sexta-feira, 11 de abril de 2025
Life Is a Simple Mess ... ultimos exemplares ... até porque a Cleanfeed berrou ...
Como as obras deste livro tornam claro, a pureza, no seu lado mais extremo, quer venha da subtracção de elementos ou da negação do contexto, é uma experiência rara. Em interacção com a simplicidade e o turbilhão, esta experiência dá-nos acesso a partes escondidas da nossa mente que contribuem para o equilíbrio, a cor e a forma como nos imaginamos a nós próprios. E tudo isto justifica e realça a nossa humanidade. É assim que Nate Wooley, autor dos textos presentes no livro Life is a simple Mess, procura exprimir o sentimento de total perplexidade e verdade que as obras de Travassos nos transmitem.
Página a página, a surpresa supera-se a si própria, a partir de um imaginário sem limites onde tudo e nada se conjugam em pensamentos que abrem o cérebro para realidades paralelas, numa perfeita comunhão entre design e física quântica.
Explorando a união ou a fricção entre elementos díspares e uma crueza ou crueldade que nos atravessa a todos em algum momento da vida, Travassos apresenta, em Life is a Simple Mess, uma selecção de obras gráficas - que reflectem o seu maior investimento de trabalho da última década, dedicado essencialmente à editora Clean Feed e Shhpuma e ao festival Rescaldo.
Do livro fazem também parte trabalhos para outras editoras como a americana Sunnyside ou a alemã Why Play Jazz, bem como algumas imagens inéditas criadas especialmente para o efeito.
O livro contém ainda um CD com 7 temas, 5 inéditos e 2 previamente editados, de onde fazem parte algumas das mais sólidas bandas de Travassos, tais como Pão, Big Bold Back Bone ou Pinkdraft entre outras relíquias.
Edição CHILI COM CARNE em colaboração com a SHHPUMA (rip). Encontra-se à venda na BdMania, Mundo Fantasma, Tigre de Papel, Utopia, Matéria Prima, Louie Louie, Linha de Sombra, Neat Records, La Bamba, You to You e 4/Quarti...
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Historial:
livro lançado no dia 4 de Agosto de 2017 no Jazz em Agosto na Fundação Calouste Gulbenkian após o concerto de Larry Ochs com The Fictive Five com os autores Travassos e Nate Wooley presentes
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Festa em Setembro no Damas para lançar a coisa sem a educação institucional do Jazz em Agosto, está prometida uma DJ Battle entre Marcos Farrajota (editor) e Travassos, aceitam-se apostas!!!
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Travassos é um artista multifacetado, que se exprime sobretudo a partir do design, da ilustração e da música. Colabora há mais de 10 anos com a editora Clean Feed / Trem Azul, sendo o seu principal designer, para além de ser o mentor e criador da editora Shhpuma e do Festival Rescaldo. Actualmente já soma cerca de 400 capas de discos de músicos como Evan Parker, Mats Gustafsson, Pharoah Sanders, Peter Brotzmann, Ken Vandermark, Craig Taborn, Steve Lehman, Fred Frith, Peter Evans, Louis Sclavis, Paal-Nilssen Love, Joe Mcphee, Rob Mazurek, Jamie Saft, Wadada Leo Smith ou Bernardo Sassetti, entre outros.Recebeu já vários prémios de onde se destacam: “Ciudades Futuras” BCD – Barcelona Centro de Diseño; "Bombay Sapphire" CPD – Centro Português de Design; “MAD” - Concurso Jovens Criadores ; Best cover artwork 2008, 2009, 2010 pelo All About Jazz New York ou “Notable album covers of 2015” por Dave Hall. Já viu os seus trabalhos expostos na Experimenta Design, Cankarjev dom Ljubljana, Faculdade de Arquitectura do Porto, Universidade de Aveiro ou no BCD - Barcelona Centro de Diseño.
Nate Wooley é um dos mais aclamados e requisitados trompetistas da actualidade. É um músico transversal que tanto se movimenta nos meandros do Jazz clássico ou contemporâneo, bem como nas franjas mais ousada da experimentação. Para além de músico, Wooley desenvolveu paralelamente um reconhecido percurso na escrita, entre ensaios, poesia minimal e outros textos. Nascido nos EUA, começou a tocar trompete profissionalmente com o seu pai, um saxofonista de orquestras, com 13 anos. O tempo passado em Oregon, a sua terra natal, instigou no músico uma estética musical que influenciou toda a música por si criada nos últimos 20 anos, sobretudo a sua abordagem ao trompete.
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FEEDBACK
The Clean Feed and Shhpuma labels continues to expand and evolve, allowing us to look beyond the music and deal with other the visual aspects provided inside this impressive 64 page book. Yes, there is a CD of music/sounds which is found inside this 64 page book of assorted drawings, collages and minimal texts by Nate Wooley. Sonic specialist Travassos appeared on a few recent CDs from Clean Feed stable: Pão and Big Bold Black Bone. The disc here features Travassos playing with both of these projects as well as other assorted musicians. Travassos plays tapes, amplified objects, analogue electronics and crackle box. (...) The often mesmerizing sound of Travassos’ electronics permeates this entire disc without him ever soloing but creating a variety of haunting scenes. The book also evokes similar mysterious images which work perfectly with the music on the disc. Another triumph for the fine folks at Shhpuma
A fascinating book of artwork from Clean Feed visual designer and electronic improviser Travassos, with perceptive text from Nate Wooley punctuating the imagery (...)
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quinta-feira, 10 de abril de 2025
Propaganda: 10 anos de comemoração e em língua portuguesa pela primeira vez! E na Vida Portuguesa
Propaganda
de
Joana Estrela
21º volume da Mercantologia, colecção dedicada à reedição de material perdido do mundo dos zines. Editado por Marcos Farrajota e publicado pela Associação Chili Com Carne no âmbito da comemoração da primeira edição desta obra, lançada originalmente pela Plana Press em 2014.
A edição teve uma reedição pela autora, ambas redigidas em inglês.
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O design do livro foi replicado da edição original desenhada por Luís Camanho e Ana Isabel Carvalho. Inclui um excerto traduzido do prefácio da primeira edição de Anna Shepperd e novo prefácio de Paulo (Livraria Aberta) - que reproduzimos aqui.
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Já está disponível na nossa loja em linha e na It's a Book, Kingpin, Linha de Sombra, Snob, Tigre de Papel, Tinta nos Nervos, Vida Portuguesa, ZDB (Lisboa), Velhotes (V.N. de Gaia), Cassandra, Livraria Aberta e Matéria Prima (Porto).
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Vamos vos apresentar à Família - na Vida Portuguesa
Família
de
.
9º volume da Colecção RUBI.
232p A5 2 cores + capas duplas 1 cor + sobrecapa 2 cores
+ oferta de zine Umas amigas limitado a 100 exemplares
Disponível na nossa loja em linha e nas lojas Kingpin Books, Linha de Sombra, Matéria Prima, Snob, Tigre de Papel, Tinta nos Nervos, Vida Portuguesa, ZDB (Lisboa), Cassandra, Mundo Fantasma, Socorro (Porto) e Velhotes (Vila Nova de Gaia). E TFM (Frankfurt).
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página de Umas Amigas |
Depois de uma vida nómada - com paragens em Lisboa, Porto, Maputo, Barcelona e Roterdão, Júlia Barata, arquiteta e artista gráfica, estacionou em Buenos Aires há 11 anos, depois de uma mudança agitada que ilustra no livro Gravidez (Tigre de Papel; 2017).
Família, que poderia ler-se como uma sequela de Gravidez, reflete sobre a construção e desconstrução de um núcleo familiar, entre registos de autobiografia e autoficção. Ainda assim, existe uma coerência narrativa nesta obra que descreve os ziguezagues emocionais de uma mulher num período de mudança, de uma mãe e esposa que precisa de fugir da família que formou.
A pujança artística de Barata está aqui a galope. Relata pequenos "slice-of-lifes" com ar fofinho num diário Moleskine, bem ao sabor de muita da produção contemporânea infantilizada que se vê por aí. No entanto, ao contrário do que se espera, esses momentos inócuos servem para serem trucidados por uma angustiante representação de uma depressão.
Nada é simples por aqui. O tom minimalista dos desenhos é realmente uma interpretação sem filtros, sem moral e sem pedagogia. Se uma família é vista em geral como um espaço uniforme, nesta Família luta-se para que a liberdade individual seja tão respeitada como o compromisso institucional. Será (ainda) possível?
Historial
Lançamento no 21/12/2024 na Tinta nos Nervos com presença da artista e uma exposição de originais - patente até 18 de Janeiro 2025.

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Entrevistar no jornal O Despertar
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quarta-feira, 9 de abril de 2025
Maldito Aquele Lugar na Vida Portuguesa
M.A.L.
de
é o 20º volume da Mercantologia, colecção dedicada à reedição de material perdido no mundo dos fanzines.
M.A.L. é uma série de banda desenhada que foi desenvolvida durante o Verão de 2019 através de um exercício criativo de produção diário e respectiva publicação em lightninrods.tumblr.com. Entre 2019 e 2021 foram impressos três números da série em formato fanzine. Encontra-se aqui uma selecção das melhores bandas desenhadas da série.
Foram impressos 500 exemplares, 80p 16,5x23cm p/b, capa dura em geltex
já está disponível na nossa loja em linha e na Almedina, BdMania, Cult, Kingpin, Linha de Sombra, Matéria Prima, Snob, Socorro, STET, Tigre de Papel, Tinta nos Nervos, Velhotes, Vida Portuguesa, Mundo Fantasma e ZDB. Brevemente na Eventual (Espanha).
Rodolfo Mariano é um dos artistas mais produtivos na actual BD portuguesa - quem desconfiar que pegue na máquina do tempo e vá visitar a suas exposições retrospectivas no Festival de Beja em 2022 ou a Horror Vacui - gastará menos gasosa espácio-temporal porque foi só em Fevereiro de 2024, ufa! Uma afirmação destas pode dizer nada ou tanto como o Maior Colecionador de Guitarras da Tâsmânia, claro, mas será cego quem não tem acompanhado o seu trabalho e reparado nos saltos qualitativos cada vez que aparece uma nova produção sua. E mais! Eis um autor que tem mil mundos lá dentro dele para nos contar "coisas". É raro ver um só indivíduo que desenha de puta madre e ainda tem "cenas" para dizer! Ainda por cima diz tanto numa única página!! Acreditem, amiguinhos da Chili, cada página de Maldito Aquele Lugar é um Haiku perfeito. Ou uma bomba de ansiedade. Ou um gatilho para um Fantasia. Ou um Sonho capturado de outro ser noutra dimensão. Ou...
Para apaixonados da Krazy Kat, do Heavy Metal, da Interzona, dos Fofinhos da Mariana Pita, da vida pós-boémia e do Capeta. Nada dura para sempre.
Sinopse:
Há um lugar no Necroverso onde o Tempo parece não avançar nem recuar. Entre a ascensão e a queda do Sarcoliberalismo Galáctico, a vida vivida aos soluços em retrospectiva parecia não ter sido assim tão má. Não fora essa mesma vida tão desesperantemente longa e desencantada pelos efeitos soporíferos de um feitiço despótico ritualizado em segredo pelos Necroeconomantes da Maldade Eterna ao longo de incontáveis eras. M.A.L. ou Maldito Aquele Lugar situa-se nas entrelinhas das histórias aos quadradinhos passadas na Terra Intermédia, território diegético entre os paraversos Cemitéria e Vomitória.
Rodolfo Mariano (1981; Coimbra) artista visual independente, músico de rua improvisador de paisagens montanhosas subaquáticas, contador de histórias estranhas em quadradinhos, criador editor de livros efémeros e entusiasta de pequenas movidas paralelas esquisitas. Autor de Bottoms Up, participante assíduo na revista Pentângulo e do jornal Carne para Canhão, professor ocasional na escola Ar.Co. e colaborador regular das antologias da Chili Com Carne. Vive e trabalha entre Lisboa e Coimbra ao leme do barco fantasma perpetuamente encalhado em terra de ninguém, o atelier ABRACADABRA.
Livros disponíveis:
Bottoms Up (Chili Com Carne; 2020) - vendedor do concurso "Toma lá 500 paus e faz uma BD" 2020
(antologias:)
Conger Conger Comix (co-editado com Agenda Yuzin; 2022)
Massa Crítica (2024)
Pentângulo #2, 3, 4, 5 (co-editadas com escola Ar.Co.; 2018-2025)
HISTORIAL
Lançado oficialmente dia 22 de Fevereiro no Vortex, Lisboa com conversa com o autor e DJing com Eyes of Madness e Katyusha
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FEEDBACK
o M.A.L. é como se, de repente, o Elden Ring fosse adaptado para uma espécie de sitcom existencialista em banda desenhada.
F.C. por email
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Punk Days
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terça-feira, 8 de abril de 2025
SEXOPATIA na Vida Portuguesa
Feedback:
(...) um retrato carnavalesco de uma certa sociedade política portuguesa. Sexopatia, não deixando de poder providenciar umas achegas à cultura local, todavia atinge um contorno mais alargado, quem sabe próximo do universal. Num momento em que, positivamente, se fala de forma mais franca, aberta e democrática de saúde mental, de expressões da sexualidade, de identidade, de liberdade no amor, de debatermos formas saudáveis de repensar as relações entre as pessoas, inclusive sexuais, mas igualmente sob a esteira de novas justiças e reequilíbrios sociais e políticos em relação às mesmas realidades, não convém deitar fora o bebé com a água do banho. A pulsão sexual é, ainda, selvagem, animal, conspurcada, absurda, porca, estúpida, má, egoísta, bruta, franca, e, por isso, um dos grandes bastiões da verdadeira e ulterior liberdade humana.
(...) Nota final: estando o livro dedicado à minha pessoa, temo que haja uma interpretação genérica e abusiva de que haverá algo na minha experiência ou personalidade que tenha levado o autor a fazer essa associação. Cliente assíduo da leitura dos anúncios? Frequentador de sexualidades mais à mão? Consumidor contumaz de objectos destas fronteiras? Da fama não me livrando, defendo-me tão-somente dizendo que os livros supostamente carregam a verdade, mesmo que sob mantos diáfanos da fantasia.
(...) os traços pontilhados que compõem estas imagens mostram brinquedos sexuais, objectos corrompidos na sua função, corpos alterados, mas o que revelam é uma tremenda e generalizada apatia emocional
Sara Figueiredo Costa in Expresso
(... ) desenhos brilhantes na sua inventidade crítica (...)
JL
I enjoyed reading Contos de campo and Sexopatia (...) they are beautiful!
Harukichi (via email)
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segunda-feira, 7 de abril de 2025
Hoje não (2ª edição) com nova capa!! na Vida Portuguesa
Há em Hoje não um rigor gráfico virtuosamente obsessivo e um uso exaustivo das palavras, que me captura dentro de páginas-labirinto. Como se a autora me obrigasse a permanecer neste espaço claustrofóbico tanto tempo quanto aquele que investiu para desenhar aquela página. Mas a fluidez e originalidade das suas soluções narrativas deixam-me desarmado, vulnerável ao correr do tempo, cúmplice dos seus dias. Percorro as páginas como num jogo de xadrez, tentando antecipar jogadas e surpreendendo-me com os desenlaces. Xeque-mate.
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Ana Margarida Matos (1999) cresceu no Montijo mas entretanto como não gosta muito de touradas fugiu para Almada. Estudou Design Gráfico na Escola Artística António Arroio e licenciou-se em Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa.
Em 2019 lançou o seu primeiro zine Passe Social através do selo editorial Erva Daninha e participou na antologia Querosene publicada pela Chili Com Carne bem como em várias antologias internacionais, a saber: Kus! (Letónia), Stripburger (Eslovénia) e Soñario (Espanha).
No ano de 2021 ganhou o concurso Toma Lá 500 Paus e Faz Uma BD promovido pela Chili Com Carne com o projeto Hoje Não que entretanto teve direito a uma versão norte-americana, pela Fieldmouse Press, e uma segunda edição portuguesa.
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Com um novo confinamento a chegar, este livro é um registo diário entre 16 de Janeiro e 26 de Junho de 2021, com a premissa da autora não voltar a perder a noção do tempo, documentando tudo e qualquer coisa que aconteça no dia e resumindo o mais importante em apenas cinco linhas.
Cada página corresponde a um dia onde se capturam os limites da identidade pessoal num momento tão atípico na história da nossa existência, através das rotinas diárias, das crises existenciais e do que se vê na sociedade.
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disponível na nossa loja em linha e também na BdMania, Kingpin, Linha de Sombra, Snob, Tigre de Papel, Livraria das Insurgentes, Socorro, STET, Tinta nos Nervos, Velhotes e Vida Portuguesa. E na Libraria Paz (Galiza), Eventual (Valência) e TFM (Frankfurt).
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Historial:
obra vencedora do concurso interno Toma lá 500 paus e faz uma BD! 2020 ... a única exposição relevante na BD Amadora 2021 ... entrevista na TSF ... lançamento oficial no dia 27 de Novembro 2020 na Tinta nos Nervos com participação do psicólogo Vasco Oliveira ... apresentação no Museu Bordalo Pinheiro, 12 Dezembro, 15h, com Marcos Farrajota ... entrevista no Todas as palavras ... edição norte-americana pela Fieldmouse Press em 2023 ... segunda edição com nova capa em 2024 ...
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Labels: 500 paus, ana margarida matos, Colecção CCC, joana pires, marcos farrajota
domingo, 6 de abril de 2025
AI AI hentAI - na Meia Volta de Úrano , Cacilhas
A Chili Com Carne, com a 5me Couche e a Echochamber, têm o prazer de anunciar a publicação da primeira Banda Desenhada sintética escrita e desenhada por uma Inteligência Artificial, sob a batuta de Ilan Manouach.
Este artista grego tem impressionado o mundo com CoCo (Conceptual Comics), pornografia para intelectuais, BD para invisuais e até ao The Guardian caiu-lhe o queixo com a edição do livro com a maior lombada de sempre. Agora é a vez de pôr a Inteligência Artificial a trabalhar em modo de Hentai num ensaio-espiral de deixar Foucault agitado na tumba.
Fastwalkers é uma meditação não-linear sobre "deep learning" e que celebra a poesia inesperada da computação e que explora novas possibilidades de leitura.
Obra nascida das experiências continuadas de Manouach sobre a abundância informática e as economias afectivas da BD, este selvagem e alucinogénico livro mostra textos e imagens totalmente produzidos por aprendizagem automática.
Desde os inícios do século XIX, que a indústria da BD expandiu-se de forma simbiótica com o desenvolvimento da impressão, distribuição e tecnologias de comunicação. Sendo um médium altamente digitalizado, com comunidades activas em linha, a BD presta-se a processos de programação que definem a própria aprendizagem automática. Nos dias de hoje, estes processos sintéticos estão a modificar a forma como produzimos, consumimos, arquivamos e percebemos todos os media, incluindo a BD.
Co-criado com a última IA (GAN, GPT-3) e desenvolvido com uma equipa de engenheiros informáticos e designers interdisciplinares, Fastwalkers é uma amalgama de diferentes comunidades de bases de dados, algoritmos de busca de marcas registradas, regimes de indexação, "beta testing" e modelos generativos. As ferramentas foram treinadas sob milhões de unidades de informação e corpos de texto para criar este livro. O resultado é uma paisagem semântica de camadas de ambiente cujas harmonias e dissonâncias revelam a mudança da natureza agregada do conhecimento na era do semiocapitalismo e ilumina as qualidades computacionais inerentes da BD para jogar com o espaço cognitivo do leitor.
Obra redigida em inglês, lançada no Festival de Angoulême 2023 com 150 exemplares disponíveis em Portugal, desde Outubro 2022, estão na nossa loja em linha e na Tinta nos Nervos, Tigre de Papel, Kingpin, Snob, ZDB, Utopia, Linha de Sombra, loja da Fundação Oriente, Alquimia, Meia Volta de Úrano e Matéria Prima.
estes "bots" humanos falam do livro aqui:
(...) livro difícil de atravessar, marcado pelo estilo das hentai japonesas (...) mas sobretudo pela dificuldade de acompanhar uma linha narrativa por entre as reflexões sobre processos de aprendizagem computacionais geradas, precisamente, por um computador
Sara Figueiredo Costa in Expresso
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Artigo "Para quê contratar artistas de banda desenhada se a banda desenhada se pode desenhar a si mesma?" de Ilan Manouach, traduzido por Pedro Moura e publicado no blogue Bandas Desenhadas
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Artigo de Manouach no The Comics Journal
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