manual prático de uso da CCC (3/6) : os famosos 50% que agora são 30%...
desenho de João Fazenda para a CriCaClássica |
Esperemos continuar assim por muito tempo, e cremos que a razão por terem dito deve-se ao facto que oferecíamos até 2016, 50% de desconto aos nossos associados sobre o nosso catálogo. Era um acto generoso muito simples na realidade, preferíamos "oferecer" metade do dinheiro da venda do livro a um leitor-associado do que a um distribuidor!
Nem sempre foi assim, o trabalho da Witloof, uma editora que distribuiu os nossos livros entre 2000 e 2004, foi exemplar. Só que tal como muitas editoras e distribuidoras nos últimos anos, a Witloof fechou as portas e entre 2004 e 2014 não conseguimos nenhuma distribuidora que fosse fiável (é conhecido por elas não pagarem a editores pequenos) ou que não aceitassem os nossos livros porque a BD é um "bicho-papão" no mercado livreiro - e a "BD de autor" ainda é vista de forma ainda mais marginal! Em 2010 tivemos uma péssima experiência com a Great Point / Papiro / Buk, uma empresa de "vanity press", ou seja, uma editora que só publica autores se estes lhes pagarem os custos da produção do seu próprio livro! Claro que não queríamos que eles que nos editassem - isso nós sabemos fazer bem! - mas usar os seus serviços de distribuição. Resultado: tivemos de os processar para pagarem logo a primeira factura emitida. Foi um processo humilhante que se prolongou até 2012.
Neste panorama deprimente achámos que mais valia que fossem os associados a "distribuírem" as nossas edições. Se os associados podem comprar os nossos livros a preços baratos, o resultado seria que teríamos os associados a comprar mais livros do que o seu normal consumo individual e isso compensaria não ter uma distribuidora comercial criando um circuito autónomo. Simples! Claro que sabemos que a vida anda complicada, e não queremos doutrinar ninguém, mas o que na realidade que pedimos dos sócios é que comprem livros à CCC, MUITOS livros! Ehm... muitos exemplares do mesmo título! Dentro das vossas possibilidades, claro!
Sabemos que os nossos livros têm qualidade para serem oferecidos a amig@s normais, namorad@s anormais, a elementos da família disfuncional e outros animais racionais. A ideia é que adquiram livros nossos em deterioramento a compras às grandes editoras que foderam (não há outro termo, desculpem) o mercado livreiro. Alimentar o sistema de edição actual pensando que estão a fazer algo de positivo pela cultura ou pelos autores é uma ilusão! O livro é o objecto mais importante criado pelo Homem e está a ser o mais mal-tratado. Se acham isto exagerado, e porque não queremos que pensem que somos solipsistas a impingir-vos algo, consultem O Negócio dos Livros : como os grandes grupos económicos decidem o que lemos, de André Schiffrin editado pela Letra Livre. E depois falamos, e desta vez sem palavrões...
Entretanto, desde 2014 que temos uma distribuidora oficial e significou uma mudança no nosso modelo económico sendo que os famosos 50% de desconto não poderia continuar. Desde dia 4 de Fevereiro de 2017 que tivemos de baixar o desconto para 30% para que possamos sobreviver. Mesmo assim o desconto continua ser excelente e não parece que o primeiro parágrafo deixe de ser verdade...
Neste panorama deprimente achámos que mais valia que fossem os associados a "distribuírem" as nossas edições. Se os associados podem comprar os nossos livros a preços baratos, o resultado seria que teríamos os associados a comprar mais livros do que o seu normal consumo individual e isso compensaria não ter uma distribuidora comercial criando um circuito autónomo. Simples! Claro que sabemos que a vida anda complicada, e não queremos doutrinar ninguém, mas o que na realidade que pedimos dos sócios é que comprem livros à CCC, MUITOS livros! Ehm... muitos exemplares do mesmo título! Dentro das vossas possibilidades, claro!
Sabemos que os nossos livros têm qualidade para serem oferecidos a amig@s normais, namorad@s anormais, a elementos da família disfuncional e outros animais racionais. A ideia é que adquiram livros nossos em deterioramento a compras às grandes editoras que foderam (não há outro termo, desculpem) o mercado livreiro. Alimentar o sistema de edição actual pensando que estão a fazer algo de positivo pela cultura ou pelos autores é uma ilusão! O livro é o objecto mais importante criado pelo Homem e está a ser o mais mal-tratado. Se acham isto exagerado, e porque não queremos que pensem que somos solipsistas a impingir-vos algo, consultem O Negócio dos Livros : como os grandes grupos económicos decidem o que lemos, de André Schiffrin editado pela Letra Livre. E depois falamos, e desta vez sem palavrões...
Entretanto, desde 2014 que temos uma distribuidora oficial e significou uma mudança no nosso modelo económico sendo que os famosos 50% de desconto não poderia continuar. Desde dia 4 de Fevereiro de 2017 que tivemos de baixar o desconto para 30% para que possamos sobreviver. Mesmo assim o desconto continua ser excelente e não parece que o primeiro parágrafo deixe de ser verdade...
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