sábado, 9 de julho de 2022

Será a caneta mais poderosa do que a espada?

 


 A edição portuguesa do Monde Diplomatique tem publicado, sob a nossa coordenação, as respostas em Banda Desenhada por uma série de artistas. 


Este mês é a vez do Gonçalo Duarte, autor que tem participado em várias das nossas antologias, como as últimas Querosene e Conger Conger Comix, mas mais importante será o seu livro a solo Paricutin, uma obra única no panorama nacional.

quarta-feira, 6 de julho de 2022

Hoje Não ESGOTADO na Chili...


Hoje não 
de Ana Margarida Matos 
é o 22º volume da Colecção CCC com o ISBN: 978-989-8363-47-3,  de 500 exemplares, com 128p 16,5x23cm p/b, capa a duas cores, edição brochada e colada no verso.




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Correndo por fora do habitual corredor da comiseração autobiográfica - tão frequente na chamada BD alternativa - as bandas desenhadas da Ana Margarida Matos surpreendem-me pela densidade e liberdade conceptual.

Há em Hoje não um rigor gráfico virtuosamente obsessivo e um uso exaustivo das palavras, que me captura dentro de páginas-labirinto. Como se a autora me obrigasse a permanecer neste espaço claustrofóbico tanto tempo quanto aquele que investiu para desenhar aquela página. Mas a fluidez e originalidade das suas soluções narrativas deixam-me desarmado, vulnerável ao correr do tempo, cúmplice dos seus dias. Percorro as páginas como num jogo de xadrez, tentando antecipar jogadas e surpreendendo-me com os desenlaces. Xeque-mate. 

António Jorge Gonçalves



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Com um novo confinamento a chegar, este livro é um registo diário entre 16 de Janeiro e 26 de Junho de 2021, com a premissa da autora não voltar a perder a noção do tempo, documentando tudo e qualquer coisa que aconteça no dia e resumindo o mais importante em apenas cinco linhas. 

Cada página corresponde a um dia onde se capturam os limites da identidade pessoal num momento tão atípico na história da nossa existência, através das rotinas diárias, das crises existenciais e do que se vê na sociedade.

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Ainda se encontram exemplares à venda na Matéria-Prima, Sirigaita, Senhora PresidentaFábrica Features e Utopia.

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Historial: 

obra vencedora do concurso interno Toma lá 500 paus e faz uma BD! 2020 .

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a única exposição relevante na BD Amadora 2021 

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entrevista na TSF

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lançamento oficial no dia 27 de Novembro 2020 na Tinta nos Nervos com participação do psicólogo Vasco Oliveira

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apresentação no Museu Bordalo Pinheiro, 12 Dezembro, 15h, com Marcos Farrajota

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entrevista no Todas as palavras.

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Ana Margarida Matos (1999) cresceu no Montijo mas entretanto como não gosta muito de touradas fugiu para Almada. Estudou Design Gráfico na Escola Artística António Arroio e licenciou-se em Pintura na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Em 2019 lançou o seu primeiro zine Passe Social através do selo editorial Erva Daninha e mais recentemente participou na antologia Querosene publicada pela Chili Com Carne. Tem publicado fanzines independentes desde então e no ano 2021 ganhou o concurso Toma Lá 500 Paus e Faz Uma BD promovido pela Chili Com Carne com o projeto Hoje Não.


Feedback

Hoje Não é um diário da autora criado durante seis meses de 2021, durante um dos confinamentos desencadeados pela pandemia da Covid 19 em Portugal. Exercício de construção de uma rotina de atenção do quotidiano, e modo de organização do trabalho, da saúde e da comunicação humana, este livro reformula as estratégias da banda desenhada ao mesmo tempo que relança questões de identidade, sobre a criação artística e sobre a responsabilidade de sermos cidadãos numa sociedade. Verdadeiro processo em fabricação à medida que se faz, explorando variações internas, ritornellos gráficos, desdobramentos e atenções atomizadas, Matos criou um dos mais interpelantes objectos da banda desenhada portuguesa dos últimos  tempos. 
Pedro Moura in newsletter da Tinta nos Nervos



(...) está bem esgaaaaalhaduuu!


(...) A pandemia, o sentimento de estar preso num mesmo lugar, num mesmo dia, imposto pela perda de elementos referenciais distintivos, ansiedade em relação ao futuro académico e profissional (a voz que nos fala é a de uma estudante a terminar a licenciatura em Belas Artes), indagações/apontamentos sobre a natureza da arte, a procura e formação de uma entidade artística, o registo de uma dieta que a minha sensibilidade vegetariana não pode deixar de reprovar, estes são os temas encenados para nós no espaço confinado de cada página. (...)


Um dos melhores livros de 2021 segundo o Expresso



41 livros favoritos 2021 d'Observador


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(...) a exposição mais conseguida do Festival Amadora BD (...) e merece loas enquanto revelação de 2021. 
Jornal de Letras

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(...) escapa a todos lugares-comuns do "diário da quarentena" (...)
Sara Figueiredo Costa in Expresso
5 estrelas

(...) Os ensaios de auto-retrato ou o hiperpreenchimento da página, dando a ideia da restrição rotineira da vida num pequeno espaço, são outros bons momentos desta narrativa por imagens e texto. É aqui, porém, que as coisas se complicam: impregnadíssimo pelo ar do tempo – seria estranho se assim não fosse –, e pela ausência de referências; apenas má televisão, de que é crítica, mas não chega. Melhor quando se projecta no que está fora: o rapaz imigrante do metro, o vizinho que passeia o cão. Há, no entanto, personalidade e substância – o resto virá com o tempo.

La Terrible Histoire des Trois Cervaux de Magnólia --- ESGOTADO




Já anda por aí a BD-assalto-colorido-aos-olhos La Terrible Histoire des Trois Cervaux de Magnólia da Alexandra Saldanha... é o novo Mesinha de Cabeceira!!!

2022 significa para o Mesinha de Cabeceira 30 anos de existência - será em Outubro a mega-festa, cóf cóf cóf - e estou muito satisfeito com esta nova "fórmula editorial" começada o ano passado com A Fábrica de Erisicton, ou seja, usar o Mesinha para publicar os primeiros trabalhos de novos autores - retomando o verdadeiro espírito do zine, estando também atento aos novos tempos.

 Alexandra Saldanha (1996, Guimarães) é mais conhecida pelo seu envolvimento na música com a banda Unsafe Space Garden e a editora Discos de Platão mas entretanto já participou com BD no Monde Diplomatique - Edição Portuguesa e na agenda cultural Yuzin - apara além de colaborar no jornal A Batalha.

Este é o seu primeiro trabalho de fôlego onde nós, meros mortais, testemunharemos um conteúdo indisciplinado, total extravagância de cores e colagens infinitas - desconfio que "fractal" seja o segundo nome desta artista. Tal como o último álbum da sua banda Unsafe Space Garden, Saldanha tenta ajudar-nos, a nós humanos, a termos um sentido para as nossas vidinhas, e falha totalmente e extravagantemente. É obra! É shanticolour! É RGB daemon! É crazy! - Marcos Farrajota, editor do MdC

PS - a BD está redigida em português, só o título está em franciú sabe-se lá pourquoi...


Mesinha de Cabeceira #30, ed- limitada a 100 ex., 24p. a cores + capa a cores 18x24,5 cm, agrafado

ESGOTADO mas devem estar alguns exemplares na Utopia, Tinta nos Nervos, Linha de Sombra, Tasca Mastai, Snob, Kingpin Books, Tigre de Papel e Matéria Prima.



FEEDBACK

A capa é... fodida. Muito bom!
B.M. (por email)

Saldanha parece querer fazer-nos demorar tanto tempo na leitura de cada uma das suas pranchas quanto o tempo que as levou a realizar. E, graficamente, vale a muito a pena! Se se chegar ao final insatisfeito com a narrativa, relembra-se que é o primeiro grande trabalho da autora em BD. Mas o potencial está todo lá!

A Alexandra Saldanha é uma força da natureza... Incrível.
Rodolfo Mariano (via email)

sexta-feira, 1 de julho de 2022

Chicão: lançamento no Zénite amanhã, às 18h


O Chicão já anda nas últimas!!! Teve mais sucesso que o outro nas últimas eleições...


R. Passos Manuel 116A, 1150-260 Lisboa