quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Franky (et Nicole) 3

v/a
Les Requins Marteaux; Verão 2015

Os "tubarões martelo" serão a faceta mais javardoca dos movimentos de edição independente dos anos 90 que apareceram no mercado franco-belga da BD. Longe da seriedade e do confronto da L'Association ou das "Belas-Artes" da Fréon, traçaram um caminho pela comicidade em que o Pop era o fascínio e sem pudor de fazer "xixi e cócó" - onde poderiam estar os "quatro chavalos do aPOPcalipse", diga-se de passagem!
É um brutal calhamaço este Franky, título dedicado a uma personagem inventada tipo xunga dos anos 80 e editor de revistas foleiras como esta antologia tenta "imitar" ou melhor que serve de veículo para lhe dar vida. No entanto o que o "Franky" publica é meta-xungaria e não mera porcaria porque, por exemplo, Marko Turunen, Xavier Bouyssou ou Morgan Navarro pervertem imagens da Pop para colocar outros sentimentos mais intimistas. Ou Olivier Texier explora a Pop para dar revirar os papeis machistas dos Mad Max para um "Gay Chic" - é quase uma resposta a Benjamin Marra se não fosse talvez o contrário porque Texier vem dos tempos da L'Horreur est Humaine. Já Johnny Ryan (com direito a uma entrevista merdosa) é assumido pela sua divertida escatologia sobre-humana mas de tão excessivo torna-se tão intocável que a "xunga escorre-lhe por ali abaixo sem se sujar... E pelo meio há muitas mais páginas (são muitas!) e autores para descobrir provando que os "tubarões" sabem oferecer "Fun Fun Fun" neste Novo Milénio que nada tem de divertido!


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