sábado, 5 de março de 2016

Os chavalos também se abatem!


A fornada ficou completa afinal já tinha o disco-finalmente-decente do Presidente Drógado mas faltava as duas restantes Burning Sessions (AI + Burning Desire Studio; 2015) de A-nimal e de Focolitus. Deixaram-me confusos estes dois discos, no primeiro caso esperava não gostar, no segundo o contrário e deu-se um grande vice-versa, ena!

O "Prog-punk" de A-nimal na verdade chama-se Post-Rock, um género na essência muito chato pelas suas flutuações e planícies, que raramente convencem e que só mostra como os caucasianos andam muito aborrecidos deste a entrada do Novo Milénio. Como tal querem mostrar virtuosismo musical porque nada têm para dizer. A-nimal bateu-me mais do que estava à espera, talvez por ser uma sessão ao vivo com um som mais sujo e orgânico do que em estúdio (os discos deles que estão no bandcamp não me convencem) e ao que parece a banda nesta gravação está em espírito de improvisação. Não me pareceu como as outras merdas que andam por aí da modinha. Não agridem os ouvidos, o que até agradeço embora comece a achar que os punks estão a ficar velhos...


Um concerto de "Focos" é mais estar lá e não para se ouvir em casa tal é a podridão condensada desta malta cuja a melhor definição seria "NoMeansNo a Recibos Verdes" ou "System Of A Down dos precários". O José Smith Vargas lá canta, berra e recita qual trovador da revolução falhada mas nunca se percebe nada, o que é chato porque o gajo recita poesia de alto calibre - letras com muita categoria, diga-se! Lembra o Rudolfo ao vivo, ambos "Mike Patton sem orçamento" sem se aguentarem à bomboca. Isto é "Punk-Prog" de peru a ser depenado...

PS - O título deste "post" é gamado à Rosa Baptista que gamou ao romance de Horace McCoy. Ladrão que rouba ladrão...

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