Fire walk with me
Os dUASsEMIcOLCHEIASiNVERTIDAS são tão mutantes na sua formação que na tour dos 15 anos da MMMNNNRRRG invés de levarem o "baixista-boris" foi o mucho zen Bernardo Marques que nos deu a conhecer um dos seus projectos, o trio Zarabatana.
A estreia fonográfica deste grupo é Fogo na Carne (A Giant Fern; 2015), uma k7 para quem gosta do "Fake Jazz" de Sei Miguel e da "nova falsa música étnica" que anda por aí - como referência em Portugal só me vem à cabeça a tristemente ignorada colectânea Aural Bowels. É quase impossível não referir Miguel porque o trompete de Yaw Tembe é o que faz mais de âncora a uma música que possamos identificar como um género reconhecível (o Jazz) porque a maior parte das vezes a secção rítmica erra por realidades paralelas - tal como César Burago, colaborador percussionista de Miguel, costuma tocar "fora de tempo". O melhor exemplo é o tema Memória de Osso que nenhum Carbono 14 poderá adivinhar de onde vem o estranho ritmo mas facilmente traça-se uma árvore genealógica ao "Miles Davis" para os sopros de Tembe. Zarabatana é um projecto para acompanhar mas para acompanhar seguindo com atenção às indicações do manuscrito de Vojnic ou do Codex Seraphinianus. Ah, pois! Resta dizer que a edição é exemplar ao nível de aspecto gráfico, tal como A Giant Fern nos tem habituado.
A estreia fonográfica deste grupo é Fogo na Carne (A Giant Fern; 2015), uma k7 para quem gosta do "Fake Jazz" de Sei Miguel e da "nova falsa música étnica" que anda por aí - como referência em Portugal só me vem à cabeça a tristemente ignorada colectânea Aural Bowels. É quase impossível não referir Miguel porque o trompete de Yaw Tembe é o que faz mais de âncora a uma música que possamos identificar como um género reconhecível (o Jazz) porque a maior parte das vezes a secção rítmica erra por realidades paralelas - tal como César Burago, colaborador percussionista de Miguel, costuma tocar "fora de tempo". O melhor exemplo é o tema Memória de Osso que nenhum Carbono 14 poderá adivinhar de onde vem o estranho ritmo mas facilmente traça-se uma árvore genealógica ao "Miles Davis" para os sopros de Tembe. Zarabatana é um projecto para acompanhar mas para acompanhar seguindo com atenção às indicações do manuscrito de Vojnic ou do Codex Seraphinianus. Ah, pois! Resta dizer que a edição é exemplar ao nível de aspecto gráfico, tal como A Giant Fern nos tem habituado.
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