sexta-feira, 30 de junho de 2017

Festa de Lançamento de Corta-E-Cola / Punk Comix @ DISgraça, Lx




Nesta festa contem com:

- Exposição "Collages" de João Francisco.

- Conversa com os autores do livro-duplo Corta-E-Cola / Punk Comix, Afonso Cortez e Marcos Farrajota com as intervenções de:

| José Nuno Matos foi vocalista de uma banda chamada Croustibat. Berrava mais que cantava. Hoje em dia é investigador na área da sociologia.
| Diogo Duarte toca e tocou em bandas, organizou concertos e escreveu em fanzines. Dificilmente alguma delas figurará numa história do punk-hardcore em Portugal. Iniciou recentemente um projecto de investigação sobre subúrbio, hardcore e straight-edge no Arquivo.pt . É co-autor do blog A Queda.
Nônô Noxx é fotógrafa, tradutora, crítica de música, operadora de imagem e co-apresentadora do programa Made of Things. Membro de colectivos anarco-feministas para além de fazer chorar os punks com a sua banda Malaise.

- Concertos de:

Presidente Drógado nem é presidente nem é drogado, é um gajo que se fosse presidente metia-se nas drogas. Está em alta neste ano em que lançou um vinilo com o melhor artwork de sempre e um tema na colectânea Punk Comix. Promete nesta noite apunkalhar o seu Folk sobre o que interessa na vida...

Scúru Fitchádu ("Escuro cerrado" em crioulo Cabo-verdiano) é o projecto a solo de Sette Sujidade, nascido em 2015 na margem sul. As influências directas de Tricky, The Prodigy, Bad Brains, Atari Teenage Riot, Ratos De Porão ou Tom Waits coabitam com os tradicionais colossos do funaná, Bitori Nha Bibinha, Codé di Dona ou Tchota Suari. Funana, Bassmusic, Punk Hardcore e Metal desaguaram naturalmente nesta sonoridade ao som da concertina e do ferro. O primeiro EP auto-intitulado no Verão de 2016 e prevê-se edição física para breve.

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Na Disgraça - Rua da Penha de França, 217B.

Novas do Turunen


O Marko Turunen é um irrequieto obsessivo autor de BD finlandês, daqueles que faz Arte com uma sistematização, classificação e ordenamento das coisas. É muito raro fazer-se boa arte com calculismo mas não sei porquê ele consegue. Vies de Marko Turunen (Frémok; 2016) é dos seus últimos trabalhos, em que ele se propõe a "biografar" todos os gajos chamados "Marko Turunen" na Finlândia. É claro que essa tarefa é impossível e o motor principal é a própria vida dele, misturada com excertos de vidas públicas (suponho que Turunen andou a recolher perfis na Internet dos outros Markos), com a dele, episódios que passam por Lisboa e os seus conhecidos portugueses, aqui irreconheciveís: eu, Pedro Moura e Nuno Neves (do Serrote). Dividido entre BDs feitas por ele, ou com a sua companheira da altura, Tea Tauriainen, e textos ilustrados, lê-se como um puzzle que tem o seu quê de George Perec e o livro Vida Modo de Usar...




ADHD Sheikki (3 volumes, Daada, Zum Teufel; 2015-17) é ainda mais estranho e perturbador. Um gajo vestido de árabe farta-se de cometer crimes ou acções erradas ou imorais em episódios desconexos, sem cronologia tal como como Turunen faz nas "Vidas de Marko Turunen" ou noutras obras suas - talvez seja uma recolha de histórias que viu ou ouviu em Lahti, conhecida por ser uma cidade de "barra-pesada". Como sempre ele abusa de referências Pop tornando o visual destas BDs uma espécie de território hiper-sexualizado do "Second Life" com toda a má-onda iconoclasta inerente. Ler estes livros soa a islamofobia, o que me perturbou imenso até ser-me desvendado que ler estes livros na Finlândia e fora dela têm significados muito diferentes. "ASHD Sheikki" é baseado numa pessoa real, um doidinho da aldeia, ou melhor, um finlandês dos anos 70/80 que se vestia de Sheik e vendia petróleo. Uma personagem provavelmente que sofria de esquizofrenia, o que explica os episódios absurdos das BDs, que Turunen conheceu e que lhe sempre fascinou. Doidinhos é coisa que não falta na Finlândia, felizmente, para fazer livros geniais como estes que não estão traduzidos noutra língua, sendo a tradução oferecida pelo o autor.

quinta-feira, 29 de junho de 2017

sexta-feira, 23 de junho de 2017

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Nha Cultura Crioula


2016 acabou com o melhor disco do ano, perfeitamente ignorado por ser tão híbrido - ou então espera que seja eleito de DISCO de VERÃO 2017. Passaporti (Kreduson Produson + Fazuma), terceiro disco disco de Karlon, essa metade dos brilhantes Niggapoison - sim, se Portugal desaparecer ao menos salvem os discos deles para alguém se lembrar que existiu este canto europeu.
Esta meia-hora de Hip Hop baseado em samplagem e música tradicional cabo-verdiana, não agrada aos que gostam música dos pobrezinhos (ele são tão giros a dançar) nem aos hip hopers porque a língua mais usada no CD é o crioulo cabo-verdiano e essa malta não curte mexer o corpo com funáná... É verdade que se percebe pouco do que é tratado mas dá perfeitamente para entender que é sobre a diáspora de um povo, a sua saudade pelas raízes, o desencanto em países para onde foram (racismo e capitalismo de mãos dadas), os sacrifícios dos pais e mães, etc... no fim de contas, não escapa à lista dos temas dos Nigga. Disco genial que vai crescendo a cada nova audição!
Realmente o maior desvio é sonoro que ficaria bem num Festival do Mundo de Sines... Isto se a organização não tivesse provavelmente medo que os pretos entrem pelo recinto adentro estragando as férias dos betinhos branquelas a curtirem o seu Alentejo litoral - os mesmo que na maior parte do tempo estão a olhar para os Smartphones invés do palco de música. Racismo Pt 2017? Sim é verdade, ou com balas nos putos de Setúbal ou ignorando discos. Façamos um bocado de Justiça!

domingo, 18 de junho de 2017

A última semana no C39


Até dia  18 de Junho, podem encontrá-los no pavilhão C39 da Feira do Livro de Lisboa, sob o nome PvK editions.STET.Serrote.MNRG, situado na zona laranja, à direita de quem sobe o Parque Eduardo VII. 

Nesta semana final cheia de soluços, para além dos "livros do dia" e afins, eis que:


No dia 17, Sábado, às 19h, uma sessão de autógrafos ao lado do stand com David Campos, autor de Kassumai, livro sobre a sua estadia na Guiné-Bissau  - título que está prestes a esgotar...




No dia 18, Domingo, às 17h temos o ilustrador e autor de cinema de animação André Ruivo que deverá despachar as últimas cópias de Mystery Park, bem como o Breakdance - livro que todos quando o pegam perguntam se o exemplar nas mãos é um "original" (!)

sábado, 17 de junho de 2017

Cego pelo sol


Se os Pink Floyd ouvirem este mini-LP vão-se cagar todos. Nesta década os portugueses já sabem o que é Doom ou Sludge e seguem em frente como é o caso dos Wells Valey cuja a estreia deixou-me indiferente mas com este The Orphic (Chaosphere + Bleak + Raging Planet; 2017) já se pode dar o título de "disco metal português do ano". Tal é dinâmica e peso que o disco transmite pela psicadelia (sim, tem uma versão de um tema dos Floyd), Post Black, ruído e pára-arranca, que mostra que lá porque se faz este tipo de música não se precisa ser um lobotomizado. O laranja do vinilo indica que estamos em zona radioactiva e quem tocar nisto irá morrer de cancro, talvez seja melhor ouvir na 'net onde o som não terá o mesmo impacto que pela via analógica... Eu preferi o vinilo mas vocês é que decidem como querem ouvir este monstrinho!

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Feira do Punk de Lisboa

A Feira do Livro de Lisboa é uma babilónia literária. Um paradoxo total de editoras que alimentam fraudes (Chiado), lixo (Leya) e merda total (cristianismo e cientologias). Mesmo a Tinta Da China é suspeita devido à BD que edita, restam as únicas que merecem o meu dinheiro: Letra Livre, Antígona, Relógio D'Água e pouco mais... Talvez por esta minha atitude pseudo-elitista que já arranjei mais discos do que livros por aquelas bandas...

Directamente com a BD saiu um novo LP dos Dirty Coal Train - os mesmos que participaram no recente Punk Comix CD - em que fazem um "back to basics", isto é, a banda começou como um casal, expandiu-se para sei lá quantos elementos e actualmente voltaram a duo. Neste Kirby Demos (2017) na realidade as gravações são do início mesmo, quando o casal andava a descobrir caminhos e gravavam temas dedicados ao Jack Kirby (1917-94), autor de BD norte-americana que fez o "template" de quase todos os super-heróis. Garagice primitiva e lo-fi também ela em modo "template" do género, é sem dúvida uma peça de colecção para qualquer cromo da BD e Rock, essas duas artes marginais do século XX. O Camarada João Maio Pinto fez a capa que se transforma num gigante cartaz cheio de criaturas replicadas de Kirby. Só ele é que podia fazer uma mimetice destas.

Miméticas são muitas nos últimos dez anos, uma delas é do homem e a sua guitarra desde que o Norberto Lobo tornou o "estilo" fixe outra vez. O Gajo era dos míticos Corrosão Caótica, actualmente dos Gazua e estreia-se com Longe do Chão (Rastilho) num modelo impossível de não o meter nas caixas de Paredes ou Fahey. Ou seja, Folk mais urbano ou menos rural, tanto faz... Depois ainda há os chavões lisboetas que os secas dos Dead Combo impingiram neste tipo de música instrumental. Pior, é para quem os segue, enfim...
A gravação merecia um toque "lo-fi", ou seja, um bocado de ambiente caseiro para dar um calorzinho ao CD que bem o merecia porque o gajo explora ambientes andaluzes e arabescos (oba oba!) mas o tom geral é o cinzentismo português tal como a embalagem do disco indica - embora deva dizer que sendo uma embalagem modesta é catita, melhor que muitos luxos que andam por aí... A guitarra está sempre "à frente" fazendo que ela sature e se dilua por mais que o gajo seja dinâmico a tocar. Mesmo com mais elementos que aparecem nas músicas não conseguem abalar a guitarra, infelizmente até se tornam kitsch como o caso do som do navio em Navio dos Loucos. O Gajo já fez tantas na vida que devia quebrar as regras invés de as seguir!

Se homens e guitarras cheira a andropausa precoce o estilo Oi! já nasceu velho nos finais dos anos 70 em Inglaterra. Música de proletários, anti-racista, anti-artsy-fartsy, juntou punks e skins ou quem nada queria com isso. Som que está pronto para pints e bola - moral e tremoços se for em Portugal.
Oi! Um Grito de União vai no quarto volume depois de passarem 17 anos desde que o último volume saiu. Nos anos 90 chegou a ter capas do Angeli da tão bem-amada revista Chiclete Com Banana, agora tem um amador que corta a palavra Portugal e tudo... Ainda bem que o nacionalismo desta malta passa apenas por fotografias com castelos por trás senão dava merda entre portugueses e brasileiros! Sim, são cinco bandas brazucas e cinco tugas, cada uma com dois temas mais ou menos inéditos. Vamos encontrar os Grito! que entram também no Punk Comix CD (logo a abrir e a fazer o erro de misturar BD com desenhos animados - isto no CD do Punk Comix...), Facção Opposta e os brasileiros Sindicato Oi! que visitaram Portugal estas últimas semanas. Para quem gosta de punk básico, este é um CD de uma hora cheia de não-inovação e fantasia urbana - falam de realidade mas não oiço nada que fale sobre proletariado em 2017... A editora tuga deste disco é a camarada Zerowork.

Ainda tenho domingo para comprar livros, ufa!

Os Meus 21 Tormentos (11)


O Panda Gordo takes some CCC and MNRG to ELCAF



O Panda Gordo is exhibiting this weekend at ELCAF, in London. You can find its head honcho João Sobral behind table 4 at the Round Chapel, in Hackney, Saturday 17th and Sunday 18th

O Panda Gordo has some new publications to present including the first issue of the brand new comics magazine Seven Stories.




Apart from its own material, O Panda Gordo will be exhibiting a selection of its distro titles including books from Chili Com Carne and MMMNNNRRRG. Portuguese artists Francisco Sousa Lobo, João Fazenda, André da Loba and Carolina Celas will also be present at the fair. Amanda Baeza will be signing books at kuš! table.




O Panda Gordo vai estar este fim-de-semana no ELCAF, em Londres. O cabecilha João Sobral estará sábado e domingo atrás da banca 4 na Round Chapel, em Hackney. O Panda Gordo tem algumas publicações novas para apresentar incluindo o primeiro número da sua nova revista de banda desenhada Seven Stories.

Para além do seu próprio material, O Panda Gordo terá disponível uma selecção de títulos da sua distro incluindo livros da Chili Com Carne e da MMMNNNRRRG. Outros artistas portugueses, como Francisco Sousa Lobo, João Fazenda, André da Loba e Carolina Celas também estarão presentes na feira. Amanda Baeza estará a autografar livros na banca da kuš!.

domingo, 11 de junho de 2017

Fotos de dia 10 de Junho, dia do Punk Português! Cóf cóf cóf...

Farrajota a falar com o seu herói da juventude: Orlando Cohen  (Peste&Sida, Censurados...)
Um cRUSTIE má onda a ler o livro à pala...



Vicente (que fez a capa do Corta-E-Cola) não bebeu aquelas jolas!!! Embora tenha feitos desenhos suficientes para as merecer! Daqui uns 7 anos, puto!

Rui Warm - foi ele que editou Dead Kennedys em Portugal!!! E não só, ide ler o livro!!!

Another VIP (very important punk) que apareceu: Rodrigo Vaiàpraia

Farrajota a meter nojo na Feira do Livro e das Farturas de Lisboa

Fotos de Afonso Cortez. O Corta-E-Cola / Punk Comix está a ser um sucesso! Obrigado a todos a todos que nos têm apoiado - e também quem não apoia, pois graças a eles tem havido mais publicidade grátis, tão kridus!!! Beijocas maltinha!!!

Segunda Semana do C39

Chili Com Carne, Pierre von Kleist Editions, Serrote e STET juntos pela primeira vez 
na Feira do Livro de Lisboa

Até dia  18 de Junho, podem encontrá-los no pavilhão C39 da Feira do Livro de Lisboa, sob o nome PvK editions.STET.Serrote.MNRG, situado na zona laranja, à direita de quem sobe o Parque Eduardo VII. 

Nesta segunda semana, temos muito para dar:





No dia 9, Sexta-Feira, às 17h, uma sessão de autógrafos ao lado do stand com Lucas Almeida, autor de O Hábito Faz O Monstro, livro que já esgotou mas que ainda há alguns exemplares do stock do autor. É a última hipótese de adquirir este divertido livro!!!



























No dia 10, Sábado, às 17h aquela merda vai arder com o lançamento do split-book/livro duplo Corta-e-Cola: Discos e Histórias do Punk em Portugal (1978-1998) de Afonso Cortez e Punk Comix: Banda Desenhada e Punk em Portugal de Marcos Farrajota. Autores presentes para falar sobre a cena, topam?





No dia 10, Sábado, às 19h lançamento de outro split-book/livro duplo Deserto e Nuvem de Francisco Sousa Lobo. O autor que reside em Londres estará presente para autógrafos e enterrar dúvidas de Fé.



No dia 11, Domingo, às 17h, uma sessão autógrafos com alguns dos autores e autoras que fizeram da antologia Lisboa é very very Typical um sucesso, a saber: Anica Govedarica, Martina Manya, Téo Pitella e Aude Barrio - ao lado stand, claro...


sábado, 10 de junho de 2017

CCC @ Feira da Alegria II


mais info no fezesbook

sexta-feira, 9 de junho de 2017

sábado, 3 de junho de 2017

Na primeira semana do C39




Chili Com Carne, Pierre von Kleist Editions, Serrote e STET juntos pela primeira vez 
na Feira do Livro de Lisboa

De 1 a 18 de Junho, podem encontrá-los no pavilhão C39 da Feira do Livro de Lisboa, sob o nome PvK editions.STET.Serrote.MNRG, situado na zona laranja, à direita de quem sobe o Parque Eduardo VII. 

Nesta semana inaugural temos: 


No dia 3, Sábado, às 19h, uma sessão de autógrafos ao lado do stand com autores e autoras dos livros QCDA #2000 e QCDI #3000 a saber Amanda Baeza (autora de Bruma), Hetamoé, Mao (ambos do Clube do Inferno), Sílvia Rodrigues e Sofia Neto (a surpresa do Festival de BD de Beja deste ano)


No dia 4, Domingo, às 19h, uma conversa  na Praça Laranja em volta do livro Anarcoqueer? Queercore! com a presença do autor Rui Eduardo Paes e António Baião (do jornal Batalha)


CCC@Feira Dona Edite 4.0


              Dia 3 de junho no Montijo + informações em:
                https://www.facebook.com/donaedite2015

o Camarada Campos estará a representar a Chili!

sexta-feira, 2 de junho de 2017

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Um convite a tod@s que ainda não perderam esperança pela procura de originalidade na Feira do Livro de Lisboa





Chili Com Carne, Pierre von Kleist Editions, Serrote e STET
juntos pela primeira vez na
Feira do Livro de Lisboa
2017


Quatro projectos editoriais lisboetas juntaram forças e de 1 a 18 de Junho, poderão encontrá-los no pavilhão C39 da Feira do Livro de Lisboa. Unidos sob o nome PvK editions.STET.Serrote.MNRG, o pavilhão estará situado na zona laranja, à direita de quem sobe o Parque Eduardo VII.

Esta união deve-se ao facto de serem entidades que produzem um corpo de trabalho único, sempre com uma postura independente, mas com uma intenção de abranger um publico maior, fora dos nichos tradicionais. Muitos dos livros que editam ou comercializam são transversais a gerações, continentes e culturas, daí que sejam tão bem recebidos a nível internacional e pelo publico nacional dentro das suas áreas especificas de edição (Fotografia, BD, ilustração), mas mais desconhecidos no contexto editorial "mainstream".

Esta iniciativa é uma prova de fogo para ir ao encontro de novos leitores, vão ser 18 dias de animação livreira que enchem o Parque Eduardo VII, este ano com mais BD, fotografia e ilustração!

                                                                                                                                                                                                                             
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Associação Chili Com Carne e a sua irmã MMMNNNRRRG são as enfant-terribles da banda desenhada nacional, não deixando se serem reconhecidas com prémios, se os títulos dos seus livros poderão trazer os momentos mais hilariantes nos altifalantes Parque Eduardo VII os seus livros não deixam de ser menos sérios como os do musicólogo Rui Eduardo Paes que revelou recentemente que a imprensa musical continua a ser homofóbica com o livro Anarcoqueer? Queercore! que irá apresentar dia 4 de Junho na Praça Laranja.

Haverá várias sessões de autógrafos sobre títulos como os QCDA's ou da colecção LowCCCost, ou ainda de Lucas Almeida e André Ruivo.

Lançam ainda dois "split'books", a saber: Corta-e-Cola : Discos e Histórias do Punk em Portugal Punk Comix : Banda Desenhada e Punk em Portugal por Afonso Cortez e Marcos Farrajota, respectivamente; e Deserto e Nuvem de Francisco Sousa Lobo que produziu dois romances gráficos nas suas várias visitas ao Convento de Évora da Ordem dos Cartuxos - padres votados ao silêncio.


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Pierre von Kleist Editions é um dos nomes mais relevantes na edição de fotografia portuguesa contemporânea. Liderada pelos fotógrafos, André Príncipe e José Pedro Cortes, têm feito um importante trabalho na divulgação da fotografia nacional, dentro e fora do país. Desde a reedição do clássico Lisboa, Cidade Triste e Alegre de Victor Palla e Costa Martins até a autores contemporâneos como António Julio Duarte, Pedro Costa, André Cepeda, Daniel Blaufuks ou dos próprios editores.

Destaque para as 3 novas  serigrafias de Daniel Blaufuks, José Pedro Cortes e André Príncipe, além dos descontos e de termos os autores da editora a assinar livros em vários dias ao longo da feira.


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As Publicações Serrote começaram em 2004 pela mão de Nuno Neves e Susana Vilela, quando rumando contra a maré de fecho das tipografias produziram vários cadernos com temas tradicionais e divertidos. Mas não se ficaram por aqui e em 2008 começaram a surgir  livros ilustrados  juntando as tradições Portuguesas com o design contemporâneo, a primeira destas edições é sobre a região do Minho, transformando o desenho do Ponto Cruz  em pixéis. Alargando ao longo dos anos a temática de algumas das edições ao universo didáctico – infantil. Contam hoje com mais de 10 publicações editadas, além de cadernos e cartazes impressos em tipografia.

As Publicações Serrote vão lançar  a Feira do Livro de Lisboa três novos títulos além dos eventos infantis que estão agendados logo a partir de dia 1 de Junho:  All Garb in ExcelA região do Algarve revisitada em ilustrações feita com o Excel, acompanhadas de textos de geógrafos árabes, poetas piratas, botânicos germânicos e coleccionadores de borboletas. Catulo, XV poemas15 poemas eróticos e satíricos redigidos pelo poeta Gaius Valerius Catullus. Traduzidos directamente do latim e ilustrados por Venus Neon. Tonton LuluMais uma aventura dos irmãos Laurinha e Sulivão, que desta vez vão a Paris visitar o seu avô paterno, Bartolomeu Tirapicos, que trabalha como vigilante no Museu do Louvre.


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STET – livros & fotografias é uma livraria especializada em livros de fotografia e edições de autor, aberta em 2011 que participa regularmente em feiras de edições nacionais e internacionais apostando na divulgação de autores Portugueses fora do país. 

Desta vez estreia-se no Parque Eduardo VII representando uma selecção de editoras nacionais e internacionais (MACK, RM editorial, PHREE, Dois Dias, GHOST edicions, HIHIHI, Ideias no Escuro, Patavina, Pierrot le fou, scopio editions, Senhora do Monte, Stolen books ou TIPO.pt, entre outras) e alguns artistas que têm as suas próprias chancelas como a Tiago Batista e Catarina Domingues (Fanzines e Martelos), Joana estrela, Cecila Silveira (Sapata) ou Xavier AlmeidaEstes jovens artistas além de virem dar autógrafos à feira irão participar no projecto  “Um dia, Um livro”, onde cada um construirá (desenho, escrita, colagem, etc.) uma página ao vivo na feira, para uma futura publicação. Além destes autores destacamos também os fotógrafos Rui Dias Monteiro (Prémio Bienal Vila Franca de Xira, 2016) que estará a assinar o livro Sob Cada Erva, edição da STET, e Fábio Cunha (Prémio DocField Dummy Award - Fundació Banc Sabadell, 2016) com ZONA, da editora espanhola Phree.

Belos pesadelos


Odeio saxofone e é por isso que não consigo ter uma higiene jazzistica. Talvez daí não aguentar uns poucos minutos da discografia da Clean Feed mas curtir (muito!) os seus discos RED Trio (quando não têm saxofonistas convidados!) ou Jorge Lima Barreto (piano). Por acaso, tropecei neste quarteto euro-americano Starlite Motel que se estreia com Awosting Falls (2016) e admito que surtiu um efeito inesperado mesmo com o Sax irritante. Acho que o segredo está nos sintetizadores de Jamie Saft que tornam todo o som mais "spacey" e "funky" sem ser pura cacofonia do Free - estilo musical que adora dizer que não quer ser idiomática mas há décadas o que se ouve e que se percebe é já um idioma do Free e Improv. Aqui há uma fusão de linguagens jazz, rock e funk sem fazer grandes concessões, conseguindo dar energia ao disco. Destaque para o contrabaixo do norueguês-texano Ingebrigt Haker Flaten que é uma sujeira linda. Ouvi dizer que a série de TV Twin Peaks voltou, bem... este grupo poderia fazer a sua banda sonora!

Relatório pró Mariano #2 sai na quinta-Feira!

Fikaris admirado com a edição portuguesa de Megg, Mogg & Mocho, Farrajota alegre com o livro do australiano e a fofura em pessoa a promover o seu Mariano. Algures em 2016.

Relatório Anual de Fanzines e Edição Independente de BD portuguesa de 2016 vai ser publicado este ano no fanzine Mariano #2 (um projecto único em Portugal, diga-se) que sai no dia 1 de Junho no Estrela Decadente (Lisboa). 

Depois de publicar os últimos dois relatórios no Maga e no Portuguese Small Press Yearbook continuo a preferir o "formato papel" para este texto, nada a fazer... Para este ano, o texto é ilustrado com desenhos sacado ao caderno de esboços do Rodolfo Mariano. Obrigado por tudo, ó dois Marianos! 

PS - gosto da cor salmão em papel para impressão!

rabiscos de Rodolfo Mariano