domingo, 3 de setembro de 2017

You'll never grow-up...


Não sei como se passa de uma banda de treta para uma das melhores deste país mas é isto o que aconteceu com os 10 000 Russos. Eis o segundo disco - Distress Distress (Fuzz Club; 2017) - em formação psy-kraut-post-rock-power-trio e nada esmoreceu, nada deteriorou, nada se perdeu. O disco é sólido como um tanque Kliment Voroshilov, sabiamente cabrão como o Putin, implacável como o Estaline e alucinado como o Rasputin. Máquina de drone orgânico que gera música perfeita para conduzir de carro com um gole de whisky a aquecer o estômago, ah, o mundo é uma merda mas de carro a bombar este disco, tudo parece calmo e estar bem... bem sabemos que não é bem assim, nada está porreiro na vida mas dentro do conforto da viatura num final da tarde em rota contrária dos merdinhas suburbanitas se nenhum gajo for a 50 km à nossa frente e nenhum sinal vermelho aparecer, até um gajo se esquece da cor do cócó do bébé, da desilusão que foi a queca com a amante secreta, que o "boss" anda a micar que te estás a cagar prós objectivos da semana, que A Guerra dos Tronos já não vale nada, etc... F*da-se, que álbum!

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