domingo, 29 de janeiro de 2017
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
Niilismo infantil e Feudalismo pobre
Serviu este fim-de-semana para passar pela Utopia e apanhar algumas peças underground portuenses como este Niilismo para "crianças", um "livro" (no sentido in-folio da coisa porque na verdade são uma dúzia de páginas A5 fotocopiadas) "para colorir e jogar". O tema é óbvio e bem-vindo num mundo governado pelas piores figuras alguma vez imaginadas. Mais! como dizem e subscrevo: a História não se resume ao que está escrito nos livros escolares e ao que os professores debitam, então achamos que este zine pode ser mais um contributo para descobrir acontecimentos, personagens e ideias que a escola não apresenta. A forma é ir pelo mundo da criançada com subversão, só é pena é que tudo seja mau, desde os desenhos (safa-se um poster nas páginas centrais) ao grafismo e a falta de conteúdos ou seriedade. É pena mas é isto o anarquismo português, uma brincadeira de crianças sem consequências feita por gajos incapazes de envolver a comunidade criativa para dar brio às tuas produções. Caramba, será assim tão difícil um anarquista encontrar um artista gráfico? Que triste...
Hip-Hop á Barão é uma pequena fanzine que tem como principal objectivo divulgar um pouco desta arte que é o HipHop, do ponto de vista de quem a aprecia!! Dizem eles no seu "fezesbook"... ehm, pois é isso o que é um fanzine, pá! «
A5 fotocopiado com artigos que vão aos quatro elementos do Hip Hop mas mesmo assim não consegue deixar de ser graficamente pobre - desnecessariamente, diga-se, se aborda o Graffiti, certo? Fazer um fanzine de texto (e alguma imagem) impresso em papel sobre uma cultura urbana em 2016 é obra! Bem sabemos que a Internet substitui tudo o que está aqui redigido e mostrado, há que ser mais audaz e/ou focado em algo que valha a pena publicar e que a 'net não o consiga fazer melhor senão fica-se na redundância do "disclaimer" acima reproduzido. Se até os anarquistas conseguem fazer isso com o poster central de Niilismo para "crianças", não há razões para um "hip-hoper" não saber também! Confirma-se que a nobiliária 'tuga é pobre e pelintra...
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Labels: zines
domingo, 22 de janeiro de 2017
El título no corresponder
Martín López Lam
Ed. Valientes; 2016
O que é este livro? Uma residência artística, um livro de viagens, prosa poética (esse "big no no" para quem diz gostar de BD), tudo isto em trilingue (castelhano, italiano e inglês) e quadricromia. Durante o ano de 2016 Lam esteve em Roma ao abrigo de uma residência da Real Academia espanhola e criou este livro que junta todas as obsessões do século XXI como o movimento eterno, o coleccionismo e catalogação, o "random", o "object trouvé" e o "remix". Conta mais do que parece à primeira vista e primeira leitura. Quem conhece Roma sabe que é uma cidade que precisava de ser terraplanada para ter um novo começo - outra obsessão tosca do século XXI, já agora - e para esquecer todas as ruínas dos monumentos que fomentam o seu incrível caos urbano. É uma cidade de tropeções, labirintos, acidentes, anacronismos, sujidade e esconderijos, onde nada funciona e pouco parece interessar à primeira vista para quem a percorre tal é o espírito romano tão prático como nos tempos em que crucificaram o Porto Nazareno.
Fantasmas a vermelho, urina amarela, azuis arquitectónicos e verdes para as ervas que se confundem com os entulhos são as propostas de Lam para uma cidade que não dorme nem deixa dormir, onde tudo é histérico e exausto. El título no corresponder é o epitáfio que Roma merece. Ámen.
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Labels: livros
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017
ccc@north.dissonant.voices
um "bife e grelha" com André Coelho sobre o seu Acedia e o lançamento falhado de um livro trumpiano de Rudolfo da Maia no restaurante de pitéus vegetarianos Mamba Preta.
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Labels: 500 paus, andré coelho, eventos, marcos farrajota, música, rudolfo
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
Fezesbook RIP
A Chili ficará pelo seu bom e velho blogue e com o seu sítio oficial onde não há interacção da treta. Se houver comunicação entre nós e outros é porque houve realmente um esforço real de ambas partes e não porque é fácil gastar energia eléctrica com mais um clique fútil e preguiçoso. Num mundo hiper-sofisticado pedimos, sem nenhuma sombra de ironia, que nos contactem da forma mais antiquada - cartas é que é!
Simbolicamente é porque estão mesmo interessados em dizer algo. Na prática não estão a atirar o barro à parede para ver se ele pega… Estas acções não são atomização ou de fechar em copas, é apenas ecologia real e social.
Adios!
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Labels: david campos, serviço público
Inflamação Buffa
Posted by MMMNNNRRRG at 17:28:00 0 comments
sexta-feira, 13 de janeiro de 2017
Nos jardins de Neuromancer
Posted by MMMNNNRRRG at 09:20:00 1 comments
Labels: discos