records 17th anniversary 
by 
Riccardo Balli


Volume +06 of THISCOvery CCChannel collection published by Chili Com Carne and Thisco140p. b/w with illustrations and photographs. Full color cover. IN ENGLISH. Cover art, illustrations & design by Rudolfo


buy @ Chili Com Carne online store, Linha de Sombra (Lisboa), Tigre de Papel (Lisboa), Livraria do Simão (Escadinhas de S. Cristóvão, Lisboa), Le Bal des Ardents (Lyon), Matéria Prima (Porto), Utopia (Porto)Radical Bookstore (Vienna), Anarchistische Buchhandlung (Vienna), Chick Lit (Vienna), Stuwerbuch (Vienna), Housman (London), Toolbox (Paris), Freedom Press (London), Soziealistischer Plattenbau (Hamburg), Quimby's (Chicago)Bivar (Lisbon), Tortuga / Disgraça (Lisbon), Just Indie Comics (Italy), Kingpin Books (Lisbon), Socorro (Porto) and Neat Records (Lisbon).

Released on 6th April 2018 @ Rauchhaus, Berlin ... mention at Bandcamp article about Extratone genre ... Portuguese release @ Tasca Mastai, Lisbon 12th July, 20h; and DJ set party @ Lounge, 23h ...  Low-resolution séance @ Galeria Municipal do Porto, 13th July under the influence of the exhibition O Ontem morreu hoje, o hoje morre amanhã ... presentations @ Lauter Lärm (Wien) om 2sd August & Echo Buecher (Berlin) on 26th September 2018 ... registered in Neural magazine archive (wow!) ... presentation @ Buchandhung Stuwerviertel (Vienna), 18th January 2019 ... presentation @ Rosa Parks (Chiuppano), 6th April 2019 ... article at Zweikommasieben
 ... 
|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!||!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!||!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!||!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|


After having whistled quite a number of 8-bit versions of famous pop songs, and delighted his ears with chip-tune covers of black metal and classical music, Riccardo Balli thought it was about time to extend micro-music aesthetics to literature, and remix Mary Shelley's classic accordingly. 


Through some sort of low-resolution séance, the author evoked the spirit of corpse reviver Giovanni Aldini (1762-1834), credited for having inspired The Modern Prometheus. Aldini tells a compressed version of the original Frankenstein, exposing its language to retro-gaming jargon and simplifying the plot as if it were an arcade game.


The aforementioned 18th-century electrifier was the nephew of eminent Bolognese scientist Luigi Galvani. Also from MIDIevil Bologna is DJ Balli's electronic music label Sonic Belligeranza, whose 17 years of existence (2000-2017) this volume celebrates with 17 texts that explore the multitude of contradictory sounds constituting the corpse of this Sonic Frankenstein.


Send him an impulse from your Game-Boy! BLEEEEEEEEEEEP! 



|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!||!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!||!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!||!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|
ATTENTION The file "A forward to further experiments from MIDIevil Bologna" is corrupted. Remember to read page 16 between 20 and 21 to recover the original text meaning
|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!||!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!||!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!||!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|



DJ Balli (1972) is a DJ/ producer, and founder of the label Sonic BelligeranzaA true fundamentalist of Breakcore since year zero of this non-genre of music, as the style was getting more and more codified, he progressively tried to personify its attitude and even bring it outside of audio realms. Hence following the motto of M(C)ary Shell8Bit "Every cacophony is possible, infect the Underground!", the creation in his lab a la Bolognese of Sound Monsters such as skateboard-noise, gangsta-opera and his infamous poetry readings pretending to be Billy Corgan from The Smashing Pumpkins. Riccardo Balli is also active as a writer: Anche Tu Astronauta (1998), Apocalypso Disco (2013), Frankenstein Goes to Holocaust (2016), all in Italian, this is his first full-length book in English.

|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!||!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!||!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!||!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|!|

FEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEDBACK 

Introduzido por um ressuscitado Giovanni Aldini - através da galvinização provocada pela corrente eléctrica de nove cartuchos de Game Boy dispostos em hexagrama -, este «remix literário de baixa qualidade» é mais uma alquimia de Ricardo Balli (...) Este livro é uma bizarra justaposição do Frankenstein de Mary Shelley com a cultura gamer (as planícies geladas do Pólo Norte são substituídas pelas da Cool, Cool Mountain do Super Mario 64, homens são bots, amigos e irmãos passam a Game Boys) e outros elementos da cultura pop (...) Aqui, o monstro de Frankenstein é uma incompleta remistura musical, que jura vingança contra o criador, toda a humanidade e as convenções musicais repressivas e autocráticas que desprezam o seu chiar emancipado e rejeitam a criação de um remix tão grotesco quanto ele. 
Além deste excêntrico exercício, Balli escreve sobre subculturas e subgéneros musicais que surgiram no final do século passado: revisitando a conotação neo-nazi do gabber e purificando-o da apatia do 4/4, atira-se às possibilidades revolucionárias do breakcore e do hiper-mashup dentro da alienação tardo-capitalista; procede à mistura definitiva entre skaters, situacionistas e accionistas vienenses; sugere que o horizonte tecnológico é a reunião do humano com o resto da fauna, numa simbiose sónica já tentada por Caninus ou Run the Jewels; revela que o grande cisma deste nosso confuso tempo é a violenta divisão entre aqueles que consideram ou negam que o splittercore é um subgénero autónomo do speedcore.
Balli é (...) o derradeiro farsante durante a speedrun final, o Grande Apropriador, um artesão do ofício profano do colagismo, que troça da autenticidade do autor, rouba-lhe a voz e utiliza-a para proveito de todos. Apresenta-nos à nova arte do social: aquela que liberta um Prometeu ultra-moderno, alimentado por um discurso aparentemente demente, mas que, no fim de contas, apenas apresenta a obsolescência da sisudez à colectividade, ao mesmo tempo que cose a manta de retalhos de uma modernidade esgotada. 
Russo in A Batalha

The relevance of this book is not just the content, but also the way it is reflexively reworked with a plagiarist and demystifying attitude. (...) A second layer in the book’s composition is the core literary metaphor that supports the patchwork put together by the author (i.e. the creative elaboration of the novel Frankenstein) (...), the idea of a new living entity made up by parts coming from other dead bodies is a perfect metaphor to give expression to the culture of plagiarism and plunderphonics. To do this, Balli’s writing exercise consists of re-writing Shelley’s original text infusing in it musical references coming from those same music electronic genres performed by Balli as a musician (including styles like 8-bit music, gabber and grindcore), with the further addition of other interventions. In these excerpts we read about Mary Shelley (called Squirting Mary) and Lord Byron(anism) engaged in an MCing contest where all participants “should attempt to create the most horrific sonic monster of music history” (...) After much effort, the monster finally comes to life in the shape of a mash-up generated in Shelley’s “bedroom studio” with a Gameboy, where the modified machine starts producing “most scary sounds: remixes of neo-melodic Neapolitan singers in a porno-grindcore style!” (...). As the readers can tell from these examples, demystification is a relevant ingredient of the book, as the author does not attempt to sacralise the art of plagiarism, instead insisting on a relentless endeavour to reframe plagiarism in a sarcastic way, explicitly linked with the situationist tradition. This demystification is particularly evident in the third type of content in the book, represented by a set of Dadaist passages where, for example, famous bands’ names are distorted in irreverent ways with mash-up techniques; some also accompanied by humorous visuals, including a photo of (...) "Lionel Nietzsche’s” album “Is it Truth you are looking for?”. Probably the most situationist section of the book is where the author recalls the history of his alter ego, Bally Corgan—inspired by Billy Corgan from the Smashing Pumpkins (who the author physically resembles)—an alter ego actually used by DJ Balli along the years in both his recordings and live acts. Above all, this last example helps to understand the actual continuity between the situationist spirit of the book and Balli’s whole artistic career. 
 Unfortunately available to an Italian-speaking readership only, the book succeeds in offering an original, meta-discursive and demystifying contribution on plunderphonic culture, not just for the content it offers, but also for its ability to intertwine multiple discursive layers, producing an experiment that is finally able—like Frankenstein’s efforts—to give birth to a weird and bizarre textual monster.
Dance Cult about the Italian (and different) version of this book - academics are always late...

I've enjoyed Balli's Frankenstein book so far - that guy is a total lunatic, which I appreciate.
Heikki Rönkkö (by email)

The 'Frankenstein' book was an incredibly detailed work, well researched and written - the only negative for me was that I didn't know enough about a lot of the subject matter to be able to fully immerse myself in it. I appreciated it hugely, however, because of the obvious enthusiasm with which it was written and the in-depth knowledge of the writer about his subject, his passion. In one sense it was like reading a fanzine of old, with personal writings, reviews, interviews etc. - as a fanzine writer myself it certainly struck a chord with me.
pStan (Pumf) by email

In reviewing Frankenstein, Or The 8-Bit Prometheus, Reynolds warned his readers of the danger that Balli might become the messiah of the enemies of realism. “Here at last was a self-proclaimed advocate of anti-writing: explicitly anti-realist and by implication anti-reality as well. Here was a writer ready to declare that words were meaningless and that all communication between human beings was impossible. Reynolds conceded that Balli presented a valid personal vision, but “the peril arises when it is held up for general emulation as the gateway to writing or music of the future, that bleak new world from which the humanist heresies of faith in logic and belief in man will forever be banished.’ Balli was moving away from realism, with “characters and events [that] have traceable roots in life” – from the writing of Paul Virilio, Stewart Home, Bill Drummond, Mark Manning, Lester Bangs, Brecht and Sartre.

Me gusta mucho la edición, (...) Tiene muy buena pinta!

Caminhando Com Samuel /// NOVA EDIÇÃO (mais bonita, nova capa, mais páginas) / últimos exemplares!!! E na It's a Book!


Nova edição do livro de bd de Tommi Musturi
pela MMMNNNRRRG

Tommi Musturi é um dos autores mais importantes na Finlândia, e também como dinamizador da BD. Já visitou três vezes Portugal: Salão Lisboa 2005, na Feira Laica 2009 na Bedeteca de Lisboa, onde estava patente a exposição da antologia GlömpX, que participou como autor, comissariou e editou, e recentemente no Festival de BD de Beja (2014). Também já publicou em Portugal na revista Quadrado e no Mesinha de Cabeceira, tendo já um certo culto à sua volta.

Caminhando com Samuel é um livro universal porque a BD é muda (sem palavras), colorida e tão atraente que atinge vários quadrantes de público: o público infantil (embora haja um episódio sangrento), o adulto (que terá trips metafísicas), os colecionadores e os generalistas, os cromos da BD, da ilustração e do street-art (todos irão aprender com a técnica de Musturi), e até os "peter-pans" dos toys terão tesão - é uma promessa séria porque na MMMNNNRRRG sempre fomos muito sérios!
...
160p. a cores, 21x21cm, capa dura
com marcador de fita
...
PVP : 20€ à venda na loja em linha da Chili Com CarneBdManiaMundo Fantasma, Matéria Prima, ZDB, Tigre de PapelUniversal TongueUtopia, Tinta nos Nervos, Kingpin Books e It's a Book.

exemplos de páginas :




...

Historial:

obra seleccionada para a Bedeteca Ideal 
... 
nomeado para Melhor Álbum, Melhor Desenho e Melhor Argumento Estrangeiro para os Prémios Central Comics 
... 
... 
Feedback: 
é muito bom o livro - vou precisar de outro livro porque ofereci o meu 
Travassos (Cleanfeed, Shhhpuma)

um dos nomes de primeira água da banda desenhada finlandesa contemporânea (...) um roadbook cosmogónico onde o olhar da descoberta primordial se mantém até ao fim. Mas onde as cosmogonias (entre elas o Génesis) encenam a criação num tempo recuado e definitivamente perdido, Samuel parece assumir uma condição atemporal, um estado de permanência que o faz atravessar eras, estados de alma e espaços com o mesmo deslumbramento e a mesma disponibilidade para o mundo que trazia no início, quando surgiu por entre a vegetação. (...) Aqui, não há respostas, só deslumbramentos
Sara Figueiredo Costa / Expresso 

(...) não necessita que se diga muito sobre ela. E não é por ser uma bd muda. Nesta edição excelente da Mmmnnnrrrg é uma obra que precisa sobretudo de ser saboreada. Ao som ritmado dos passos 

Dos gelos da Finlândia chega a saga psicadélica do pequeno gnomo Samuel. É a mais relevante edição de BD produzida em território nacional este ano. 
João Chambel (Heróis da Literatura Portuguesa)

But Samuel is not the ultimate Godhead, as we have seen; he is played by a higher hand: Samuel is not just any puppet, he is THE puppet, a perfect in-between character, a mirror of both God and us.

I have been looking at the Musturi comic every day since I got it, so beautiful and imaginary!
Christopher Webster (Malus)

Gramei o Samuel. BD contemplativa. é um equilíbrio bem subtil entre o desenho clínico, o abstraccionismo da história e o uso das cores. Fiquei curioso com a continuação: a recompensa do final acaba por não ser o mais importante aqui (...)
B Fachada