sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Erzsébet - últimos 30 exemplares / disponível na Libraria Paz (Galiza)



Erzsébet 
de 
... 

17º volume da Colecção CCC editado por Marcos Farrajota. Design por Joana Pires. Capa por Nunsky. 144p p/b 16,5x23cm, capa a cores. 500 ex. ISBN: 978-989-8363-24-4

Sinopse: Erzsébet Bathory, a infame condessa húngara contemporânea de Shakespeare, ao contrário deste, incarnou como poucos o lado negro e animalesco do ser humano. São-lhe atribuídos centenas de crimes inomináveis que lhe grangearam alcunhas como "Tigreza de Csejthe" ou "Condessa sanguinária" e que a colocam no mesmo lendário patamar de bestas humanas como Gilles De Rais ou Vlad, o Impalador. Por detrás do seu rosto pálido, de olhar impassível e melancólico ocultava-se o próprio demónio, Ördög.

à venda na loja em linha da CCCMatéria Prima, ZDB, BdMania, Tinta nos Nervos,  Kingpin, Universal Tongue, Linha de Sombra e UtopiaE na Libraria Paz (Galiza).








o autor: Nunsky é um criador nortenho que só participou no zine Mesinha de Cabeceira. Assina o número treze por inteiro, um número comemorativo dos 5 anos de existência do zine e editado pela Associação Chili Com Carne. Essa banda desenhada intitulada 88 pode ser considerada única no panorama português da altura (1997) mas também nos dias de hoje, pela temática psycho-goth e uma qualidade gráfica a lembrar os Love & Rockets ou Charles Burns. O autor desde então esteve desaparecido da BD, preferindo tornar-se vocalista da banda The ID's cujo o destino é desconhecido. Nunsky foi um cometa na BD underground portuguesa e como sabemos alguns cometas costumam regressar passado muito tempo...



Feedback: 
Muito boa BD, me inspira para criar logotipos 
Lord of The Logos (via e-mail) 
... 
Erzsébet, o livro, é o relato implícito, emudecido, de um receio: o de que a morte escape definitivamente ao controlo masculino. Afinal, é a morte que conduz cada um e todos os passos da humanidade, tal e qual como vem anunciando a estética gótica em todas as suas formas. Nunsky recorda-nos isso mesmo com esta edição
... 
Erzsebet é um grande livro. Consegue ter aquele espírito dos filmes do Jess Franco e afins, em que por vezes é mais importante a iconografia e a imposição de elementos simbólicos / esotéricos ou fragmentos de actos violentos e ritualizados (como as mãos nas facas ou as perfurações e golpes) do que termos uma continuidade explicita e lógica da narrativa, o que cria toda uma tensão e insanidade ao longo do livro e de que há forças maiores do que a nossas a operar naquele espaço. 
André Coelho (por e-mail) 
...
o romântico está presente antes na sua dimensão histórica e o trágico se aproxima do monstruoso. Pedro Moura / Ler BD 
... 
Para todos aqueles que apreciam uma viagem pelas profundezas negras do coração dos Homens, este é sem dúvida um livro a explorar, aliás, uma das publicações mais interessantes do ano passado 
...
Acabei de ler esta versão e perdoem-me, não posso evitar um sorrisinho complacente - então somos nós os amadores "alternativos"? A "nossa" condessa pode não ser nenhuma obra prima, mas é, modéstia à parte, um trabalho bem mais sério e sólido que a pobre caricatura da renomada Glenat. A única coisa que gostei foi a técnica gráfica (nem tanto os bonecos). GO CHILI! ÉS O NOSSO ORGULHO! P.N. (por e-mail)
 ... 
Nomeado para Melhor Álbum Português e Melhor Argumento e vencedor de Melhor Desenho na BD Amadora 2015 
... 
Nomeado para Melhor Álbum PortuguêsMelhor Desenho no Comicon 2015 
... 
Existe verdadeira loucura e terror nas caras e paredes pintadas de sombras e escuridão. Uma das obras essenciais na BD de 2015 a ser comprada e lida as vezes que aguentarem, porque a história de Erzsébet Bathory não é para os fracos de coração e de estômago.
Acho que Acho 
... 
Primeiro livro da Chili Com Carne com edição estrangeirar lançado no Brasil pela Zarabatana Books
...
A ausência de um arco dramático ou qualquer desenvolvimento de personagens é um recurso que aproxima Erzsébet do terror clássico italiano, menos preocupado com o roteiro do que com a experiência. A intenção parece ter sido trazer os relatos mais verossímeis, ocasionalmente com algum toque de fantasia, o que é uma opção interessante. Ainda assim, mesmo que não decepcione na fluidez, a sensação ao final é que faltou algo neste caldeirão. A relação que a história estabelece com o leitor é distante, já que não há qualquer personagem pela qual torcer ou temer. Claro que a Condessa é aquele tipo que adoramos desprezar, mas o interesse que ela gera ao longo das páginas não é bastante para deixar de observar isso. Com um saldo final positivo, Erzsébet vale a experiência. Quem tiver interesse por personalidades como a de Bathory será recompensado nesta leitura. Muito provavelmente, caso o seu primeiro contato com ela for a HQ, vai gerar uma vontade forte de pesquisar mais sobre essa figura histórica terrivelmente atrativa. A pergunta do primeiro parágrafo não será respondida, mas a atração por esses monstros da vida real continuará a existir.
Formiga Elétrica (sobre a versão brasileira)
...
(...) Escrita e desenhada pelo português Nunsky, Erzsebet é um dos maiores lançamentos de terror de 2012.
Convergência HQ (sobre a versão brasileira)
...
(...) Nunsky consegue transmitir todo o horror que as lendas contam, as torturas e a personalidade explosiva da Condessa de Sangue, como ficou conhecida. Graças à uma narrativa sangrenta e auxiliada pela técnica do traço citado, várias são as cenas em que a crueldade de Erzsébet é extrema, (...) 
Mundo Hype (sobre edição brasileira)
...
(...) Fidedigna ou não, fantasiosa ou não, em cenas como esta a biografia busca retratar precisamente a crueza da condessa assassina. 
Folha de S. Paulo (sobre edição brasileira)
...
Desenhista de muita imaginação
Jornal do Commercio (sobre edição brasileira)

...

Livro negro, melancólico, arrepiante e pesado. Bué Black Metal, sem uma pinga de humor. (...)  Só não gosto nada é da protagonista, macacos a levem, é mesmo detestável e esperei pacientemente pelo seu merecido fim tal como rezam as lendas (...) Os outros lacaios da maldade também foram bem castigados... Só que fiquei a pensar...  Mas que raio, então e a bruxa, ficou à solta? E os 90 gatos? Fonix Que medo...  Livros com um fim esquisito, este da dimensão no espelho negro apanhou-me de surpresa. 
Rodolfo Mariano (por email)

Reedição do livro em capa dura com extras no Brasil pela Zarabatana Books
...


quinta-feira, 29 de agosto de 2024

Caro stalker'zine,


Continue a perseguir-nos enviando para a nossa sede os seus mini-zines Bunt's Apple Sauce (?) ou será A Coxa Elétrica (ou esta última é a autoria?) em cartas sem remetente - impossibilitando comunicação e troca de galhardetes.

Suspeito que seja uma pessoa nova porque já não usa o "c" em "eléctrica" segundo a treta do novo acordo ortográfico ou então é apenas um adulto responsável que acata as leis do Estado. Pelo facto de fazer uma dobragem origami dos seus minis, leva-me mais prá primeira situação... Talvez seja de Vila Franca de Xira ou de Beja a julgar pelos carimbos das estações dos correios. Mistério! Já tivemos "stalkers" em blogues "bedófilos" (merda absoluta) e esperemos que não seja alguém com problemas reais que de repente comece a enviar outro tipo de objectos (gulp!).

Adoramos o seu universo onírico na melhor tradição sérvia da hipnagogia, da inserção de colagem de imagens reais (grande Osga!) e da participação de coelhos em Arte. Sabe sempre a pouco um mini'zine mas também sabe sempre bem quando se abre a carta e encontramos a publicação a boiar lá dentro. O surrealismo dos conteúdo estão alinhados com a forma como estes zines aparecem lynchiana na caixa de correio. Continue pois então neste registo...

Thank you,

M.F.

O livro mais "todo público" da Chili Com Carne: "Bottoms Up" de Rodolfo Mariano - Vencedor dos 500 Paus 2020 / Na Libraria Paz (Galiza)



Bottoms Up 

de


- obra vencedora do concurso interno Toma Lá 500 Paus e Faz uma BD! de 2020 - 


64p. a cores 18x24,5cm 
500 exemplares


à venda na nossa loja em linha e na BdMania, Kingpin, Linha de Sombra, Matéria Prima, Mundo Fantasma, Senhora Presidenta, Snob, Tigre de Papel, Tinta nos Nervos, Utopia, Fábrica Features, Vida Portuguesa, Universal Tongue e ZDB. E na Libraria Paz (Galiza)


Sinopse: Depois de uma longa viagem, o Simão chega finalmente à grande cidade cheio de sonhos e motivação para vencer na sua nova vida. Apesar do transtorno de ansiedade generalizada e introversão natural de que padece, o Simão depressa conquista o coração de alguns amigos e amigas que o vão acompanhar numa aventura improvável de desfechos imprevisíveis.







Historial:

Lançado oficialmente e virtualmente na Tinta nos Nervos, 31 de Outubro 2020 com conversa com Pedro Moura
...
Exposição Horror Vacui no espaço/ciclo WC/BD, em Lisboa, durante o mês de Fevereiro 2024
...



E para quem não percebeu o objecto:







FEEDBACK

o livro do Rodolfo Mariano só têm um problema, um gajo fica a pedir por mais, não me importava nada que tivesse 600 páginas.
David Campos (via email)
 
xxx
Obra seleccionada na Bedeteca Ideal

xxx

xxx
Entrevista no H-alt entretanto publicado em livro de tiragem de 30 exemplares (!) Outras perspectivas (Ass. Tentáculo; 2023)

xxx
Não é bem uma fábula do género rato do campo / rato da cidade, à La Fontaine que Rodolfo Mariano, (...) nos apresenta neste intrigante (...) Chegado da aldeia, transportado por um atrelado cigano ou circense puxado por uma espécie de muflões de aspecto satânico, o rato Simão apeia-se no limiar da grande cidade. Por bagagem, uma mochila sem fundo acomoda um velho mapa, meias de cada nação entre uma parafernália de objectos úteis e inúteis, e ainda um livro mágico sobre “naves especiais”. Dirigindo-se à cidade, procura a chave que possibilite a libertação de um amigo, prisioneiro do Inquisidor-Mor. Uma mélroa de nome Cassandra ou o fantasma da raposa vegetariana Annalisa, contracenam com Simão, no meio de bandidos, carrascos, guardas, comerciantes e mortos-vivos que povoam uma urbe que poderia vir descrita num livro de Tolkien. Caso invulgar nos quadradinhos nacionais, o estilo de Rodolfo Mariano já foi comparado com o do australiano Simon Hanselmann; o francês Lewis Trondheim é também um nome que aqui nos parece ecoar. Elogio da amizade e denúncia do poder (...) Mariano tem uma apetência pelo imaginário fantástico pulp, que utiliza para falar de coisas sérias, e o antroporfismo revela-se uma esplêndida opção.

xxx
(...) onde se reconhecem a obra de Tolkien, Dungeons and Dragons, a mitologia grega, Rimbaud ou Fernando Pessoa. Mariano recolhe todas essas referências e foca-se na construção da sua história, acompanhando a chegada à grande cidade de um rato, Simão (...) A cidade mudará Simão, porque é isso que os espaços fazem quando nos deslocamos por eles (...)
Sara Figueiredo Costa in Splaft!

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Acedia / last 30 copies



Acedia it's the new graphic novel by André Coelho actually his true first solo book - Terminal Tower was a collaboration with Manuel João Neto... This book manages to strike a balance between experimentation and tradition in the "comics" field by establishing a paradox between the creative energy and the morbid atmosphere of the narrative. It can be speculated that the main character is an alter ego of the author or that some episodes should be autobiographical... but let's establish that we are in the realm of selffiction.

Acedia is this year the winner project of a graphic novel contest - Toma lá 500 paus e faz uma BD - promoted by Chili Com Carne. Other titles resulting from this contest includes The Care of Birds (2013 winner) by Francisco Sousa Lobo to be published in Spain next year, Askar, O General by Dileydi Florez and That which is Subtracted from Sight by Filipe Felizardo.





Sinopsis: 
Due to a strange body housed somewhere in his eye socket, Daniel suffers from perceptual deformations. Although the insistance on the urgency of medical treatments, he becomes confronted with the chance given by these hallucinations to escape towards a new perception of reality. Daniel will have to choose between facing his illness as a sign of his own mortality or accept it as life intensifier. 




Some pages:


104p., black and white, 18x24,5cm, 500 copies

Contest supported by IPDJ and all Chili Com Carne members.

Buy at Chili Com Carne online storeFatbottom Books (Barcelona), Neurotitan (Berlin), Quimby's (Chicago), Floating World (Portland), Le Mont-en-L'air (Paris)...


History 

Released October 2016 at Lounge Lisboa with live-acts of Smell & Quim and Rasalasad vs shhh... 
...


André Coelho (b.1984, Portugal) is an Oporto based illustrator and comic book author. For 10 years he has developed fanzines, short stories and four graphic novels to date, as well as posters, record covers, merchandising and other graphics for different music scenes. This includes Amplifest, SWR Barroselas Metalfest, Lovers & Lollypops, Witchcraft Hardware and the American Industrial label Malignant Records, among many others. 

In 2016 he was awarded with the first prize of “Toma lá 500 Paus” comic book competition and was part of the Amadora Comics Festival 2014 award winning anthology Zona de Desconforto. His work ranges from traditional drawing or painting techniques and mediums to collage and digital manipulation. 

Besides Portugal, his work has been exhibited in several countries such as Brazil, Sweden, United Kingdom, United States of America, Italy or Spain.

Selected English bibliography: SWR Chronicles (SWR; 2014), Terminal Tower w/ Manuel João Neto (Chili Com Carne; 2014), Evan Parker - X Jazz (c/ prefácio de Rui Eduardo Paes, Chili Com Carne + Thisco; 2015) Colective books: MASSIVE (Chili Com Carne; 2010), Destruição (Chili Com Carne; 2010), Futuro Primitivo (Chili Com Carne; 2011), Inverno (Mesinha de Cabeceira #23, Chili Com Carne; 2012), Antibothis, vol.4 (Chili Com Carne + Thisco; 2012), PostApokalyps (AltCom, Suécia; 2014), Quadradinhos : Looks in Portuguese Comics (Treviso Comics Fest + MiMiSol + Chili Com Carne, Itália; 2014).



Feedback

I’ve always liked his art, and this was no exception, in a darkly hallucinatory story of sex and mental states.

ACEDIA de ANDRÉ COELHO - últimos 30 exemplares



Acedia é um livro de André Coelho e na realidade o seu verdadeiro primeiro livro a solo - os outros livros foram colaborações como, por exemplo, o caso de Terminal Tower com Manuel João Neto...

Acedia é um romance gráfico que foi o vencedor do concurso Toma lá 500 paus e faz uma BD de 2015 e juntou-se, na altura, a uma série de livros da Chili Com Carne que resultam dos resultados desse concurso onde vamos encontrar O Cuidado dos Pássaros / The Care of Birds (vencedor de 2013) de Francisco Sousa LoboAskar, O General de Dileydi Florez e O Subtraído à Vista de Filipe Felizardo.

Um livro que consegue estabelecer um equilíbrio entre experimentação e tradição na banda desenhada estabelecendo um paradoxo entre a sua energia criativa com o ambiente mórbido da narrativa. Especulamos que a personagem do livro seja um alter-ego do autor e que alguns episódios sejam autobiográficos mas na essência estamos no domínio da ficção - ou da auto-ficção?

Sinopse: Um homem, Daniel, sofre de distorções na sua percepção visual devido a um corpo estranho alojado algures na cavidade ocular. Apesar da insistência das notificações hospitalares para dar início aos seus tratamentos, ele vê-se confrontado com a hipótese das suas alucinações estarem a proporcionar-lhe uma fuga para uma nova percepção da realidade. Daniel terá que optar entre encarar a sua doença como um sinal evidente da sua mortalidade ou como uma intensificação da vida.


Eis algumas páginas da obra:


104p. (muito) preto e branco 18x24,5cm, 500 exemplares

O concurso 500 paus tem o apoio IPDJ e de todos os associados da Chili Com Carne.

|

à venda na loja em linha da Chili Com Carne e nas lojas BdMania, Mundo Fantasma, ZDB, Linha de Sombra, Tigre de Papel, Tasca MastaiUtopia, Snob, Tinta nos Nervos, RastilhoTortuga e Matéria Prima. E nunca na FNAC...

|

Historial 

Lançado no dia 6 de Outubro 2016 no Lounge Lisboa com actuações dos Smell & Quim e Rasalasad vs shhh... 
... 
entrevista ao autor e editor na revista Umbigo 
...
 apresentação no North Dissonant Voices 2017 no Black Mamba 
...


André Coelho nasceu em 1984 em Vila Nova de Gaia, onde reside. Tem vindo a desenvolver o seu trabalho como ilustrador no âmbito do Rock, Punk, Metal e música experimental, criando capas de discos, merchandising e cartazes.

Paralelamente faz edições de pouco ou nenhum sucesso através da Latrina do Chifrudo, editora que mantém com Sara Gomes, na qual edita fanzines e discos. Tem vindo a trabalhar regularmente com a Witchcraft Hardware e com a Malignant Records. Entre várias bandas que fez parte destacam-se os Sektor 304 e Profan. Têm participado nas várias antologias da Chili Com Carne com desenho, BD e textos e em exposições pelo Reino Unido, Finlândia, Suécia, EUA, Espanha, Itália, Portugal e Brasil.

A sua estreia monográfica foi com Terminal Tower, em 2014, em parceria com Manuel João Neto. Neste mesmo ano, os originais do livro foram mostrados no Festival de BD de Beja, Amplifest (Porto) e no Treviso Comics Fest.

Bibliografia: SWR Chronicles (SWR; 2014), Terminal Tower c/ Manuel João Neto (Chili Com Carne; 2014), Sepultura dos Pais c/ David Soares (Kingpin; 2014) e Evan Parker - X Jazz (c/ prefácio de Rui Eduardo Paes, Chili Com Carne + Thisco; 2015) Colectivos: MASSIVE (Chili Com Carne; 2010), Destruição (Chili Com Carne; 2010), Subsídios para MMMNNNRRRG #1 (MMMNNNRRRG, 2010), Futuro Primitivo (Chili Com Carne; 2011), É de noite que faço as perguntas c/ David Soares et al. (Saída de Emergência, 2011), Inverno (Mesinha de Cabeceira #23, Chili Com Carne; 2012), Antibothis, vol.4 (Chili Com Carne + Thisco; 2012), "a" maiúsculo com círculo à volta c/ Rui Eduardo Paes et al (Chili Com Carne + Thisco; 2013), Zona de Desconforto (Chili Com Carne; 2014), PostApokalyps (AltCom, Suécia; 2014), Quadradinhos : Looks in Portuguese Comics (Treviso Comics Fest + MiMiSol + Chili Com Carne, Itália; 2014) e Altar Mutante #3 (Espanha, 2015).


Feedback:

Livro curto, Acédia é o primeiro trabalho de longo fôlego a solo de André Coelho que se apresenta como uma narrativa coerente, e não colecção de desenhos ou improviso em torno de um tema. Novela concentrada, negra, lacónica, a escrita de Coelho espelha-se em todos os elementos que compõem a narrativa e é necessário ler a sua forma e superfície para libertar os seus significados. Tal qual o tema proposto, há uma realidade que nos é apresentada mas cujo desvendamento se associa à percepção do leitor e poderá mesmo ser intransmissível. 

... 

Os livros de André Coelho lêem-se como murros no estômago, e este não é excepção. Obra a solo, o poder narrativo de Coelho não é diluído pelos argumentos de outros autores. O murro é mais forte. O carácter duro do grafismo, entre o experimental e o clássico, com um traço ao mesmo tempo rude e elegante, misturando estéticas, recorrendo à mistura de iconografias entre imagética técnica e desenho Intergalatic Robot 

... 

recomendado pela Vice Portugal 

...

Nomeado para Melhor Publicação Nacional e Desenho nos Troféus Central Comics 2017


Parícutin @ Libraria Paz (Galiza)


O primeiro romance gráfico de Gonçalo Duarte 

21º volume da Colecção CCC
Publicado pela Associação Chili Com Carne

Legendas em inglês traduzidas por Manuel João Neto
ISBN: 978-989-8363-42-8
500 exemplares

Gonçalo Duarte (1990, Setúbal) foi guitarrista em Equations e Live Low, impressor em serigrafia na Oficina Loba e autor de banda desenhada, que desde 2010 participa em antologias da Chili Com Carne, a saber Destruição ou BDs sobre como foi horrível viver entre 2001 e 2010Futuro PrimitivoViagem de Estudo ao Milhões 2017 e Pentângulo.

No meio desta hiper-actividade, eis o seu primeiro livro a solo! 

Não admira que se sinta nesta obra uma vibração eléctrica, nervosa e onírica, uma leitura universal que nos conta como o espírito individual sai sempre quebrado quando se questiona o urbanismo e a vivência comunitária no século XXI.

à venda na loja em linha da Chili Com Carne, BdMania, Kingpin Books, Linha de Sombra, Matéria Prima, STET, Tigre de Papel, Tinta nos Nervos, Utopia, Vida Portuguesa, Tasca Mastai, SnobUniversal Tongue, Fábrica Features,...

BUY at Quimby's (Chicago), Floating World (Portland) and Libraria Paz (Galiza)


Historial:

Festa de Lançamento nos Anjos 7023 de Janeiro 2020, com Ricardo Martins, Simão Simões unDJ MMMNNNRRRG ...


Feedback:

Loved Paracutin
pStan Batcow (Pumf) by email

(...) Sem nunca se revelar como programático, e muito menos panfletário ou articulado, o livro traz para a linha da frente as pequenas mas significativas tensões que advém em toda uma jovem geração a confrontar-se com um tecido de empregos precários, dificuldades económicas cada vez mais complexas no que diz respeito à ocupação do espaço, ao direito à habitação, mas igualmente a como se constituem verdadeiras redes de co-habitação, cooperação, e comunidade. De resto, temas que são recorrentes no trabalho de Duarte, de forma mais directa ou mais poética. (...)

really enjoy his work, very nice drawings and also the story is great. Bonus the strong colors for the cover, great work! 
 D.S. by email

É preciso mostrar obra daqueles que resistem ao egoísmo e às ditaduras tribais.
Tiago Manuel


Parícutin é uma preciosa banda desenhada que nos fala das dificuldade e dilemas do que é edificar projectos em conjunto, casas que todos possamos partilhar. Contra a desilusão e o desencanto.
José Marmeleira in Público

(...) Duarte cria uma acutilante corrente de consciência visual e narrativa que coloca no movimento de deambulação do pensamento o eixo dos acontecimentos, por vezes aproximando-se de um registo onírico. outras vezes de um delicado delírio em vigília com visitas abruptas ao inconsciente. 
**** (4 estrelas)
Sara Figueiredo in Expresso

(...) É uma sequência belíssima e generosa, capaz de irritar qualquer aspirante a artista que, conhecendo pessoalmente o Gonçalo Duarte, se lembre, após a leitura do livro, que ele provavelmente desenhou esta cena em meia hora, sem esforço e sem comprometer a qualidade da poesia.
André Pereira in A Batalha

(...) fui logo conquistado nestas deambulações sobre o urbanismo e a vida em comunidade. É um tema muito actual, que nos tem tocado cada vez mais graças a gentrificação da capital. Gonçalo fá-lo bem, acabamos a leitura e o livro fica connosco. Isso é sempre bom sinal. 

exciting, experimental recent release (...) Gonçalo Duarte's Parícutin is his first solo book, named after its location in Mexico, to explore tensions between the individual and community in urban life.
Paul Gravett in FB

It’s not every day that one comes across a work that is both incredibly straightforward and staggeringly interpretive at the same time (...) the bulk of this text centers around an unnamed protagonist, who would appear to bear certain hallmarks of being an authorial doppelganger, constructing a home with his own hands and setting into motion a chain of events that are, more than anything, a convenient excuse for a wide-ranging polemical dissertation on subjects ranging from displacement to the ethics of land use to the precarious nature of the so-called “gig economy” to intentionally-shared living spaces. To call it generationally specific would be to sell it all a bit short, but the issues addressed are, generally speaking, of extra import to the millennial and post-millennial set. 

Quando fui ao lançamento do primeiro livro do @goncalo_duarte (GD) pela Chili Com Carne, nos extintos Anjos70, pouco sabia sobre a obra. Apenas que tinha um vulcão na capa. Nem questionei o porquê de haver numa mesa uma instalação de um prédio com uma iluminação vermelha no interior. Pensei apenas que eram “cenas à GD”. 
Entenda-se “cenas à GD” como a materialização de algo que inicialmente parece absurdo e, com o tempo, se desvenda em algo… menos absurdo. Inteligente até, vá. E Parícutin é, sem dúvida, uma “cena à GD”. Esta alegoria do vulcão e a história do homem que quer criar a sua própria comuna acaba por ser um ensaio sobre a alienação do indivíduo face a forças que estão para lá do seu controlo, sejam essas uma erupção vulcânica ou uma estrutura política e económica que põe em causa o direito à habitação.

Se a Bíblia de Gutenberg é o Alfa, Contra a Palavra Escrita é o Ómega [best 2023 na Intro]


 

Saiu no dia 3 de Janeiro de 2023 o novo livro de Ian F. Svenonius intitulado Against the Written Word! Não se irritam fãs incondicionais!! Aguentem lá os chavalos!! Uma edição portuguesa saiu pouco depois!! 

Mais uma vez com tradução de Ondina Pires e publicada na colecção THISCOvery CCChannel

Disponível na nossa loja em linha e na Snob, ZDB, Linha de Sombra, Neat Records, Kingpin, Tigre de Papel, Tinta nos Nervos, Socorro, Flur, Matéria Prima, Alquimia, Universal Tongue e Utopia.


Contra a Palavra Escrita : Rumo a Um Analfabetismo Universal é o mais importante e revolucionário livro produzido desde do advento da imprensa. É um livro que irá libertar os leitores de ler, os escritores de escreverem e os livreiros de venderem os seus artigos desprezíveis.

Este livro trará uma nova era que o libertará de ter de ler e ter pensamento Iluminista e da alienação de massas forjada pelo alfabeto. Contra a Palavra Escrita será um tremendo best seller e simultaneamente o último livro que qualquer pessoa irá ler. 

Os seus 19 ensaios rasgam os bichos-papões que assombram a humanidade nos dias de hoje, Contra a Palavra escrita é obrigatório para qualquer aspirante a Radical ou pretenso Gnóstico que tenha inclinação para palavras, pensamento, moda, drogas, música, arte, etc... Até porque é apresentado de uma forma abrangente de escrita: ensaios, peça de teatro, palestra, conto de ficção científica e manifestos, com temas como "Rumo a uma Pornografia Cristã", "A Necessidade Urgente de Reformar as Nuvens" ou um workshop sobre lavagem cerebral e composição musical, e muito muito mais...

Este jeitoso e ilustrado livro irá corrigir a falta de pensamento que caracteriza a oferta nas livrarias modernas e irá vender-se praticamente por si mesmo. Sairá das estantes em estado de graça para o insuspeito rato de biblioteca que todos dias procura novidades, que ficará de tal forma agarrado que o consumirá com uma fome animalesca. Infectado por um evangelismo selvagem, o leitor irá promovê-lo  no seu círculo social de amizades. Esses novos leitores farão o mesmo e brevemente este magro e quase inócuo volume irá ditar uma época e o seu pensamento. 

O livreiro será surpreendido e satisfeito por ter finalmente encontrado o único livro que vale a pena manter em reposição. Contra a palavra escrita irá dominar o mercado livreiro de tal forma que não se via desde que a Bíblia tomou os Tops de Vendas da época medieval ou quando o pequeno Livro Vermelho do Mao empolgava os críticos da China Comunista.



IAN F. SVENONIUS é o autor de "best sellers underground" como Supernatural Strategies for Making a Rock ’n’ Roll GroupThe Psychic Soviet e Censura Já!! É o pivot do programa de TV Soft Focus onde entrevistou Mark E. Smith, Genesis P. Orridge, Ian MacKaye entre outros. Como músico criou mais de 20 álbuns e inúmeros singles com várias bandas de Rock and Roll como Escape-ism, Chain & the Gang, The Make-Up, The Nation of Ulysses, etc... Vive em Los Angeles, EUA.



PVP: 13,12€ Livro de 208 páginas, 16,5x23cm, todo a preto e branco, sendo que deixamos a seguinte nota d'O Comité para a Reforma Alfabética acerca da capa: irá notar que este livro está um pouco danificado, seja devido a uma dedada, a uma pequena mancha, um canto amarrotado, ou uma combinação disto tudo. Tais defeitos, embora normalmente justifiquem trocar um livro, são na verdade um aspeto integral e intencional do design de Contra A Palavra Escrita. Este livro inaugura um emocionante mundo novo de analfabetismo imposto por iletrados dedicados ao animalismo. Neste mundo, o tátil voltará a ser primordial. As mensagens não mais consistirão em letras, textos ou grafitis, mas sim em esborratadelas, arranhões e odores que as pessoas deixarão para trás, como marcas entre si. A sua cópia de Contra a Palavra Escrita pode já ter sido folheada por algum caçador curioso de emoções, por um desesperado em fuga, ou, mesmo, por um potencial amante. Os sinais não alfabetizados que eles deixaram neste livro, sejam eles cheiros, manchas ou cantos amassados, podem ser úteis para você localizar uma comunidade com a mesma opinião, na era pós-alfabetizada em que estamos a embarcar. Portanto, enquanto esse tipo de irregularidades normalmente induziria à insatisfação e garantiria um “reembolso”, neste caso particular é uma componente do livro, possivelmente a característica mais proeminente. Na verdade, se este livro não estiver ligeiramente danificado ou alterado, troque-o por um que o esteja.






Historial

lançamento no dia 18 de Março 2023 na SNOB com a última performance Rock da Ondina Pires 
...
8 Junho 2023: primeiro livro roubado no stand da Chili Com Carne na Feira do Livro de Lisboa (desde 2017), it's punk!!! 
...



FEEDBACK

(...) qui não há niilismos para entreter. Há ironia em doses cavalares, sim, mas o seu uso não é um mero artifício, antes um modo de nos colocar o olhar no centro de um horror, de vários horrores que nos estruturam os dias, disfarçados de quotidiano e de normalidade, que preferimos não ver.

(...) Há no livro momentos deliciosos (...) Livro para visitar espaçadamente (...) é um manifesto contracultural (...)
Mário Lopes in Público


(...) exercício de estilo em todas as acepções da palavra que ao demolir o poder da palavra, lhe concede espaço para a edificação.

Pós-turismo?


Dantes as bandas reivindicativas chamavam-se Millions of Dead Cops (MdC acrónimo que batia com o do meu zine, hehehe) agora é mais Millions of Dead Tourists. Se há alas de anarquistas pacifistas que dizem que os porcos vestidos de azul são apenas proletário enganado pelo sistema e que merece uma chance de ser reconvertido às causas justas e revolucionárias, o que dizer dos turistas? Esses grandes cabrões que somos todos nós - ou que fomos ou que seremos: Actualmente, Paris (...) suporta hordas de visitantes estrangeiros, e tem de alojar e alimentar cerca de 100.000 deles todas as noites, nos meses de verão. (...) Estes invasores, que vêm comandar as economias e definir as culturas dos lugares que visitam, superam exércitos históricos de renome em tamanho e força. Rommel, a "Raposa do Deserto" (...) lutou contra os Aliados na Cirenaica com menos de 80.000 "Afrika Corps". A Grande Armée de Napoleão (..) em Waterloo, contou com 72.000 almas. (...) Todos estes exércitos parecem pitorescos, quando contrastados com as hordas de mochilas que invadem a Torre Eiffel, todas as tardes de Junho. As citações são do texto "A Grande Volta - O exército Neoliberal Paga o Seu Próprio Passeio" de Ian F. Svenonius in Contra a Palavra Escrita, editado pela Chili Com Carne.

Svenonius já tinha feito um ensaio como o Electro-Clash e o Neo-Folk em que afirmava que estes géneros musicais eram o fruto das crises da habitação. Afinal de contas as "bandas de garagem" precisam de um espaço para ensaiar, sendo o Rock um objecto de interesse imobiliário e os seus subgéneros modelam-se conforme o mercado. As bandas Electro e Folk lá se desenrascam no apartamento sem fazer muito barulho com os seus sintetizadors, drum-machines, guitarras acústicas, ou seja, sem a barulheira e transtorno de uma bateria real como as do Rock, daí terem emergido durante as crises imobiliárias deste milénio. Os MoDT são gregos e tratam neste segundo álbum, Helicoide (1000+1 Tilt; 2018) várias questões contemporâneas que passam, por exemplo, pelo turismo e a degradação urbana da sua exploração - hostels, air b'n'b, hoteis, brunches - nas cidades em que habitam. O tema-título fez-me ir recuperar imediatamente o tema "Helicoid" dos suecos Omala (na colectânea Art of Life da Fast Forward, 1993) mas não há comparação. Os suecos são uns amores exóticos ambientais, enquanto os gregos praticam um Dark Ambient frio e sem vontade de simpatia, realçando a diferença entre os dias de hoje e os 80/90. Antes tinhamos medo de um mundo nojento, hoje temos apenas nojo deste mundo cheio de medo. 

O segundo tema, "Nothing is possible", conclui o que os Crass publicitaram em 1984, quando acabaram, que os nossos desejos são apenas produtos e falsos da máquina capitalista. O panóptico do controlo via redes sociais é tratado em "Social media as a concentration camp" e o tema final, "The long and suffiently agonizing death of a Chicago boy",  é um manifesto contra o nosso mundo todo ele "gamificado" e monetarizado. Fazendo de algoritmo humano (se gostaste disto então vais gostar disto): iguais preocupações podem ser detectados nos discos de Metadevice. Só que ao contrário de Metadevice, a música dos MdDT é agradável de se ouvir apesar de Cold, não tem peso Industrial nem pica-miolos Noise, é até meio Kosmische - ups! receio estar a provocar esta malta porque devem estar fartos de "boches" bêbados turistas! Tal como em Sci Fi Industries há ritmo e pulsar electrónico, máquinas sob batuta humana e vontade escapar a este (i)mundo...

Gracias Pastor Gaiteiro pela rodela!