Pior que as drogas duras é o Santana Lopes
Fortopìa : Storie D'amore e d'autogestione
v/a
Forte Pressa; 2016
Há 30 anos que existe o Forte Prenestino CSOA em Roma. Desde 1 de Maio de 1986 que este forte militar do século XIX, situado nos subúrbios de Roma, foi "okupado" e transformado num centro cultural único na Europa. Não é brincadeira, merecia comemoração à séria e foi o que fizeram, montaram um livrão com centenas de testemunhos de pessoas que viveram e fizeram lá coisas - como o famoso Festival Crack.
Redigido em italiano e com 440 páginas merece uma leitura atenta para perceber como foi possível sobreviver estas três décadas. Ao contrário de Portugal cujas últimas casas "okupadas" foram destruídas maioritariamente por governos autárquicos PSD - Casa da Praça de Espanha / Santana Lopes (já para não falar dos Artistas Unidos no Bairro Alto...), Es.Col.A / Rui "fdp" Rio e a S.P.C.C. / António Costa (com Sócrates também com culpa indirecta). Falo daquelas que tinham um programa sério, não das "okupas" para simples habitação (o que não é nada uma situação desprezível!) em que infelizmente transformavam-se rapidamente em antros de drogaria pesada - inevitável, afinal os poucos punks portugueses que existiam com ganas para acções deste tipo eram poucos e os seus aliados mais próximos, os punks de rua, estavam ser dizimados pela heroína nos anos 90.
"Okupa e resiste" é a máxima de quem pega num prédio abandonado, o Forte Prenestino é uma resistência ao Capitalismo selvagem. Por lá já passaram milhares de gerações de pessoas, ora para procurar um abrigo, para tocar ou fazer algo que não seja exploratório, racista e sexista. Se a Utopia foi originalmente descrita como uma ilha, em 2016 ela poderia ser pensada como um Forte. Bravissimo, amichi!
v/a
Forte Pressa; 2016
Há 30 anos que existe o Forte Prenestino CSOA em Roma. Desde 1 de Maio de 1986 que este forte militar do século XIX, situado nos subúrbios de Roma, foi "okupado" e transformado num centro cultural único na Europa. Não é brincadeira, merecia comemoração à séria e foi o que fizeram, montaram um livrão com centenas de testemunhos de pessoas que viveram e fizeram lá coisas - como o famoso Festival Crack.
Redigido em italiano e com 440 páginas merece uma leitura atenta para perceber como foi possível sobreviver estas três décadas. Ao contrário de Portugal cujas últimas casas "okupadas" foram destruídas maioritariamente por governos autárquicos PSD - Casa da Praça de Espanha / Santana Lopes (já para não falar dos Artistas Unidos no Bairro Alto...), Es.Col.A / Rui "fdp" Rio e a S.P.C.C. / António Costa (com Sócrates também com culpa indirecta). Falo daquelas que tinham um programa sério, não das "okupas" para simples habitação (o que não é nada uma situação desprezível!) em que infelizmente transformavam-se rapidamente em antros de drogaria pesada - inevitável, afinal os poucos punks portugueses que existiam com ganas para acções deste tipo eram poucos e os seus aliados mais próximos, os punks de rua, estavam ser dizimados pela heroína nos anos 90.
"Okupa e resiste" é a máxima de quem pega num prédio abandonado, o Forte Prenestino é uma resistência ao Capitalismo selvagem. Por lá já passaram milhares de gerações de pessoas, ora para procurar um abrigo, para tocar ou fazer algo que não seja exploratório, racista e sexista. Se a Utopia foi originalmente descrita como uma ilha, em 2016 ela poderia ser pensada como um Forte. Bravissimo, amichi!
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