Alguns já poderão ter a oportunidade de concordar - ou discordar - porque o livro já circula pela
nossa loja em linha e também nas livrarias Cult, FNAC, Kingpin Books,
Letra Livre, Linha de Sombra, Matéria Prima, Snob,
Socorro,
STET, Tigre de Papel, Tinta nos Nervos,
Velhotes e ZDB. Em breve na
Mundo Fantasma.
Sexopatia
de
Marcos Trindade
88p 16,5x12,5cm a cores, capa dura a cores, 12 eur.
O sexo como conforto e derradeiro escape social é um tema que
já apareceu na obra deste artista gráfico mas pela primeira vez dedica-se exclusivamente ao tema neste livro de três andamentos.
O primeiro é a materialização - qual impressora 3D - de anúncios de propostas sexuais no "Correio da Manha", que são expostos com ilustrações surrealistas e um humor cáustico. Segue-se um "Bazar" de objectos sexuais a lembrar as maravilhosas invenções inúteis japonesas chindogu para acabar num catálogo anatómico em que só resta a insatisfação.
Afinal de contas, o cliente NUNCA está feliz por mais "Sextas-Feiras Negras" que existam no mundo...
Marcos Trindade nasceu em Coimbra em 1966. Mudou-se para Lisboa
nos anos 80, integrando movimentos artísticos nascidos da movida
lisboeta. desenvolve a sua actividade na área da BD e
da ilustração. Avesso a compromissos institucionais, trabalha como
autor independente, tendo publicado na nossa editora irmã-defunta MMMNNNRRRG (2000-20), o livro Os Acrobatas (2015).
Feedback:
(...) um retrato carnavalesco de uma certa sociedade política portuguesa. Sexopatia, não deixando de poder providenciar umas achegas à cultura local, todavia atinge um contorno mais alargado, quem sabe próximo do universal. Num momento em que, positivamente, se fala de forma mais franca, aberta e democrática de saúde mental, de expressões da sexualidade, de identidade, de liberdade no amor, de debatermos formas saudáveis de repensar as relações entre as pessoas, inclusive sexuais, mas igualmente sob a esteira de novas justiças e reequilíbrios sociais e políticos em relação às mesmas realidades, não convém deitar fora o bebé com a água do banho. A pulsão sexual é, ainda, selvagem, animal, conspurcada, absurda, porca, estúpida, má, egoísta, bruta, franca, e, por isso, um dos grandes bastiões da verdadeira e ulterior liberdade humana.
(...) Nota final: estando o livro dedicado à minha pessoa, temo que haja uma interpretação genérica e abusiva de que haverá algo na minha experiência ou personalidade que tenha levado o autor a fazer essa associação. Cliente assíduo da leitura dos anúncios? Frequentador de sexualidades mais à mão? Consumidor contumaz de objectos destas fronteiras? Da fama não me livrando, defendo-me tão-somente dizendo que os livros supostamente carregam a verdade, mesmo que sob mantos diáfanos da fantasia.
Pedro Moura in Ler BD
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