domingo, 31 de outubro de 2021

Loverboy na Feira das Vanessas --- últimos 8 exemplares! à venda na NEAT RECORDS





Não estamos a vender bonecos!

Já várias dezenas de pessoas nos abordaram com esta nossa promoção do livro Loverboy na Feira das Vanessas a pensar que estamos a fazer bonecos do Loverboy (em vestimenta de beto e outra de grunge), Leonardo e Astarot.
Errado!

É um novo e último livro com BDs da emblemática série Loverboy. As fotos tem uma história antiga é certo. Eis uma ficha técnica que resolve alguns dos problemas colocados:

Sétimo volume da colecção Mercantologia; Publicação da Associação Chili Com Carne; Edição de Marcos Farrajota; Design de Joana Pires; Capa e fotos de olhos(«Ä»)zumbir realizadas no estúdio da União Artística do Trancão e em Sede Adres, com apoio à produção de xoscx e Adres. Bonecos realizados por Miguel Rocha e Alex Gozblau para a exposição "Loverboy Store: Liquidação Total" no Salão Lisboa de Ilustração e Banda Desenhada 2001, na Cordoaria Nacional.


O livro Loverboy na Feira das Vanessas está à venda no site da Chili Com Carne (com uma oferta vintage dos anos 90, sim os anos 90 já são vintage!!), BdMania, Matéria-Prima, Neat Records e A Vida Portuguesa.

Se os Black Sabbath podem... E os Sex Pistols, Blondie, Rage Against the Machine, Faith No More, Ornatos Violeta, Bauhaus, Zen!!! E até os Queen, Dead Kennedys, Doors, Christian Death, etc... Mau! Se tudo que é gato-sapato de banda pode voltar porque não o Loverboy & cia.?
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Que se lixe os 80, eu quero a minha vida de volta dos anos 90!

A cultura que vivemos é de "retromania" como demonstrou o excelente livro de Simon Reynolds, e é curioso que existem vários fenómenos de revivalismos noutros países apesar de estarem sobre o jugo do do imperialismo anglo-saxónico.

São os fenómenos locais, como por exemplo, Portugal que não tinha uma tradição de Pop eis que 20 anos depois do aparecimento dos execráveis Resistência ou das popularuchas digressões “Portugal ao vivo”, ei-las a reaparecerem nos últimos meses para oferecer um conforto nostálgico à primeira geração 100% Pop portuguesa.

Onde fica a série de BD Loverboy no meio disto? Não sabemos mas esperemos que não fique entre o sem-pescoço do Tim e as moustaches-de-quem-precisa-de-sair-do-armário dos Pólo Norte! Iiiiirc....

Entretanto... os cromos não percebem que este livro é a gozar com eles e sonham com séries de TV e atribuem Troféus!!! Go get a fucking life!!!

sexta-feira, 22 de outubro de 2021

30 anos de SPH, 20 anos de Thisco


30 Anos de Invisibilidade subtítulo do mais recente livro co-editado pela Chili Com Carne e Thisco que retrata, simultaneamente, a vida de duas editoras que celebram o trigésimo e vigésimo aniversários, a SPH e a Thisco respectivamente, mas sobretudo é um espelho bastante fiel de um país que se conforma e fomenta arcaísmos de pensamento, mais interessado em seguir modas e modismos, sobretudo se se apresentarem com a camada certa de neologismos ou conceitos de importação e aplicação rápida.

O fim de semana de aniversário na SMUP é, sem margem para dúvidas, fim de semana de celebração. Comemorar um trabalho de anos e anos, de inúmeras relações estabelecidas, de uma persistência de tirar fôlego, mesmo que aparentemente se pense que nada se faz. Uma invisibilidade real, mas também aparente. Aparente, porque quer o trabalho da SPH quer da Thisco cria raízes, e se mais não floresce é porque vivemos placidamente num deserto à beira-mar plantado.

30 anos SPH / 20 anos Thisco | 22 e 23 de Outubro | SMUP Parede com Walt Thisney, Cavernancia + Jerome Faria, Manuel Mota, shhh..., OndaXoque, António Caramelo, Ghent, Violeta Lisboa + Miguel Sá (dj) e Novo Major (dj)

. Apresentação do livro Isto vai acabar em lágrimas - 30 ANOS SPH/20 ANOS Thisco

. Inauguração de uma exposição com diverso material fonográfico e gráfico alusivo a ambas as editoras.

. Projecção de vídeos de Eurico Coelho.

quinta-feira, 21 de outubro de 2021

ccc@bdamadora.2021


O regresso da BD Amadora é o que se esperava, cada vez mais "Bêdê" e cada vez mais "amadora" mas se acham que não há nada para ver por lá - sobretudo se fores mulher do século XXI, por exemplo - BUT FEAR NOT! Há a exposição da Ana Margarida Matos intitulada de HOJE NÃO, trabalho vencedor do concurso dos 500 paus deste ano.

Hoje começa a bedófilia num ermo qualquer do município e teremos o livro para que possam no dia 23 de Outubro, acompanhar a visita guiada com a autora e pedir-lhe o famoso autógrafo, achamos que deverá acontecer às 18h mas nunca se sabe ao certo...

De resto, a Chili Com Carne vai estar lá com um stand em que para além das suas edições terá o melhor que se edita por aí, e isto significa os livros da Bestiário, os restos mortais da MMMNNNRRRGSendai.

ccc@doc.lisboa.2021



Como tem sido "tradição" (excepto o ano passado por causa do covid19), a Chili Com Carne mais uma vez têm presente uma selecção dos seus livros do DOC LISBOA. 

domingo, 17 de outubro de 2021

Bestiário Ilustrissímo II / Bala @ Jazz Messengers Lisboa



Bestiário Ilustríssimo II /  Bala 
é o nono título da provocante colecção THISCOvery CCCHannel.
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Bestiário Ilustríssimo II / Bala é a continuação de Bestiário Ilustríssimo, “(anti-)enciclopédia” de Rui Eduardo Paes sobre as músicas criativas editada em 2012 e reeditada em 2014 com nova capa e novas ilustrações de Joana Pires. Como esse primeiro livro, está dividido em 50 capítulos, cada um dedicado a uma figura ou conjunto de figuras. Desta feita, porém, a 50ª parte autonomiza-se e constitui como que um outro livro. Trata-se, pois, de dois livros num só volume, um novamente ilustrado por Joana Pires, o outro por David de Campos.  

O jazz criativo, a música livremente improvisada, o rock alternativo e os experimentalismos sem rótulo possível voltam a ser as áreas cobertas, sempre associando os temas com questões da filosofia, da sociologia e da teoria política, num trabalho de análise e desmontagem das ideias por detrás dos sons ou das implicações destes numa realidade complexa. Os textos reenviam-se entre si gerando temáticas que vão sendo detectadas pelo próprio leitor, mas diferentemente de Bestiário Ilustríssimo há um tema geral nesta nova obra de Paes: o tempo.

A tese é a de que quem escreve sobre música, mas também todos os que a ouvem, está sempre num tempo atrasado em relação à própria música, um “tempo-de-bala”, de suspensão de um tiro no ar, como no filme Matrix. O alinhamento dos capítulos não se organiza segundo tendências musicais ou arrumando os nomes referidos em sucessão alfabética, como numa convencional enciclopédia. Todos os protagonistas e suas músicas surgem intencionalmente misturados, numa simulação do caos informativo em que vivemos nos nossos dias. Propõe-se, assim, que se leia Bestiário Ilustríssimo II / Bala como se se navegasse pela Internet, procurando caminhos, relações, cruzamentos, desvios.

A mente não é uma estante, é um bisturi.

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336p. impressas a duas cores (preto e vermelho), 22x16cm, capa a cores
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volume -4 da colecção THISCOvey CCChannel
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ISBN: 978-989-8363-30-5

com prefácios de Marco Scarassatti (compositor, artista sonoro e professor da Universidade de Minas Gerais, Brasil) e Gil Dionísio (músico)

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edição apoiada pelo IPDJ e Cleanfeed Records

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à venda na loja em linha da Chili Com Carne e na Flur, ZDB, Linha de Sombra, Matéria Prima, FNAC, Bertrand, Utopia, Livraria do Simão (Escadinhas de S. Cristóvão), Glam-O-Rama, Sirigaita, Jazz Messengers (Lx Factory) e Tigre de Papel.
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Historial: lançamento 6 de Fevereiro 2014 na Casa dos Amigos do Minho com discursos de Gonçalo Falcão (designer, músico, crítico de música) e Gil Dionísio e concerto de uma banda especialmente formada para o efeito: Gil Dionísio & Os Rapazes Futuristas; lançamento 7 de Fevereiro na SMUP (Parede) com palavreado de Pedro Costa (Clean Feed) e José Mendes (jornalista cultural) e concertos de Wind Trio e Presidente Drógado & Banda Suporte ... entrevista no Bodyspace 

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algumas páginas deste livro-duplo:


Feedback:
O jazz é o fogo inicial, mas este propaga-se alto e largamente. REP deita 50 + 50 textos, capa-contra-capa, neste duplo Bestiário Ilustríssimo II / Bala. Música como arte física mas também psicológica, improvisada, estruturada, Ciência, Arte, ícones culturais, tonelada de referências que se ligam na cabeça do autor para uma organização, no papel, em benefício do leitor. Muitos músculos exercitados em 31 anos, nesta relação entre escrita e música. 
Flur 
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Rui Eduardo Paes revela-se um homem multidimensional, (...) Genuíno e sempre com uma abordagem de quem relaciona aquilo que lhe interessa, de Joëlle Léandre a Lady Gaga. [5 estrelas] 
Bernardo Álvares in jazz.pt
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O seu estilo de escrita é por si altamente estimulante, revelando um notável domínio sobre a língua portuguesa que raia as características da boa literatura. Um estilo que Rui Eduardo Paes cultiva como uma arma contra o habitual cinzentismo e comodismo da crítica de arte em Portugal. 
O Homem que Sabia Demais 
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[4 estrelas] 
Nuno Catarino in Público 
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[4 estrelas] 
João Santos in Expresso 
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Verdad de la buena. Con motivo de mi actividad como director artístico de Imaxina Sons en Vigo durante 5 años, he tenido la ocasión y la fortuna de conocer la persona y la obra en la distancia corta de REP. Pocas veces, he leído un texto más comprometido con la música del presente y el estado de ánimo que el panorama musical actual rezuma. Su visión holística de la música hace de este libro una pieza imprescindible para poder estar al tanto de lo que acontece en el mundo de las manisfestaciones artístico-musicales y sus contornos creativos. Sobre todo en lo referente a las músicas improvisadas y todo lo que ahí podamos incluir. Sus textos desprenden la misma actualidad o frescura que hemos podido sentir justo la noche anterior escuchando en cualquier garito, la elocuencia de un improvisador. Hay en todos los textos una necesidad de ubicar cualquier comentario en el contexto filosófico/social adecuado de manera que cualquier artículo transciende al aficionado simple para poder ser leido en un círculo mucho más amplio. El de la cultura. Y con el tiempo serán de interés antropológico. REP, se sienta y escucha primero. Escudriña lo que sus tripas le dictan y luego reflexiona. Luego escribe y vuelve a usar su tamiz emocional para devolvernos un texto. Y entre una cosa y la otra está su verdad. Que como toda verdad, que en este mundo que hoy nos toca vivir, es de pocos. Pasa rápido, te penetra, como una bala. Pero es verdad de la buena. 
Nani García (pianista, compositor, director artístico do Imaxina Sons) 
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Para dissertar sobre música não basta escrever, é preciso conhecer muita música. Para conhecer muita música é necessário ouvir toda uma vida e para ouvir toda uma vida infere-se uma profunda paixão. Em Bestiário Ilustríssimo e Bestiário Ilustríssimo II / Bala condensam-se extensas e infindáveis paisagens musicais que nos atingem vindas de todas as direcções. 
Hugo Carvalhais (músico)
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Não sei se a bala a que o Rui Eduardo Paes se refere já foi disparada ou se está à espera de ser disparada por cada um de nós. Em todo o caso, o livro Bestiário Ilustríssimo II / Bala do REP é um livro-bala para quem o lê. Lê-se rápido, lê-se com entusiasmo e lê-se com um profundo sentido de urgência em relação à criação musical que nos rodeia. Faz-me lembrar aqueles artigozitos de jornal que se percebe logo que são um mero copy-paste de press releases. E faz-me lembrar esses artigozitos porque precisamente ele é tudo o contrário. Percebe-se e sente-se que detrás de cada palavra há alguém que, acima de tudo, vive e escreve sobre música a partir do que ouve e não dos likes que pode obter nas redes sociais. Num rectângulo tão escasso de críticos de música, e sobretudo de críticos com qualidade, assistir a este disparo do REP é como beber um garrafão de água depois de se fazer a travessia do deserto. É tão bom que até pode causar indigestão. Recomenda-se calma e discos, muitos discos a acompanhar. 
Vítor Joaquim (artista sonoro, investigador e docente do Centro de Investigação de Ciência e Tecnologia das Artes da Universidade Católica do Porto)
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Da recensão ao ensaio, Rui Eduardo Paes é, sem dúvida, uma figura ímpar no nosso meio. É notável como desempenha a sua função, revelando notável acutilância crítica e paixão. Uma pedra no sapato. 
Ernesto Rodrigues (músico, Creative Sources)
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Resplandecente Enorme Produto. 
Pedro Costa (Clean Feed, co-director artístico do Ljubjlana Jazz Festival)
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Uma verdadeira anti-enciclopédia, escrita com as entranhas à flor da pele. Lê-se como se ouve. 
Paulo Chagas (músico, docente de música, co-programador do MIA, Zpoluras Archives) 
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Los disparos son certeros y heterogéneos. Las páginas -los libros de Paes-, siempre han estado dedicados a artistas de diferentes ámbitos musicales que acaban sorprendiéndonos 
Chema Chacón in Oro Molido #41 
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Na senda do que tem escrito, este livro (que, na verdade, são dois, já que tem apenso um segundo, Bala, com textos mais pequenos) de um dos mais carismáticos críticos musicais portugueses aborda inúmeros músicos e projectos (...). A escrita (...) assenta num profundo conhecimento da genealogia dos intérpretes e do seu trabalho, muitas vezes contextualizados em moldes ideológicos ou filosóficos. 
[5 estrelas] 
João Morales in Time Out 
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Em uma época em que as pessoas têm se (mal) acostumado com a crítica (se é que nesse caso mereça tal categorização) musical ligeira que domina a internet, em que as pessoas “acham” isso e aquilo, num processo de gostar e desgostar ao sabor da enxurrada de lançamentos que nos rodeiam, poder ler os textos de Rui Eduardo Paes é um privilégio. 
Fabricio Vieira in FreeForm, FreeJazz  

sexta-feira, 15 de outubro de 2021

Fim de Emissão #7: 30 Anos SPH / 20 Anos Thisco (Warm-up session)


 

Fim de Emissão é a mensalidade da Nariz Entupido no Desterro

A Fim de Emissão #7 é uma parceria com a Chili Com Carne, SPH e Thisco dedicada a comemorar o 30º e 20º aniversário respectivamente destas duas últimas editoras. 

Dois verdadeiros meteoritos no panorama musical nacional no que erroneamente se convencionou como música independente. Talvez fosse oportuno aproveitar a coincidência das efemérides para subverter conceito e criar novo – SPH e Thisco são editoras ultra dependentes. Dependentes de um compromisso estético forte, dependentes de uma forma de fazer meticulosa e estreitando a ponte entre universos – literatura, fotografia e obviamente a música – dependentes do entendimento do mundo com ligações que ultrapassam a mesquinhez territorial e musical – as inúmeras edições de autores estrangeiros ou as diversas compilações com músicos de famílias estéticas tão diversas são marca que não se apaga.

FIM DE EMISSÃO#7 | 30 ANOS SPH / 20 ANOS THISCO | 16 DE OUTUBRO | DESTERRO 

com CR88 | 130_IVXX | OHRWURM MASTERS (TJ) | ZENTEX | EURICO COELHO (VÍDEOS)

16 DEOUTUBRO | DESTERRO (20h – 02h)


isto é um warm-up session para a grande festa da SMUP no fim-de-semana seguinte com lançamento do livro "Isto vai acabar em lágrimas" na colecção THISCOvery CCChannel.

ccc@Bremer.zine.fest.2021

 


We will have again some books on Magma Bruta's table, this time at 
Bremer Zine Festival in Bremen, from 15th to 17th of October
Come say hi!

Não estava lá...

 Vamos a Norte (clicar nas imagens!)...


E a Sul...

É como quem diz, estarão por lá algumas das nossas edições com alguém...

segunda-feira, 11 de outubro de 2021

Lobinho,

já andava desconfiado.

Ligava-te para falar de um projecto institucional e não atendias.

Não estavas em redes sociais nem telemóveis, tinhas apenas um número fixo.

Mas tinha o teu endereço, que algumas vezes usei para te espicaçar, mostrando que a "BD portuguesa" (seja lá o que isso for) ainda existia com novas autoras como a Baeza e a Pita. Sei que não deves ter ligado muito a elas, não sei... não tenho a certeza, desconfio. A tua Banda Desenhada era diferente da "nossa", a deste milénio e em todos os sentidos, dos temas às formas de publicar. Gosto de pensar que mesmo assim não ignoraste os livros, afinal, eras uma mulher curiosa, sagaz e arguta.

Hoje, ligaram-me a dizer que receberam a minha carta e que tinhas falecido em Junho. 

Já desconfiava  do silêncio do telefone mas uma ingénua fé dizia-me que deveria ter paciência. Realmente não podia fazer muito a não ser desconfiar e esperar por alguma resposta ou notícia porque como já escreveram publicamente não fizeram nenhuma ligação entre uma senhora do Alentejo com uma autora de BD - essa área onde a cegueira é endérmica e gigante.

Ainda assim, o teu nome nunca foi esquecido e nos últimos anos, quase toda a tua obra da década de 70 foi republicada, incluindo alguns inéditos que saíram na Revisão. E o mais belo de todos os inéditos, a capa rejeitada pela redação da revista Visão (que se calhar não era assim tão visionária como se gosta de apregoar) e que passados 40 anos brilhou como capa da nossa antologia da BD portuguesa dos anos 70. Que orgulho o meu ter recebido tal prémio e poder usá-lo à vontade! O João Maio Pinto desenhou depois os títulos da capa numa frequência setenteira da coisa.



Fico feliz de ter-te conhecido, já um bocado tarde - em 2015? - quando preparava esta feliz aventura da Revisão. Foi graças ao Lino que nos conhecemos - e quase todos os outros "visionários" contatados. Ficou muito por falar mas hoje, desorientado como estou, não tenho muito para te dizer.

Beijinhos,

Marcos Farrajota


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Texto para assinalar o falecimento da autora Isabel Lobinho, 1947-2021.

Isabel Lobinho foi das poucas autoras de BD em Portugal das décadas de 70 e 80, facto socialmente triste porque revela que país atrasado era o nosso. 

Nasceu a 11 de Junho de 1947 em Vila Nova de Barquinha, Ribatejo. Completou o curso de publicidade e publicidade, sendo que a partir de 1969 começa a fazer ilustração para várias publicações como a Flama, ou ainda livros e discos. A sua primeira BD com data de Dezembro 1973, é na revista Lorenti's onde também fazia o design, publicação de "life style" num país sem estilo. Pranchas desta BD, Yurie, podem ser vistas no catálogo da Tinta nos Nervos (2011). 

Com o poeta surrealista Mário-Henrique Leiria (1923-80) serão parceiros de várias BDs, seja na revista Visão (1975-76) seja no álbum Mário & Isabel (Forja; 1975) - reeditado em 2002 pela Câmara de Moura e recentemente no primeiro volume das Obras Completas de Leiria, pela E-Primatur. Participou em alguns fanzines como o Boletim CPBD, Protótipo e Eros, bem como nas revistas O Máximo (1976), Correio de Domingo (do jornal Correio da Manhã, 1986) e Élan (1987).

O Máximo deverá ser a única publicação portuguesa que tratava sobre a homossexualidade, em foco o lesbianismo. O grafismo desta revista cultural com o seu formato quadrado "gigante" e com estas temáticas pouco aliciantes ao cérebro cinzento da altura, faz dela uma publicação única até aos dias de hoje. Se calhar por isso mesmo só sobreviveu dois números. Lobinho participava com uma série de BD a duas cores, dedicada à História Sexual da Humanidade. 

O trabalho de Lobinho sempre se pautou pelo erotismo, com um grafismo bem cunhado pelo psicadélico dos seus tempos embora o seu traço tenha evoluído para algo mais realista nos anos 80 como se pode verificar na série que participou no Correio da Manhã e que é um potencial álbum de BD nunca foi editado.

Desde os anos 90, Lobinho dedicou-se à Pintura com várias exposições individuais.

quarta-feira, 6 de outubro de 2021

AcontorcionistA / terceiro volume : CARTÃO-POSTAL /// metade da edição esgotada @ Alquímia


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O Grupo Empíreo, Sociedade Anónima de Recreio e Prazer e as edições MMMNNNRRRG têm o prazer de anunciar a publicação do terceiro andamento da rapsódia erótica AcontorcionistA, intitulado Cartão-Postal.

Desta vez, estamos perante um desdobrável composto por 16 pranchas + 4 encartes vocacionados para a transmissão não electrónica de mensagens de teor libertino.
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A série AcontorcionistA, de formato diversificado e carácter aplicativo, conta com dois volumes anteriores ― Manifesto e Calendário ―, igualmente publicados pela MMMNNNRRRG.

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Do presente vigésimo quarto volume das edições MMMNNNRRRG foram impressas trezentas cópias, 32 + 12 páginas em A6.

Aceitam-se pedidos pela chilicomcarne.com mas também pode ser adquirido nas Ediciones Valientes (Espanha), Utopia, Matéria Prima, Sarvilevyt (Finlândia), Neurotitan (Berlim), Linha de SombraPanta Rhei (Madrid), StetSeite Books (Los Angeles), Just Indie Comics (Itália), Desert Island (Nova Iorque), Orbital Comics (Londres), Le Bal des Ardents (Lyon), Tigre de Papel (Lisboa), Alquimia (Cascais) e com os Putan Club em tour infinitas.

domingo, 3 de outubro de 2021

Debate Bolívia + Brasil + Portugal c/ Marcos Farrajota


Assista AQUI mas às 9h na noite (Portugal)