1, 2, 3, 4 - Isola-te com Punk!
Este casalito não pára! Os The Dirty Coal Train produzem e editam tanto que não dão descanso aos seus divulgadores. Depois usam estratégias sujas para convencerem-nos a serem falados por aí, como ignorar uma k7 cor-de-rosa catita? Ainda por cima quando Dirty Coltrane volume II (Zip-a-Dee-Doo-Dah; 2020) cheia de desenhos de uma tal Francisca Sousa dá-nos acesso ao maior sonho que qualquer fã que se preze terá: ver o Ricardo cercado por dildos e a Beatriz toda nua e aberta a ser sugada por um potencial hermafrodita - não percebo porque raios porque esta edição não saiu num grande 12", caramba, obriga aos fãs de usarem uma lupa. De resto é a banda Garage mais Punk alguma vez: cagam prós cânones básicos do género e vão derrapar onde querem (indie, noise, what?), auto-editam mais rápido do que tocam, as letras tem conteúdo social crítico e só falta mesmo é cantarem em russo ou inuíte - já deve faltar pouco...
Os Albert Fish voltaram com Strongly not recommended (Raging Planet; 2020), e como sempre é mais uma reedição ou num formato editorial diferente do mais do mesmo. Oh injustiça! Não é verdade!!!! É verdade que o primeiro disco da banda (Strongly recommended de 2002, topam o trcadilho?) é aqui reeditado como faixas bónus mas o que acontece neste CD é que temos a regravação desse primeiro disco, "aumentado", melhorado e com a nova vocalista Inês Menezes - que tem um historial de bandas como Rolls Rockers, Asfixia, Nostragamus - a rejuvenescer a coisa. Faz sentido para celebrar uma das maiores bandas Punk do 'tuga, tão importante que até já foi à festa dos comunas no ano passado. Sabe bem ouvir vocais punk no feminino para destilar o machismo da cena e fazer ponte a um passado esquecido de bandas com vocalistas femininas como nos anos 90 apareceram os Inkisição / Intervenzione, No Oppression, Reltih e com um salto de quase uma década, We Are the Damned (primeiro disco e único válido), Crisis, Lodge (tudo com a Sofia Magalhães) e Revengeance. Bela capa de Ana Louro que desenhou uma "Tank Girl", só é pena que no livrinho a "punkette" não ter sido mais usada graficamente. Obrigado pela versão baladinha do tema Sindelar em xilofone ou lá o que é, melhor cena de Alberto Fixe de sempre!
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