Instruction Manual for Lonely Mountains
Silent Army; 2016
Nicola Gunn (a) e MP Fikaris (d)
O pessoal da Austrália é bem maluco e encontrei-me ontem em Lisboa com um casal que fez este livro de BD - e claro que eles conhecem o Sam Wallman, a organização de apoio a refugiados e o Simon Hanselmann, o microcosmos da BD australiana deve ser ainda menor que a portuguesa onde todos fingem-se não conhecer...
Trata-se de uma adaptação para BD de uma peça de teatro que ronda uma reunião de grupo de Protesto Contra a Extinção da Raça Humana. Os "bedófilos" passam a vida a comparar a BD ao Cinema (de merda) e é engraçado que se esqueçam sempre do dos refinados diálogos do Teatro. O que quer dizer que quem lê BD vai mais ao Cinema do que ao Teatro? Sem comentários...
As quatro personagens que são realmente "montanhas solitárias" (e egoístas) demonstram a sua incapacidade de se conciliarem e de se focarem no assunto a que foram chamadas, provam que a Humanidade merece ser extinta. Obrigado aos "aussies" por nos relembrarem isso... Graficamente o desenho é muito simples e abonecado, sendo que há uns estranho apontamentos gráficos que aparecem sem aviso ao longo da narrativa. Pontuam algum sentimento das personagens que não pode aparecer escrito? Curioso...
PS - A imagem deste "post" é uma página do interior do livro, ao que parece este título ainda não foi lançado oficialmente e daí não ter encontrado imagem da capa...
PPS - Entretanto é de referir, que Fikaris é um verdadeiro instigador da cena australiana e edita uma revista, Dailies, cheias de participações daquele continente e vizinhos como a Nova Zelândia, Timor (Alfe Tutuala) ou Indonésia (Oik Wasfuk e Fitri DK).
Impressa a cores em papel jornal, uma das características que a tornam coerente é o facto de quase todas as BDs elegerem temas sociais e pessoais como conteúdo. Não quer dizer que não haja também algum experimentalismo "artsy" ou o humor "b-a-bá". Hanselmann aparece aqui e é um tampão vivo entre as duas possibilidades. Mais claro ainda nas intenções é o jornal Bread & Roses que assume o papel panfletário ao tornar as suas páginas todas em potenciais cartazes que apelam à União e contra a Corrupção. Curiosamente encontra-se lá o nosso Camarada Musturi!
Nicola Gunn (a) e MP Fikaris (d)
O pessoal da Austrália é bem maluco e encontrei-me ontem em Lisboa com um casal que fez este livro de BD - e claro que eles conhecem o Sam Wallman, a organização de apoio a refugiados e o Simon Hanselmann, o microcosmos da BD australiana deve ser ainda menor que a portuguesa onde todos fingem-se não conhecer...
Trata-se de uma adaptação para BD de uma peça de teatro que ronda uma reunião de grupo de Protesto Contra a Extinção da Raça Humana. Os "bedófilos" passam a vida a comparar a BD ao Cinema (de merda) e é engraçado que se esqueçam sempre do dos refinados diálogos do Teatro. O que quer dizer que quem lê BD vai mais ao Cinema do que ao Teatro? Sem comentários...
As quatro personagens que são realmente "montanhas solitárias" (e egoístas) demonstram a sua incapacidade de se conciliarem e de se focarem no assunto a que foram chamadas, provam que a Humanidade merece ser extinta. Obrigado aos "aussies" por nos relembrarem isso... Graficamente o desenho é muito simples e abonecado, sendo que há uns estranho apontamentos gráficos que aparecem sem aviso ao longo da narrativa. Pontuam algum sentimento das personagens que não pode aparecer escrito? Curioso...
PS - A imagem deste "post" é uma página do interior do livro, ao que parece este título ainda não foi lançado oficialmente e daí não ter encontrado imagem da capa...
PPS - Entretanto é de referir, que Fikaris é um verdadeiro instigador da cena australiana e edita uma revista, Dailies, cheias de participações daquele continente e vizinhos como a Nova Zelândia, Timor (Alfe Tutuala) ou Indonésia (Oik Wasfuk e Fitri DK).
Impressa a cores em papel jornal, uma das características que a tornam coerente é o facto de quase todas as BDs elegerem temas sociais e pessoais como conteúdo. Não quer dizer que não haja também algum experimentalismo "artsy" ou o humor "b-a-bá". Hanselmann aparece aqui e é um tampão vivo entre as duas possibilidades. Mais claro ainda nas intenções é o jornal Bread & Roses que assume o papel panfletário ao tornar as suas páginas todas em potenciais cartazes que apelam à União e contra a Corrupção. Curiosamente encontra-se lá o nosso Camarada Musturi!
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