Satélite Zines
Ah! Agosto e a escrita em dia! Muitos zines de 2016! Esquecidos nitidamente numa caixa. Olhando para eles, ainda vale a pensa escrever algo? Veremos bem que sim. Sobretudo fico a pensar o que aconteceu a este pessoal... Vamos lá rápido, rápido que estou atrasado!
Deixo "as damas" pró fim porque são mais interessantes apesar deste Planeta Satélite (Dez'17) de Ricardo Baptista, não ser nada de desprezar, muito antes pelo contrário. O autor que ainda não percebi quem é (já nos cruzámos?) e o que quer fazer porque por um lado faz esta BD bem esgalhada de aventura / fantasia com um grafismo fixe como por outro tem lançado umas BDs de humor tótó e essa é a que tem tido mais visibilidade pública. Lembra o que o Zé Burnay fazia quando andava na faculdade, o que quer dizer qualidade (até rima), ou seja, boa narração com desenhos abonecados. E depois? O que acontece depois? Aconteceu alguma coisa? Acho que vamos ter de lhe perguntar para o endereço planetasatelite @ gmail . com (se o email ainda estiver activo).
Na onda BD ainda, Doctor Borrows (2016) de Bárbara Lopes é uma crítica simples e divertida à psicologia e a sua inocuidade. Lembro-me que peguei neste zine numa feira qualquer porque era o único de BD que a Bárbara tinha. Mais tarde apareceu na antologia Nódoa Negra. Isso já foi há um ano, não há mais nada entretanto? Zeus!
O meu admirável mundo novo (2016?) de Miss Inês é um livrinho quadrado de ilustração com texto do tipo manual de como viver. É uma caixinha de surpresas apesar da sua simplicidade e mensagem positiva. Giro! Sei que fez um desenho, como eu, para o single dos dUASsEMIcOLCHEIASiNVERTIDAS e nem sei como o seu livro veio-me parar à mãos, para dizer a verdade...
Um, Dois (2018) de Anna B. Costa é um simples espelho narrativo com ilustrações com pinguins. Desengana-se quem pensa que está perante um graphzine parvalhão. A autora participou antes no primeiro Pentângulo. Outra para perguntar o que andas a fazer: a.b.costa @ outlook . com
Mais pérolas esquecidas, mais monografias de duas colaboradoras da Nódoa Negra: MANUELinútil (Façam Fanzines Cuspam Martelos; 2016) de Patrícia Guimarães e Go (Dor de Cotovelo; 2016) de Cecília Silveira. Sei que é tarde para falar nestes títulos até porque os colectivos que os publicaram já desapareceram mas são duas pequenas grandes obras dos últimos anos, que deixam uma nostalgia e desorientação, porque raios não apareceram mais obras com esta força nos últimos três anos? Go é uma metáfora sobre o trauma de refugiados e da emigração é contado com simplicidade mas de forma pungente, onde a simplicidade de uma BD curta mostra que vale mais que uma "novela gráfica" de 200 páginas. E o mesmo acontece no segundo livro de Patrícia, com mais páginas é certo, BD assanhada de pós-feminismo e de uma violência deselegante (a lembrar o Janus), não embelezada ou glamourisada, o contrário daquela que costuma aparecer nas BDs de rapazes idiotas (e infelizmente, nos dias de hoje também de gajas parvas). É difícil soltar um riso nesta BD, é preciso ter algum tempo para tal, são assim os melhores trabalhos em qualquer área criativa...
Creio que através da Sapata Press seja possível arranjar o Go.
Deixo "as damas" pró fim porque são mais interessantes apesar deste Planeta Satélite (Dez'17) de Ricardo Baptista, não ser nada de desprezar, muito antes pelo contrário. O autor que ainda não percebi quem é (já nos cruzámos?) e o que quer fazer porque por um lado faz esta BD bem esgalhada de aventura / fantasia com um grafismo fixe como por outro tem lançado umas BDs de humor tótó e essa é a que tem tido mais visibilidade pública. Lembra o que o Zé Burnay fazia quando andava na faculdade, o que quer dizer qualidade (até rima), ou seja, boa narração com desenhos abonecados. E depois? O que acontece depois? Aconteceu alguma coisa? Acho que vamos ter de lhe perguntar para o endereço planetasatelite @ gmail . com (se o email ainda estiver activo).
Na onda BD ainda, Doctor Borrows (2016) de Bárbara Lopes é uma crítica simples e divertida à psicologia e a sua inocuidade. Lembro-me que peguei neste zine numa feira qualquer porque era o único de BD que a Bárbara tinha. Mais tarde apareceu na antologia Nódoa Negra. Isso já foi há um ano, não há mais nada entretanto? Zeus!
O meu admirável mundo novo (2016?) de Miss Inês é um livrinho quadrado de ilustração com texto do tipo manual de como viver. É uma caixinha de surpresas apesar da sua simplicidade e mensagem positiva. Giro! Sei que fez um desenho, como eu, para o single dos dUASsEMIcOLCHEIASiNVERTIDAS e nem sei como o seu livro veio-me parar à mãos, para dizer a verdade...
Um, Dois (2018) de Anna B. Costa é um simples espelho narrativo com ilustrações com pinguins. Desengana-se quem pensa que está perante um graphzine parvalhão. A autora participou antes no primeiro Pentângulo. Outra para perguntar o que andas a fazer: a.b.costa @ outlook . com
Mais pérolas esquecidas, mais monografias de duas colaboradoras da Nódoa Negra: MANUELinútil (Façam Fanzines Cuspam Martelos; 2016) de Patrícia Guimarães e Go (Dor de Cotovelo; 2016) de Cecília Silveira. Sei que é tarde para falar nestes títulos até porque os colectivos que os publicaram já desapareceram mas são duas pequenas grandes obras dos últimos anos, que deixam uma nostalgia e desorientação, porque raios não apareceram mais obras com esta força nos últimos três anos? Go é uma metáfora sobre o trauma de refugiados e da emigração é contado com simplicidade mas de forma pungente, onde a simplicidade de uma BD curta mostra que vale mais que uma "novela gráfica" de 200 páginas. E o mesmo acontece no segundo livro de Patrícia, com mais páginas é certo, BD assanhada de pós-feminismo e de uma violência deselegante (a lembrar o Janus), não embelezada ou glamourisada, o contrário daquela que costuma aparecer nas BDs de rapazes idiotas (e infelizmente, nos dias de hoje também de gajas parvas). É difícil soltar um riso nesta BD, é preciso ter algum tempo para tal, são assim os melhores trabalhos em qualquer área criativa...
Creio que através da Sapata Press seja possível arranjar o Go.