O Hábito Faz O Monstro de
Lucas Almeida é o quinto volume da
Mercantologia, colecção dedicada à recuperação de material perdido no mundo dos fanzines, editada pela
Associação Chili Com Carne num total de 500 exemplares, cada um com 104 páginas 16,5x23cm a p/b, capa a cores, e o seguinte ISBN: 978-989-8363-15-2.
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Este volume reedita uma selecção de BDs publicadas entre 2002 e 2009, nos números 2, 5, 7, 11 e 13 do zine
O Hábito Faz O Monstro, e algumas BDs inéditas produzidas entre 2009 e 2012.
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Edição com o apoio da
Câmara Municipal de Cascais e o
IPDJ
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Pode ser ainda adquirido na
Matéria Prima,
Mundo Fantasma,
Neurotitan,
Fábrica Features, FNAC e na
loja do artista.
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Historial : Esteve presente na Feira Laica mas foi oficialmente lançado no
dia 2 de Fevereiro 2013 na SMUP (Parede) com
sofá-skates e tudo mais!!! ...
Feedback : sobre
O Hábito Faz o Monstro #7,
Pedro Moura no blogue
Ler BD escreveu:
(...) a atenção ao seu trabalho [Lucas Almeida]
desdobra-se para além das arenas habituais, quer por ter ganho há pouco tempo o prémio dos Jovens Criadores na área de bd/ilustração, e por surgir como uma das "promessas para 2007" num artigo da revista do Expresso
. (...) o conteúdo mostra-se bem mais variado mas sob o mesmo signo de liberdade dos melhores zines. O número 7 é o que apresenta, até agora, aquela que me parece a maior e mais sustentada história da personagem-avatar do autor, o "Jovem". Como se lerá na nota final, nasce o texto, um tecido de várias considerações sobre o amor, de um trabalho escolar do autor. A sua aplicação às aventuras desta personagem torna essas mesmas considerações ora em verborreia a ridicularizar ora numa lição sustentada por quem a apresenta (o demónio) ora numa lição negada pelo Jovem confuso... Nesse aspecto, recorda aquelas enormes notas criadas por Chester Brown em I Never Liked You
, por exemplo. Mas a mistura de níveis e de tons, entre a profunda reflexão verbal sobre um complicado (se não o mais complicado) sentimento humano e a paródia das acções. ... E agora com o livro
Pedro Moura volta à carga: (...)
Desenhos urgentes e cheios, sequências de narrativização mínima, situações curtas que poderiam ser chamadas de “poemas”, haustos mais longos e que bebem de várias fontes, algumas mitológicas, este volume junta todos os pontos fortes do autor, desde aquilo a que chamáramos “bizarrias” numa ocasião anterior até a um modo muito próprio de tecer histórias, que a um só tempo parece pautar-se por instrumentos clássicos e normalizados, mas ao mesmo tempo não deixa de fazer transparecer as formas possíveis de fuga a esses mesmos modelos. É difícil não querer cair na tentação de uma leitura psicologizante em relação às história do “Jovem”, mas como se optasse por alegorias simbólicas, abdicando de qualquer ancoramento com a realidade quotidiana. A saga desta personagem, em todo o caso, é curiosa a vários níveis, pois se a leitura de cada episódio surgiria de uma forma quase autónoma, e pautada, em cada fanzine surgido, a sua leitura corrida e de uma assentada provoca uma certa estranheza. É que cada episódio parece manter a sua autonomia, em termos de humor, ritmo, estilo gráfico mesmo, mas ainda assim a sua coordenação acaba por fazer sentido, como se de facto o Jovem, como uma espécie de Dante suburbano pós-moderno, atravessasse vários círculos de referências de um Inferno muito pessoal, um Inferno muito lá de casa. São trabalhos viscerais, seguramente catárticos, que encerram uma das razões pelas quais os fanzines são uma plataforma de auto-exploração.
E depois há esta que é hilariante:
Quando estive no AmadoraBD do passado ano, passei no stand da Chili com Carne para comprar um livro que tinha há muito na mira. Qual não foi a minha surpresa quando o barbudo rapaz da banca (que acredito ser o MMMNNNRRRGGG, mente brilhante desta editora) insiste em oferecer-me este volume! (...) pude aproveitar esta experiência hilariante e perfeitamente insana, uma exploração do significado do amor e dos monstros do amor sob uma perspectiva bem-humorada e muito jovem.
Este livro é uma colectânea de trabalhos editados em zines ao longo de 10 anos. Nota-se uma evolução estilística em alguns elementos, o que torna a experiência muito satisfatória, mas o que mais me agradou foi mesmo o sentido de humor ácido e absurdo que povoa estas páginas de traços a preto-e-branco, qual esferográfica sobre guardanapo. (...) Obrigada, MNRG (resumindo um pouco o nome), foi um gesto mesmo muito e super e mesmo simpático! =D - in
Não me apetece estudar
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